O Globo
Uma operação tem chamado a atenção no mercado financeiro. Empresas brasileiras estão emitindo títulos de dívida para pagar os financiamentos tomados no BNDES. Ou seja, a taxa de mercado hoje está mais em conta que os juros subsidiados de alguns anos atrás. As companhias têm usado títulos chamados de debêntures.
Esse movimento tem duas virtudes. Com o pagamento antecipado, o BNDES pode acelerar a devolução de recursos ao Tesouro, recursos que têm ajudado a reduzir o déficit fiscal. O outro ponto positivo é que a iniciativa privada está assumindo o financiamento das empresas, que antes eram escolhidas pelo banco estatal. Essa relação gerou investigações sobre corrupção em operações do BNDES.
Nesta terça-feira o GLOBO informou que a redução do risco-país barateou o financiamento para empresas brasileiras, que aproveitam o momento para trocar dívidas mais cara por financiamentos mais baratos.
A volta da recessão de 2015 e 2016 é a mais longa e dolorosa que o
país já acompanhou. O desemprego ficou quase estável no terceiro
trimestre. A taxa foi para 11,8%, ou 0,1 ponto menor que um ano antes. A
melhora lenta que está ocorrendo é puxada pelo emprego informal, de
menor qualidade.
Os desempregados são 12,5 milhões, ou 251 mil a menos que no segundo trimestre. Nessa época, o desemprego costuma encolher com as contratações para o fim de ano. De fato há mais gente trabalhando. Na comparação com 2018, a população ocupada cresceu em 1,5 milhão. Mas os empregos são de baixa qualidade.
O país tem 33,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o mesmo que um ano antes ou que no terceiro trimestre. Já os sem carteira bateram recorde. Agora os que trabalham sem todas as garantias são 11,8 milhões, ou 384 mil a mais que um ano antes. Os que trabalham por conta própria são 24,4 milhões, também o número mais alto da série. Em um ano, um milhão de pessoas entraram para esse grupo.
Os números conseguem mostrar uma melhora lenta. Mas é um ganho tímido perto do que o país precisa. No auge do mercado de trabalho, em 2014, o Brasil tinha 3,6 milhões de pessoas a mais com carteira assinada.
Míriam Leitão, jornalista - Coluna em O Globo
Os juros subsidiados do BNDES ficaram caros
Uma operação tem chamado a atenção no mercado financeiro. Empresas brasileiras estão emitindo títulos de dívida para pagar os financiamentos tomados no BNDES. Ou seja, a taxa de mercado hoje está mais em conta que os juros subsidiados de alguns anos atrás. As companhias têm usado títulos chamados de debêntures.
Esse movimento tem duas virtudes. Com o pagamento antecipado, o BNDES pode acelerar a devolução de recursos ao Tesouro, recursos que têm ajudado a reduzir o déficit fiscal. O outro ponto positivo é que a iniciativa privada está assumindo o financiamento das empresas, que antes eram escolhidas pelo banco estatal. Essa relação gerou investigações sobre corrupção em operações do BNDES.
Nesta terça-feira o GLOBO informou que a redução do risco-país barateou o financiamento para empresas brasileiras, que aproveitam o momento para trocar dívidas mais cara por financiamentos mais baratos.
[o mais importante são os números do desemprego em queda - pior era quando além da qualidade do emprego piorar, crescia o número dos que não tinham sequer esse emprego de pior qualidade.
O mais importante é que o número de desempregados não aumente.
O crédito mais fácil e os juros abaixo dos do BNDES - matéria acima, colabora para um denário que muitos insistem de desfazer, desvalorizar. Apesar de tudo, a soma do governo Bolsonaro, ao final deste ano, será positiva.]
Os desempregados são 12,5 milhões, ou 251 mil a menos que no segundo trimestre. Nessa época, o desemprego costuma encolher com as contratações para o fim de ano. De fato há mais gente trabalhando. Na comparação com 2018, a população ocupada cresceu em 1,5 milhão. Mas os empregos são de baixa qualidade.
O país tem 33,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o mesmo que um ano antes ou que no terceiro trimestre. Já os sem carteira bateram recorde. Agora os que trabalham sem todas as garantias são 11,8 milhões, ou 384 mil a mais que um ano antes. Os que trabalham por conta própria são 24,4 milhões, também o número mais alto da série. Em um ano, um milhão de pessoas entraram para esse grupo.
Os números conseguem mostrar uma melhora lenta. Mas é um ganho tímido perto do que o país precisa. No auge do mercado de trabalho, em 2014, o Brasil tinha 3,6 milhões de pessoas a mais com carteira assinada.
Míriam Leitão, jornalista - Coluna em O Globo
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