O PSOL deveria ter vergonha de abrigar
nas suas fileiras um mero esbirro do PT, mais enfático na defesa do petismo e do governo
do que os próprios petistas.
Fiquei sabendo que o
deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) ficou bravinho com
o post que publiquei aqui nesta madrugada. É mesmo? Estou cantando e andando pra ele. Que aprenda a ser
tolerante com os que não comungam de sua cartilha, seja ela qual for.
A propósito: alguém já viu este senhor participar de debates na Câmara? Passa boa parte do tempo,
com todo o respeito, futricando com jornalistas e fazendo fofoca nas redes
sociais.
Num dos seus vídeos, ele enche a boca para atacar o “baixo clero”. Por quê? Wyllys agora é “alto clero”? Ora…
A verdade é que ele ainda se
acha membro do BBB. Seu negócio é criar ondas de opinião, dizer-se vítima de
preconceito para poder atacar. Não! Ele não é irrelevante, não!
Incentiva a luta de todos contra todos e torna o debate impossível. Jean Wyllys é do tipo que precisa que o mundo seja homofóbico para
que ele possa exercer a sua intolerância em nome das vítimas.
E como, por baixo daquela basta cabeleira, não reside um cérebro privilegiado, ele confessa
o que quer.
Num de seus vídeos, ele deixou claro que convocou representantes do Movimento
Brasil Livre para a CPI dos Crimes Cibernéticos — fora do escopo da comissão, diga-se — para “enquadrá-los”.
Quem é ele para enquadrar
alguém por crime de opinião? Wyllys tem uma desculpa para
atacar a discriminar: combater o que ele chama de “oposição
de direita ao governo Dilma”. Ainda que houvesse… E daí? Se o PSOL pretende ser
oposição de esquerda, por que não poderia haver uma de direita? A verdade é que este
senhor usa a razoável visibilidade que o cargo lhe dá para discriminar aqueles de quem
não gosta e para lhes pespegar pechas.
E pode ser virulento e
preconceituoso. Ao me atacar certa feita no Twitter, me chamou de “bichona”. É claro que ele não queria me elogiar. Vale
dizer: para desqualificar um adversário de debate, Wyllys
o chama de “bicha”. Ou por outra: ele chama
alguém de “bicha” como ofensa. Se a tal lei fascistoide
anti-homofobia estivesse em vigor, ele poderia ser processado. Ou será que
a dita-cuja tornará os gays imunes ao crime de homofobia?
Para atacar um outro que o
questionou, não teve dúvida: chamou-o
de “negro
e gordo” — também em tom pejorativo. Pior até: sugeriu que o outro estava
obrigado a pensar como ele próprio porque “negro
e gordo”.
Esse cara é patético. Enquanto ele se limitar
à sua pantomima submidiática, deixo-o quieto. Se ele quiser usar a Câmara para perseguir
pessoas e grupos dos quais discorda, aí não. De resto, estou pouco me lixando se Wyllys faz sexo com
homem, mulher ou abacaxis. Para mim, ele é um
deputado. E ponto. Só me incomodarei nesse
particular se ele defender sexo forçado e com crianças. Vai, Wyllys, corra lá para
a sua Conexão Havana, em homenagem a Cuba, o país que
mete na cadeia gays como você. O PSOL deveria ter vergonha de abrigar nas suas fileiras um mero
esbirro do PT, que já foi reconhecido pela direção companheira como mais enfático na defesa do
petismo e do governo Dilma do que os próprios petistas.
Wyllys está bravo? Recomendo
Lexotan, Rivotril e leitura. Ler o quê? Qualquer coisa, no seu caso, já será um ganho.
Fonte: Revista VEJA – Blog do
Reinaldo Azevedo