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sexta-feira, 20 de abril de 2018

A Al Jazeera é ou não uma televisão ligada a grupos terroristas?



A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) esteve no centro de uma polêmica na quarta-feira (18) ao conceder uma entrevista para o canal de TV Al Jazeera defendendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No vídeo, a parlamentar ressalta que Lula é "um grande amigo do povo árabe". A declaração da presidente do PT causou revolta em vários senadores e nas redes sociais.


Algumas publicações que circularam na internet chegam a afirmar que a mensagem de Hoffmann poderia ser interpretada como um chamamento para que grupos terroristas ajam no Brasil em nome da libertação de Lula. Outros, inclusive, disseram que a Al Jazeera seria um canal de TV com ligações terroristas. Talvez o que faça o Ocidente --e consequentemente o Brasil-- traçar ligações da Al Jazeera com grupos terroristas, especialmente com a Al Qaeda, é o fato de a emissora ter transmitido, muitas vezes com exclusividade, pronunciamentos de Osama bin Laden.



(...)

O que seria o Exército Islâmico?

Em um discurso inflamado na tribuna do Senado, a senadora Ana Amélia (PP-RS) fez duras críticas ao vídeo da petista, que classificou como grave, e disse que "espera que essa convocação não seja um pedido para o Exército islâmico atuar no Brasil.”



quinta-feira, 6 de julho de 2017

Presidente filipino ameaça comer jihadistas que decapitaram reféns

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, ameaçou comer vivos os islamitas que sequestraram e decapitaram reféns vietnamitas no sul do país. 

A reação furiosa do presidente aconteceu depois que soldados filipinos encontraram na quarta-feira os corpos decapitados de dois reféns que, ao lado de outros quatro marinheiros vietnamitas, haviam sido sequestrados em novembro na região de Mindanao (sul do país). “Vou comer seu fígado se é isto que vocês desejam. Passem o sal e vinagre e vou comer na frente de vocês”, disse Duterte em um discurso. 

“Eu como de tudo. Não sou difícil. Como até o que não pode ser engolido”.  E, exibindo um telefone celular com uma foto dos marinheiros vietnamitas decapitados, Duterte amaldiçoou os jihadistas: “Por acaso vamos nos deixar escravizar por esta gente? Filhos da p…”. O presidente filipino ordenou no ano passado uma ofensiva contra o grupo Abu Sayyaf e outras organizações islamitas.

As tropas filipinas encontraram os dois reféns decapitados na quarta-feira na ilha de Basilan, reduto do grupo Abu Sayyaf.  Inicialmente um grupo criado nos anos 1990 com recursos fornecidos pela rede Al-Qaeda de Osama Bin Laden, o Abu Sayyaf se dividiu mais tarde em várias facções, algumas delas dedicadas aos crimes e aos sequestros.  Uma facção afirmou lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI) e alguns de seus membros controlam setores de Marawi, a maior cidade muçulmana de um país de maioria católica.

Fonte: AFP


 

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Terror islâmico, 15 anos após o 11 de Setembro

Ao se completar 15 anos dos audaciosos ataques terroristas perpetrados pela rede Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001, nas cidades de Washington e New York, há elementos de juízo suficiente para avaliar a dinâmica do terrorismo islâmico contra os “infiéis” ocidentais e os “apóstatas” muçulmanos.

Durante este agitado lapso, não só a rede Al-Qaeda se fortaleceu, senão que surgiu de seu seio o auto-denominado Estado Islâmico (ISIS), muito mais radical e violento do que seu gestor. Hoje, este novo grupo constitui uma séria ameaça contra a liberdade humana, e por suas conotações geopolíticas e estratégicas poderia ser a chispa que inicie uma conflagração maior no sempre convulsionado Oriente Médio.

Desde o ângulo geopolítico internacional, o recrudescimento do terrorismo islâmico coincidiu com o re-assentamento político internacional da Rússia depois da desintegração da antiga União Soviética, o desdobramento econômico e militar da China, a imersão de vários países latino-americanos no socialismo pró-castrista pela mão do venezuelano Hugo Chávez, a Primavera Árabe que estremeceu a estrutura montada com governos inclinados ao ocidente, o desenvolvimento da capacidade nuclear na Coréia do Norte, 16 anos contínuos de desacertados governos nos Estados Unidos, altos e baixos da União Européia, mais atraso no continente africano e extensão das ramificações do jihadismo na Nigéria, Somália, Iêmen, Tanzânia, Quênia, Afeganistão, Paquistão e outros lugares.

As guerras no Iraque e Afeganistão encabeçadas pelos Estados Unidos para derrotar o terrorismo islâmico e a suposta existência de armas de destruição massiva no Iraque, se empantanaram em um empate estratégico de soma zero, no qual os terroristas saíram folgadamente favorecidos, que com armas de infantaria ligeira e os letais homens-bomba, ou o estalido de trampas explosivas se multiplicaram em células jihadistas e multiplicaram o recrutamento de adeptos nos cinco continentes.

No âmbito militar ficou para decantar em doutrina de guerra contra-terrorista a execução de exitosas operações aero-terrestres como a que conduziu Osama Bin Laden à morte, ou a impactante eficiência dos drones guiados por experts em inteligência eletrônica e equipes de especialistas em inteligência tática. É uma guerra de nova geração que pelas condições do problema se estenderá por várias décadas nos quatro pontos cardeais do globo terrestre.

A derrota da riqueza financeira e econômica deixada por Reagan, que começou a ser mal-gasta por Bill Clinton, encontrou em George Bush e Barack Obama dois mandatários inferiores ao desafio de manter os Estados Unidos no topo de seu outrora vertiginoso crescimento econômico.   Por razões politiqueiras, democratas e republicanos se trasladam as culpas dessa debacle sem ir ao fundo do assunto. Por isso, com um discurso agressivo Donald Trump capta adeptos frente a uma candidata que o questiona pelas saídas em falso do magnata, porém, para desgraça dos Estados Unidos e de tantos países interdependentes da grande potência, tampouco é a pessoa adequada para chegar à Casa Branca. A crise de liderança mundial também é evidente nos Estados Unidos.

De quebra, o crescimento geométrico e matemático do terrorismo internacional distribuído pelo mundo mas com epicentro no Oriente Médio, exacerbou a guerra fria entre Arábia Saudita (sunita) e Irã (shiita), a qual se materializou no envio de tropas e recursos de toda ordem para oxigenar as guerras civis na Síria e no Iêmen, o duvidoso acordo de suspensão do projeto nuclear iraniano, o incremento das relações clandestinas da Arábia Saudita com o Paquistão para islamizar a Ásia Meridional e parte da Ásia Central, com o gravíssimo risco da possessão de armas nucleares no Paquistão e Índia, cujos governantes promovem um ódio irreconciliável mútuo.

Por sua parte a Rússia, com óbvios interesses geopolíticos não só nessa região senão no mundo, aproveitou a circunstancial guerra contra a ditadura de Bashar Al Assad na Síria, para entrar no conflito e com o ímã de seu poderio militar atraiu a Turquia que pretende matar dois coelhos com uma cajadada só, tirar vantagens da guerra síria, consolidar-se como o líder muçulmano do Oriente Médio, ser potência e catalizador frente ao Ocidente e eliminar a sangue e fogo os independentistas curdos. 

O problema se agrava para a Turquia e para o resto do mundo, devido à mentalidade ditatorial de seu presidente Erdogan, o descontentamento de um amplo setor militar turco com seu governo, a presença do ISIS em seu território, a pressão dos Estados Unidos e Europa para que combata com maior eficiência toda a infra-estrutura terrorista, e a necessidade de manter boas relações com Israel.

Em síntese, à previsível e marejada dinâmica de mudanças geopolíticas deduzíveis e esperadas depois da queda do muro de Berlim, se acrescentou com força irresistível o incremento do terrorismo islâmico no mundo que, como já se disse, poderia ser a chispa que desate uma conflagração maior em um mundo no qual não há líderes com estatura similar à de Churchill, Roosevelt ou De Gaulle, porém há sim condições muito mais tensas que as que originaram a Segunda Guerra Mundial.

Essa é a mais clara herança que os ataques terroristas do 11 de setembro de 2001 deixaram nos Estados Unidos, ao coincidir com as mudanças permanentes da ordem mundial.


TraduçãoGraça Salgueiro
 

terça-feira, 26 de julho de 2016

Por que o Rio de Janeiro está vulnerável a um atentado



Facilidade para obter armas e falta de cooperação entre órgãos que deviam agir em conjunto podem facilitar ataques durante a Rio 2016
Na manhã de segunda-feira (18), o esquadrão antibombas da polícia do Rio de Janeiro foi chamado para recolher uma granada na entrada da favela da Rocinha, a poucos metros de uma estação de metrô que leva para o Parque Olímpico, principal centro das competições da Rio 2016.


 FÚRIA - O general Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do GSI. Uma sugestão de revisão na segurança dos Jogos irritou a Polícia Federal (Foto: Charles Sholl/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Duas semanas antes, uma criança de 3 anos perdera o braço depois de mexer com uma granada que encontrou numa das ruas do Complexo do Chapadão, o maior reduto de criminosos no Rio no momento. Explosivos largados nas ruas mostram a facilidade com que artefatos de guerra circulam pela cidade. Desde 2007, a polícia fluminense apreendeu 603 metralhadoras, 2.366 fuzis e 25.059 pistolas, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública. As apreensões dão uma ideia do tamanho do arsenal à disposição de bandidos e, eventualmente, de terroristas atraídos pela Olimpíada.

Era uma célula absolutamente amadora, sem nenhum preparo”
Alexandre de Moraes, ministro da Justiça
São notórias as dificuldades do Rio de Janeiro com a segurança pública, assim como as do Brasil para conter a entrada de armamento pelas fronteiras. Em um quadro desse tipo, o trabalho tem de ser redobrado e devem-se seguir à risca os manuais internacionais de combate ao terrorismo. Esses guias ensinam que todas as instâncias encarregadas da prevenção e do combate precisam cooperar entre si. Chefe de contraterrorismo da polícia de Londres nos Jogos Olímpicos de 2012, Richard Walton considera a extinção de rivalidades entre agências e departamentos civis e militares fundamental para evitar falhas de monitoramento. Vigiar as comunicações por redes sociais não é suficiente para identificar suspeitos e neutralizar ameaças. “É preciso uma estratégia diferente. A ameaça não será identificada na interceptação de comunicações ou com monitoramento de extremistas já conhecidos. Isso requer engajamento com o público”, disse a ÉPOCA. Sem cooperação entre as autoridades, fica mais difícil combater o terror.

Desde que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo, em 2007 – o Rio de Janeiro foi escolhido sede da Olimpíada dois anos depois –, militares e civis disputam o comando e o protagonismo das atividades de segurança nesses grandes eventos esportivos. Para os envolvidos, as preocupações são comezinhas. É a chance de engordar os orçamentos de suas áreas e ganhar prestígio dentro e fora do país. Às vésperas dos Jogos, a Operação Hashtag evidenciou a confusão entre as autoridades. O que se viu na semana passada foi mais competição por holofotes do que cooperação.

A entrevista coletiva em que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, explicou a Operação Hashtag causou desconforto no Palácio do Planalto pelo amadorismo. Moraes começou a entrevista quando dois dos 12 alvos a ser presos ainda estavam foragidos. Pode ser algo irrelevante em casos de corrupção, pois o suspeito não representa perigo. Em casos de suspeita de terrorismo, é uma temeridade. A avaliação no Planalto é que Moraes passou mensagens conflitantes. Ao falar da operação que envolveu 130 policiais federais, ele inicialmente deu um ar de gigantismo ao trabalho. Em seguida, no entanto, passou a minimizar a importância do grupo suspeito de terrorismo. 

Disse que os presos não tinham um alvo específico na Olimpíada ou planos para ataques a bomba e que tampouco haviam feito contato direto com membros do Estado Islâmicoapenas um juramento on-line.Era uma célula absolutamente amadora, sem nenhum preparo”, disse, mostrando desconhecer os métodos do EI, para quem um juramento on-line é mais que suficiente para transformar alguém em um aguerrido terrorista. Ex-secretário de Segurança em São Paulo, Moraes é um dos poucos ministros que se recusam a fazer media training, o treinamento para aprender a dar entrevistas sugerido pelo governo. “Ele está fazendo aqui o que fazia em São Paulo”, diz um ministro. “Mas aqui é Brasília.” Outro ministro avalia que Moraes falava menos como ministro e mais como candidato – algo que aventou quando ainda era secretário.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, foi na mesma linha. “O vídeo deles é de um amadorismo...”, disse. “O grupo não tem nenhuma tradição.” O que Jungmann entende por “tradição” nesse caso é um mistério. O terrorismo não exige tradição, muito menos profissionais. Em Orlando, nos Estados Unidos, um atirador matou 50 pessoas numa boate. Precisou de uma pistola e um rifle – vendidos em lojas no estado da Flórida – e um tíquete de entrada no local. Em Nice, o tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel matou 84 pessoas dirigindo um caminhão. O Estado Islâmico é formado, em sua maioria, por “amadores” desse tipo.  

A área antiterrorismo do governo é o ambiente no qual a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional, e a Polícia Federal, do Ministério da Justiça, disputam espaço. É uma rivalidade histórica. Como um serviço de inteligência, a Abin faz investigações para manter o governo informado, mas não pode produzir provas de crimes. A Polícia Federal pode investigar, produzir provas e, com autorização judicial, prender. As picuinhas entre civis da PF e militares, que comandam a Abin, são cada vez mais frequentes e incentivam a produção de fofocas, algo que nunca falta em Brasília, em vez de inteligência, algo cada vez mais necessário. Recentemente, a Polícia Federal ridicularizou a campanha da Abin sobre como identificar um terrorista

Com imagens de pessoas vestindo casaco e capuz escondendo o rosto, a Agência divulgou textos para identificar suspeitos como pessoas que “utilizam roupas, mochilas e bolsas destoantes com a situação e o clima”. A entrevista recente em que o ministro Sérgio Etchegoyen, chefe do GSI, disse que o Brasil precisaria revisar o protocolo de segurança para a Olimpíada, após o atentado de Nice, causou indignação na PF. Os policiais dizem que os militares não têm formação para lidar com terrorismo e fazem o país passar vergonha no cenário internacional. Um frequentador das reuniões rotineiras de segurança da Olimpíada afirma que PF e Abin travam uma “guerra de nervos” constante. A segurança da Olimpíada é a primeira vítima dessa guerra.

O que resume o novo tipo de terror é exatamente sua capacidade de não ser identificado. Em vez de ações espetaculares, ataques de menor ambição em série, contra alvos civis como cafés e supermercados, mais eficazes para infligir medo. “Este momento desafia doutrinas e táticas nas quais os serviços de inteligência confiaram nos últimos anos”, afirma Patrick Skinner, ex-agente de contraterrorismo da CIA e membro do Soufan Group, consultoria de segurança americana. Lidar com atos difusos, praticados por indivíduos isolados, é um desafio ainda sem resposta. “Para descobrir o que esses terroristas vão fazer é preciso ler suas mentes”, afirma James Woolsey, ex-diretor da CIA. “Só assim seria possível evitar o que aconteceu em Nice.”

A nova onda do terror faz parte da terceira geração do jihadismo. O Estado Islâmico bebe diretamente do salafismo – para seus seguidores, o único capaz de purificar a fé islâmica. Muitos salafistas se radicalizaram nas décadas de 1960 e 1970, seguindo Sayyid Qutb, pensador egípcio que criou as bases ideológicas para a violência contra quem não se enquadrasse no que considerava a prática correta do islã. Osama bin Laden, líder da al-Qaeda, trouxe o wahabismo, vertente ultrarradical que acredita que a guerra contra os infiéis é essencial para a sobrevivência do islamismo. “Como defensores radicais do wahabismo, os membros do EI comprometem-se a purificar o mundo matando todos os que se desviarem da perfeição inicial do Alcorão, incluindo os muçulmanos”, afirma Bernard Haykel, professor de estudos do Oriente Médio na Universidade Princeton, nos Estados Unidos.

Pela internet, o EI exorta seus seguidores a atacar alvos em seus países de origem, usando métodos que não exigem grandes meios. O EI também elevou os atos de terrorismo a uma forma de “adoração” e liberou seus seguidores para cometer atentados por conta própria. Qualquer um pode jurar lealdade e atacar. Esse tipo de amadorismo é a ameaça. 

Fonte: Revista ÉPOCA