Na segunda, Bolsonaro já havia comentado o tema. Ele foi interpelado pelo presidente do Sindicato da Polícia Civil do Distrito Federal (Sinpol/DF), Rodrigo Franco, na saída do Palácio da Alvorada e afirmou que não vai “brecar o aumento de ninguém”, mas defendeu que o percentual fosse o mesmo para PM e Civil.
No encontro com Flávia Arruda, o presidente repetiu que não é contra o aumento para a Polícia Civil, mas afirmou que o ideal é que o tratamento seja igualitário. A posição também foi defendida pela parlamentar. “Chegou a mensagem para mim para reajustar apenas a Polícia Civil. Como você disse, nós não somos contra reajustar a Polícia Civil, mas não podemos deixar de lado a nossa Polícia Militar. Então, o que eu acho que seria ideal é, a não ser que tenha um acordo entre eles, o mesmo percentual de reajuste e a gente encaminha ao Congresso”, declarou Bolsonaro.
[o Presidente Bolsonaro está certíssimo em querer igualdade no reajuste das Polícia Civil e Polícia Militar do DF - uma injustiça, até mesmo uma ofensa, reajuste de 37% para a Civil e REAJUSTE ZERO para a PM:
- as exigências para ingresso são iguais;
- em termos de periculosidade apesar da função policial oferecer elevado risco aos seus integrantes, o Policial Militar está sempre fardado e se torna um alvo ambulante. Enquanto o PC costuma desempenhar grande parte das suas atividades em trajes civis - o que o coloca em situação de menor risco e com o fator surpresa ao seu favor em caso de assalto em local no qual esteja à paisana, porém, armado.]
Paridade
O aumento para a Polícia Civil é referente ao pedido de paridade com a Polícia Federal e é uma briga histórica. Em fevereiro deste ano, o GDF enviou uma proposta ao Palácio do Planalto que atendia à categoria, concedendo reajuste de 37%, dividido em seis parcelas que seriam pagas até 2021.
Ontem, em resposta à declaração de Bolsonara de segunda-feira, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que a concessão de reajuste igual à PM geraria um impacto anual cinco vezes maior do que o previsto para os policiais civis. “Sem a consciência de que teria condições de pagar (o aumento), eu não podia encaminhar (a proposta para o governo federal). Fiz o que podia ser feito dentro do princípio da responsabilidade”, justificou o emedebista. “Eu tinha condição de absorver (o reajuste da PCDF). Mandei, primeiro, o da Polícia Civil, porque o impacto era menor, mas a intenção sempre foi privilegiar a todos. Agora, sei que tenho o apoio dele (Bolsonaro)”, completou.
CB.Poder - Blog no Correio Braziliense
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