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domingo, 10 de novembro de 2019

O inferno II - VEJA - Gustavo Krause

Blog do Noblat

O que nós temos a dizer dos que duvidam da solidez da nossa democracia?

A democracia não é o paraíso.  O notável pensador político, Norberto Bobbio, em O Futuro da Democracia, apontava pelo menos seis promessas (ou ilusões) não cumpridas pela democracia. Por sua vez Rousseau, afirmava: “Se houvesse um povo de deuses, seria governado democraticamente, mas aos homens não convém tão perfeito governo”  Em contrapartida, a ausência da democracia é o inferno sob formas de tirania, entres as quais, a mais perversa: sistema totalitário.

Neste sentido, a nossa experiência histórica tem muito a dizer pelas agruras sofridas: uma democracia jovem, submetida a uma transição arriscada, mais lenta e menos segura do que prometia a estratégia da transição do governo militar para o governo civil.  Com evidentes sinais de consolidação (integração da sociedade civil, estado de direito, sociedade econômica, gestão pública e sociedade política), eis que a direita e a esquerda populistas ameaçam, globalmente, as democracias liberais, desta vez, chegando ao poder, não pela força, mas pelos instrumentos da democracia representativa. Uma vez instaladas no governo, as lideranças “legitimadas” pelo voto, enfraquecem à exaustão a teia protetora das instituições democráticas a ela sobrepondo o poder despótico.

O que nós temos a dizer dos que duvidam da solidez da nossa democracia? É provável que nenhuma democracia nascente tenha sido tão testada: a enfermidade letal do Presidente Tancredo Neves, o governo fraco de Sarney, mas ao qual se deve a capacidade de superar crises; cooperar decisivamente com o processo constituinte; suportar uma oposição virulenta; sobreviver à recessão e à superinflação.

O que veio depois? A maior crise, até então, do presidencialismo: o impeachment de Collor e mais uma vez um governo provisório de Itamar Franco, objeto de todos os preconceitos, que eliminou a inflação graças ao engenhoso plano de estabilização sob à lúcida liderança do Ministro da Fazenda e sucessor, Fernando Henrique Cardoso. Seguem-se o fenômeno e a tragédia: o operário e retirante nordestino chega ao Palácio do Planalto nos braços do povo com um projeto de poder a ser viabilizado por uma corrupção sistêmica. As instituições e os ritos democráticas prevaleceram: colocaram Lula na cadeia, destituíram a Presidente, empossaram Temer.

Dito isto, os esbirros juvenis e insensatos ao contrário de ameaçar, fortalecem a democracia. O STF vai dar a palavra final sobre a prisão de condenados em segunda instância. A decisão será acatada e respeitada. Resta a última instância: o oitavo fosso do quinto círculo do inferno de Dante onde os corruptos vão arder para sempre.

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA

Gustavo Krause foi ministro da Fazenda de Itamar Franco 



 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Não custa sonhar que o Brasil finalmente vai chegar lá. [transformaremos este sonho em realidade.]

[transformaremos este sonho em realidade - fazendo o que for necessário, custe o que custar.]


O Brasil é uma das dez mais fortes economias do mundo. Há décadas, somos a nação do futuro.  No governo JK, o otimismo era contagiante. Caminhávamos céleres para o primeiro mundo.  Aí, vieram Jânio e Jango e o Brasil foi para o brejo. Com apoio da Igreja, da OAB, da imprensa e da classe média, os militares assumiram. A baderna instalada de Norte a Sul foi dominada e a economia chegou a crescer mais de 10% ao ano, algo como o que acontecia com a China até há pouco.

Por falar em China, inicio dos anos 1970 - o Brasil acabara de ganhar a Copa do Mundo com Pelé e cia. deslumbrando o planeta - havia guerrilha no país. Fernando Gabeira, integrante das 'forças' que tentaram derrubar os milicos, escreveu que havia a intenção clara de substituir os generais pelo comunismo.  Logo, os 'rebeldes' foram controlados.  Em 1985, os militares devolveram a bola aos civis. [não foi o único erro dos militares - todo ser humano está sujeito a errar e os militares são seres humanos - mas, foi o maior cair no conto da 'nova república', a causa maior do aumento sem controle da corrupção e de todos os males que atualmente assolam o Brasil.
Além do erro de devolver, fora da hora certa,  a bola para os civis, permitindo a criação da nefasta 'nova república', o segundo erro dos militares foi o de não proceder a uma rigorosa e meticulosa assepsia, permitindo que micróbios aflorassem logo após o inicio do primeiro governo civil e que até agora ainda não foram totalmente neutralizados.]
 
Tancredo Neves ganhou, mas não levou. Morreu. Assumiu Sarney. A inflação que voltara às alturas no final da fase militar, explodiu de vez.  Até que no início do 'governo civil' as coisas corriam bem. Com o Plano Cruzado. Sarney só faltou dar autógrafo... Era uma estrela.  Mas, tudo não passava de empulhação.  Sai Sarney, entra Collor. Nos primeiros meses, uma festa só. Mesmo com o assalto à poupança dos brasileiros.

Abertura da economia. Fim da reserva de mercado de informática, Os carros melhoraram...  Fim de festa, Collor é enxotado e assume Itamar Franco. Forma uma equipe respeitável, inclusive com FHC como chanceler e, depois, como dono da economia.  Plano real. Um sucesso retumbante. A autoestima do brasileiros nas alturas. Depois de 24 anos, o Brasil ganhou o tetra, com Romário, novo rei.
FHC se candidatou a presidente da República em 1994 e ganhou no primeiro turno. [FHC ser eleito e reeleito foi um dos maiores erros cometidos pelos brasileiros e que impulsionou a corrupção latente;
quanto a chamar 'romário' de rei, é apenas uma afronta irreparável ao Pelé.] Embora a embrionária organização criminosa do Lula tenha 'feito o diabo' para derrubar o tucano. E ele sequer esquentara a cadeira.  (Nessa fase, o PT já tramava o ataque à coisa pública, que se consumaria mais tarde com o Mensalão e o Petrolão. Luiz Inácio Lula da Silva nem imaginava que ia apodrecer no xilindró)

Primeiros quatro anos, um sucesso. Privatizações, inflação sob controle, estabilidade da moeda. Lei de Responsabilidade Fiscal no segundo mandato. Neste segundo mandato de FHC, tudo desmoronou. A autoestima foi junto.  Embora vitorioso também no primeiro turno, FHC devolveu o Brasil à mediocridade habitual. Como nada é tão ruim que não possa piorar, dia primeiro de janeiro de 2003 Lula sobe a rampa com os comparsas que hoje estão presos ou a caminho de...  No início, o PT manteve a política econômica de Itamar-FHC. Haja aplausos!

Sem saber que o laboratório construído em Ribeirão Preto e no ABC estava em gestação na Casa Civil comandada por José Dirceu e no Ministério da Fazenda, por Antonio Palocci, alguns apressados chegaram a descrever Lula como estadista.
Churchill e Roosevelt se remexeram nas catacumbas.  Estava começando o maior assalto à coisa pública jamais registrado na história da humanidade. E o povo em praça pública sem saber que era roubado descaradamente.  Dirceu e Palocci estavam sendo preparados para suceder Lula. Era o projeto de poder. O PT queria se eternizar.  Como Hugo Chávez. Que foi tratar da saúde em Cuba e desceu para o nunca. Embora o comparsa Maduro diga que conversa com um passarinho, segundo ele, Chávez.  Chávez no inferno. E Lula no xilindró. Para desgosto de FHC, que se diz triste com a prisão do amigo. [FHC de há muito deveria estar calado;infelizmente, talvez até por consequência da idade além de continuar falando muito o que fala não se aproveita - ficar triste com a prisão do Lula é sinal de excesso de idade no caso do FHC, no da Gleisi e o resto da quadrilha é, dizendo o mínimo, falta de vergonha e de amor a Pátria Amada.]
 
Lula ainda teve tempo de eleger e reeleger Dilma Rousseff. Dilma foi cassada e Lula preso. Tudo a ver com a velha América Latina. Vida que segue, e os brasileiros radicalizam, elegendo Jair Bolsonaro presidente da República.  O capitão montou uma equipe, onde se destacam Paulo Guedes, na economia, e Sergio Moro, na Justiça. [Paulo Guedes, ainda é um projeto, se perde em muitos comentários e vazamentos fora de hora;
Moro é promissor, especialmente no combate à criminalidade, mas, tem que aumentar pena para alguns crimes - com destaque para o usuário de drogas = pena severa para o usuário desestimula o consumo e reduzindo a demanda, a tendência é reduzir o tráfico;

O que vai atrapalhar muito o Moro no combate à criminalidade é a turma dos direitos humanos = mais adequado seria denominar de a turma dos DIREITOS DOS MANOS = e a 'constituição cidadã', que permite judicializar tudo (até o uso de banheiros públicos 'unissex' é matéria a ser discutida no STF, sem olvidar que temos um ministro da Corte Suprema que se valeu de um 'habeas corpus' para 'liberar' o aborto.]
De novo, um sopro de esperança.
Como o país é muito mais forte do que à época de JK e há um clima de otimismo sem precedente, não custa sonhar que o Brasil finalmente vai chegar lá.

Transcrito do Blog  José Tomaz - Rota 2014
 


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Na posse, Bolsonaro fala em pacto e conciliação



Jair Bolsonaro pronunciou no Congresso um discurso de posse marcado pelo timbre conciliador. 





Após pronunciar o discurso conciliatório do Congresso (veja os detalhes aqui e aqui), Bolsonaro foi ao parlatório de mármore do Palácio do Planalto. 

Ostentando a faixa presidencial, dirigiu-se à multidão que se aglomerava na Praça dos Três Poderes. Estufou o peito como uma segunda barriga e trocou o lero-lero conciliatório por um blábláblá segundo o qual "o Brasil começa a se libertar do socialismo". Foi como se Bolsonaro reescalasse o palanque que acabara de descer. "Essa é a nossa bandeira, que jamais será vermelha", declarou ao final, brandindo o pavilhão nacional junto com o vice Hamilton Mourão. "Só será vermelha se for preciso o nosso sangue pra mantê-la verde e amarela." 

Ao final, restou uma dúvida. Não se sabe quem governará o Brasil a partir desta quarta-feira (2), se o Bolsonaro do "pacto" ou o Bolsonaro que se assusta com o fantasma de um socialismo imaginário. [FATO: Jair Bolsonaro é o presidente  da República Federativa do Brasil  e exercerá na plenitude o Governo - não há motivos para Bolsonaro desperdiçar tempo com os seus opositores, que foram, são e continuarão sendo minoria.]





NÃO DEIXE DE LER:



 



                     Josias de Souza/Os desafios de Bolsonaro na presidência



quarta-feira, 6 de junho de 2018

“Senhor diesel, teje preso” e outras notas de Carlos Brickmann

O Governo esqueceu de avisar distribuidoras e postos que têm de baixar o preço do combustível porque o presidente Temer mandou


“Subdesenvolvido” é o país que acredita que, repetindo cuidadosamente tudo aquilo que não deu certo, pode obter resultado diferente.  No tempo de Sarney, o Governo congelava preços e usava seu “poder de polícia” para obrigar o mercado a obedecer. Foi a época em que carro usado custava mais caro que o novo; equipes do Governo frequentavam pastos para prender bois gordos (que, aliás, valiam menos que os bois magros) e, assim, assegurar o abastecimento de carne. Claro, não deu certo.

Agora, o Governo manda baixar em R$ 0,46, nos postos, o litro do óleo diesel. Mas o Governo não tem postos. E esqueceu de avisar distribuidoras e postos que têm de baixar o preço porque o presidente Temer mandou. O presidente Temer já não manda mais nem na temperatura do cafezinho que toma, vai mandar em enormes distribuidoras e postos espalhados por todo o país? Não mandaria nem se sua autoridade estivesse intacta: nenhuma lei obriga distribuidoras e postos a seguir tabelamentos. Quem fixa o preço é a concorrência (e, entre as distribuidoras, nem concorrência há). Os donos de postos? Todo dia vemos na TV algum deles envolvido em fraude na venda de combustíveis, fraudando a qualidade ou a quantidade. Que ganham ao vender o diesel R$ 0,46 mais barato? Poder de polícia, só se pretenderem o diesel. Mas como farão, escorregadio que é, para algemá-lo?
Como no tempo de Sarney. Pois ainda estamos no tempo de Sarney.

Como funciona
A promessa de Temer aos caminhoneiros só seria viável se a Petrobras vendesse diesel R$ 0,46 mais barato, as distribuidoras se comprometessem a dar o mesmo desconto aos postos, que se comprometeriam a repassar o desconto aos clientes. Mas, lembrando Mané Garrincha, alguém combinou com os russos? De 83 postos visitados pela Agência Nacional de Petróleo, 75 não tinham dado os R$ 0,46 de desconto até a noite de segunda-feira.

Uma ideia
Já que é para buscar lições no passado, que tal uma que por muito tempo deu certo? O BNH cobrava correção monetária trimestral do comprador de casa própria. Mas teve problemas: o salário dos financiados subia uma vez por ano. O problema foi resolvido ao criar-se o Fundo de Compensação das Variações Salariais. A questão dos aumentos quase diários de combustíveis não poderia ter uma solução parecida? E envolver o gás engarrafado, cujos preços sufocam muito mais gente, e mais pobre, que os caminhoneiros?

A dança dos candidatos
Já decidiu em quem votar para a Presidência? Calma: muita coisa vai mudar até outubro. A chance de Lula ser candidato é a mesma de Dilma ganhar o Prêmio Nobel; e ele é um Boeing estacionado na pista, não decola e não deixa nenhum aliado decolar. Os partidos bolivarianos irão se unir em torno do poste que Lula indicar, apoiarão Ciro ou ficarão cada um com seu candidato? Manuela D’Ávila, do PCdoB, disse que pode desistir se houver união. Mas haverá? O PSDB insistirá em Alckmin, que até agora não decolou? Fernando Henrique propõe uma união de centro e nem cita o nome do hoje candidato de seu partido. Mas até agora ninguém imagina um nome que aglutine o centro. Marina, como de quatro em quatro anos, sai candidata, pela meia esquerda. Bolsonaro lidera as pesquisas, mas resistirá sem tempo de TV? E dos novos, algum tem chance de repetir Enéas?

Os votos de Lula
Domingo houve eleições para governador no Tocantins, para completar o mandato dos governantes que perderam o cargo. A senadora Kátia Abreu, do PDT, com apoio do PT, liderava as pesquisas, com 22 a 15 ─ acima da margem de erro. Era a única que superava a soma de brancos e nulos.
No final da campanha, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, gravou vídeo com carta de Lula dando apoio expresso a Kátia Abreu. Pois não é que Kátia despencou? Chegou em quarto lugar: à sua frente, disputando o segundo turno, Mauro Carlesse, do PHS, e Vicentinho Alves, do PR. Carlos Amastha, ex-prefeito da capital, Palmas, foi o terceiro.

Festança paulistana
Enquanto o país discute caminhoneiros e eleições, a Câmara Municipal de São Paulo cuida do dia-a-dia ─ do dia-a-dia de seus integrantes. No total, 145 funcionários top de linha terão aumento de até R$ 16 mil por mês, o que eleva seus salários para algo próximo a R$ 40 mil mensais. Lembra do dispositivo constitucional que coloca os vencimentos dos ministros do STF como teto salarial do funcionalismo? Pois é, a Câmara não lembra. Já que era jogo bruto, os vereadores aprovaram também R$ 1.079 mensais para cada um, a título de auxílio-saúde. Valor da festa: R$ 43,6 milhões por ano.

Bom livro
Vale a pena: acaba de sair o livro “A Vingança”, de Antônio Melo. Conta a vida de Dinha, menina que nunca existiu. Mas existe, ah se existe!

 Publicado na Coluna de Carlos Brickmann