Fracassa acordo com policiais para mudar texto da reforma da Previdência
Bolsonaro tentou negociar um acordo para atender à pressão dos policiais federais para alterar a proposta da reforma da Previdência; categoria considera mudanças "insuficientes"
Fracassou a tentativa, encabeçada por Jair Bolsonaro, de um
acordo para flexibilizar as regras para policiais federais, rodoviários e
legislativos na reforma da Previdência. Isso pode salvar a reforma, mas
depende de o governo garantir os votos. [que os policiais rodoviários e federais (os policiais militares e civis, dependem dos estados) aleguem risco de vida para ter alguns beneficios, é aceitável e tem fundamento; mas, policial legislativo alegar risco de vida !?!
a atividade deles é quase que totalmente burocrática e quando a coisa pega chamam a POLÍCIA.]
Presidente na linha. Bolsonaro não resistiu a alguns gritos de
“traidor” e já cedeu. Telefonou ao relator, Samuel Moreira, sugerindo
que tentasse uma solução para os policiais. Mas o acordo emperrou na
regra de transição para quem já está nas cadeiras: as entidades queriam
uma regra semelhante à que está no projeto dos militares, mas o relator
só aceitou abrandar a idade mínima para a aposentadoria (de 55 anos para
ambos os sexos para 53 para homens e 52 para mulheres).
Dia da Marmota. O vaivém dos policiais consumiu um dia inteiro,
sendo que o prazo para que se cumpra o plano de encerrar a votação da
reforma na Câmara antes do recesso já está para lá de exíguo. Enquanto
esta newsletter é fechada para chegar ao leitor a quente, a comissão
especial discute todas as tentativas de adiamento e obstrução. Mas o
texto da reforma só deve ser votado, com sorte, na quinta-feira. Isso se
até lá não aparecer outra crise.
E agora, presidente? Coube a Hugo Leal (PSD-RJ) apresentar um
destaque com o pleito dos policiais. E cabe ao governo deixar claro se
vai exigir dos seus deputados o voto para assegurar a reforma de R$ 1
trilhão ou se vai abrir a fenda pela qual podem passar todas as
corporações —e toda a economia fiscal.
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