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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A cartucheira de Flávio está cheia

Senador eleito tem muitas linhas de defesa a explorar

O exército que guarda o senador eleito Flávio Bolsonaro ainda tem muitas linhas de defesa a serem rompidas, antes da sobrevivência política do primogênito do presidente ser dada como ameaçada. É verdade que o coração do grupo político que empalmou o poder está exposto com o escândalo e talvez toda a sequência de disparates que aconteciam no gabinete de Flávio na Assembleia não tenha vindo à tona. Há várias maneiras, contudo, do caso não dar em nada.
A primeira linha, decerto a principal, estará nas mãos do ministro Marco Aurélio Mello, dentro de dez dias. O pedido da defesa do senador eleito, acolhido por Fux, não trata apenas da questão do foro ao qual Flávio deve responder. Sobre este ponto, Marco Aurélio já sinalizou que não deve aceitar a reclamação. Também menciona que o Ministério Público do Rio de Janeiro, de certo modo, provocou o Coaf a detalhar as operações suspeitas, o que configuraria quebra de sigilo e demandaria autorização judicial. É uma questão sobre a qual não é possível prever a decisão do relator. [as informações que o JN divulga  todas as noites que,  segundo o próprio jornal,  são relatórios do Coaf ( o Coaf pode trocar, sendo tal procedimento benéfico às investigações, informações com outros órgãos, mas divulgar para um determinado veículo da Imprensa é quebra de sigilo, crime que tem que ser investigado e punido) - até o presente momento NÃO APRESENTARAM UMA PROVA SEQUER da prática de crime (há suspeitas que manipuladas podem parecer, aos desatentos, provas,  mas não resistem a um exame técnico isento.]
Flávio pode se tornar beneficiário de uma briga que a princípio não é a sua: a luta do Judiciário para demarcar limites à atuação do Ministério Público. A reclamação pode ser a ocasião para ficar estabelecido se o Coaf pode ou não atender a pedidos do Ministério Público, uma decisão que pode ter um alcance muito maior do que a polêmica sobre o sigilo do filho do presidente. Pode marcar uma inflexão na tendência de fortalecimento do Ministério Público que se tornou patente nos últimos anos. [desvio que se ocorrer será benéfico, dado alguns exageros por parte do MP - que desde a 'constituição cidadã' 'passou a se julgar o 'quarto poder',  que não existe.
 
Um freio, sem excessos, nos poderes do MP é benéfico - foi o excesso de poderes do MP que permitiu a Janot acabar, até agora sem provas, com o governo Temer e prejudicar o Brasil com a queda da recuperação da economia.
 
A propósito, por onde anda aquele procurador, nos parece que Miller, que ao tempo que exercia suas funções de procurador orientava os açougueiros Batista a melhor exercerem suas atividades desonestas? impune?]
A segunda linha é a sombra de alguma ação governamental no caso Flávio. Esta hipótese estava em baixa, já que o Planalto tem sinalizado que trata -se de uma situação particular do parlamentar, que deve se defender sozinho. A tese é de que Bolsonaro iria erguer um cordão sanitário em torno do próprio filho, soltando sua mão e o entregando à correnteza. A consulta pública aberta pelo Banco Central dá margem para que se coloque em dúvida se o cordão sanitário vai mesmo existir. Se o Banco Central acabar com a compulsoriedade de uma transação potencialmente suspeita ser comunicada ao Coaf, o cheque de R$ 24 mil de Fabrício Queiroz para a madrasta do senador, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, poderia ter passado despercebido.
Em Davos, Sergio Moro procurou estancar a manobra com dois movimentos: em um "quebra-queixo" com jornalistas disse que a sugestão do BC "não era decisão tomada". "O governo ainda vai se posicionar", garantiu. Mais adiante, em entrevista para a Reuters, o ministro procurou ser claro: "O governo nunca vai interferir no trabalho dos investigadores ou no trabalho com promotores". O tempo dirá se Moro prevaleceu ou foi vencido.
O BC publicou uma nota para dizer que a sugestão na realidade vai apertar, e não afrouxar o controle sobre transações, já que os bancos terão de monitorar todas as transações e reportar o que considerarem suspeito. Seria uma maneira de os bancos aprimorarem seus controles, de acordo com a autoridade financeira. É uma maneira também de cortar os poderes do Coaf, que deixaria de receber informações compulsórias e passaria a ter informações espontâneas. Parece claro haver uma disputa entre Sergio Moro e Banco Central sobre o tema. O Coaf dependerá de uma autorregulação bancária para poder atuar?
É outra queda de braço que pode beneficiar Flávio.

Escalada
Vive-se no Brasil agora uma incerteza sobre o funcionamento de mecanismos de controle sobre o poder central. Com uma canetada, o vice-presidente Hamilton Mourão ampliou ontem a capacidade do governo de atribuir o selo de "ultrassecreto" a documentos e dados passíveis de serem alcançados pela Lei de Acesso à Informação. O carimbo poderá ser usado por funcionários que exercem cargo de comissão. É muito mais gente para colocar a venda. [a Lei de Acesso a à Informação foi violada por Dilma, quando editou o decreto que a regulamentou, e na violação Dilma contou com a conivência do ex-ministro Ayres Brito - se alguém tiver dúvidas leia o texto da Lei e o do Decreto, verá que o decreto regula o que não existe na lei = o decreto inseriu norma na lei.
O ideal seria a revogação dessa Lei, por desnecessária, e cuidar de assuntos mais sérios e atuais.]
Já no primeiro dia do governo, com a Medida Provisória 870, o governo estabeleceu supervisão e monitoramento sobre organismos internacionais e organizações não governamentais indistintamente, [o Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA e não pode aceitar interferências excessivas, indevidas, de organismos internacionais - até ONGs de fancaria ousam dar ultimato ao Governo brasileiro, e estas deveriam, ser expulsas do Brasil por desrespeito a nossa SOBERANIA.
Qual a utilidade de 90% das chamadas ONGs que vivem atrapalhando ações legítimas do governo brasileiro?
Para que serve a presença da 'anistia internacional'? A unica função dela é que o assunto envolveu bandido e malhar polícia pode contar com a tal anistia.
O Brasil precisa que a MP 870 seja aprovada.]  recebam elas ou não recursos públicos. O mesmo instrumento legal levou a órgãos como o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) a temerem, no limite, pela criação de restrições orçamentárias que ameacem a sua própria existência, temas que já foram tratados nesta coluna e na de Malu Delgado, publicada na quarta-feira.
A onda de violência que atinge o Ceará levou o presidente a usar as redes sociais para colocar na ordem do dia a proposta do senador Lasier Martins que reforça a lei antiterrorismo. Pelo projeto de Lasier, elogiado por Bolsonaro, é tipificado como terrorismo "incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir qualquer bem público ou privado", se o objetivo for pressionar os governantes. É uma amplitude tão grande que permite abarcar neste critério a derrubada de uma torre de transmissão e a pichação de um muro. [alguém em sã consciência, isenta, honesta e imparcial, é capaz de dizer que o que ocorre no Ceará NÃO É TERRORISMO?
É TERRORISMO SIM e TEM QUE SER COMBATIDO COMO TERRORISMO.
Terrorista é a espécie mais imunda, mais repugnante, mais abjeta e mais prejudicial a um país, por atacar inocentes e o caso do Ceará interessa aos adeptos do quanto pior, melhor, já que lá está sendo um pequeno ensaio, quando a reforma da Previdência começar a tramitar no Congresso Nacional, ocorrerão focos em vários estados, simultâneos, obrigando o Governo Federal a adotar medidas enérgicas, mas que impedirão que o CN aprecie propostas de emenda constitucional,  e com isso a reforma irá para o espaço, exatamente o que a turma do quanto pior, melhor, deseja.
 
O válido é se ENDURECER ao máximo o combate aos terroristas (incluindo, sem limitar, os 'stédiles' e os 'boulos') e durante as investigações ver quem 'pichou muros ' quem tentou 'derrubar pontes'.]
w = o ex-bbb agora fracassou de vez = acovardou geral
A desistência de  j.w  de exercer o mandato é um ato político, mais além da possível ameaça que pesa à sua vida. w. cria um constrangimento de porte ao governos federal e estadual em um momento de baixa em sua carreira. [o válido é ignorar o individuo;   que apresente logo sua renúncia , privilegie o Brasil e os brasileiros de bem com sua ausência e silêncio e todos se conscientizem que a importância dele é menor do que o corpo de letra que usamos para grafar sua inicial = w.]
surgiu como figura pública na condição de celebridade instantânea, após vencer um programa BBB, e elegeu-se como militante da causa LGBT. Mas se notabilizou por antagonizar e ser antagonizado por Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo. "Eles fizeram um jogo de ganha-ganha. Um serviu de escada para o outro", comentou uma vez, cinicamente, um dos mais poderosos congressistas do país. Não foi bem assim.
Foi reeleito com apenas 24.295 votos, o menos votado dos 46 deputados do Rio de Janeiro. Entrou na sobra de quociente aberta pela votação de Marcelo Freixo. Em 2014 havia conseguido 144.740 sufrágios. [o ex-bbb em um gesto covarde está fugindo (o que é ótimo para o Brasil) por ter a certeza que nas próximas eleições não seria eleito sequer vereador.]
 
César Felicio - Valor Econômico
 
 
 

sábado, 8 de dezembro de 2018

Crise obriga venezuelanos a enterrar parentes no quintal de casa em cova improvisada

Familiares cobrem corpos com lençol ou improvisam caixão de cartolina 

Reflexos da crise humanitária em que está mergulhada a Venezuela são sentidos até na hora de os venezuelanos enterrarem os parentes. “Levei cinco dias para juntar dinheiro para recolher o corpo do meu pai do necrotério, outros sete para achar um espaço no cemitério. Quando não tinha mais como pedir dinheiro a parentes e amigos para mais nada, decidi que faríamos, com meus irmãos, um caixão com cartolina. Mas foi tudo com muito amor e oração, sei que ele agora finalmente está em paz.”
O relato comovido de Willy Olmedo, 25, do município de Sucre, na região metropolitana de Caracas, à Folha, resume alguns desses percalços.“Aqui mesmo já vi alguns sendo enterrados em lençóis, coisa que só tinha escutado que estava acontecendo no interior, agora chegou aos subúrbios de Caracas”, diz. Ele conseguiu enterrar o pai em um cemitério convencional, mas para os mais pobres isso ficou fora do alcance. Em outra parte do município de Sucre, moradores que não conseguem pagar pelo enterro em um local legalizado passaram a sepultar seus parentes em um terreno baldio, sem licença.
Se entre os estratos mais pobres da população falta dinheiro para tirar o corpo de um necrotério público —trâmite antes gratuito, mas hoje sujeito à cobrança de subornos—, conseguir espaço num cemitério e até comprar um caixão simples, entre os de classe média ou mais endinheirados o problema passa também por outros procedimentos, como cremar ou embalsamar. Muito comum também se tornaram as profanações de sepulturas, atrás de objetos de valor, e o roubo das placas de ouro ou bronze.
“Tiraram as placas com o nome de todos os meus familiares. Tivemos de reunir os parentes aqui para fazer um mapa baseado em nossas lembranças para lembrar quem está onde. Foi muito doloroso, como reviver cada funeral”, diz Norma Herrera, 52, ao mostrar à reportagem o lote da família, com buracos nos locais das placas, no tradicional Cementerio del Este. 
Se no começo as cremações passaram a ser comuns, por conta dos custos de um funeral tradicional, agora nem estas podem ser feitas em todos os estados do país. Em Zulia, por exemplo, como reportou a Reuters, Angelica Vera, 27, não pôde cremar o pai, por falta de gás no cemitério local. “Essas coisas fazem que a tragédia da morte continue acentuando a tristeza da ausência de um parente”, conta Herrera, enquanto mostra, caminhando pelo cemitério caraquenho, algumas sepulturas com o cartaz: “Esta aqui já foi violada”.
“Quase coloquei um cartaz assim na nossa. Porque não basta recolocar as placas, reformar sepulturas, se você pode ter de enfrentar isso tudo de novo”, disse Herrera.
Com a inflação projetada pelo FMI em 1.000% para este ano e a crise gerada pela falta de papel-moeda no mercado, há uma busca extra por metais e pedras preciosas. Além da migração para as regiões de mineração do país, outra fonte para obtê-los é por meio do roubo de joias, pedras preciosas, bancos que guardam ouro e, por que não, violação de sepulturas e roubos de placas em lápides.
 
 


sábado, 10 de fevereiro de 2018

PF deve pedir arquivamento de inquérito dos portos contra Temer, diz Segovia

O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, afirmou nesta sexta-feira, em entrevista exclusiva à Reuters, que a tendência é que a corporação recomende o arquivamento da investigação contra o presidente Michel Temer no chamado inquérito dos portos.

Segundo o chefe da PF, até o momento as investigações não comprovaram que houve pagamento de propina por parte de representantes da empresa Rodrimar, que opera áreas do porto de Santos (SP), para a edição do decreto que prorrogava contratos de concessão e arrendamento portuários, assinado por Temer em maio do ano passado. Essa é a única apuração formal contra o presidente ainda em curso perante o Supremo Tribunal Federal (STF), requerida ainda pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 

Segovia disse à Reuters nesta sexta-feira que, nas apurações feitas, não há quaisquer indícios de que o decreto editado pelo presidente beneficiou a Rodrimar. Ele destacou que a empresa não era atingida pelo decreto, que mudou regras de concessão posteriores a 1993, o que não seria o caso dela.  “O que a gente vê é que o próprio decreto em tese não ajudou a empresa. Em tese se houve corrupção ou ato de corrupção não se tem notícia do benefício. O benefício não existiu. Não se fala e não se tem notícia ainda de dinheiro de corrupção, qual foi a ordem monetária, se é que houve, até agora não apareceu absolutamente nada que desse base de ter uma corrupção”, disse Segovia. 

O diretor-geral da PF também afirmou que a “principal prova obtida no inquérito”, a interceptação de uma conversa entre o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, e o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, não mostra concordância de Temer com o suposto benefício. Segundo ele, o próprio Gustavo Rocha fala no diálogo que não há como fazer ou mudar a questão do decreto e que o próprio presidente não aceitou a mudança que poderia beneficiar a empresa.
“Então, assim, os indícios são muito frágeis, na realidade, de que haja ou que houve algum tipo de influência realmente, porque em tese o decreto não foi feito para beneficiar aquela empresa”, disse Segovia. 

A suspeita era que o presidente teria recebido propina, por intermédio de Rocha Loures, para favorecer a Rodrimar. Tanto o ex-assessor especial quanto Temer já prestaram depoimento no inquérito e negaram irregularidades. O presidente se manifestou por escrito.
Rocha Loures chegou a ser preso depois que foi filmado pela PF saindo de um restaurante com uma mala de dinheiro pago por um executivo da processadora de carnes JBS no âmbito de uma outra investigação. Foi posteriormente solto e agora é monitorado com uso de tornozeleira eletrônica. Ele é réu acusado de corrupção no caso envolvendo a mala de dinheiro. 

Para Segovia, que assumiu o posto em novembro do ano passado, durante o governo Temer, a empresa não se beneficiou diretamente porque o decreto não atingiu o contrato da Rodrimar, ou seja, o “objeto em tese da corrupção não foi atingido”. “Então ficou muito difícil de ter uma linha de investigação numa corrupção que em tese não ocorreu”, reforçou.
O chefe da PF afirmou que outros depoimentos colhidos na instrução do inquérito também não conseguiram comprovar o cometimento de crime pelos investigados.  “No final a gente pode até concluir que não houve crime. Porque ali, em tese, o que a gente tem visto, nos depoimentos as pessoas têm reiteradamente confirmado que não houve nenhum tipo de corrupção, não há indícios de realmente de qualquer tipo de recurso ou dinheiro envolvidos. Há muitas conversas e poucas afirmações que levem realmente a que haja um crime”, disse. 

Segundo ele, ainda há algumas diligências a serem feitas, mas ele avalia que em no máximo três meses a apuração será concluída. O diretor-geral disse que, durante a instrução do inquérito, também foram requisitadas informações de outra investigação arquivada contra o presidente sobre suposto crime cometido por Temer em um suposto esquema de cobrança de propina de empresas detentoras de contratos no porto de Santos, em São Paulo. A intenção seria saber se haveria ligação da apuração antiga com a atual, uma vez que Temer era líder da bancada do MDB e poderia ter atuado na indicação de uma das pessoas envolvidas em delitos. 

Segovia, entretanto, disse que o envolvimento de Temer se deu a partir de uma citação em uma audiência de uma pensão alimentícia da esposa de um ex-diretor da Cia Docas, e isso “caiu por terra” duas vezes, arquivada pelo Supremo, destacando ainda que a indicação da pessoa teria sido feita por “várias lideranças políticas”, não apenas por Temer. “Então o inquérito (arquivado) na verdade não se demonstra aproveitável para qualquer tipo de questionamento. Até porque o que está sendo apurado e que o Supremo está investigando e tem autorização é justamente a questão da corrupção na construção desse decreto”, argumentou. 

Em respostas a perguntas formuladas pela PF no inquérito, Temer disse em janeiro que “depositava confiança” em Rocha Loures quando ele exercia o cargo de assessor especial da Presidência, mas destacou que nunca pediu-lhe para receber recursos ilícitos em seu nome.  Afirmou ainda que a Rodrimar não foi beneficiada com a edição dos decretos e que o assunto foi tratado no âmbito de uma comissão do Ministério dos Transportes. 

“MUITO ABERTO”
Segovia criticou a forma de investigação instaurada por Janot contra Temer. Formalmente, a apuração é por corrupção passiva e tráfico de influência. O diretor-geral afirma que o ex-chefe do Ministério Público Federal “deixou o troço muito aberto porque tem um espectro muito maior para ver se pega alguma coisa”.
É para ver se cata alguma coisa, corrupção, tráfico de influência... vai que cai em alguma coisa?”, questionou. “Aí você enquadra depois”, completou. 

Questionado se o inquérito está próximo de ser concluído, o chefe da PF afirmou que o delegado responsável pelo caso, Cleyber Malta Lopes, está voltando de um curso no exterior e devem conversar. “Mas eu acredito que não dure muito mais tempo, não tem muitas diligências mais a serem feitas. Acredito que em um curto espaço de tempo deve ter a conclusão dessas investigações”, disse. 

Para o chefe da PF, há a necessidade de tirar o caso a limpo, por isso é preciso se aprofundar na investigação, buscar provas em todos os lugares porque “quando a gente concluir a investigação e não houver realmente o fato a gente possa afirmar, ‘olha não houve crime, não houve o fato’”. 

Perguntado se a apuração exaustiva tem por objetivo evitar questionamentos da imprensa, ele concordou. “Estamos fazendo nosso trabalho, que é a investigação criminal. Então tudo que for indício que possa reportar uma possibilidade que ache uma prova que sustente esse tipo de acusação a gente vai ter que checar. É muito mais uma checagem de tudo que a gente tem para que no final não dê um veredicto ‘olha checamos tudo e não tem nada’. ‘Ah, mas vocês checaram tudo mesmo?'. Sim, foi tudo verificado”, concluiu. 

Caberá à atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidir se eventualmente aceita a recomendação da PF e, se não houver alguma reviravolta, pedir ao Supremo o arquivamento da apuração, requerer novas diligências ou ainda, apesar da instrução feita pela PF, oferecer denúncia contra o presidente. Raquel Dodge -que é a responsável por conduzir as apurações contra autoridades com foro privilegiado no STF- não é obrigada a seguir a sugestão feita pela PF.


quarta-feira, 15 de junho de 2016

Rússia: “Satã 2” contra sistemas defensivos do Ocidente


A Romênia inaugurou em sua base de Deveselu, no sul do país, um sistema americano antimísseis de alta tecnologia. A cólera do Kremlin explodiu ipso facto, noticiou a Reuters. O novo sistema de defesa instalado em Deveselu, outrora base soviética, inclui radares, interceptores de mísseis e equipamentos ultramodernos de comunicação.
 
Ela é uma primeira etapa para a criação de um escudo que protegerá a Europa de ataques de regimes “bandidos” como o Irã. Mas interpretando isso como sendo dirigido a ela, a Rússia qualificou o sistema defensivo de ameaça para sua segurança, segundo afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Na inauguração, o secretário geral da NATO, Jens Stoltenberg, insistiu que a Rússia nada tinha a temer, pois a base está muito ao sul; e que a próxima será em Redzikowo, na Polônia, em posições que não podem interceptar os mísseis balísticos intercontinentais russos. Acredite quem quiser.

Stoltenberg disse que a NATO propôs repetidas vezes ao Kremlin “transparência, diálogo e cooperação”, mas foi em vão.

“A Rússia não respondeu de maneira positiva aos nossos oferecimentos de diálogo”, disse Stoltenberg. Ele reconheceu que o assunto continua sendo “uma questão perturbadora”.  Uma base análoga já havia sido instalada na Turquia, enquanto navios Aegis, dotados de recursos de defesa antimísseis, que fazem parte do escudo, foram estacionados no porto de Rota, na Espanha.

Em Sochi, Putin prometeu aumentar as despesas nucleares para neutralizar as “ameaças emergentes” contra a Rússia. Falando aos responsáveis pela indústria militar russa, ele disse que “uma parte da capacidade nuclear estratégica americana foi instalada na nossa periferia. A Europa do Leste faz parte de nossa periferia”, acrescentou esse inveterado invasor de países vizinhos. “Agora estamos sendo constrangidos a pensar na maneira de neutralizar as ameaças emergentes contra a Federação da Rússia”, acrescentou Putin.

O discurso pareceu montado para o anúncio feito pouco depois de Putin ter ordenado o início dos testes do novo míssil “RS-28 Sarmat”, também apelidado “Satã 2”, segundo publicou o site 20minutes.fr.

VÍDEO: Rússia considera o escudo defensivo na Romênia “ameaça direta”:


De acordo com fontes russas e americanas, o novo monstro de massacre indiscriminado teria capacidade para destruir em poucos segundos um território “do tamanho de Texas ou da França” sem que sistema de radar algum possa detectá-lo. O “Satã 2” seria operacional em 2020.

Tratar-se-ia de uma versão modernizada do R-36 e seria o mais poderoso foguete assassino já construído.  Com 12 cabeças atômicas, ele poderia alvejar cidades a 10 mil quilômetros, atingindo as capitais europeias e as cidades da costa oeste americanas, noticiou o jornal americano “Daily News”.  Putin explorou o caso de Deveselu para patentear o que ele vinha ruminando sem o menor senso de humanidade e de sentimentos cristãos.

Fonte: http://flagelorusso.blogspot.com/ - Escrito por Luis Dufaur – 14 junho 2016


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Mercado da morte no Everest



Cada vez mais turistas, mesmo sem preparo, se dispõem a pagar até R$ 130 mil para chegar ao topo do mundo. Nos últimos dias, quatro deles perderam a vida na aventura

Com seus recordistas 8.848 metros de altura, o Monte Everest, na fronteira entre o Tibete e o Nepal, representa um desafio à superação humana. Depois de vencido pela primeira vez, em 1953, o cume da cordilheira do Himalaia deixou de pertencer apenas aos sonhos de alpinistas profissionais e se tornou destino recorrente nas viagens de aventura, procurado inclusive por amadores. Nos últimos dias, uma sequência de tragédias colocou em xeque a idoneidade das operadoras que organizam a subida ao Everest.




Quatro pessoas morreram ao tentar chegar ao topo do mundo e, até o fechamento desta edição, outras duas estavam desaparecidas. “Muitos alpinistas sem qualquer experiência escalam o Everest todo ano e as empresas costumam usar equipamentos de má qualidade para baratear os pacotes e ganhar clientes”, disse à Reuters Ang Tshering Sherpa, presidente da Nepal Mountaineering Association, organização não-governamental que acompanha a prática do montanhismo na região. “Com isso, a empresa coloca os alpinistas em risco.”

O problema está na ambição desmedida das operadoras. Nos últimos anos, subir o Everest se tornou uma questão mercantilista. Qualquer um pode contratar as agências que promovem as escaladas, desde que o interessado disponha de pelo menos R$ 130 mil para adquirir os pacotes. “Escalar o Everest virou uma coisa muito comercial”, disse à ISTOÉ Thomaz Brandolin, alpinista brasileiro profissional que levou uma equipe à montanha em 1991. 
“Aceita-se cada vez mais pessoas sem experiência ou preparo físico. O sujeito tem dinheiro para pagar o equipamento, se inscreve e vai. Virou festa.”

A sanha financeira tem motivado  as empresas responsáveis pelas escaladas a levar para o monte grupos cada vez mais numerosos, sem o aumento proporcional de monitores. O filme “Evereste”, exibido no Brasil no ano passado, retrata uma situação parecida: a tragédia de maio de 1996, quando dois grupos de alpinistas comandados pelos experientes Scott Fischer (da Mountain Madness) e Rob Hall (da Adventure Consultants) fizeram uma expedição que resultou na morte de oito pessoas, incluindo Fischer e Hall.

Na semana passada, Subhash Paul subia pela primeira vez a montanha em um dos passeios que levam para o alto do Everest pelo menos 1.300 pessoas por ano. Não foi uma avalanche nem qualquer intempérie imprevista que tirou a vida do indiano de 43 anos. Paul morreu de hipobaropatia a chamada doença de altura –, mal que mata em grandes altitudes por falta de oxigênio. Antes de morrer, o alpinista estreante havia subido 8 mil metros. No dia anterior, a australiana Maria Strydom e o holandês Eric Arnold também não sobreviveram à escalada. 

A causa da morte foi a mesma de Paul. Segundo especialistas, a hipobaropatia ocorre apenas acima dos 2.400 metros de altitude, quando alpinistas desavisados entram em áreas que exigem oxigênio suplementar, ou decidem se arriscar sem o equipamento recomendado – ou sem equipamento suficiente para todos do grupo.

Na teoria, desde o ano passado o governo do Nepal só permite a subida para esportistas que já tenham alcançando o topo de outras montanhas com ao menos 6.500 metros. Mas a regra nunca chegou a ser implementada e o Ministério do Turismo afirma que não há nenhuma previsão para colocá-la em prática. “Nós precisamos manter a glória das escaladas ao Everest”, disse à CNN Mohan Krishna Sapkota, secretária adjunta do ministério.

Fonte: Ludmila Amaral