Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador CBF. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CBF. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Romário já esteve preso por não pagamento de pensão alimentícia; foi preso também por ser depositário infiel. Alguém assim, merece confiança?

Romário “versus” VEJA: quem é o criminoso mentiroso?

1. A denúncia midiática (revista Veja) é muito grave: Romário teria conta secreta na Suíça, no banco BSI (conta não declarada para a Receita Federal), com saldo de 2,1 milhões de francos suíços (R$ 7,5 milhões) (O Globo 26/7/15: 8). O Ministério Público estaria com o extrato dessa conta, com data de 30/6/15. Manter dinheiro no exterior não é crime, desde que tudo seja declarado para o Fisco (e pagos os impostos legais). Sonegar impostos, sonegar para a Justiça Eleitoral a existência de bens no exterior, sim, é crime. Mais um peixe teria caído na rede da imoralidade? Quem está mentindo: a Veja ou o Romário? A Justiça e o próprio Banco nos devem esclarecimentos urgentes. Romário é um político de confiança ou bandeou para o mundo dos “senhores neofeudais(que se julgam acima da lei e que mandam e desmandam no País, conforme seus caprichos)?

2. A decepção com a notícia não reside no fato de um político brasileiro ter conta na Suíça (isso não é novidade nas republiquetas cleptocratas). O grave, para a política brasileira, é perdermos a esperança que depositamos em Romário para se converter num baluarte moral, particularmente quando ele cobra profunda limpeza na CBF. Romário acaba de dizer que a solução para a CBF “é a prisão dos corruptos e ladrões que a dominam ou dominaram: Del Neto, Marin e Teixeira” (Estadão 30/7/15: A21).

3. A CPI do futebol foi instalada por iniciativa dele. Mas se verídica a notícia da conta secreta, tudo estará desmoronado. Porque sonegador (que é um ladrão do dinheiro público) não tem moral para investigar os “ladrões do futebol”. Mais um combatente caído? Seria a maldição implacável que persegue a cleptocracia brasileira, dominada pelos “senhores neofeudais”?

4. O mais nebuloso: no princípio Romário não desmentiu a notícia (com aquela veemência que estamos acostumados a ver, sobretudo quando ele fala de José Maria Marin, Del Nero, Blatter, Teixeira etc.). Ao contrário, preferiu ironizá-la: “Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia. Assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal”. “Espero que seja verdade; é possível que tenha sobrado (sic) algum rendimento que chegou a esta quantia; estou me sentindo um ganhador da Mega-Sena”. Depois passou a falar em documentos falsos. 

Mostrou um extrato com o carimbo “FALSO”. A dúvida continua: quem está falseando a verdade, a Veja ou Romário? Quem é o criminoso (o “vilão”) da história?

5. Eu particularmente não gostei da resposta “malufiana” que Romário deu (no princípio). Ganhar dinheiro (honestamente) não é crime. Ter dinheiro no estrangeiro não é crime. Mas de tudo o Fisco tem que ter ciência (e todos os impostos devem ser devidamente quitados). Político também tem que declarar todos os seus bens para a Justiça Eleitoral, ainda que seja “uma sobrinha(de 7 milhões!). Estaríamos diante de mais um golaço na carreira do Romário, porém, contra? É triste ver as últimas cartas do baralho da moralidade política serem tombadas sob o efeito dominó. Não está sobrando ninguém.  A peste da corrupção, da sonegação, da evasão e da lavagem está derrubando todas as nossas lideranças, incluindo aquelas em quem confiamos. Triste republiqueta cleptocrata! Será que sobrará alguém para apagar a luz deste macabro ciclo histórico que não acaba nunca?

Fonte: Luiz Flávio Gomes – Professor - Jurista e professor.


quarta-feira, 29 de julho de 2015

A voz rouca das ruas



Como não diz a Bíblia, há tempo de negociar e tempo de calar e esperar a tempestade. Agora, a menos que ocorram surpresas, é hora de ouvir os trovões.  Dilma e Lula vão amanhã à TV, em programa que interrompe o Jornal Nacional. Eles falam pelo Governo, o ribombar dos panelaços fala pela oposição. É desigual: o Governo tem 7% de aprovação. A inflação medida nas feiras em um ano atingiu 25%. Há muito mais panelas vazias dispostas a se fazer ouvir.

O Congresso volta a funcionar na primeira segunda-feira de agosto, dia 3 - ou, vá lá, na primeira quarta, dia 5. Há doze propostas de impeachment na fila, e um presidente da Câmara prontinho para colocá-las em discussão e votação. Para aprovar o impeachment é necessário o voto de 342 deputados. De acordo com os cálculos de aliados do presidente Eduardo Cunha, 255 já apoiam o impeachment.

Nem tudo se resolve no grito das ruas: há também o julgamento (se não houver alguma manobra estranha para adiá-lo), pelo Tribunal de Contas da União, das contas do Governo Federal. O TCU não tem poder de decisão, é órgão auxiliar do Congresso. Mas um parecer pela rejeição influencia o plenário (em especial os parlamentares que não se decidiram pelo impeachment ou pelo voto no Governo). E, fator decisivo, há no dia 16 de agosto as marchas Fora Dilma. Se tiverem êxito, será muito difícil evitar que a presidente seja afastada do cargo.

Movimentos ligados ao PT anunciaram suas marchas para dia 15, e ainda não as confirmaram, talvez temendo o efeito-comparação. Mas as ruas são decisivas.

Revendo o voto
A fraqueza política do Governo pode ter um efeito adicional importante: estimular os aliados a, digamos, rever sua posição. No impeachment de Collor houve um caso interessante. Um deputado da tropa de choque do Governo, dos mais fiéis, desculpou-se com o presidente por não poder comparecer à votação: tinha porque tinha de viajar para seu Estado. E viajou - num voo com escala em São Paulo. Do aeroporto, telefonou para Brasília e soube que a derrota de Collor era certa. Voltou imediatamente a Brasília e foi à Câmara para votar. Em favor do impeachment, claro.

A propósito, os deputados estão voltando dos Estados, onde tiveram contato direto com os eleitores. Devem estar bem mais bravos.

Lula na mira
Veja deu na capa que Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, autorizou seus advogados a negociar com o Ministério Público uma delação premiada, com revelações sobre o relacionamento da empresa com Lula e seu filho Fábio Lula da Silva.
[dizem as más línguas que Lula e Lulinha ficam PuTo quando alguém chama o filho de Lula de Lulinha.
Assim, para deixar o Lula, pai do Lulinha, mais PuTo, aqui o filho do Lula é sempre chamado de Lulinha.] O jornal Valor perguntou a Leo Pinheiro se a notícia era verdadeira. Ele a desmentiu: disse que jamais pensou em delação premiada. Seus advogados também a desmentiram. As redes sociais petistas acusaram Veja de inventar notícias.

Mira em Lula
Entretanto, vale a pena lembrar uma piada. Alguém precisava trocar a pilha do relógio e viu uma loja com um relógio pendurado na porta. Entrou, entregou o relógio e pediu para trocar a pilha. O lojista o interrompeu: "Não conserto relógios. Faço circuncisão". O cliente estranhou: "Mas há um relógio pendurado na porta!" O lojista perguntou: "E que é que o senhor queria que eu pendurasse?"

Alguém acha que Pinheiro iria confirmar a possibilidade de delação premiada, mesmo que verdadeira? Também pode ser que ele tenha passado um recado: está negociando, e, como ainda não negociou, há tempo para alguém tentar salvá-lo.

O mundo gira
Ah, a falta de memória! José Maria Marin, ex-presidente da CBF, preso na Suíça a pedido dos EUA, é, desde 5 de março de 2008, nas palavras do procurador José de Arruda Silveira Filho, "membro honorário do Ministério Público do Estado de São Paulo". O discurso do procurador foi proferido quando Marin recebeu o Colar do Mérito Institucional do Ministério Público de São Paulo, em noite de gala, assim descrita pela Assessoria de Comunicações do MP-SP: "A cerimônia foi conduzida pelo procurador-geral de Justiça Rodrigo César Rebello Pinho. Pelo Órgão Especial do Colégio dos Procuradores, discursou o procurador de Justiça José de Arruda Silveira Filho. Representando o governador do Estado, fez uso da palavra o secretário da Justiça e Defesa da Cidadania Luiz Antonio Guimarães Marrey.

Também fizeram uso da palavra os deputados estaduais Fernando Capez e Campos Machado, o ex-governador do Estado Luiz Antonio Fleury Filho e o homenageado José Maria Marin, que, emocionado, agradeceu a todos os companheiros de política, do esporte, amigos pessoais, familiares e integrantes do Ministério Público que lotaram o auditório."
Coluna Carlos Brickmann - carlos@brickmann.com.br
Twitter: @CarlosBrickmann


sábado, 25 de julho de 2015

Pegaram o Romário - autointitulado honesto, foi flagrado com conta milionária na Suíça

Romário tem conta milionária na Suíça - e não a declarou ao Fisco

[Romário nunca enganou aos que tem um mínimo de inteligência - sua honestidade é tão falsa quanto nota de R$ 3.
Agora foi flagrado e diz que não sabia se tinha encerrado as contas.
Romário é tão boçal, tão estulto, tão sem noção que não conseguiu sequer ser original da desculpa, a esfarrapada desculpa de outro 'honesto' - o estrupício Lula da Silva.
Quanto ao seu sucesso na carreira política não podemos olvidar que estamos no Brasil, país que elege e reelege um Lula e uma Dilma.]
Quem o vê na tribuna do Senado, fustigando os cartolas do futebol com acusações de irregularidades e à frente de uma CPI sobre falcatruas na Confederação Brasileira de Futebol, se impressiona: Romário de Souza Faria, 49 anos, ídolo da seleção, firma-se cada vez mais na política com um vigoroso discurso em defesa da ética e da lisura. A postura, apimentada por seus comentários afiados, é tão bem-sucedida entre os eleitores que o levou a ganhar com folga a disputa pelo Senado no Rio de Janeiro, na eleição do ano passado, e o coloca agora no topo das pesquisas sobre os mais cotados para a prefeitura do Rio em 2016. 
Romário no Senado: da tribuna, o ex-craque dispara lições de ética e denuncia falcatruas. Conta não declarada à Receita pode tisnar esse discurso(Pedro Ladeira/Folhapress)

Tamanha popularidade acaba por deixar na sombra uma flagrante incongruência entre o Romário senador e o Romário cidadão: na vida pessoal, o ex-jogador é notório por suas pendências financeiras. Uma delas está nas mãos do Ministério Público Federal: um extrato de uma conta bancária em nome de Romário no banco suíço BSI, com sede em Lugano, no valor de 2,1 milhões de francos suíços, o equivalente a 7,5 milhões de reais. A pequena fortuna não aparece na declaração oficial de bens encaminhada por Romário à Justiça Eleitoral em 2014. Romário disse a VEJA que nunca ouviu falar da conta: "Até agradeço por me informarem. Se for dinheiro meu, vou buscar".

No extrato consta um crédito de rendimentos em aplicações no período de um ano a partir de 31 de dezembro de 2013, o que fez elevar o saldo aos mais de 7 milhões de reais atuais. A data do documento é 30 de junho de 2015. Ter dinheiro no exterior não é proibido. No caso de Romário, isso não necessariamente levanta suspeitas sobre sua origem, pois ele jogou em grandes clubes europeus, recebendo em moeda forte. "Abri contas na Holanda e na Espanha e, para ser sincero, não sei se fechei. Mas nunca mais movimentei", diz Romário. Brasileiros com conta em bancos estrangeiros e saldo acima do equivalente a 100 000 dólares devem informar à Receita Federal, que cobrará o imposto devido. Em 1997, quando jogava no Valencia, da Espanha, Romário foi autuado pelo Fisco por ter aberto empresas nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal, e para lá transferido aplicações e propriedades. O objetivo era escapar dos impostos. Só o valor que consta no extrato do BSI em nome de Romário supera em quase seis vezes o patrimônio total declarado por ele à Receita Federal, como é exigido de candidatos a cargos eletivos. Romário informou à Receita que seu patrimônio total era de 1,3 milhão de reais, entre imóveis, terrenos, cotas de empresas e aplicações financeiras.

A conta não declarada na Suíça passa a ocupar o topo da lista de enroscos financeiros de Romário em tempos recentes. Quando se examina o comportamento dele nessa área, não naquela em que reinou, fica evidente que o Baixinho é mau pagador. A lista de faturas em aberto no Rio de Janeiro vai de condomínios a pensão de filhos, passando pelo Fisco e pelo INSS. Só em impostos federais, Romário acumula pendências em torno de 2 milhões de reais. O senador já foi citado em 28 processos por dívidas e chegou a ser condenado em várias instâncias por sonegação fiscal. Parte dos processos subiu ao Supremo Tribunal Federal. O craque estava a um passo de ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e só escapou por ter, finalmente, desembolsado 1,4 milhão de reais, renegociando o restante.

Um apartamento de Romário, avaliado em 4 milhões de reais, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste carioca, quase foi a leilão há poucos meses por falta de pagamento de 600 000 reais em taxas de condomínio. Na última hora houve acordo, e a dívida está sendo renegociada. Se Romário o perdesse, seria reincidência: em 2009, ele foi obrigado a entregar uma cobertura de 8 milhões de reais no luxuoso condomínio Golden Green, também na Barra. O imóvel foi leiloado por falta de pagamento de taxas. Quando o empresário Edson Bueno, então dono da Amil e comprador do imóvel, pegou as chaves, ficou impressionado com o estado de depredação. Romário diz que arrancou um aparelho de ar condicionado. Outras duas propriedades dele foram tomadas pela Justiça para quitar dívidas.

Romário não leva uma vida modesta. Ele circula pelo Rio de Janeiro em uma Ferrari vermelha, que, por via das dúvidas, registrou no nome de uma ex-­mulher. Seus bens são condizentes com os ganhos de quem já foi o jogador mais bem pago do Brasil - no Flamengo, recebia 320 000 reais por mês, em valores atuais. Da experiência, aprendeu que ganhar dinheiro é bom; gastar, nem tanto. Vitorioso na política - na qual entrou como deputado federal e, na eleição seguinte, já se transferiu para o Senado com votação recorde -, em 2013 amea­çou deixar seu partido, o PSB, e viu-se alvo de intensa disputa por seu passe. Quatro caciques de diferentes siglas envolvidos nas negociações disseram a VEJA que Romário é pragmático e a medida do seu interesse passava sempre por alguma recompensa. Acabou ficando no PSB. Expoentes de seu círculo contam que a recompensa nesse caso seria o pagamento do aluguel da mansão de 10 milhões de reais onde ele mora em Brasília. Tanto o partido como o senador negam o arranjo. Saldar o que deve, tudo indica, ele pode. Calcula-se que Romário tenha rendimentos anuais de 5 milhões de reais, entre campanhas publicitárias e pagamentos atrasados. Só do Flamengo, ele ainda recebe 159 000 reais por mês. O salário de senador é de 33 700 reais. Quando se esclarecerem as circunstâncias de sua conta no BSI, o Baixinho vai ter mais alguns milhões de razões para driblar seus credores.

Para ler outras reportagens compre a edição desta semana de VEJA no tablet, no iPhone ou nas bancas. Tenha acesso a todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no iba clube.

Outros destaques de VEJA desta semana

 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Punição merecida: Neymar pega quatro jogos de suspensão por expulsão e está fora da Copa América

O atacante Neymar está fora da Copa América, que está sendo disputada no Chile. Ele foi suspenso por quatro jogos na tarde desta sexta-feira, em Santiago, por sua expulsão na partida entre Brasil e Colômbia, realizada na última quarta. No entanto, a CBF ainda vai tentar reverter a situação. A entidade vai entrar com recurso, pedindo a revisão da pena. A entidade ainda foi multada em US$ 10 mil.
A CBF terá até este domingo para fazer a apelação, mas deve agir o mais rapidamente possível. A apelação será analisada por uma única pessoa, o equatoriano Guillermo Saltos. Por ser uma competição rápida, ele está de plantão para decidir questões disciplinares da Copa América.

Na súmula, o árbitro chileno Enrique Osses narrou a confusão ao final do jogo, a partir da bola chutada em Armero por Neymar e também que o atacante, após ser expulso, o esperou na entrada do túnel para ofendê-lo. A defesa do brasileiro havia pedido a sua absolvição, alegando que ele foi hostilizado por adversários e até por um auxiliar da arbitragem. A defesa foi elaborada pelo diretor jurídico da CBF, Carlos Eugenio Lopes.

Apenas duas pessoas participaram da reunião: Adrian Leiza, representante do Uruguai, e Alberto Lozada, da Bolívia. O chileno Carlos Tapia preferiu não opinar pelo fato de a partida ter sido apitada pelo compatriota Enrique Osses. O brasileiro Caio César Rocha e o colombiano Orlando Morales também não participaram.


Fonte: Estadão

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Celso Arnaldo e os macróbios degenerados



O comentário do jornalista Celso Arnaldo Araújo merece reprodução em itálico e negrito aqui no Direto ao Ponto:

Marco Polo Del Nero, 74. José Maria Marin, 83. E, não nos esqueçamos, João Havelange, incríveis 99! Tão velhos, tão ricos e continuam roubando. 

Bons tempos os de Gino Amleto Meneghetti, inofensivo ladrão de telhado, preso pela última vez aos 93, que morreu na miséria.

Nossos macróbios degenerados da CBF e da FIFA merecem ter seus rostos e pelancas anexados à palavra “velhaco” nos dicionários do melhor vernáculo.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Romário: felizmente, o tempo nos favoreceu encerrando, ainda que tardiamente, tua carreira no futebol - agora pedimos que nos favoreça com tua ausência dos holofotes

Investigação na Fifa: Marin é acusado de receber ao menos R$ 20 milhões em propina

Ex-presidente da CBF é investigado pelo Departamento de Justiça dos EUA por contratos de transmissão da Copa América

O ex-presidente da CBF José Maria Marin foi citado nominalmente, em documento do Departamento de Justiça dos EUA, como um dos beneficiários do esquema de pagamento de propinas envolvendo a Fifa. Marin aparece em duas negociações distintas: a primeira, envolvendo a venda de direitos de transmissão de quatro edições da Copa América. A segunda, em relação a contratos de marketing na Copa do Brasil. Ambas, no total, já teriam rendido R$ 21,8 milhões em subornos.
Segundo o documento, a empresa Datisa acertou o pagamento de até R$ 340 milhões em propinas pelos direitos de transmissão da Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023. Deste montante, parcelas de R$ 9,6 milhões seriam destinadas para o presidente em exercício da CBF — à época, Marin — por cada edição da competição, além de “luvas” pela assinatura do contrato. Assim, Marin já teria recebido duas cotas de quase R$ 10 milhões — as luvas do contrato e pela Copa América de 2015 — totalizando cerca de 20 milhões de reais em propina pagos ao ex-presidente da CBF até este ano. Considerando as propinas acertadas para as três edições futuras, o valor total de dinheiro destinado a Marin ultrapassaria R$ 50 milhões.

Outra linha de investigação diz respeito à venda dos direitos de marketing da Copa do Brasil a partir de 2013. Segundo o documento do Departamento de Justiça norte-americano, a consolidação do acordo com a empresa Traffic, em agosto de 2012, foi condicionada ao pagamento de subornos no valor de R$ 2 milhões por ano, até 2022 — quando se encerraria o contrato com a empresa em questão. A propina seria dividida entre Marin e outros dois "co-conspiradores" — não citados nominalmente no documento. Assim, até este ano, Marin já teria recebido cerca de R$ 2,6 milhões. Se o acordo fosse cumprido integralmente, o ex-presidente da CBF embolsaria aproximadamente R$ 6,7 milhões.