Revista Oeste
Declaração foi feita em áudio a um grupo de amigos na manhã desta segunda-feira, 21
Em áudio enviado na manhã desta segunda-feira, 21, a um grupo de amigos e vazado à imprensa, o ministro do Tribunal de Contas das União (TCU), Augusto Nardes, faz uma análise do momento político brasileiro e afirma que “está acontecendo um movimento muito forte nas casernas”.
“Eu acho que é questão de horas, dias, no máximo uma semana, duas, talvez menos que isso, que vai acontecer um desenlace bastante forte na nação. Imprevisíveis, imprevisíveis”, declarou. “Os próximos dias serão nebulosos. Teremos desdobramentos muito fortes nos próximos dias.”
No áudio, de pouco mais de oito minutos, Nardes, que se tornou próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que foi ele, Bolsonaro, “que despertou a sociedade conservadora e hoje todo mundo está na rua fazendo a defesa desses princípios. Demoramos, mas felizmente acordamos.”
Segundo o ministro, seu áudio é direcionado também ao produtor rural. “A fala desse cidadão é para despertar o produtor rural também. Porque não adianta só o caminhoneiro trabalhar. Vamos perder? Sim, vamos perder. Mas a situação para o futuro da nação poderá se desencadear de forma positiva, apesar desse principal conflito que devemos ter nos próximos dias ou nas próximas horas.”
O ministro do TCU também comentou o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, afirmando que a cassação da petista “desmontou de certa forma essas estruturas que eles conseguiram remontar agora baseado na estrutura que tinha já ficado, que foi muito longa”. O TCU teria encontrado R$ 340 bilhões em irregularidades, segundo declarou Nardes, no áudio.
O ministro afirmou que tentou alertar o PT, na época de Dilma, mas eles “nunca aceitaram o diálogo, eles foram para um confronto”. “E agora é um confronto decisivo. Eles vão vir para um confronto que nós todos sabemos quais são as consequências.”
Nardes revelou, ainda, que conversou com pessoas próximas a Bolsonaro e que o presidente “não está bem”, em razão da ferida na perna [erisipela] , mas espera ter “condições de enfrentar o que irá acontecer”.
Redação - Revista Oeste