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terça-feira, 25 de outubro de 2022

O que Joaquim Barbosa já disse sobre Lula e o PT

Em 2014, o ex-ministro do STF afirmou que o partido havia sido "tomado por bandidos, pela corrupção" e que admirava a legenda "antes da candidatura Lula" 

No passado, Joaquim Barbosa já foi um crítico feroz do presidente Lula e do PT. O ministro foi indicado ao STF pelo ex-presidente petista em junho de 2003.  Em 2006, assumiu a relatoria do  processo do mensalão, o primeiro grande escândalo de corrupção do governo Lula. O STF condenou 24 pessoas à prisão, incluindo figurões como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado Roberto Jefferson (ele mesmo!), então aliado do governo petista. Depois disso, Joaquim passou a ser hostilizado pelo partido.

Em 2014, o ministro anunciou sua aposentadoria. Na época, foi sondado por vários partidos para disputar a Presidência da República, ocasião em que confidenciou que tinha uma dificuldade para levar o projeto à frente. “O partido com o qual eu mais me identificaria seria com aquele PT antigo, não esse PT de hoje, tomado por bandidos, pela corrupção. O PT de antes da candidatura Lula”, disse Barbosa, insinuando que o ex-presidente era responsável pela degradação ética da legenda.

Joaquim Barbosa se irritava quando ouvia insinuações de petistas de que ele era “traidor”.  O ministro dizia em conversas reservadas que jamais esconderia as “safadezas” dos petistas ligados a Lula pelo simples fato de ter sido nomeado pelo ex-presidente. Embora Lula fosse o maior beneficiário do esquema de corrupção, não estava entre os denunciados do mensalão.

Depois  da aposentadoria, Joaquim Barbosa se mudou para o Rio de Janeiro, onde tem um escritório de advocacia. Também se filiou ao PSB. Em 2018,  o ex-ministro chegou a registrar 10% das intenções de votos nas pesquisas prévias para a Presidência da República, mas, de novo, optou por não disputar a eleição. No início deste ano, diante de novos rumores sobre uma eventual candidatura, ele se desfiliou do partido. [COMENTÁRIO: fácil concluir que o ex-presidiário e o ex-ministro se merecem; 
felizmente, o apoio do ex-ministro e NADA são exatamente a mesma coisa; 
FELIZMENTE,em maiúsculas, o presidente Bolsonaro nunca teve a desventura de ser apoiado e/ou ter a simpatia do ex-ministro.]

Política - Revista VEJA


quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Lula e o PT querem fazer do Brasil um novo “Peru” - Gazeta do Povo

J. R. Guzzo - VOZES

De uma coisa ninguém vai poder reclamar quando se constatar, para a surpresa chocada das almas de boa-fé, que o governo estará querendo violar a Constituição para impor um outro regime ao Brasil, caso Lula ganhe as próximas eleições presidenciais: falta de aviso. Ele próprio, Lula, já disse, repetiu e vai dizer de novo que o Brasil, sob a sua direção, será um país “socialista”. A eleição de outubro não é para isso — sua função é escolher um presidente da República para o período de 2023 a 2027, e não impor um novo regime político, econômico e social à sociedade brasileira.

Mas e daí? Lula e o PT estão convencidos que uma eventual vitória na eleição vai autorizá-los a transformar o país em mais um “Chile”, ou “Peru”, ou “Bolívia” (não falam em “Venezuela” e “Cuba”, mas nem precisa), com a economia entregue “ao Estado” e o resto da ladainha que tem sido tentada através do mundo nos últimos 100 anos — e jamais deu certo, em lugar nenhum.

É espantoso que um candidato a presidente da República, com todo o incentivo das forças que o apoiam, tenha como projeto de governo criar um “Peru” no Brasil, ou coisa que o valha — mas são eles mesmos, e ninguém mais, que estão dizendo isso. Peru? A esquerda brasileira já teve planos mais ambiciosos para o país.

Para piorar as coisas, Lula, em pessoa, já disse que o Brasil vai precisar também de uma ditadura; o modelo que promete impor, caso ganhe, é o da China. Na sua opinião, é o que está faltando para nós: um “Estado forte”, com um “partido forte”, que vai dar as ordens, mandar na sua vida e decidir o que é bom e o que é ruim para todos. A China, diz Lula, é o que há; é disso que o Brasil precisa.

O candidato sempre diz para o eleitorado aquilo que, em seus últimos cálculos, mais pode interessar a ele próprio; está achando, no momento, que ser da “esquerda” radical rende mais votos. 
Já o seu ex-ministro José Dirceu, que ele vendeu por dois mil-réis quando quis salvar o próprio couro, no escândalo do mensalão, mas que hoje está de novo “prestigiado”, parece ter ideias mais precisas que o chefe. Dirceu, dentro do bonde PT/intelectuais/centristas liberais/empresários “progressistas”/advogados criminais — etc., etc. que trafega atrás de Lula, é o que parece ter mais noção do que está falando. O que está falando só piora o que Lula já fala.

Dirceu tem teorias próprias sobre o novo regime. A economia tem de ser estatal, diz ele. Vai se admitir, no máximo, empresas “público-privadas” ou seja, muita Odebrecht, muito Eike Batista, muita vendedora de sonda para a Petrobras, etc. É preciso novas estatais — e a volta dos bancos do governo. Segundo Dirceu, a economia brasileira está “totalmente dolarizada”, e isso precisa mudar. Não se sabe o que ele sugere a respeito: uma economia baseada no real, talvez? E quem quer saber de real? Nem em Cuba, e nem com a intervenção pessoal de Dirceu ou qualquer outro, vão aceitar vender um cacho de banana a troco de real. Mas o que se vai fazer? Os banqueiros de esquerda, os empresários angustiados com a injustiça social e as classes intelectuais acham que Lula e o seu regime socialista são a solução. Deve ser por aí mesmo, se o modelo é o Peru.

Quanto à democracia, é bom começar já ir se despedindo. Lula quer uma China para nós todos. É o que ele vai fazer — ou, pelo menos, o que promete fazer. Dá na mesma.

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

As mentiras do populismo

Mentir para ludibriar a boa-fé é o que Lula e o PT fazem tentando antecipar a campanha

Palanque é uma tribuna da qual o político fala diretamente ao povo em torno dele reunido. Nessas circunstâncias, é natural que seja usada uma linguagem coloquial, popular, acessível a todos. É uma questão de adaptar a mensagem, em sua forma, ao público-alvo. O conteúdo dessa mensagem, no entanto, independentemente da forma por meio da qual é transmitido, precisa ser verdadeiro. Mentir no palanque, na tentativa de conquistar apoio, é ludibriar a boa-fé do ouvinte. Pois é mentir para o povo o que Lula e o PT vêm fazendo desavergonhadamente na tentativa de antecipar a campanha presidencial.

“Desemprego bate recorde no Brasil. Falta de repasses fecha universidades. Temer corta milhares do Bolsa Família. Reformas dificultam aposentadorias e retiram direitos. Agora querem até retirar o seu direito de escolher um presidente.” Essas deslavadas mentiras, proclamadas em tom dramático por um locutor, estão no filmete de 30 segundos inserido pelo PT no horário político na TV. Ao final, surge a presidente nacional do partido nomeada por Lula, senadora Gleisi Hoffmann (PR): “O PT já demonstrou que é possível crescer com democracia, combatendo as desigualdades e gerando empregos. Vamos juntos defender o Brasil”.

O exemplo mais contundente da capacidade de proclamar mentiras, numa hábil e emotiva linguagem popular talhada para levar convertidos e desinformados ao delírio, foi dado no recente périplo eleitoral de Lula pelo Nordeste.  Lula no Recife, ao lado de Dilma Rousseff: “Eles querem acabar com o Bolsa Família. Querem acabar com o Minha Casa, Minha Vida. Querem vender a Petrobrás. Querem acabar com o BNDES. Querem vender o Banco do Brasil. Estão vendendo até a Casa da Moeda. (...) Se eles não sabem governar, por favor, deixem quem foi eleita pelo povo voltar e terminar o seu mandato”.

Lula em Altos, Piauí, contando que num comício seu havia um cidadão trabalhando com “uma maquininha de descascar laranja”: “Mandei comprar meia dúzia de laranjas e comecei a chupar laranja e jogava fora o bagaço. Foi quando vi que tinha umas crianças pegando os bagaços e comendo. Essa foi uma imagem que eu...”. Com a voz embargada, Lula começa a chorar e não termina a frase.

Lula recebendo o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Federal do Piauí, em Teresina: “Tem uma coisa de que eu me orgulho, é o orgulho que o nordestino passou a ter de si mesmo depois que eu fui eleito presidente da República. (...) Nunca antes nesse país um presidente da República se reuniu com reitores. Eu, durante oito anos, todos os anos me reuni com todos os reitores das universidades juntos”.

No encerramento da excursão nordestina, na capital maranhense, São Luís, Lula já havia declarado, em evento anterior, que “um presidente precisa ter claro para quem governa”, surpreendendo quem imaginava que um presidente da República deve governar para todos. No comício final, caprichou na repetição de uma peça de retórica populista que invariavelmente deixa o público em êxtase. Após descrever detalhadamente a “apoteose” que viveu em cada uma das cidades visitadas, Lula fez uma pausa dramática e concluiu: “Estou cansado, mas estou feliz da vida. (...) Esse não é o cansaço da covardia. É o cansaço da batalha, da labuta. E estou aqui, cansado, para dizer para eles que se quiserem me derrotar que venham para a rua disputar voto”.

Fora do mundo da fantasia, tudo sugere que após a delação de Antonio Palocci e de seu próprio depoimento, pela segunda vez, perante o juiz Sergio Moro, quando se mostrou irritadiço e às vezes inseguro, num desempenho inconvincente, Lula talvez esteja começando a se convencer de que o melhor papel que poderá interpretar daqui para a frente será o de mártir. Poderá contar sempre, é claro, com a devoção daqueles em quem desperta a fé cega. Mas, se o caos político que ele legou ao País deixou muitos brasileiros perplexos quanto ao futuro, pelo menos ajudou-os a saber exatamente o que não querem mais.


Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo
 

sábado, 19 de março de 2016

"A hora de se retirar"

Não há um único brasileiro hoje minimamente informado que não esteja a se perguntar: em que País estamos? Onde foram parar as instituições? Um colossal conjunto de provas de bandidagem explícita veio a público. Áudios entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma dão claros sinais de tentativa de obstrução da justiça, em várias etapas e de maneira sistemática, no processo de investigação da Lava-Jato, como já vinham demonstrando testemunhos de inúmeros investigados na Operação. 

Por si só, tais atos já serviriam para o imediato impedimento da presidente em qualquer lugar do mundo civilizado. Os diálogos das gravações – especialmente entre o líder petista e a mandatária - são estarrecedores, repletos de achincalhe, ironias e agressões aos poderes constituídos. A grosseria extrema e os insultos em tom de deboche presentes nas conversas dessas autoridades traduzem de maneira cristalina e inequívoca a podridão por trás do poder na era petista e o tamanho da crise moral que se abateu sobre o País. 
 
O ex-presidente Lula – embolado numa posse seguida de destituição em tempo recorde da Casa Civil, na última semana - chega a tachar de “acovardado” o próprio Supremo Tribunal Federal. Diz o mesmo do Superior Tribunal de Justiça. Qualifica de “fodidos” os presidentes da Câmara e do Senado Federal e não poupa nem o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, a quem reclama uma dívida de gratidão e diz que ele teria “tomado no c.” se não o ajudasse. Fala esse festival de barbaridades diretamente à presidente da República. 
 
E avança ainda mais! Junto com ela trama um desavergonhado ardil para não ser preso. Dilma corre a lhe dar um papel de “termo de posse” como ministro para ele “usar em caso de necessidade”. A presidente age com pressa, quebrando o rito protocolar no qual esse documento é entregue e assinado por ambas às partes no dia da cerimônia. Após a divulgação do estratagema para safar o padrinho da cadeia, a própria presidente busca dar explicações que não se sustentam diante dos fatos. 
 
Além de adiantar a papelada a Lula, Dilma fez rodar uma edição extraordinária do Diário Oficial, formalizando a nomeação, e antecipou a posse. Lula havia escutado de um interlocutor que ele estava “condenado efetivamente” e que a alternativa era um ministério. No conjunto de diálogos grampeados, tanto quanto nas articulações e pressão para influir em vários escalões da justiça, o vício de fuga de foro foi amplamente caracterizado. E se o episódio não se trata de afronta criminosa, passível de condenação dos envolvidos, é grande o risco de a maioria dos brasileiros deixar de acreditar no primado das leis.
 
Ainda nos idos dos anos 80, o próprio Lula chegou a definir: “No Brasil, quando um pobre rouba, vai prá cadeia; quando um rico rouba, vira ministro”. Ele parece tentar cumprir a própria profecia. Típico de mentes desprovidas de qualquer senso de respeito aos demais é a ideia de que podem enganar a todos o tempo todo. Erro crasso! A atuação do governo e de aliados no caso assemelha-se à ação de gangsters. Tal qual uma quadrilha de mafiosos chegaram a tentar comprar o silêncio do delator Delcídio Amaral através do ministro Mercadante, tido como de maior confiança da chefe da Nação. 
 
A ética evaporou naquele ambiente! Transformaram o governo em um comitê de operações partidárias nada republicanas e procuraram ferir de morte o estado democrático de direito. Eles, sim, estão engolfando a lei com essas manobras que horrorizam a sociedade. O ministro Jaques Wagner, em um dos diálogos com o presidente do PT, Rui Falcão, chega ao limite do impensável de mandar a militância “sair na porrada!”, numa atitude de pura bandidagem. [e o primeiro alvo da 'porrada' seria a Polícia Federal, ja que a ordem do asno que dirige o PT era para a ação ser iniciada se a PF fosse prender o ex-quase ministro Lula.] Decerto a esplanada ministerial não pode se converter num covil de salafrários. 
 
Muito menos a Presidência da República deve se prestar ao papel de agenciadora de atos que deponham a favor da improbidade administrativa. E nesse tocante, no que se refere a atual mandatária, transbordam evidências de que ela incorreu diversas vezes na prática. Não se restringe mais apenas a um caso de caixa dois e maquiagem de contribuições em sua campanha eleitoral - por si só gravíssimo, passível de cassação no TSE – o problema que enfrenta e que tem sido reiteradamente demonstrado nos depoimentos e provas documentais já em mãos da polícia. 
 
Há de tudo! De interferências em investigações às pedaladas fiscais, culminando com o amparo imoral a acusados de lavagem de dinheiro e outros crimes, visando blindá-lo. Assim Dilma se colocou no centro do maior escândalo de corrupção da história nacional. E agora perde definitivamente as condições de governar. O amontoado de irregularidades, em atos e palavras, leva ao limite do insuportável a aceitação de sua continuidade no poder. Para agravar o quadro, somam-se ainda a sua incapacidade gerencial e a perda de sustentação política. 
 
Imprudente para dizer o mínimo! –, Dilma forneceu caudalosos fundamentos para o impeachment. O povo não a quer mais. Está claro! A dimensão oceânica das manifestações, que não param, deveria levá-la a um gesto de grandeza: renunciar ao cargo pela perda de representatividade. Retirando-se imediatamente, com uma abdicação minimamente honrosa, daria sua contribuição patriótica, deixando o Brasil seguir seu rumo de reconstrução. Ela, como todos ali, já deveriam ter entendido que chegou o fim! Basta! Do contrário, o resultado pessoal dessa chicana deixará marcas negativas para o resto da vida tanto dela, Dilma, como de seus apaniguados. 
 
Há de se registrar nesse espetáculo grotesco, a cena que selou a revolta nacional: a da presidente dando posse a Lula, cercada apenas pela claque oficial, com militantes sindicais selecionados para aplaudir à porta do Planalto, enquanto a população era barrada por policiais, numa distância estratégica. Ali esteve estampado o retrato da decadência. Dilma e seus poucos interlocutores estão agora sitiados no Planalto. Não podem sair às ruas sob pena de ouvirem os apupos. Hoje ela é um arremedo de mandatária que nada manda. Figura decorativa odiada pela sociedade. Restam-lhe os militantes fiéis à seita petista, turbinados por recursos partidários e aparato digno de gangues, que continuam a tumultuar o ambiente. Mas o processo é irreversível. 
 
Dilma precisa ser apeada do poder freando essa marcha de insensatez que, junto com Lula e o PT, vem trilhando em nome de uma insaciável sanha de controle da máquina e do dinheiro público, cujo desfecho pode ser a destruição completa do Estado. Há um clamor generalizado de socorro emitido pela sociedade e os poderes constituídos, especialmente Judiciário e Legislativo, devem atender de pronto. Parem, na letra da lei, o descalabro praticado no Executivo! Os rumos da Nação estão em xeque e é preciso urgentemente providências que não são outras que não o impeachment ou deposição da mandatária. 
 
Fonte: Carlos José Marques, diretor editorial - Isto É


 

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Populismo agonizante



O brasileiro não é idiota. Nem um competente encantador de multidões como Lula consegue enganar todo mundo, todo o tempo
É da natureza do populismo partir do princípio de que o povo é ignorante e acrítico, incapaz de discernir o falso do verdadeiro em matéria de política. O populismo prospera onde a ignorância impera.  Os populistas, portanto, cultivam a ignorância. Um de seus truques é repetir mentiras incansavelmente até que sejam aceitas como verdades.

É o que estão fazendo Lula, Dilma e o PT, no desespero de sobreviverem no fundo do poço em que foram colocados pelo descrédito popular. Para eles, tudo o que não convém ao populismo petista é “golpe”. Principalmente fazer oposição ao governo.

Diante de uma plateia de mais de 2 mil pessoas em Montes Claros, Minas Gerais, Luiz Inácio Lula da Silva não fez cerimônia: “Eu gostaria que todos aqueles que todo santo dia inventam um golpe para tirar Dilma aprendessem a respeitar a democracia (...). Se eles querem o poder, que esperem 2018. Mas não venham com golpe”.

A presidente Dilma foi mais sutil – imaginem só – falando a atletas em solenidade no Palácio do Planalto: “É possível sofrer derrotas, dificuldades no caminho, mas todo atleta levanta e segue em frente. Muitas vezes não ganha na primeira, na segunda ou na terceira. E segue lutando para ganhar. E respeita o resultado do outro atleta, que é o vencedor”.

Por sua vez, o presidente do PT, Rui Falcão, em reunião com lideranças petistas em São Paulo, queixou-se de que a oposição tenta “enfraquecer a presidente”. Esperava o quê?

A regra de ouro que o lulopetismo quer ver aplicadaaos outros, é claroé a seguinte: quem perde uma eleição, como aconteceu com Aécio Neves e Marina Silva em outubro do ano passado, tem de se recolher à condição de derrotado e “respeitar a democracia”. Qualquer iniciativa para “enfraquecer a presidente” é tentativa de promover “terceiro turno”.

 Exigir que eventuais ilicitudes cometidas na campanha presidencial de Dilma sejam investigadas é “golpe”. Falar em impeachment da chefe do governo – recurso constitucional que o PT defendeu contra seu hoje aliado Fernando Collor é “atentado à democracia”. Em resumo: está proibido fazer oposição.

A soberba é desde sempre uma forte característica do PT. O partido nasceu predestinado a mudar “tudo isso que está aí” e ainda hoje muitos petistas se consideram ungidos para essa missão divina. Como autoproclamados salvadores da pátria, sempre olharam os não petistas com enorme desdém. Dividiram o País entre “nós” e “eles” e decidiram que na luta sem tréguas contra a perversa “elite” não existem adversários, mas inimigos. Finalmente descobriram que, quando não se consegue derrotar o inimigo, a solução é aliar-se a ele. Assim, aqueles que eram antes os mais legítimos representantes da perversa “elite”, os grandes banqueiros e homens de negócio, passaram a ser cortejados para que apoiassem o PT, dando a seu governo “estabilidade política” e “equilíbrio institucional”.

A partir do momento em que chegaram ao poder, os petistas se deram conta de que seu grande problema passava a ser como nele se manter. A solução era óbvia: fazer alianças, não importa com quem nem a que custo. É verdade que nos primeiros anos o panorama social melhorou. E não se deve desmerecer essa importante conquista. Mas, se nessa questão há mérito, sobra demérito na igualmente fundamental questão moral. 

A crônica policial e forense dos últimos anos demonstra que a corrupção tomou conta da política e da administração pública em níveis sem precedentes. Como temos repetido neste espaço, Lula e o PT não inventaram a corrupção, mas tornaram-na prática generalizada, endêmica. E beneficiaram-se disso, tanto no plano político quanto no material, como se constata pelo elenco de endinheirados petistas encarcerados – ou ainda em liberdade.

Sobraram para o PT o discurso – o que não representa nenhuma dificuldade para políticos que, como Lula, nunca desceram do palanque – e a esperança de que, por força da repetição, suas patranhas se tornem verdades. Mas é uma esperança vã. O brasileiro não é idiota. Nem um competente encantador de multidões como Lula consegue enganar todo mundo, todo o tempo. O “terceiro turno” das pesquisas de opinião demonstra que o Brasil repudia categoricamente o populismo lulopetista.


Fonte: Editorial – O Estado de São Paulo