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sábado, 18 de novembro de 2023

“Sem apresentar provas”, Lula disse que ...- Percival Puggina

         Que não se pode esperar de Lula apreço à verdade e raciocínio lógico é coisa sabida
Faltam-lhe sapatos para seguir esse caminho. 
A exemplo de todo radical, o que ele entende por lógica é um pensamento custodiado pelo interesse político. Se necessário, deixa de lado os fatos e a verdade adaptando-os às próprias conveniências. 
Por isso, conforme o público que tenha diante de si, Lula adota com naturalidade discursos divergentes ou mesmo contraditórios.

Ao receber os brasileiros que quiseram sair de Gaza, ele disse:

“Eu já vi muita violência, mas eu nunca vi uma violência tão brutal, tão desumana, contra inocentes. Se o Hamas fez o que fez, Israel comete o mesmo terrorismo. Crianças e mulheres não estão em guerra. Completa destruição de tudo com uma simples bomba, sem ninguém assumir responsabilidade. Que vocês tenham algum dia a liberdade de reconstruir seu país, como os judeus tiveram”.

Logo depois, afirmou nunca ter sabido de uma guerra em que crianças fossem as “vítimas preferenciais”. Tal afirmação constitui falsa denúncia! “Sem apresentar provas”, como dizem a Globo, a CNN e tantos outros veículos de igual calibre quando contrariados, pretende atribuir um ânimo infanticida à reação de Israel ao ataque do Hamas. A leviana acusação serve tão bem aos atuais interesses políticos do grupo terrorista que poderia ter sido proferida em árabe.

Na frase acima transcrita, Lula faz uma cortesia adicional ao Hamas, colocando o ato terrorista inicial do conflito no condicional: “se o Hamas fez o que fez” ... 
Esperteza demais é burrice e se revela quando ele alerta para o fato de que “crianças e mulheres não estão em guerra”, como se alguém não soubesse que a guerra começou exatamente porque o Hamas a iniciou atacando jovens civis numa festa rave e chacinando crianças, mulheres e homens em assentamentos civis nas proximidades de Gaza. Note-se: foram os alvos não apenas preferenciais, mas as exclusivas vítimas daquelas ações.
 
Já afirmei antes, repito: o Hamas colocou em risco a população civil palestina ao se valer dela como escudo humano. 
O Hamas sequestrou centenas de judeus e já havia sequestrado a inteira população de Gaza. Age como o criminoso que se protege covardemente com o corpo da vítima que capturou, instalando-se em prédios habitados pela população civil, escolas e hospitais, servindo-se até de ambulâncias para se evadir entre feridos da área de conflito! 
O que nunca se viu, Lula, é um país em guerra ocultar suas instalações militares, seus arsenais e suas tropas em meio à população civil que lhe caberia proteger.

Lula pode querer arrastar o Brasil ao esgoto da geopolítica mundial. Mas a pátria – a pátria de Bonifácio, Pedro II, Isabel, Caxias, Rio Branco, Mauá, Silveira Martins, Nabuco, Ruy e tantos outros que a história crítica esquerdista trata de esconder – não irá!

Esse governo, ao mesmo tempo que constrange, torna a virtude da esperança absolutamente indispensável.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Mídia terrorista: a pá de cal da velha imprensa - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Militantes disfarçados de jornalistas que utilizam dados oficiais do grupo terrorista Hamas para trazer "informações" sobre a guerra na Faixa de Gaza já desmoralizam por completo o trabalho da imprensa - e são muitos, de grupos grandes e "sérios", mencionando o Ministério da Saúde do Hamas como fonte.

Agora, o que dizer de "jornalistas" que participam dos atentados terroristas, que recebem beijos dos líderes do Hamas?! Imagens circulando - e pelos próprios terroristas disfarçados de jornalistas - mostram um deles com uma granada na mão na garupa da moto de um terrorista do Hamas. O outro recebe beijinho no rosto do líder terrorista. São "freelancers" que prestam serviço para CNN, AP e Reuters!

Ben Shapiro comentou: "A distinção entre a 'imprensa' e o Hamas em Gaza é extremamente vaga. 
Todos os 'jornalistas' em Gaza são propagandistas do Hamas ou ameaçados por ele. 
Não há liberdade de imprensa em Gaza".
Isso é o óbvio ululante que qualquer pessoa minimamente sensata por inferir. 
Agora temos as provas concretas. Vão adiantar para alguma coisa?

Leandro Ruschel comentou: Repórteres freelancers da Associated Press, Reuters e da CNN PARTICIPARAM dos atentados terroristas do dia 07, segundo imagens e vídeos divulgados por autoridades israelenses. Um dos repórteres pode ser visto com uma granada nas mãos, na garupa da moto de um terrorista. Para piorar, funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos COMEMORARAM o ataque terrorista do 07 de outubro em posts nas redes sociais, revelou a ONG UN Watch. Abaixo, um "jornalista" da AP (à direita) sendo beijado por líder terrorista do Hamas.

 


Vale notar que não é a própria imprensa "profissional" quem está dando destaque para esse verdadeiro escândalo que coloca em xeque toda a cobertura do conflito. João Luiz Mauad comenta: "O mundo finalmente toma conhecimento (por enquanto, pelas redes sociais, não pela mídia oficial) que vários jornalistas, de grandes conglomerados de imprensa que cobrem a Faixa de Gaza, têm ligações estreitas com o Hamas. Alguns deles, inclusive, cobriram ao vivo o massacre do dia 7/10, em Israel. E tem gente graúda por aqui que ainda confia cegamente nas 'notícias' divulgadas por esses autênticos porta-vozes dos terroristas..."

Grosso modo, uns nove em cada dez "jornalistas" dos principais veículos de comunicação são simpatizantes do comunismo e até do terrorismo palestino, pelo visto. Há uma quase hegemonia da esquerda radical nas redações. Por isso a mídia troca fatos por narrativas, de maneira cada vez mais despudorada. E não por acaso sua credibilidade afunda mais e mais, e esses "jornalistas" clamam por "regulamentação" (censura) das redes sociais.

Quem não foi corrompido financeiramente, parece que foi ideologicamente. E o resultado é esta campanha insana pró-terrorismo. Espalhar "notícias" que vêm diretamente do Hamas como fatos é mesmo a pá de cal do velho jornalismo...


segunda-feira, 24 de abril de 2023

O que aconteceu no 8 de janeiro - Revista Oeste

Silvio Navarro

Imagens vazadas colocam o governo Lula no centro dos atos de vandalismo, levantam suspeita de cumplicidade e tornam a CPMI no Congresso inevitável

Foto: Reprodução

Às 14h55 do dia 8 de janeiro, os carros da Polícia Militar do Distrito Federal que atuavam na segurança da Praça dos Três Poderes, já sob ataque de um bando de vândalos, deixaram uma das principais vias de acesso à chamada Esplanada dos Ministérios.
 Ao fundo, em meio à fumaça de bombas de efeito moral, uma multidão avançava em direção ao Palácio do Planalto. 
Imediatamente, os oficiais alinhados em um cordão com escudos recuaram, permitindo a entrada do grupo no estacionamento do prédio. Neste momento, a porta principal da sede da Presidência da República em Brasília estava aberta. Por quê?
 
Um enorme arquivo com 160 horas de filmagens, captadas por 22 câmeras, foi obtido pela emissora CNN.  
A edição, com pouco mais de cinco minutos, foi divulgada na quarta-feira, 19. 
Há meses a Câmara dos Deputados, parlamentares individualmente e veículos da imprensa, por meio da Lei de Acesso à Informação, buscavam acesso ao material. O governo Lula guardava o conteúdo a sete chaves. Por quê?Foto: Reprodução MetrópolesFoto: Reprodução Metrópoles
 
Os vídeos provocaram um terremoto no Congresso Nacional como não se via desde os escândalos conhecidos pelos aumentativos Mensalão e Petrolão. Na mesma quarta-feira, coincidentemente, estava marcada a audiência do general Marco Edson Gonçalves Dias, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), na Câmara para falar sobre o dia trágico. Às 13 horas, contudo, ele enviou um atestado médico à comissão que não diz absolutamente nada: apresentava um “quadro clínico agudo que requer medicação”. Não há sequer o CID (classificação internacional de doenças), obrigatório em atestados médicos. Duas horas depois, “GDias”, como é chamado pelo Batalhão de Infantaria do Exército, estava com Lula na reunião que selou sua demissão
Foi o primeiro ministro do governo demitido em 120 dias de mandato, um recorde em qualquer governo do PT nem ministros enroscados em denúncias, como o das Comunicações e a do Turismo, foram despejados até hoje. Por que Gonçalves Dias deixou o posto tão rápido?
 
Horas antes do cancelamento da audiência na Câmara, o general aparece nas imagens do circuito interno do Palácio do Planalto circulando, à paisana, entre os invasores. 
Ele checa portas, visita a antessala do gabinete de Lula e interage com os baderneiros — as falas são inaudíveis. 
Em nenhum momento, o militar atuou como um agente de segurança nem tentou evitar a depredação. Que general permite que o inimigo ataque sua fortaleza? 

Atestado Utilizado por Gonçalves Dias | Foto: Reprodução

Já demitido, Gonçalves Dias disse em entrevista à GloboNews que sua atuação naquela tarde se limitou a direcionar os invasores para a planta baixa do prédio, onde a Polícia Militar os aguardava. Ele conversou com jornalistas, mas não foi ouvido até agora pela Polícia Federal, como os milhares de manifestantes que terminaram presos a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Por quê?

Acuado, Lula mandou sua base escolher quem serão os integrantes da CPMI. A leitura do pedido de abertura da comissão será no dia 26

Lula sacou a velha carta de que não sabia de nada
Fez chegar aos articulistas na mídia que foi traído pelo general. É uma tese que não para em pé nem nas redações apaixonadas por ele
Dias é uma das pessoas mais próximas do petista há anos. 
Na Presidência, Lula usava um botão de emergência que acionava o general imediatamente. O jornalista Ricardo Kotscho, assessor do próprio Lula no passado, escreveu nesta semana no portal UOL. “Ele se tornou conselheiro do presidente, porque é um cara preparado. Lembro que, nas viagens de avião para a China e a Índia, ele passava o tempo todo lendo. Não consigo entender como isso foi acontecer com ele agora.”Foto: Reprodução UOL


Diante de tamanha proximidade, com Lula a quilômetros de distância de Brasília — estava em Araraquara, no interior paulista —, não é crível que o chefe do GSI tenha deixado de comunicar o presidente que o Palácio do Planalto fora invadido. O senador Marcos do Val (Podemos-ES), um dos que acompanham mais de perto os episódios de janeiro, afirmou que Lula teria dito na véspera ao general: “Deixe acontecer”.
Quer água mineral?

Outros membros do GSI também aparecem nas novas cenas: um deles, capitão do Exército, pode ser visto dez vezes. Numa das imagens mais bizarras, ele abre uma porta e oferece água mineral aos manifestantes. Em outra, depara-se com um vândalo mascarado prestes a arremessar um extintor de incêndio contra uma vidraça.  
Nem ele nem outros oficiais fazem nada para deter o quebra-quebra. Pelo contrário, quando o relógio do sistema de câmeras crava 15h19, os guardas deixam a sala, apenas dois minutos antes de os arruaceiros chegarem com uma marreta. Por quê?
 
Na sequência exibida pela CNN, é possível perceber uma novidade em relação às imagens divulgadas anteriormente pelo programa Fantástico, da Rede Globo: as pessoas que invadiram o prédio têm perfis distintos. Isso fica nítido na destruição do relógio do século 17
A cena estúpida foi explorada à exaustão para sustentar a narrativa de que o país estava diante de um golpe de Estado, sem tanques nem soldados, mas liderado por uma turba anônima de “bolsonaristas” organizada pelo WhatsApp. 
A imagem da TV Globo mostra um criminoso trajando uma camiseta preta com a estampa do rosto do presidente Jair Bolsonaro. Ele faz questão de encarar a câmera de segurança. É como se dissesse: “O Bolsonaro me mandou vir aqui”. Essa narrativa caiu na última quarta-feira.


"Exclusivo: Imagens mostram ação do GSI em ataque aos Três Poderes em 8 de janeiro | CNN NOVO DIA"

 
Agora, é possível ver que outros manifestantes, que usam camisas e bandeiras com as cores verde e amarela que tampouco deveriam estar dentro do prédio, é verdade — tentam recolocar no lugar o relógio francês trazido ao Brasil por Dom João VI. O que acontece depois?    O objeto é arremessado novamente contra o chão por outra pessoa mascarada. 

O conflito entre os próprios invasores está nítido: há uma tentativa vã de alguns deles em conter alguns solitários ensandecidos.                        Havia infiltrados ali?
Quem sabia dessas imagens? [COMENTÁRIO MOSTRANDO UMA CURIOSIDADE: A TV Funerária ontem, em seu programa dominical,  que já foi famoso, líder em audiência e credibilidade, entrevistava o "Cappellii, atual interino do GSI, que dizia ser correto o procedimento de 'empurrar' a multidão do 3º e 4º andares, para o segundo andar onde seriam presos; o repórter, talvez por estar  cumprindo pauta, não pode destacar que minutos antes ele havia apresentado imagens de pessoas circulando livremente pelo segundo andar e até comentado que as pessoas não estavam sendo incomodadas pela segurança.]

As imagens que jogam luz nos episódios de 8 de janeiro foram divulgadas por um canal de televisão. 
Numa nota oficial vazia, o GSI disse que o material é secreto e somente as autoridades que conduzem o inquérito têm acesso a ele — ou seja, a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e o gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Passados 120 dias, por que nenhum membro do GSI, principalmente o chefe, Gonçalves Dias, foi indiciado ou preso?
 
Por muito menos e com extrema celeridade, o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres está encarcerado há três meses. Ele estava nos Estados Unidos no dia dos ataques
É acusado de ter rascunhado uma minuta [rascunho, esboço de ideias para uma possível apreciação, discussão, sem nenhum valor legal.] que, para o ministro Alexandre de Moraes, seria usada para chancelar o golpe de Estado preparado por 1,5 mil pessoas desconhecidas — entre eles, idosos, com crianças e cachorros que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército. [sendo que o provável beneficiário do golpe - ex-presidente Jair Bolsonaro, estava há 10 dias nos Estados Unidos e sem nenhuma intenção de voltar ao Brasil para assumir o produto do golpe.] Anderson Torres | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
O papel golpista foi encontrado na casa de Torres numa operação de busca e apreensão
Ele já perdeu 12 quilos e a família segue com complicações — as três filhas com idade escolar estão abaladas, e a mãe faz tratamento contra um câncer
Nesta semana, o deputado Eduardo Bolsonaro sugeriu que o quadro de depressão de Torres é grave e que ele flerta com a ideia de suicídio na prisão.

Paralelamente, o governador do DF, Ibaneis Rocha, permaneceu afastado do cargo por mais de dois meses. Na época, Lula nomeou um interventor federal: o jornalista Ricardo Capelli, assessor do ministro Flávio Dino. Como precisou rifar o seu general do GSI nesta semana, Lula Capelli foi convocado novamente. Ele assumiu o posto e vai comandar todo o setor de inteligência do governo federal — leia-se: Dino vai centralizar todas as informações a partir de agora.

Existiam menores nas imagens? 
Por que rostos borrados? 
Quem vazou? 
Com qual interesse? O fascismo tenta confundir e dividir. Buscam fraudar a história. Unir nossa tropa e marchar pela democracia. Vamos reconstruir o Brasil.— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) April 19, 2023
 
Diante da crise em Brasília, Lula antecipou o embarque para Portugal, o sexto país que visita desde que voltou ao poder. O Congresso travou: somente na quarta-feira, dia do vazamento das imagens, a oposição apresentou 150 requerimentos para suspender os trabalhos das comissões temáticas.  
Os plenários da Câmara e do Senado não funcionam por outro motivo: o governo não tem votos para aprovar nenhum projeto.
 
Acuado, Lula mandou sua base escolher quem serão os integrantes da CPMI. A leitura do pedido de abertura da comissão será no dia 26. 
O governo vai brigar pela relatoria ou a presidência da comissão. No Senado, os nomes já foram escalados: Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Omar Aziz (PSD-AM), o quarteto que atuou na CPI da Pandemia. Na Câmara, o PT vai enviar o casal Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh Farias (RJ). André Janones (Avante-MG) também quer participar.
 
A tropa lulista tem uma missão clara a partir de agora: impedir que outras imagens e informações sobre decisões tomadas pelo governo no dia 8 de janeiro — ou na véspera — sejam descortinadas.  
O principal temor são as quebras de sigilos telefônicos. 
As trocas de mensagens e o circuito interno de câmeras dos prédios públicos podem responder às perguntas que ficaram pelo caminho.
 
Uma conclusão, contudo, já pode ser tirada. Lula não aprendeu nada com o seu passado, cujo fim da linha foi a prisão — a esta altura da vida, nem vai mais aprender. 
Mais uma vez fica a lição de John Adams, o segundo presidente dos Estados Unidos, cuja biografia ele provavelmente nunca leu. “Os fatos são coisas teimosas. Independentemente dos nossos desejos, das nossas inclinações ou dos ditames de nossas paixões, eles não podem alterar o estado de fatos e evidências.” A verdade começou a aparecer.

Leia também “Dias de loucura”

Silvio Navarro, colunista - Revista Oeste


sexta-feira, 21 de abril de 2023

Crime organizado - O PCC, ao que parece, está em todo lugar - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo 

Facada Bolsonaro

Vocês viram que história estranha essa de busca e apreensão envolvendo advogados do Adélio Bispo ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC)? Só agora que isso está sendo revelado. 
Um magistrado de Juiz de Fora (MG) onde aconteceu, em 2018, o atentado com a facada na barriga do então candidato a presidente Jair Bolsonaro por parte de Adélio Bispo – autorizou seis mandados de busca e apreensão, realizados no dia 14 de março, contra advogados que receberam R$ 315 mil do PCC e que defendiam Adélio Bispo
Eles alegam que também defendiam gente do PCC e que por isso a facção os estava pagando. Estranha essa presença constante do PCC.
 
Lei para proteger os criminosos
Contei para um português aqui a história de André do Rap e ele não acreditava. Narrei a ele o escândalo em que o Supremo Tribunal Federal (STF) mandou devolver helicóptero e lancha ao narcotraficante
As provas contra ele foram anuladas porque esqueceram de fazer um mandado de busca e apreensão de provas. 
Alegaram que só podiam prendê-lo e apreender o que tivesse nos bolsos e nas mãos, mais nada. 
Como se observa a lei ao pé da letra quando se trata de lei que protege o criminoso! 
Infelizmente isso é verdade, e dói a gente constatar isso.
 
Não dá para alegar que Gonçalves Dias e os agentes do GSI eram bolsonaristas
Queremos também a isonomia em relação ao episódio do 8 de janeiro.  
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres está preso até hoje
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado e já voltou. De repente, vemos o agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Marco Edson Gonçalves Dias, lá nas idas e vindas entre os invasores ou pré-invasores do Palácio do Planalto, aqueles que entraram e foram quebrando
Porque depois vemos, nas mesmas imagens, que outros entram e tentam limpar o estrago. 
Por exemplo, encontraram o relógio do século 17 no chão, quebrado, e colocaram de novo em cima da mesa. Aí vem outro sujeito, um outro vândalo, que joga o relógio no chão novamente. Isso precisa ser apurado.
 
O ministro do STF Alexandre de Moraes deu 48 horas para a Polícia Federal colher o depoimento do general Gonçalves Dias, para ele explicar por que pediu exoneração no mesmo dia em que a CNN mostrou as imagens, num furo de reportagem. 
Ou seja, ele passou recibo, não? 
E não há como argumentar que ele seja bolsonarista, já que trabalhou na segurança de Lula (PT) por oito anos nos dois governos, depois trabalhou para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e também na última campanha eleitoral de Lula, já na reserva do Exército. 
Ele era o homem certo para ocupar esse lugar.
 
Portanto, quando entrou no GSI, Gonçalves Dias já tinha a turma dele, já conhecia os homens de confiança que pôs lá.  
Então, é um argumento muito fraquinho, muito pueril esse que foi sugerido pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, dizendo que foram os militares. Não, eram aqueles subordinados ao general Gonçalves Dias, homem de confiança do presidente Lula. 
Aliás, já fiz essa comparação anteriormente, não tem como não lembrarmos da história envolvendo o chefe da segurança de Getúlio Vargas, Gregório Fortunato.
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

8 de janeiro: o governo é responsável? - Deltan Dallagnol

Gazeta do Povo - Vozes

Uma imagem vale mais do que mil palavras; um vídeo, milhões delas. Especialmente um vídeo que foi escondido a sete chaves da população após ser declarado como "sigiloso" pelo governo e que o governo lutava para sepultar junto com a CPMI do dia 8 de janeiro. 
 O vídeo mostrou a verdade, nua, crua e beirando o inacreditável: vias desimpedidas; sem resistência; nenhum cordão de isolamento; abandono de postos; seguranças recuando; agentes calmos; portas sendo abertas; cumprimentos aos invasores; e oferecimento de água mineral. Passividade e complacência.

As imagens de mais de 20 câmeras de segurança, reveladas pela CNN, mostram o tratamento dado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) aos invasores no dia 8 de janeiro.  

Os vídeos não deixam margem para interpretação: o governo acolheu aqueles que depois classificou como terroristas e inimigos do Estado Democrático de Direito. O dia 8 de janeiro foi uma escolha do governo.
G Dias era o responsável, por força de lei, por garantir a segurança do Palácio do Planalto.

Quando uma criança se afoga na piscina, na frente de um salva-vidas que fica parado, assistindo, ele se torna responsável pela morte. Embora o crime de homicídio ocorra quando “alguém mata alguém”, a lei criminal torna o salva-vidas autor do crime. Trata-se do crime chamado “crime comissivo por omissão” ou “crime omissivo impróprio”, porque a realização do crime exige um comportamento (“matar alguém”) que é realizado pela omissão, pela inércia. Esse crime só se configura quando quem se omite tinha, por lei ou por contrato, a obrigação de evitar o resultado e podia evitá-lo. Como um salva-vidas tem essa obrigação e o preparo para realizar o salvamento, ele se torna autor do crime de homicídio ao assistir inerte à criança se afogar.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) escolhido por Lula e subordinado diretamente a ele, Gonçalves Dias ou GDias, amigo de Lula por mais de duas décadas, tem o apelido de “sombra” de Lula por estar sempre próximo do presidente nos seus deslocamentos no Brasil e no exterior. 

GDias era o responsável, por força de lei, por garantir a segurança do Palácio do Planalto. Quem diz isso, mais uma vez, não sou eu, é a lei. Está no artigo 1º, inciso VI, alínea “c”, do Anexo I do Decreto 11.331, de 1º de janeiro de 2023, baixado pelo próprio Lula! De fato, essa regra estabelece que é competência do GSI “zelar, assegurado o poder de polícia, pela segurança dos palácios presidenciais”. A regra é clara.

    Tão importante quanto a responsabilização dos envolvidos é a absolvição inequívoca dos inocentes.

Além disso, as evidências apontam que o GSI tinha informações sobre a iminente invasão do dia 8 e tinha condições de impedi-la, mas não só se manteve inerte como dispensou reforços para a proteção do Planalto. 
Com efeito, vários veículos de imprensa noticiaram mensagens trocadas, inclusive por integrantes do GSI, que demonstram que eles tinham informações sobre o risco das manifestações. 
Havia postagens nas mídias sociais que pregavam atentados contra as instituições. 
O próprio ministro da Justiça, ao prestar esclarecimentos perante a Câmara dos Deputados, afirmou claramente que foi informado sobre os riscos de manifestações.

No entanto, o GSI dispensou da prontidão, naquele fim de semana, o Batalhão da Guarda Presidencial do Exército, que tinha tropa, treinamento e equipamentos para impedir invasões e vandalismos. “Boa tarde, senhores. O SCP (referindo-se ao secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, general Carlos Feitosa Rodrigues) agradece o apoio dos dragões no dia de hoje. Pelotão de Choque pode ser liberado da prontidão”, afirmou o coronel André Garcia, coordenador de segurança do GSI, em mensagem para o Comando Militar do Planalto (CMP).

    As evidências mostram que o GSI tinha conhecimento da iminente invasão, tinha o dever legal de impedi-la e tinha as condições para fazê-lo, mas recuou duas vezes.

Para além da dispensa, os vídeos revelados ontem demonstraram a acolhida generosa dos invasores. 
Às 13 horas do dia 8 se somaram, aos 15 agentes do GSI, 35 policiais do Pelotão de Choque, equipados com balas de borracha, escudos, bombas de gás e cassetetes. 
Ainda assim, e apesar do treinamento e obrigação legal dessas pessoas, a resistência foi nenhuma. 
Dificilmente isso ocorreria sem orientação superior num órgão de treinamento militar. 
Em outros episódios de tentativa de invasão dos prédios dos Três Poderes, a reação e o desfecho foram muito diferentes: os soldados arriscaram suas vidas para cumprir o dever.
 
Desde as jornadas de junho de 2013, manifestantes já tentaram invadir ou invadiram áreas internas e externas do Congresso em ao menos nove oportunidades
Em 2017, diante dos protestos e atos de depredação nas ruas, o presidente Michel Temer convocou as Forças Armadas no Distrito Federal como medida para conter os protestos que tomaram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Veja Também:

    “Não perca a capacidade de se indignar e lute”
    A Lava Jato virou bode expiatório do 8 de janeiro
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Em 2016, depois de protestarem em frente ao Palácio do Planalto, os manifestantes que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff se dirigiram ao Congresso Nacional. De acordo com a Polícia Militar (PM), reuniram-se cerca de 5 mil pessoas. A manifestação começou pacífica, mas houve confronto entre manifestantes, que invadiram os espelhos d'água da Câmara e do Senado. A polícia respondeu com spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo para retirá-los. Rapidamente, eles foram contidos.

Em 2014, um enorme grupo de invasores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tentou invadir o Supremo Tribunal Federal. Segundo o número informado pela própria segurança do Distrito Federal, eram 20 mil pessoas. No entanto, esses treinados guerrilheiros foram barrados de maneira ágil pela própria guarda do STF e agentes da PM. Eles não conseguiram invadir o Supremo.

    Como no caso do salva-vidas que deixa a pessoa se afogar e é responsável por homicídio, as imagens indicam que o governo é responsável pelo 8 de janeiro.

Em miúdos: as evidências mostram que o GSI tinha conhecimento da iminente invasão, tinha o dever legal de impedi-la e tinha as condições para fazê-lo, mas recuou duas vezes. Primeiro, ao dispensar tropas e, depois, ao acolher os invasores e dar-lhes água em vez de voz de prisão. Como no caso do salva-vidas que deixa a pessoa se afogar e é responsável por homicídio, as imagens indicam que o governo é responsável pelo 8 de janeiro. E havia várias razões para isso: o governo foi o maior beneficiado pelas invasões criminosas.

De fato, fortaleceu-se o discurso de que o governo de Lula, recém-eleito, seria o único “defensor da democracia”, enquanto o governo hipocritamente apoia ditaduras
. A polêmica daquela semana sobre a constrangedora ligação da ministra do Turismo com a milícia foi abafada. Em especial, legitimou-se a criminalização da direita, que foi taxada de “terrorista”, e expandiu-se a restrição à liberdade de expressão.

Não só surgiram evidências da responsabilidade do governo pelo 8 de janeiro como agora está comprovado que ele atuou para ocultar da população as provas dos crimes. Primeiro, o governo negou os vídeos à imprensa e ao Parlamento – alegou-se um sigilo que não existia e agora se sabe o porquê. Segundo, pressionou deputados e senadores para que retirassem assinaturas da CPMI do 8 de janeiro, inclusive com o oferecimento de cargos e de verbas do novo orçamento secreto de Lula que chegam a até R$ 60 milhões. E, em terceiro lugar, o mais grave: mesmo tendo acesso aos vídeos, depoimentos e sabendo o que aconteceu, Lula manteve o ministro do GSI no cargo até ontem.

    O rigor para os agentes do governo federal deve ser o mesmo que foi aplicado aos agentes distritais.


Evidentemente, cabe à Justiça a última palavra sobre a prática de possíveis crimes, inclusive do ex-ministro-chefe do GSI, mas há evidências suficientes que requerem o aprofundamento urgente da investigação. O afastamento de Gonçalves Dias ontem foi uma importante medida, contudo é preciso avançar para apurar a responsabilidade de outras autoridades, como o ministro da Justiça e o próprio Lula, a quem o GSI respondia diretamente e que manteve o ministro no cargo por todo esse tempo.

Tão grave quanto o atentado às instituições, à democracia e ao nosso patrimônio histórico, econômico e cultural é a hipótese que emergiu ontem com força de que o governo permitiu propositalmente o 8 de janeiro para usufruir dos benefícios políticos e de imagem que viriam da posição de “vítima” dos ataques. 
 As imagens indicam que colocaram a politicagem acima dos direitos, da democracia e do patrimônio dos brasileiros. 
É desse tipo de populismo, que também erode a democracia, de que precisamos nos livrar como país. 
É urgente que o Congresso, por meio da CPMI do 8 de janeiro, e a Justiça avancem para esclarecer completamente os fatos. Proteger a democracia é essencial e isso requer responsabilizar todos os envolvidos cuja participação seja efetivamente comprovada, de modo coerente e igualitário, tanto da oposição como do governo.

Nunca é demais reforçar: tão importante quanto a responsabilização dos envolvidos é a absolvição inequívoca dos inocentes, pessoas que sequer depredaram o patrimônio público, e que agora se sabe que até mesmo repreenderam aqueles que praticaram vandalismo e violência, ou que caminhavam na região dos quartéis, mas que mesmo assim foram capturados e colocados no mesmo balaio que os verdadeiros criminosos.  

Uma das três vertentes dos inquéritos do STF sobre os fatos, aliás, é a omissão das autoridades que deveriam ter agido para impedir as invasões. Por conta da sua apontada omissão no dia 8 de janeiro, Anderson Torres está preso e Ibaneis Rocha foi afastado por meses do governo do Distrito Federal.

Apurados os fatos, mediante colheita do depoimento dos agentes do GSI e a análise mais abrangente dos vídeos das câmeras do Planalto, o rigor para os agentes do governo federal deve ser o mesmo que foi aplicado aos agentes distritais. O 8 de janeiro não deve ser tratado de forma partidária, mas sim pela ótica da necessária proteção das democracia, das instituições e do patrimônio brasileiro, doa a quem doer.

Deltan Dallagnol, procurador federal  e deputado federal  - Coluna Gazeta do Povo - VOZES

 

A casa caiu: foi o próprio governo Lula que armou a baderna do 8 de janeiro - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

GSI
Marco Gonçalves Dias, chefe do GSI, foi promovido a general durante o governo Lula e cuidou da segurança do presidente desde 2003| Foto: Andre Borges/EFE

[Opinião sincera: alguns desavisados estão considerando o general Dias um traidor - dizem que traiu Lula; NADA DISSO! apenas o general foi flagrado cumprindo ordens do petista. Trair Lula é praticamente impossível - o seu passado de traidor dos sindicalistas (lembram-se que ele era o 'boi' = informante do delegado Romeu Tuma = na época diretor do DOPS -  sobre todas as greves que o petista insuflava, enquanto enchia a cara com empresários da FIESP) o torna conhecedor de todos os macetes para identificar traidores.]

A verdade começou, finalmente, a aparecer. Depois de três meses de esforços desesperados, por parte do presidente Lula, do seu sistema de apoio e do Supremo Tribunal Federal, para esconder essa verdade da população, a casa caiu e os fatos vieram à luz do dia
Não demorou, quando se pensa com alguma frieza sobre o assunto; eles queriam ocultar essa verdade para sempre, e não conseguiram aguentar muito mais que 90 dias. Também foram incompetentes, pois seu grande plano não deu certo. Não há dúvida nenhuma, enfim, sobre o que houve.
As imagens gravadas, e publicadas no maior furo jornalístico da CNN desde que iniciou as suas atividades no Brasil, mostram o general Gonçalves Dias, homem da confiança pessoal de Lula, em atitude de colaboração com os invasores que vandalizaram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A “tentativa de golpe” e os “atos terroristas” contra os edifícios dos Três Poderes em Brasília foram feitos com a participação, ou com o incentivo, ou com a cumplicidade, de agentes do próprio governo. 
É por isso que Lula e o PT passaram os últimos meses lutando com tanta ferocidade para impedir a CPMI que a oposição quer abrir e agora vai abrir – sobre o que realmente aconteceu naquele dia.

    Não estamos diante de mais um “equívoco”, uma “avaliação errada”, ou um “acidente”. O que está se vendo, com provas, é um ataque direto à democracia.

Desde o começo essa história toda pareceu esquisitíssima. Tentativa de “golpe militar”? Não poderia ser: as Forças Armadas estavam a favor de Lula e contra os manifestantes – a prova é que mentiram para eles e se juntaram à polícia para enfiar na cadeia quem estava na frente dos quartéis em Brasília. 
É o exato contrário: as imagens gravadas mostram um general do Exército, e chefe supremo dos serviços de segurança do governo, circulando passivamente no meio dos invasores, enquanto seus subordinados ofereciam a eles cortesias e garrafas de água.  
Os crimes cometidos no dia 8 de janeiro não interessavam à oposição, nem “ao Bolsonaro”. 
Serviam apenas para Lula se fazer de vítima e jogar a mídia numa frenética tempestade de denúncias contra a “direita” e a favor da repressão cada vez mais ilegal que o STF, transformado em delegacia de polícia, faz contra os acusados em seus inquéritos.
 
Com a revelação da verdade, até agora escondida como um segredo de Estado, as coisas se explicam: foi o próprio governo, com a participação direta de militares que estão ao seu serviço e juram todos os dias que defendem a “legalidade”, quem armou a baderna do 8 de janeiro. 
Está provado no mínimo que foi omisso, não fez nada para evitar as invasões (embora soubesse com antecedência que elas iriam acontecer) e tinha um efetivo ridículo para cumprir o seu dever de defender os edifícios atacados. Dá na mesma, em termos práticos.

    Os crimes cometidos no dia 8 de janeiro não interessavam à oposição, nem “ao Bolsonaro”. Serviam apenas para Lula se fazer de vítima.

Tudo fica ainda mais claro quando se verifica que o general foi demitido do cargo no dia em que a CNN publicou os vídeos. 
Se não fez nada de errado, por que raios foi demitido? 
E se era culpado, o que estava fazendo dentro do Palácio do Planalto durante esse tempo todo? Não há saída para isso; é xeque-mate. 
O governo, o PT e os seus militantes na mídia, como fazem em 100% de histórias como essa, desde o primeiro flagrante em que Lula foi pego, estão tentando dar a desculpa sempre absurda de que ele “não sabia” de nada. 
Se não sabia, por que passou quase todo o seu governo lutando de modo tão furioso para impedir a CPMI? 
Vendeu cargos, fez ameaças, usou o presidente do Senado como um serviçal para violar prazos e deveres legais, na tentativa de enterrar a comissão. Agora, depois dos vídeos, quer fugir. 
Não convence uma criança de dez anos de idade.
 
Tão mal quanto Lula, seu governo e os militares fica o STF. O ministro Alexandre Moraes, no momento mais destrutivo que a Justiça brasileira já viveu em sua história, prendeu 1.400 pessoas pelas invasões em Brasília, mantém até hoje 200 delas encarceradas e começou um espantoso julgamento dos acusados por “lotes” de 100 ou 200 pessoas de cada vez coisa que simplesmente não existe em nenhuma lei conhecida no mundo. 
Os advogados, para efeitos práticos, estão impedidos de defender os seus clientes. Pessoas que nem estavam no local dos crimes foram presas, são obrigadas a usar tornozeleiras e já cumpriram antes mesmo de serem julgadas mais da metade da pena máxima prevista para o delito de que são acusadas.

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Muitos fizeram exatamente o que o general Gonçalves Dias foi flagrado fazendo – deram um passeio pelo Palácio do Planalto, com bandeira do Brasil nas costas, no dia 8 de janeiro. 
Na injustiça mais escandalosa de todas, o ex-secretário de Segurança de Brasília, que estava nos Estados Unidos no dia dos crimes, está preso há três meses e o general de Lula, que estava dentro do palácio, está solto, ou esteve solto durante esse tempo todo.

Como sustentar, por três minutos, que alguma coisa dessas seja legal? Como sustentar, sequer, que sejam lógicas? O ministro Alexandre, como Lula, também vai dizer que “não sabia” dos vídeos, nem das omissões, nem de nada?  

Não estamos, como diz a maioria da mídia, diante de mais um “equívoco”, uma “avaliação errada”, ou um “acidente”. 
O que está se vendo, com provas, é um ataque direto à democracia. [só que no Brasil se tornou rotina, de uns tempos para cá, adotar medidas antidemocráticas, VIOLANDO A DEMOCRACIA, a pretexto de preservá-la.]


J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

LULA QUER OS MILITARES COMO CIDADÃOS DE 2ª CLASSE - Sérgio Alves de Oliveira

A “raiva” que Lula sempre nutriu contra os militares - apesar das “regalias” que sempre recebeu da Ditadura Militar, enquanto “dedo duro” de colegas de ideologia - disfarçada durante os seus dois mandatos anteriores,de 2003 a 2010,finalmente veio à tona na entrevista que o ex-presidiário deu à jornalista Christiane Amapour,da CNN.

Nessa entrevista Lula garantiu que os “militares não participam mais do processo político”, e “quem quiser participar da política tira a farda,se candidate e enfrente a situação política da forma que o cidadão civil enfrenta,e não tentar enfrentar a situação vestido de militar”. Lula inovou. Agora o “nós contra eles” não se trata mais da esquerda contra a direita, dos comunistas contra os conservadores,dos “progressistas” contra os “agentes do atraso”,dos  “pobres contra os ricos”,porém dos “civis contra os militares’,dos ‘políticos contra os militares”.

Lula confunde “ alhos com bugalhos” Confunde mera participação dos militares na  política,assumindo o lado “a”ou”b” de alguma ideologia , partido politico,ou preferência  eleitoral por algum candidato,com a participação propriamente dita na busca de algum cargo eletivo.

A Constituição não dá qualquer limite aos militares para “fazer” política,exceto quando pretender concorrer a algum cargo eletivo,onde terá que se enquadrar nas restrições preconizadas pelo parágafo 8º do artigo 14 da CF: “O militar alistável é elegível,atendendo as seguintes condições: I) se contar com menos de 10 anos de serviço,deverá afastar-se das
atividades;II) se contar com mais de 10 anos de serviço,será agregado pela entidade superior,e  se eleito,passará automaticamente no ato da diplomação,para a inatividade.

O que pensa Lula? Quer fazer uma constituição própria para satisfazer a sua raiva contra os militares? LULA ESTÁ DESRESPEITANDO o “caput ” do artigo 5º da Constituição,pelo qual “Todos são iguais perante a lei,sem distinção de qualquer natureza...”,evidentemente enquadrada nessa proibição qualquer distinção contra militares.

LULA ESTÁ DESRESPEITANDO um dos principais “fundamentos” da República Federativa do Brasil,consagrado no inciso II do artigo 1º da Constituição,que é o direito à CIDADANIA,considerando os militares não-cidadãos,meio-cidadãos ,ou cidadãos de 2ª classe;

LULA ESTÁ DESRESPEITANDO o parágrafo 8º,incisos I e II, do artigo 14 da Constituição,que assegura aos militares alistáveis a plena ELEGIBILIDADE...”(I) se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se das atividades”,e “(II) se contar mais de 10 anos de serviço,será
agregado pela autoridade superior,e se eleito,passará imediatamente no ato da diplomação,para a inatividade”.

Vê-se, por conseguinte, que algumas restrições políticas são previstas constitucionalmente aos militares que pretenderem competir em eleições políticas para cargos proporcionais ou majoritários,tanto quanto o mesmo acontece com uma infinidade de outros cargos públicos,a exemplo dos juízes,dentre outros.

Mas ninguém poderá ser impedido de participar da política fora do horário de serviço,desde que não seja para concorrer. Essa participação não é só um direito assegurado pela cidadania,porém um dever de todos os brasileiros ,inclusive dos militares. Como negar aos militares,como quer Lula,o direito de participar da política,”cassando” os seus direitos civis e
políticos?

“Castrofobia”? Então por sua inescondível aversão e preconceito contra os militares,Lula deve ser considerado um “castrofóbico”,apesar dessa “fobia”(contra militares) ter sido omitida dos dicionários e de tipificação penal !!!


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo