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sexta-feira, 27 de março de 2015

Graça Foster acusa Lula de forçar a construção de refinarias

Graça: Lula foi enfático sobre a necessidade de construção de refinarias

"Ele deu várias broncas na diretoria da Petrobras, sempre empurrando a Petrobras para frente", disse. Ela afirmou que, em encontro com conselheiros da estatal, Lula destacou a importância da construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), posteriormente aprovado pelo conselho.

Graça foi questionada pelo deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) se estaria encobrindo alguém e se preferia o PT à Petrobras. Ela respondeu: "Mil vezes Petrobras, Petrobras, Petrobras". A gestora também afirmou não saber quem indicou Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque para postos de comando na estatal. Ela disse ainda que nunca viu João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, acusado de participar no esquema de desvios. Sobre sua saída da estatal, Graça Foster ressaltou que não foi demitida, mas pediu demissão com outros colegas, que chamou de "meus diretores". " Meus diretores não estão se defendendo ou fazendo delação premiada", justificou.

Segundo ela, o momento pedia a indicação de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil, para a presidência da Petrobras. "Tem horas que a Petrobras precisa de um economista, de um engenheiro. Tem horas que um financista é o nome do momento", avaliou. "Certamente, a Petrobras merecia um gestor muito melhor do que eu", disse Graça.

Governança
Graça disse que não acredita em governança perfeita. "Nossa governança precisava ser melhor", disse. Ela reafirmou que o sistema da Petrobras não detectou ações externas à estatal e, por esse motivo, ela criou a diretoria de Governança e Compliance.

Sobre a transferência de bens para parentes, Graça afirmou que passou um apartamento no Rio de Janeiro para a filha, uma casa na Ilha do Governador para dois filhos, além de um apartamento em Búzios, que ainda até em processo. Ela disse que mora em um apartamento no Rio de Janeiro e queria fazer uma divisão entre os filhos. Ressaltou ainda, em depoimento à CPI da Petrobras, que as transferências começaram em 2012.

Corrupção
A ex-presidente da Petrobras disse Que não pode caracterizar a corrupção como sistêmica e institucionalizada na companhia. Ela afirmou não poder fazer essa avaliação porque não sabia dos fatos e só teve informação quando foi deflagrada a operação Lava Jato. Ela informou que uma investigação interna, com a participação duas empresas privadas independentes, está em curso e levará até dois anos para ser concluída. A medida, segundo ela, foi uma exigência da empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers. "A partir daí, teremos mais informações para colaborar com a Polícia Federal e com os órgãos de controle", disse.

Graça também afirmou que é a Petrobras quem paga a conta da corrupção e do pagamento de propinas. Para ela, se uma empresa paga propina para fechar um contrato, esse valor será incluído no próximo contrato.  "A empresa que pega sua margem e paga propina, na próxima licitação que fizer, vai jogar isso no preço", afirmou, em depoimento à CPI da Petrobras.

A gestora afirmou que tem informações pela imprensa sobre o esquema de corrupção. "O que eu tenho lido o ouvido é que essas práticas eram intensas até 2012 e que depois esse cartel se desfez", disse.

Lava Jato
Graça Foster disse que a operação Lava Jato muda a estatal para melhor. "Não tenho dúvidas em relação ao bem que a operação Lava Jato já vem causando na Petrobras", avaliou.

"Não vamos esquecer nunca o ano de 2014", disse Graça, antes de afirmar que a operação da Polícia Federal é uma lição que não deve ser esquecida. A gestora voltou a falar da competência técnica de Paulo Roberto Costa, Renato Duque e, especialmente, Pedro Barusco. "Eu tenho vergonha, muita vergonha", disse, se referindo ao envolvimento dos ex-colegas no esquema de corrupção.


Fonte: Estadão - Conteúdo
 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Entre o espelho e o marqueteiro

De desastre em desastre, a presidente Dilma se vê com espaço de manobra cada vez mais restrito

Fevereiro vem impondo duro choque de realidade a quem ainda não se dera conta da extensão do despreparo da presidente Dilma para enfrentar a grave conjunção de crises com que agora se depara. Na esteira de uma atuação espantosamente desastrada, o Planalto parece ter estreitado ainda mais o já reduzido espaço de manobra com que contava para lidar com leque tão amplo de dificuldades.

O primeiro desastre foi o retumbante fracasso do pretensioso esquema de segurança parlamentar que, supostamente, estaria garantido pelas forças políticas representadas no novo ministério. Apesar de todo seu empenho, o Planalto não conseguiu evitar que o Deputado Eduardo Cunha, notório desafeto de Dilma, conquistasse a presidência da Câmara em primeiro turno, com 267 votos. Não bastasse seu candidato ter tido pífios 136 votos, o PT se viu completamente alijado da Mesa Diretora da Câmara.

Quatro dias depois, para grande irritação do Planalto, a oposição, apoiada por 52 parlamentares da base aliada do governo, conseguiu aprovar a instalação de nova CPI da Petrobras na Câmara, prontamente autorizada pelo presidente da Casa. E foi só o começo. A presidente vem tendo desgostos quase diários com o que vem ocorrendo naquela Casa.

Ainda atordoado pela consciência da precariedade do seu apoio parlamentar, o Planalto logo se viu às voltas com novas trapalhadas na condução da crise da Petrobras. Indignada por ter o Conselho de Administração da empresa admitido que os ativos da companhia poderiam vir a sofrer baixas contábeis da ordem de R$ 88 bilhões, Dilma anunciou que Graça Foster seria afastada da presidência da estatal. 

Como já havia feito com Guido Mantega na Fazenda, a presidente pediu a Graça Foster e demais diretores que permanecessem no cargo até que fosse concluído o problemático fechamento do balanço da empresa. Para sua grande surpresa, a diretoria recusou-se a desempenhar tal papel. Preferiu demitir-se em bloco. E Dilma viu-se, de repente, obrigada a encontrar, em 48 horas, um nome com perfil adequado que se dispusesse a assumir a presidência da Petrobras em meio à grave crise que atravessa a empresa.

Entalada nessa posição tão difícil, a presidente poderia ter aproveitado a oportunidade para escolher um nome respeitável e independente, que fosse capaz de repassar a empresa a limpo. Mas preferiu uma solução caseira, que lhe permitisse manter a presidência da empresa sob seu estrito controle e assegurar a blindagem que obceca o Planalto: impedir que o Conselho de Administração e a cúpula do governo venham a ser de alguma forma responsabilizados pelo que aconteceu na Petrobras. 

Foi um erro grave. É bem provável que a presidente se arrependa amargamente de ter perdido a oportunidade de pôr em marcha um esforço convincente de reconstrução da Petrobras em outras bases. Dilma parece ainda não ter percebido que, a esta altura, já não será no âmbito da própria estatal que afinal será estabelecido se o Conselho de Administração da empresa ou o Planalto devem ou não ser responsabilizados pelo que aconteceu. E que, caso ela própria venha a ser responsabilizada de alguma forma, estará em posição muito menos confortável do que estaria se pudesse ostentar empenho inequívoco e genuíno em passar a estatal a limpo no seu segundo mandato.

No governo, houve quem se queixasse de que, na escolha do novo presidente da Petrobras, Dilma teria tomado uma decisão solitária, sem consultar ninguém. A informação de que só consultou a si mesma é mais uma evidência de que a presidente, desalentada, quem sabe pela qualidade da assessoria de que se cercou, tem-se mantido preocupantemente isolada.

O que agora se noticia é que, alarmada com a rápida queda de sua popularidade e com a extensão da deterioração de sua imagem, Dilma estaria convencida de que precisa se reaproximar de seu marqueteiro. [a principal dica do marqueteiro de Dilma é que ela minta; até para mentir com êxito é preciso ter alguma credibilidade, o que Dilma não tem mais.]Uma reação redondamente equivocada. Passar a entremear consultas ao espelho com sessões de ilusionismo não é exatamente o tipo de arejamento de que a presidente precisa.

Por: Rogério Furquim Werneck, economista

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Presidente do Banco do Brasil é indicado para assumir presidência da Petrobras e vice-presidente. Novo presidente reúne todos os requisitos para exercer ao estilo PT o novo cargo.



O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, vai assumir o comando da Petrobras no lugar de Graça Foster. O conselho de administração da estatal está reunido em São Paulo para bater o martelo sobre a escolha. O governo prometeu ao executivo autonomia para formar a nova diretoria empresa. Com isso, ele deve levar para a estatal Ivan Monteiro para assumir a diretoria financeira. 

O anúncio oficial, no entanto, só deve ser feito após o fechamento do mercado, por volta das 17h30m. O mercado financeiro reagiu mal à escolha de Bendine para assumir a estatal. As ações da Petrobras já caíram 7%. O conselho de administração da estatal está reunido em São Paulo para oficializar a indicação. O desempenho da estatal puxa para baixo a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O índice de referência Ibovespa recua 1,57%, aos 48.461 pontos.

Bendine foi alçado ao Banco do Brasil em 2009 pelo então presidente Lula, de quem é próximo. Funcionário de carreira, antes de assumir o comando do Banco do Brasil ele foi vice-presidente de Cartões e Novos Negócios de Varejo da instituição. Bendine era também apontado como o próximo presidente do BNDES no lugar de Luciano Coutinho. Em novembro de 2014 ele foi convidado para assumir o cargo pela própria presidente Dilma Rousseff. Com a ida de Bendine para a Petrobras, Alexandre Abreu, que é vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil, assumirá a presidência do órgão.

CENTRO DE POLÊMICAS
O novo presidente da Petrobras, no entanto, foi alvo de pelo menos três polêmicas no fim do ano passado. Ele foi acusado de favorecimento à socialite Val Marchiori por meio de empréstimos concedidos pelo BB e pelo BNDES. Além das denúncias sobre a socialite, o ex-motorista de Bendine relatou ao Ministério Público Federal ter feito diversos pagamentos em dinheiro vivo a mando do chefe. Em agosto do ano passado, o novo presidente da Petrobras arcou ainda com uma multa de R$ 122 mil à Receita Federal após autuação por não comprovar a procedência de aproximadamente R$ 280 mil informados na sua prestação de contas ao Fisco. 

Ele entrou no radar do Fisco depois da denúncia da compra de um apartamento no interior de São Paulo, por R$ 150 mil, pagamento feito em espécie. [por tão excelente currículo, resta indiscutível que o senhor Aldemir Bendine reúne todos os requisitos para presidir a Petrobrás, servindo ao desgoverno Dilma Rousseff.] Após o escândalo ele chegou a colocar o cargo à disposição. O anúncio oficial de sua saída, porém, que só viria depois da escolha do novo ministro da Fazenda, acabou sendo adiada. Joaquim Levy substituiu Guido Mantega e o executivo continuou na presidência do banco, mas estava afastado de várias atividades da instituição, já numa transição interna para a sua saída.

PREOCUPAÇÃO COM A LAVA-JATO
Na quinta-feira, durante reuniões entre a presidente Dilma Rousseff e ministros, a preocupação era o futuro das investigações da Operação Lava-Jato. Esse tema entrou no processo de escolha do novo presidente da Petrobras. Uma ala do governo passou a defender que o sucessor de Graça Foster não atendesse apenas ao mercado, mas que fosse também leal ao PT o suficiente para manter uma certa blindagem à presidente e ao partido.

O anúncio do novo nome veio depois que cinco dos sete diretores atuais e Graça Foster deixam os seus cargos. A renúncia da equipe foi comunicada na última quarta-feira pela estatal ao mercado em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além de Graça, renunciam o diretor de Exploração e Produção, José Formigli, o da área Financeira, Almir Barbassa, o de Abastecimento, José Carlos Cosenza, o de Gás e Energia, Alcides Santoro, e o de Engenharia, José Figueiredo.

O diretor Corporativo, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), permanece no cargo, assim como o novo diretor de Governança, João Adalberto Elek. Dutra está afastado em licença médica.

Fonte: G 1

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A vida de cada um



Vista assim do alto, a renúncia da presidente e mais cinco diretores da Petrobrás horas depois de ter sido acertado um cronograma com a Presidência da República que previa a saída para daqui a um mês pode parecer ato de retaliação. Algo como um troco à proposta de Dilma Rousseff de estender a fritura de cada um dos executivos, de Graça Foster em particular, e ainda adequá-la à sua conveniência de encontrar uma saída o menos traumática possível para nomear nova diretoria e ainda acertar os números do balanço trimestral da companhia.

O gesto não deixa de dar margem a essa interpretação. Inclusive porque, guardadas todas as proporções, lembraria a atitude da ex-ministra da Cultura Marta Suplicy, não obstante as diferenças abissais entre ambas. De propósitos e temperamentos. Algo, no entanto, une as duas: o limiar da desmoralização. Em Marta pesou a política; para Graça, de acordo gente próxima a ela, a fronteira de inadmissível ultrapassagem é a família.

Depois de tentar se demitir várias vezes e ter os pedidos recusados pela presidente, Marta tomou a decisão unilateral quando viu o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, sugerir a renúncia coletiva do ministério numa tentativa, segundo ela, de transformá-la de demissionária em demitida. Ciente de seu desgaste, Graça Foster pediu para sair no meio da crise. Ela chegou a combinar com Dilma Rousseff duas datas: uma logo após as eleições, outra logo após a posse no segundo mandato. Ambas adiadas por solicitação da presidente.  Até que ocorreu o episódio da divulgação do balanço não auditado da Petrobrás com aquele dado sobre a perda de R$ 88 bilhões em ativos. 

Os cálculos não estariam completos e Graça teria se precipitado ao autorizar a divulgação e Dilma, "furiosa", decidiu demiti-la.  Seja como for, a executiva que aceitara atender aos apelos de amizade, na hora de ser descartada, não recebeu apreço em contrapartida. Ficou mal na história. Com pecha de incompetente e precipitada, para todos os efeitos imposta pela amiga.  Mas, ainda assim, aceitou frequentar o limbo por mais um mês. Para resolver um problema da presidente. Ali no ambiente do Palácio do Planalto deve ter-lhe parecido que 30 dias a mais ou a menos talvez não fizessem diferença. Brasília não é seu hábitat.

Mas o Rio de Janeiro é. Enquanto Graça Foster pegava o avião de volta para a cidade, um grupo de manifestantes fazia um "panelaço" nas proximidades de sua residência, em Copacabana. Numericamente insignificantes, cerca de 30 pessoas. Simbolicamente, suficientes para criar constrangimento a quem, tendo feito carreira como servidora e não no embate duro da política, não está acostumada a ouvir frases como "Ô Graça Foster, o seu vizinho tem vergonha de você" nem a se expor a processos de desmoralização pública.

No entender de quem entende de Graça Foster, a preservação pessoal e o resguardo familiar pesaram mais na decisão que o acordo da lealdade de mão única da presidente Dilma.

Todos juntos. A explicação para cinco dos seis diretores da Petrobrás terem acompanhado a presidente na renúncia é um acordo anterior de que ninguém ficaria ou sairia isoladamente. Fossem quais fossem os motivos.

Fábula. Ao governo interessará, quem sabe, construir a narrativa de que a renúncia de Graça Foster estava combinada com a presidente Dilma.
O problema é que para que essa versão seja verossímil, o Planalto já deveria ter na manhã de ontem um nome escolhido para substituí-la na presidência da Petrobrás.

O prejuízo político é do Planalto. Mais um.

Fonte: O Estado de São Paulo - Dora Kramer, colunista 


Dilma é incompetente, estupidamente teimosa e perde todas. Perdeu com a instalação de nova CPI da Petrobras e está perdendo o mandato conseguido com a eleição que ganhou



A saída da Graça Foster da presidência da Petrobras vem tarde?
No ano passo tinha muita gente pedindo a demissão da Graça Foster, na esteira de uma disputa eleitoral. Naquele momento, a presidente Dilma afirmou que não havia nada contra Graça Foster. Agora, por questão pessoal, ela pede para sair. Portanto, não comentaremos questão de foro íntimo.

O PT apoia a instalação de uma CPI para investigar a Petrobras?
Nossa preocupação é que, geralmente, a CPI vem em uma linha de disputa política. No caso da Petrobras, já temos a Justiça, a Polícia Federal e o Ministério Público tratando das denúncias de corrupção. CPI é um estardalhaço. Serve mais para fazer barulho do que para investigar. Se quiserem investigar, nós apoiamos. Se for para fazer barulho, será mais um ano de barulho.

Mas o PT apoiava CPI quando estava na oposição. Era para fazer barulho?
As CPIs sempre foram interpretadas como queda de braço da disputa política. A diferença é que, no passado, os órgãos de investigação eram amordaçados, não tinham liberdade para atuarem, tanto que o ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro era chamado de engavetador do Fernando Henrique Cardoso. Portanto, havia uma diferença muito grande de cenário.

O PT continuará adotando uma postura de conflito com presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)?
Não. Eu discordo de uma postura de tensão. A disputa pela presidência da Câmara já passou. Ao modo dele, Eduardo Cunha conseguiu ser eleito presidente da Câmara. Neste momento, nós entendemos que teremos uma disputa negociada, porque ele gosta de confronto também. Como líder, nós vamos buscar primeiro o convencimento. Se não encontrarmos, vamos para negociação. Só em último caso marcaremos nossa posição.

Cinco motivos pelos quais Dilma demorou tanto para demitir Graça Foster 
Estúpida teimosia
Quem circula no meio político sabe exatamente como a presidente Dilma Rousseff não aceita conselho. Com perfil centralizador, a ex-ministra de Minas e Energia acredita que conhece a área como poucos no Brasil.

Queda de braço com o mercado financeiro
O mercado financeiro vinha punindo a Petrobras por causa da insistência de Dilma em manter a moribunda Graça Foster no comando da estatal brasileira. A permanência de Graça fez as ações da empresa despencarem. Na sexta-feira, os papeis da Petrobras valiam pouco mais de R$ 8. Dilma, no entanto, não queria ceder à “pressão do mercado”.

Corrupção na Petrobras
Com a Petrobras atolada em corrupção, Dilma temia que a demissão de Graça Foster acelerasse o processo de instalação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), conforme vem pedindo a oposição – apoiada por parcela de parlamentares da base do governo. Na Câmara, a oposição já conseguiu as 171 assinaturas necessárias.

A quem responsabilizar
O governo prefere responsabilizar o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli, que ocupava o comando da estatal no governo Lula, pela roubalheira. Na formação ministerial, Dilma praticamente zerou a participação de indicados por Lula no governo. Sem Graça Foster no caminho, ela temia ter que ceder a indicação do novo presidente da Petrobras a Lula – sob o risco de acirrar a azedada relação entre os dois.

Estelionato eleitoral
Dilma Rousseff passou a campanha eleitoral inteira acusando o candidato Aécio Neves (PSDB) de querer delapidar a Petrobras. Mentiu, omitiu e segurou o balanço que apontava baixa contábil de R$ 88,6 bilhões nos ativos da companhia referentes às perdas com corrupção ligadas à operação Lava-Jato. Até que não deu mais para segurar Graça Foster.

Fonte: Gabriel Garcia – O Globo