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terça-feira, 1 de agosto de 2023

Sobe para 13 o número de mortos pela polícia em operação no Guarujá; 32 suspeitos foram presos e 11 armas foram apreendidas - O Globo

Policial da Rota é morto a tiros no Guarujá (SP) e agentes fazem operação

Policial da Rota é morto a tiros no Guarujá (SP) e agentes fazem operação Agência O Globo

Subiu para 13 o número de mortos durante a Operação Escudo da Polícia Militar na Baixada Santista. O dado foi confirmado pela Secretaria de Segurança Pública em balanço divulgado na manhã desta terça-feira (1º). Dois policiais militares foram baleados nesta manhã, os dois em Santos. Eles ficaram feridos e estão sendo atendidos na Santa Casa da cidade.

De acordo com a secretaria, as 13 pessoas "morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança". Até o momento, 32 pessoas já foram presas e 20,3 quilos de drogas e 11 armas foram apreendidas.

A Baixada Santista vive uma onda de violência nos últimos dias. Na noite da última quinta-feira (27), o soldado Patrick Bastos Reis, da Rotas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) morreu após ser baleado durante um patrulhamento na comunidade Vila Zilda, no Guarujá. Outro policial ficou ferido. Um homem chamado Erickson David Silva se entregou no domingo, assumindo a autoria dos disparos que mataram o policial.

Em resposta, o governo estadual deflagrou a Operação Escudo, a fim de tentar encontrar o autor dos tiros. Mas a operação policial gerou diversas mortes no Guarujá desde o fim de semana, e deixou ao menos 12 mortes. A operação continua e moradores de diversas comunidades relatam clima de medo com a abordagem policial constante e barulhos de trocas de tiros.

O governador Tarcísio de Freitas afirmou, nesta segunda, que "não houve excesso e não houve hostilidade" nas ações policiais. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, também defendeu a operação e chamou as denúncias de tortura e abusos de "narrativas".[os que reclamam ou são bandidos ou parentes de bandidos ou são obrigados pelos bandidos a falar em entrevista acusando a polícia.]

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Brasil - Jornal O Globo 

 

 

 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

A Presidência desonrada - Míriam Leitão

O Globo

O presidente Bolsonaro ofende o cargo que ocupa 

O presidente Bolsonaro avilta a Presidência da República. Ao caluniar e difamar uma jornalista com uma afirmação machista e uma insinuação sexual, ele não atinge só a  Patrícia Campos Mello. Num efeito bumerangue, Bolsonaro desrespeita o próprio cargo que ocupa. A Presidência tem poderes e tem obrigações. O presidente tem usado os seus poderes para descumprir suas obrigações. Diariamente. Ele tem escalado diante dos olhos da nação. Até quando as instituições brasileiras permanecerão tão incapazes de responder a um chefe do Executivo que quebra o decoro da instância máxima da República?

O espetáculo de horror se repete toda manhã. Bolsonaro chega com seus seguranças e sua claque, ofende alguém ou alguma instituição, ataca e debocha dos jornalistas, faz gestos obscenos, manda os repórteres calarem a boca. Diariamente, ele exibe seu mandonismo primitivo. A qualquer momento do dia, em edição extraordinária, pode ser retomado o show de ofensas que é a comunicação presidencial. A lista dos alvos do presidente é imensa: os governadores, os portadores de HIV, os indígenas, os ambientalistas, a primeira-dama da França, os estudantes, Paulo Freire. Jornalistas são uma “raça em extinção”, governadores do Nordeste são os “governadores Paraíba”, o repórter na porta do Palácio tinha uma cara de “homossexual terrível”, ONGs incendiaram a Amazônia e ambientalistas devem ser confinados, os índios “estão evoluindo e cada vez mais são seres humanos como nós”, os portadores de HIV custam caro ao país, Paulo Freire não pode descansar em paz, é o “energúmeno”.

O que Bolsonaro fez ontem foi repugnante. Ele repetiu a mentira do depoente da CPI da Fake News na semana passada e que seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, ecoou da tribuna. Bolsonaro deu sequência à calúnia, usou de deboche obsceno para as gargalhadas da sua claque. O que houve foi um ataque serial à jornalista da “Folha de S.Paulo”, e dele o presidente fez parte. A reportagem que provocou toda a ira do presidente ilumina um fato [sic] que precisa ser cada vez mais entendido, a compra de disparos em massa de fakenews através do WhatsApp. O país precisa proteger a democracia do risco de interferências e manipulação do processo de escolha do eleitor através de mentiras difundidas pelas redes sociais. Ou a democracia entende esse submundo ou correrá riscos. [no referente a eventual calúnia contra a jornalista, sugerimos clicar aqui, saber mais.]
 
Todo governante pode gostar ou não de uma reportagem, reclamar, dar o seu lado, desmentir, combater a informação que considera errada com mais informação. Mas um governante não pode levar a Presidência ao nível de baixeza que foi levada ontem por Bolsonaro, na difamação sexista contra a portadora da notícia da qual ele não gostou. Essas ofensas a Patrícia Campos Mello atingem a imprensa independente e responsável, que não vai se calar diante dos gritos e das injúrias, mas que o governante tenta intimidar.

Este é apenas um caso. Mas é extremo. Nele, o presidente ultrapassou todos os limites impostos pelo decoro que o cargo exige. Nos últimos dias, ele provocou uma crise federativa ao desafiar os governadores a adotar uma proposta que ele sabe ser impraticável, de zerar todos os impostos sobre combustíveis e, depois, fez um acusação direta ao governador da Bahia. Uma das obrigações do presidente é zelar pela federação, Bolsonaro atormenta a federação. Ele a fragiliza.

Um presidente não é inimputável. Ele pode não responder pelos atos que cometeu antes de assumir. E essa prerrogativa existe para proteger a Presidência em si e não a pessoa que ocupa o cargo. Mas Bolsonaro entendeu que entre os seus poderes está o de dizer o que lhe vier à cabeça, agredindo qualquer brasileiro, grupo social ou instituição. Contra isso existem os freios e contrapesos, para que um Poder alerte o outro dos excessos cometidos. O problema no Brasil neste momento é que o presidente radicalizou, exibe uma agressividade descontrolada, e os outros poderes se encolheram diante desse extremismo.

É assim que as democracias morrem. Elas vão sendo desmoralizadas aos poucos, as instituições vão se omitindo e se cansando das batalhas diárias, as pessoas vão se acostumando aos absurdos. O país passa a achar normal o que é na verdade inconcebível e acaba por aceitar o inaceitável, como um presidente que ofende o cargo que ocupa. E assim nascem as tiranias.

Blog da Míriam Leitão, jornalista - Alvaro Gribel, de São Paulo - O Globo

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

‘A polícia não mata. É alvo de disparos’, diz Major Fabiana, secretária de vitimização - O Globo

A PM, que contabiliza atendimento a 150 pessoas, responde a perguntas do GLOBO


Major Fabiana (PSL-RJ) contabiliza atendimento a 150 pessoas Foto: Gabriela Fittipaldi / Agência O Globo
Major Fabiana (PSL-RJ) contabiliza atendimento a 150 pessoas Foto: Gabriela Fittipaldi / Agência O Globo

Empossada há 17 dias como secretária de Vitimização do governo de Wilson Witzel, Major Fabiana (PSL-RJ) contabiliza atendimento a 150 pessoas. Elas são de famílias de policiais, criminosos e inocentes mortos ou feridos durante confronto entre agentes de segurança e bandidos. A pasta foi criada com objetivo de prover assistência médica e jurídica. Em entrevista ao GLOBO, a Major fala sobre o sequestro na Ponte Rio-Niterói, e também sobre a política adotada pelo estado no combate ao crime organizado.


Recentemente, seis inocentes foram mortos a tiros no Rio. Não se sabe de onde partiram as balas. Alguma família recusou assistência da secretaria?
As famílias da Tijuca e de Niterói recusaram. Ressalto que esses casos ainda estão sendo investigados. Mas, independentemente de serem ou não envolvidos com o tráfico, o foco da pasta é nas pessoas que ficam. Recuperar o coração dilacerado dessas famílias.
“A polícia não mata. É alvo de disparos. Ela tem ordenamento jurídico e regulamento para seguir. O bandido, não. A polícia não atira para matar. Ela revida para salvar a própria vida e a de terceiros”
Major Fabiana
Secretária estadual de Vitimização
Como major da PM, o que recomenda para reduzir mortes de inocentes?
A polícia não mata. É alvo de disparos. Ela tem ordenamento jurídico e regulamento para seguir. O bandido, não. A polícia não atira para matar. Ela revida para salvar a própria vida e a de terceiros. 

LEIA: Rio terá mais mortes causadas por ações policiais até dezembro, diz secretário de Polícia Civil
 
O governador estimula que a polícia atire para matar.
Quando ele fala que quem está com fuzil tem que ser abatido, quero que você me diga: uma pessoa que porta fuzil que outro resultado se não a morte ela deseja?

Voltando aos inocentes, o que fazer para evitar essas mortes?
O governo já tem feito: investir em projetos sociais que envolvam policiais nas comunidades e um excelente trabalho integrado das polícias Civil e Militar.

Como secretária de Vitimização, a senhora apoia a política de abate do governo?
Sou uma entusiasta da política de segurança do governador. Os números provam que é exitosa. O número de homicídios ainda não é o ideal, mas caiu imensamente.

O Globo


domingo, 24 de fevereiro de 2019

Adolescente palestino é morto em Gaza por soldados de Israel

Na 48ª Marcha do Retorno, 30 pessoas ficaram feridas pela reação das forças de Israel; um menino de 12 anos está em estado grave 

[Israel um aliado ideal para o tirano Maduro - matar civis desarmados, inclusive crianças de 15 anos, prática que Israel faz sem remorsos.

Ao tempo que diz apoiar o autoproclamado presidente da Venezuela, o Exército de Israel assassina civis, até crianças, na Faixa de Gaza.]



O menor palestino Youssef al Dayah, de 15 anos, foi morto nesta sexta-feira, 22, por soldados do Exército de Israel durante os protestos que ocorrem todas as sextas-feiras na Faixa de Gaza, desde abril de 2018, junto à cerca de separação com Israel. Segundo o Ministério de Saúde de Gaza, outro palestino, de 12 anos, está entre a vida e a morte depois de ter sido atingido por disparos no peito.
O ministério informou que 30 manifestantes ficaram feridos por disparos do lado israelense.

Centenas de palestinos compareceram nesta sexta-feira à Grande Marcha do Retorno, em sua 48ª semana consecutiva. O movimento iniciado em março do ano passado tem os objetivo de reivindicar o regresso dos refugiados palestinos a seus locais de origem, em Israel, e de pedir o fim do bloqueio israelense a Gaza, imposto desde 2007.

A tensão aumentou na Faixa de Gaza no ano passado, com sete picos de violência. Houve lançamento em massa de projéteis desde Gaza e bombardeios israelenses em represália, com frágeis tréguas.
Desde o início dessa mobilização em Gaza, mais de 250 palestinos morreram em decorrência de disparos das forças israelenses, conforme dados do Ministério de Saúde palestino. Um soldado israelense junto à fronteira e outro em uma operação do Exército encoberto dentro do enclave também foram mortos.
 
EFE
 
 

sábado, 21 de outubro de 2017

Colega de classe diz que atirador era uma pessoa "estranha e muito fria"


Familiares de alunos e moradores vizinhos à escola goiana fazem vigília e dizem não entender a ação do atirador contra os colegas

Horas depois de perceberem a dimensão da tragédia, a comoção tomou conta de quem passou em frente a unidade de ensino que foi palco do ataque. Pais de alunos que sobreviveram ao atentado, amigos das vítimas e a vizinhos do prédio da escola se uniram para prestar solidariedade aos mortos e feridos. Carregando velas e rezando, cerca de 50 pessoas passaram a noite em frente ao Colégio Goyases.

Convocada pelas redes sociais, uma vigília pediu paz na comunidade onde a escola está localizada e lembrou os estudantes que foram vítimas do atirador. A empresária Kamila Vieira, de 30 anos, é mãe de uma aluna do colégio. Ela conta que a filha já sofreu bullying, mas logo contornou a situação. “Minha filha também já sofreu ofensas nesta escola por parte de coleguinhas. Mas eu conversei com ela, e a escola também agiu para resolver o problema. Não entendo por que esse aluno fez isso. Só podemos orar pelos mortos e pedir a recuperação dos feridos, por isso viemos aqui”, destaca.

Os estudantes se organizam para prestar homenagens hoje e oferecer apoio aos colegas que estão internados. A enfermeira Magda Carvalho, 51 anos, foi até o local, mesmo assustada com a situação. “Minha filha de 13 anos saiu da escola 10 minutos antes de tudo acontecer. Poderia ter sido com qualquer uma das nossas crianças. O que podemos fazer agora é pedir conforto para os parentes dos que morreram e força para os que ficaram feridos”, conta. O bairro onde ocorreu a tragédia fica afastado do centro da capital goiana. Mesmo assim, ao longo do dia, dezenas de pessoas passaram por lá e deixaram velas, mensagens e fizeram orações.



Relatos




Duas adolescentes que estudavam na sala do adolescente que atirou contra colegas, em Goiânia, afirmam que o garoto tinha comportamento distante e diverso do restante da turma. As meninas dizem que o jovem já chegou a levar um livro sobre satanismo à escola. “Numa prova de ética dele, ele desenhou o símbolo nazista, e, em uma roda literária, ele levou um livro satânico”, relatou uma das crianças. Segundo ela, o episódio ocorreu no ano passado.



De acordo com a outra garota, o estudante era uma pessoa “estranha e muito fria”. “Se você fizesse uma brincadeira ele falava que iria te levar para o inferno, que iria matar sua família e te matar”, disse a menina. Uma delas afirma que houve um período em que o adolescente que realizou os disparos ocupou lugar em frente ao dela, na sala. “Foi a época em que ele falou para mim que ia matar meu pai e minha mãe...”, lembra, confirmando que o jovem fazia ameaças semelhantes a outros alunos.



Disparos

Ambas contam, contudo, que o menino jamais havia ameaçado levar uma arma ao colégio e que, a princípio, não identificaram o barulho dos disparos como sendo tiros. “Como teria mostra científica amanhã, pensamos que tinha sido um dos projetos que tinha estourado, ou alguma bombinha. Na hora em que nós vimos a arma, saímos correndo”, relata uma das garotas. Segundo as meninas, o jovem teria começado a disparar aleatoriamente.



Amiga de João Pedro — que morreu no atentado —, uma das jovens o descreve como alguém que brincava com todos, mas desconhece qualquer apelido específico em relação ao atirador. Quanto a João Vitor, outra vítima, a garota o define como “uma pessoa normal, bom aluno”.



Luto

No portão de entrada do Colégio Goyases, uma faixa com os dizeres “Família Goyases em luto” foi afixada na tarde de ontem. Acima dela, outra anunciava a realização da mostra científica que aconteceria na escola hoje. Pouco antes das 17h, os corpos de João Vitor e João Pedro haviam sido retirados da escola e levados ao Instituto Médico Legal.



O delegado Francisco Costa, do departamento de homicídios, do lado de fora da escola, disse que a sala estava revirada, com marcas de bala nas paredes e no chão, e que havia manchas de sangue do terceiro andar da escola até o térreo. Ele afirmou que a perícia, preliminarmente, encontrou pelo menos 11 cápsulas de balas .40 na sala de aula onde estudavam os 30 alunos da turma do 8º ano. Segundo Costa, a perícia pode ver que alguns disparos pareciam ter alvos determinados e outros pareciam ter sido efetuados de forma aleatória. Uma estudante ouvida pela reportagem disse que o atirador chegou a mirar em direção a ela por alguns segundos, mas mudou de ângulo e não a atingiu.

O colégio, segundo estudantes e ex-estudantes que circundavam o cordão de isolamento, exigia muita disciplina dos alunos. Um deles disse que já havia sido suspenso de classe porque estourou um “estalinho”. Três alunas do 9º ano, sentadas na calçada, comentaram que há aula de ética toda semana.
 
Fonte: Correio Braziliense
 

domingo, 22 de março de 2015

Câmaras de posto de combustível mostram execução à queima roupa

Distrito Federal precisa,  no mínimo,  dobrar seu efetivo de policiais militares
Além do efetivo ser abaixo do mínimo a escala de serviço reduz mais ainda o número de PMs realmente em atividade no policiamento ostensivo
O número atual de PMs no Distrito Federal é o que existia quando o DF tinha 500.000 hoje tem mais de 2.000.000
Além do efetivo reduzido, insuficiente mesmo,  mais de 1.000 policiais estão desviados do policiamento ostensivo, emprestados a órgãos do Poder Judiciário
Uma mulher morreu e outra ficou ferida depois de um homem, ainda não identificado, atirar várias vezes na direção do carro em que elas estavam, na QNL 21, em Taguatinga. O crime ocorreu por volta de 22h30 desse sábado (21/3), em um posto de combustíveis.

  

Câmeras de segurança do local mostram o momento em que o criminoso se aproxima do carro e dispara, pelo menos, oito vezes dentro do veículo. As imagens ainda mostram a condutora fugindo mesmo depois dos disparos.
Lígia Cristina dos Reis morreu na hora e uma outra mulher que também estava no carro ficou ferida e foi encaminhada para o hospital. A 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) investiga o caso.

Fonte: Correio Braziliense