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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

No rubor da pele - Morte no supermercado

Um homem com histórico de violência discute com a funcionária do supermercado, e chega a segurança; ele dá um murro em um dos vigilantes e eles revidam. O homem morre. Tem pele diferente dos dois seguranças e é véspera do “Dia da Consciência Negra”. Pronto, está armada a narrativa de dois brancos mataram um negro.

Há quem gostaria de poder transferir para o Brasil os protestos anti-raciais de um país diferente do nosso, os Estados Unidos.[os brasileiros em sua maioria malham os EUA, só que a grande maioria desta maioria gostaria de morar naquele País - não conseguem, aí tentam transformar nossa Pátria em cópia fiel dos costumes dos irmãos do norte - esquecendo que são países diferentes com culturas distintas.]  Seria como, em 6 de setembro de 2018, noticiassem: “Um negro dá facada em branco”, no episódio com fundamento político e não racial, da agressão de Adélio a Bolsonaro.

Com a vontade de espalhar racismo para dividir os brasileiros, ocultaram a frequente violência em supermercados, praticada por seguranças despreparados para agir em crise. No caso de Porto Alegre, o que tinham de fazer é imobilizar o agressor e encaminhá-lo à delegacia. No Carrefour um paraplégico que abrira uma latinha de cerveja foi espancado no banheiro; um cliente com pele mais escura foi tratado como ladrão de carro quando estava para entrar no seu automóvel. E o chefão do Carrefour ainda dá uma nota de desculpas alegando que a tragédia está além de sua compreensão, “como homem branco privilegiado que sou”. Agora sim, apartheid.

Racismo, sim, é separar as pessoas pela cor da pele. Cor da pele não é mérito. Nem deve ser demérito. Temos que nos prevenir daqueles que semeiam o ódio entre brasileiros, por diferenças de renda, de cor da pele, de sexo, de preferências sexuais e políticas. Civilizados não aceitam isso.

Há preconceitos, sim, em todos esses aspectos de diferenças, que não podem justificar atitudes. Todos são livres para gostar ou não gostar; só não podem agredir os outros por causa disso. Os outros também são livres para ter seus gostos, desde que também respeitem os direitos alheios. Para a violência, o remédio é a lei, não a mesma violência no sentido contrário.

No episódio de Porto Alegre há evidente excesso dos seguranças e omissão dos circunstantes; em parte do noticiário que se seguiu há sinais de conclusões apressadas de pregação de racismo e nem ruborizamos com isso. Temos violência latente e preconceitos na cabeça de muita gente.  Na grande escola de jornalismo que foi o Jornal do Brasil, por dez anos recebi lições de que nosso papel é retratar fatos e não os modificar. Nossa credibilidade é avaliada todos os dias. Esperar as conclusões do inquérito é respeitar o público.

Passou despercebido que dia 08 de novembro fez um ano que o condenado ex-presidente Lula está solto. Ele cumpriu apenas dezenove meses de uma pena de oito anos e dez meses atribuída na segunda instância pelo Tríplex do Guarujá. Foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e antes já o havia sido em 1ª instância pelo então juiz Sergio Moro. O Supremo mandou soltá-lo após desempate. Votaram pela manutenção da prisão os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. E votaram pela soltura Marco Aurélio Mello (que foi o relator), Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Celso de Mello. E aí, quem desempatou? O presidente Dias Toffoli, que já havia sido advogado do PT, nomeado por Lula.

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Morte no supermercado
Fato lamentável essa agressão, mais uma: um homem espancado até a morte em uma unidade da rede Carrefour em Porto Alegre (RS). Essas agressões não são raras em supermercados, cometidas por seguranças despreparados para tratar de crises dentro das estabelecimentos.

A vítima deu o primeiro soco, mas não justificava o revide do segurança. Os seguranças tinham que imobilizá-lo e levá-lo para a delegacia. Mas o agrediram tanto e de tal forma que o asfixiaram e o mataram. Outros seguranças impediram que a mulher dele interviesse no caso. Há uma fiscal do Carrefour que tentou impedir que pessoas filmassem a cena. Foi uma situação terrível.

Agora terrível também é que nós, jornalistas, imediatamente demonstrando nosso racismo, pusemos na notícia a informação de que o caso ocorreu por causa de cor de pele, de diferença de cor de pele entre os envolvidos. Ficamos imitando os Estados Unidos que têm, sim, divergências raciais.

Nós, ao contrário, já na Segunda Guerra Mundial, dávamos exemplo para os americanos, com as nossas tropas na Itália, mostrando que nós todos éramos verde oliva. Enquanto isso, os americanos separavam as suas por cor de pele e ficavam admirados como a convivência era absolutamente normal entre os brasileiros — independentemente de cor da pele, ou cor dos olhos, de cabelo. Nós temos lições a dar, mas tem gente aqui no Brasil que quer a divisão.

A Polícia Civil de Porto Alegre apura o acontecido. Se for identificado crime de racismo vai haver acréscimo de pena. Houve omissão de socorro, houve falso testemunho. Porém, injustificável que nós, jornalistas, ainda estimulemos esse racismo, essas diferenças e com consequências lamentáveis de violência, de quebra-quebra registradas posteriormente.

Também foi muito infeliz a colocação do chefão do Carrefour no Brasil, Noël Prioux [CEO do grupo no país]. Ele divulgou uma nota dizendo: “O que aconteceu na loja do Carrefour foi uma tragédia de dimensões incalculáveis, cuja extensão está além da minha compreensão, como homem branco privilegiado que sou”. O homem tem um apartheid na cabeça dele? Depois acrescentou: “antes de tudo, meus sentimentos à família de João Alberto e meu pedido de desculpas aos nossos clientes, à sociedade e aos nossos colaboradores”.
Eu não consigo entender o que ele tentou dizer com essa história de “homem branco privilegiado que sou”.

Bolsonaro no Amapá e no G20
O presidente Jair Bolsonaro esteve no Amapá no sábado (21) dando força ao pessoal que está sem luz. Ouviu vaias ao presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM), que é amapaense, e ao governador Waldez Góes (PDT). Parece que os dois não estão nada afinados com a população que não aguenta mais a falta de energia elétrica.

Bolsonaro também falou no domingo (22) em reunião do G20, que reúne as maiores economias do mundo. Defendeu os produtos agropecuários brasileiros, pois o Brasil agora é um grande protagonista, é o grande alimentador do planeta Terra e sofre com pressões externas na tentativa de desvalorizar os produtos brasileiros. Em 2024, o país será sede do grande encontro do G20 e, com isso, terá o privilégio de preparar a pauta da reunião. [Temos que torcer para que algum partideco -  insatisfeito por perder as eleições de 2022 (mais uma derrota a se somar às muitas que já sofreram) - não ingresse no Supremo e consiga uma suprema liminar determinando qual pauta o reeleito governo Bolsonaro deverá apresentar.] 

Correio Braziliense - Vozes/Gazeta do Povo - Alexandre Garcia, jornalista  

 

 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Lula não é Mandela

O petista aposta na confrontação aberta e radicalizada com Bolsonaro, de maneira a ofuscar ou subordinar qualquer outra força de oposição

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em carta dirigida à direção do PT, questionou a legitimidade das eleições presidenciais de 2018. “Esta não foi uma eleição normal. O povo brasileiro foi proibido de votar em quem desejava, de acordo com todas as pesquisas. Fui condenado e preso, numa farsa judicial que escandalizou juristas do mundo inteiro, para me afastar do processo eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral rasgou a lei e desobedeceu a uma determinação da ONU, reconhecida soberanamente em tratado internacional, para impedir minha candidatura às vésperas da eleição.” Lula foi impedido de disputar as eleições pela Lei da Ficha Limpa porque está condenado pela Operação Lava-Jato em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão, por ocultação de patrimônio e recebimento de propina, mas não aceita o resultado das urnas.

Lula se recusa a qualquer autocrítica dos escândalos de corrupção envolvendo o PT e os erros políticos que cometeu. Também não abre mão de liderar o partido de dentro da prisão: “O PT nasceu na oposição, para defender a democracia e os direitos do povo, em tempos ainda mais difíceis que os de hoje. É isso que temos de voltar a fazer agora, com o respaldo dos nossos 47 milhões de votos, com a responsabilidade de sermos o maior partido político do país.” O ex-presidente atribui a vitória de Jair Bolsonaro esse resultado ao fato de não ter sido candidato e à “indústria de mentiras no submundo da internet, orientada por agentes dos Estados Unidos e financiada por um caixa dois de dimensões desconhecidas, mas certamente gigantescas”. Ou seja, tudo foi obra do imperialismo ianque.

Embora esteja preso por decisão em segunda instância, do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, com sede em Porto Alegre, Lula ataca a Justiça Eleitoral e atribui sua condenação à perseguição política do ex-juiz federal Sérgio Moro, que o condenou em primeira instância: “Se alguém tinha dúvidas sobre o engajamento político de Sergio Moro contra mim e contra nosso partido, ele as dissipou ao aceitar ser ministro da Justiça de um governo que ajudou a eleger com sua atuação parcial. Moro não se transformou no político que dizia não ser. Simplesmente saiu do armário em que escondia sua verdadeira natureza.”

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Ele ganha. E como governa?

Ele ganha. Governa?

Há também na onda Bolsonaro eleitores liberais no sentido amplo da palavra: na política, na economia e nos costumes



Ok, tem uma onda conservadora que carrega Bolsonaro, mas as pessoas que ali se juntam são bem diferentes e chegaram lá por motivos diferentes.

Há eleitores que estão assustados com a falta de segurança. E não gostam das lideranças e movimentos que criticam a ação da polícia quando esta se mete em confrontos e mata bandidos. Acham que é preciso mais e não menos polícia. Mas não são justiceiros.

São pessoas que têm medo de sair de casa, ficam preocupadas com os parentes que demoram a voltar. Assim, compram o discurso que a polícia precisa endurecer, mesmo que Bolsonaro não diga como será a política de segurança. [a política de segurança de Bolsonaro é tão óbvia que até dispensa comentários - aliás, qualquer política de segurança para funcionar não pode prescindir de:
- mais polícias nas ruas;
- leis mais duras, tanto para os criminosos que ainda estão na condição de primários, quanto para os reincidentes: estes e os autores de crimes hediondos, poderão ser punidos desde prisão com trabalhos forçados a prisão perpétua;
- legislação especial, com penas mais severas para os traficantes de droga e também para os usuários.
Não havendo usuário, não há demanda e quem vai traficar algo que não tem mercado consumidor?] Também aprovam a redução da maioridade penal e uma maior liberação da posse de armas. Mas, atenção, não são pessoas que estão prontas para comprar armas e sair matando bandido. Lembram-se do referendo do desarmamento? Uma imensa maioria manifestou-se contra a proibição da venda de armas. E não houve aumento na venda de armas. [uma grande maioria  não adquiriu armas,  devido o governo - jogando sujo como é habitual nos governos petistas -mesmo proibido de proibir   a venda de armas, criou uma proibiu de fato estabelecendo uma série de entraves burocráticos que na prática dificultou que o cidadão comum adquirisse, legalmente, sua arma.
Sem esquecer que a crise economica gerando pelo governo petista - mais de 12.000.000 de desempregados  e outra dezena de milhões com o emprego em risco - não foi um estímulo para o cidadão comprar sua arma.]

Há uma classe média que está farta do peso do Estado e do governo em suas vidas. Gente que não consegue abrir um negócio legalmente sem pagar propinas ou mesmo sem pagar taxas abusivas antes de começar a trabalhar. Gente que paga imposto demais e ainda percebe que precisa colocar seus filhos em escola particular e comprar plano de saúde.

Há também na onda Bolsonaro os eleitores liberais no sentido amplo da palavra: liberais na política, na economia e nos costumes. Na economia, pedem um Estado menor e mais espaço para a iniciativa privada. Na política, apoiam as posições e grupos independentes de partidos. Nos costumes, não é que sejam contra a “agenda progressista” (raça, gênero, etc.), mas acham que o Estado não tem que se meter nisso e deixar que cada um resolva como quiser o seu modo de vida. Ou seja, são contra a imposição daquela agenda, ou por lei (cotas, por exemplo, que consideram injustas) ou por pressão das elites e formadores de opinião. [podemos dizer que são liberais, - um direito que tem - mas, contrários ao progressismo exagerado, imposto pelo Estado, com medidas muitas vezes mais criminosas do que o crime que supostamente tais medidas pretendem combater - tem racismo pior do que o oficialmente imposto pelas cotas? 
as cotas são tão racistas como a proibição vigente durante o 'apartheid' na África do Sul de negros viajarem sentados no transporte coletivo;
as cotas restringem, até mesmo proíbem, o acesso de pessoas as universidades, aos empregos, pelo simples fato de não serem negras.]  Mas frequentemente, são favoráveis a agendas como a liberação da maconha.

Mas há também eleitores que simplesmente estão cansados da agenda progressista. Acham que não tem nada a ver com o dia a dia. Querem saber de emprego e bons serviços públicos.  Há ainda uma maioria difusamente conservadora, pela família, religião, Brasil. E que se assusta com a “libertinagem” da sociedade moderna e do que considera coisa das elites que não trabalham. [são pessoas que muitas vezes estão acompanhadas de filhos crianças ou adolescentes, ou dos netos, e são obrigados a verem duas pessoas vestidas de homem, com aspecto de homem, andando de mãos dadas ou se beijando na boca;
pessoas que tem ciência que a adoção de crianças por casal gay, vai causar o constrangimento, a desorganização na cabeça da adotada, o cidadão, de sua 'mãe' (ou 'pai')  ir buscá-la na escola e no dia seguinte seus coleguinhas interrogarem o motivo da 'mãe' dela usar barba ou do 'pai' usar saias.
O constrangimento de entrar uma mulher, casada, entrar em um banheiro público com sua filha de, digamos, oito anos, e se deparar com um cidadão com aspecto de homem, utilizando o mictório com seu instrumento sexual à mostra. (não é devaneio de um eleitor de Bolsonaro,: em Brasília houve a tentativa de criar banheiros públicos,  unissex, houve oposição,  e a matéria foi parar no Supremo Tribunal Federal e está aguardando ser pautada - se percebe que próprio Supremo se apequena quando aceita analisar uma causa dessa natureza.]

E, claro, os antipetistas, antipolíticos, anti­corrupçãovertente na qual cabem todas as anteriores. Aqui encontram-se eleitores que dizem: não precisa de reforma da previdência, nem aumentar impostos, nem cortar gastos, nada; basta eliminar a roubalheira e os privilégios dos políticos. Tudo considerado, essa grande maioria não é formada por fascistas, homofóbicos, autoritários ou violentos. Há os radicais, perigosos, certamente, mas no geral são pessoas de bem, que pouco a pouco foram ficando fartas de um país que não deslancha, que não cria bons empregos. Estão cansadas de viver em cidades em que passar perto de um tiroteio, ter o carro roubado ou ser assaltado na rua é tão normal que nem vale a pena chamar a polícia. Deve-se incluir aí uma  classe média mais rica, assustada com a escassez de oportunidades para seus filhos.

Como esse povo todo foi parar em Bolsonaro? Por pura falta de opção.
Mais ainda: as pessoas, cada uma de seu lado, reconhecem as carências de seu candidato. “Sim, ele é fraco, mas se a gente aguentou tanto tempo o PT …” já me disseram. [Bolsonaro nos dá a certeza, a segurança, de que fará um bom Governo e muita coisa ruim será neutralizada;
mas, vamos ser bem pessimistas, e considerar que mesmo fazendo um péssimo Governo, um Governo Bolsonaro não conseguirá ser pior do que o do PT.]
Outras ainda têm certeza que sua agressividade é da boca para fora, que não haverá ameaça à democracia e à liberdade das pessoas.
Resulta daí um enorme problema. Com essa massa, Bolsonaro ganha a eleição, mas terá dificuldades para governar. Ele certamente está sendo eleito para fazer e para não fazer a reforma da previdência. Para privatizar e para estatizar – só para citar dois pontos cruciais. Ou seja, o governo vai incluir e excluir eleitores. E ainda não se sabe como. [alguns poderão não gostar de um Governo Bolsonaro, mas, no momento em que começarem a avaliar e que Bolsonaro realizou mais coisas positivas do que coisas que desagradaram - no caso o eleitor desgostoso - verão que o Brasil e os brasileiros ganharam e com isso esse eleitor será um ex-desgostoso e mais um a pedir Bolsonaro mais uma vez.]

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

 

terça-feira, 22 de maio de 2018

Tribunal Penal Internacional recebe pedido de palestinos para que julgue crimes de guerra cometidos por Israel

Palestinos pedem ao TPI que investigue ‘crimes de guerra’ israelenses

O ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Maliki, pediu nesta terça-feira (22) ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que “abra imediatamente uma investigação” sobre supostos crimes de guerra e de apartheid cometidos por Israel contra os palestinos.  Riyad al-Maliki se reuniu por uma hora com a promotora do TPI, Fatou Bensouda, na sede do tribunal em Haia. Trata-se de um “passo importante e histórico em busca de justiça para o povo palestino, que continua sofrendo crimes generalizados e sistemáticos”, disse ele a repórteres após a reunião.

A pedido dos palestinos após a guerra na Faixa de Gaza no verão de 2014, o TPI lançou em 2015 uma investigação preliminar sobre acusações de crimes de guerra em Israel e nos Territórios palestinos. Mas ainda deve decidir se abrirá uma investigação completa sobre alegados crimes de guerra.  “Esta etapa visa a obter justiça ao tentar identificar os responsáveis”, declarou Maliki.  Segundo ele, “os responsáveis ​​por esses crimes, citados no pedido, devem ser responsabilizados por suas ações sem mais demora”.
De acordo com Maliki, a iniciativa palestina ocorre “em razão da intensidade, do ritmo e da gravidade dos crimes contra nosso povo”, incluindo o ataque a manifestantes desarmados na Faixa de Gaza”.

Em 14 de maio, quando os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém, 62 palestinos foram mortos durante as manifestações na Faixa de Gaza por tiros disparados por soldados israelenses na barreira que separa Israel do enclave palestino.  A demanda palestina destaca a questão dos assentamentos israelenses, descritos como “a ameaça mais perigosa às vidas e aos recursos dos palestinos”, segundo uma declaração palestina.
“Israel mantém, estende e protege o regime de assentamentos, cometendo crimes de guerra, crimes contra a humanidade e o crime de apartheid contra o povo palestino”, aponta o comunicado.

A Autoridade Palestina aderiu ao TPI em 2015, do qual Israel não é membro.  O Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou nesta terça-feira que “considera com severidade” a abordagem palestina, que descreveu como “cínica e sem validade jurídica”.
“O TPI não tem autoridade sobre as questões israel-palestinas, já que Israel não é membro do tribunal e já que a Autoridade Palestina não é um Estado”, aponta uma declaração do Ministério israelense.

Bensouda afirmou, na semana passada, que estava acompanhando de perto a violência em Gaza e prometeu “tomar todas as medidas apropriadas”, lembrando que a situação nos Territórios palestinos estava “sob investigação preliminar dos meus serviços”. “Minha equipe está acompanhando de perto os desenvolvimentos no terreno e investigando quaisquer supostos crimes que possam estar sob a alçada do TPI”, disse ela à AFP.
“A violência deve parar”, frisou.

IstoÉ