Discurso do presidente Bolsonaro vai em linha com as chances de eleições conturbadas e ameaças por falta de audição do resultado
Bolsonaro mantém o discurso da pauta de costumes, mas também contra o sistema eleitoral brasileiro, o que vem gerando desgaste com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, hoje, o armamento seria usado para preservar a democracia, independentemente dos “meios que porventura um dia tenhamos que usar”.
“Nós defendemos o armamento para o cidadão de bem, porque entendemos que a arma de fogo, além de uma segurança pessoal para as famílias, também é a segurança para a nossa soberania nacional e a garantia de que a nossa democracia será preservada, não interessa os meios que porventura um dia tenhamos que usar. A nossa democracia e a nossa liberdade são inegociáveis.”
Suspeição e CACsDurante o ato pela “Liberdade de Expressão” promovido pela bancada evangélica, no Palácio do Planalto, promovido no final de abril, Bolsonaro citou uma possível suspeição do pleito se tiver algo “anormal”. Ele estendeu o comentário para o Senado e Câmara. Entretanto, nesta semana, a empresários, o chefe do Executivo destacou as chances de eleições conturbadas, mas disse que não quer a “suspeição” sobre o resultado eleitoral.
No Senado Federal está em discussão o projeto de lei (PL) 3.723/2019, que muda as regras para registro e porte de armas de fogo e regula a atividade de colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CACs). O relator é o senador Marcos do Val (Podemos-ES). O projeto já foi usado como manobra na Casa para travar a tramitação de igual complexidade, a da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária, que foi colocada no mesmo dia de votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), causando o cancelamento da sessão.
Bolsonaro diz que titulação de terras pelo governo federal pôs fim ao MST
Segundo o presidente Bolsonaro, agora, o assentado se tornou proprietário de suas terras e parceiro do fazendeiro
Bolsonaro alegou durante a cerimônia que a intensa entrega de títulos de terra feita pelo governo federal por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) levou ao “fim do MST [Movimento sem Terra]”.
Segundo ele, os assentados agora são parceiros dos fazendeiros, se tornando cidadãos, e que figuras como João Pedro Stedile, líder dos trabalhadores rurais, e José Rainha Júnior não seriam mais possíveis. “Botamos fim”, ressaltou. Após a declaração, o presidente foi aplaudido e chamado de “mito” pelos presentes.
Política - Correio Braziliense
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