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sexta-feira, 8 de junho de 2018

Intervenção em preços caminha para novo fracasso



A volta ao passado do congelamento e do tabelamento, no diesel e no frete do transporte, enfrenta percalços que confirmam a ineficácia desses instrumentos


Ao sucumbir à greve indiscutivelmente ilegal de caminhoneiros e empresas transportadoras disfarçadas de motoristas autônomos por prejudicar atividades essenciais —, o governo prometeu o que não podia garantir. Como o desconto de R$ 0,46 no diesel e a fixação de um preço mínimo no frete.  Interveio em mercados complexos, relativamente desregulados, e foi obrigado a entrar no modo de redução de danos, diante da impossibilidade de administrar a própria intervenção. Faltaram sensatez e humildade para rememorar inúmeros fracassos colhidos por governos passados em situações idênticas, mesmo quando a economia era menor e os mercados, menos conectados ao exterior.

Alguém no Planalto deveria ter lembrado a situação tragicômica do governo Sarney, diante do fracasso do congelamento instituído no Plano Cruzado, ao determinar que a Polícia Federal laçasse boi no pasto. Faltava carne, como de resto vários outros produtos, porque o tabelamento, como sempre, tornara-se irreal.  É parte indissociável de qualquer congelamento surgir um mercado negro. A Venezuela chavista é exemplo dramático, ao vivo e em cores, do desabastecimento causado pelo intervencionismo na economia.

Prova de que o Planalto não visitou a História é que se tenta ressuscitar a também tragicômica figura do “fiscal do Sarney”, travestido de caminhoneiro, agora a serviço de Temer. O próprio general Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, evoca a perseguição de bois no mato ao ameaçar com “poder de polícia” quem não cumprir o congelamento do diesel sem os tais R$ 0,46. Não dará certo, como não deu com Sarney.  Era inevitável que a realidade se impusesse. O Planalto se comprometeu com o desconto de R$ 0,46 no litro do diesel, mas esqueceu que, sem os estados abrirem mão de pelo menos parte do ICMS sobre o combustível, o abatimento não passa de R$ 0,41. Também asfixiados em suas finanças, há governadores que sequer concordam em discutir o assunto.

Aceitar a reivindicação do frete mínimo é fácil. O papel aceita tudo, como se dizia. É claro que o Planalto não tinha qualquer ideia das dificuldades da vida prática: por exemplo, a tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) só considerou caminhões de um tipo, com menos eixos. O resultado foi jogar às nuvens o frete. Apenas a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) estima que os produtores de soja, farelo de soja e milho teriam um custo adicional no transporte de US$ 2,8 bilhões este ano. Por essas e outras, a tabela seria refeita, mas não estará imune a novos erros.

A judicialização desta volta ao passado de congelamento e tabelamento era inexorável. Há exportadores com preços já fechados com importadores e que não querem ter prejuízo, é claro, devido à intervenção do governo. No Rio Grande do Norte, na manhã de ontem, a Justiça Federal, por liminar, suspendeu a tabela a pedido de duas empresas.  Este é apenas um caso de desdobramento judicial do imbróglio. Se serve para algo esta operação desastrada, é para prevenir autoridades em geral, atuais e futuras, de que o ambiente da própria economia não comporta ações deste tipo, formalizadas por algumas poucas canetadas.

 

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Entenda por que a greve dos caminhoneiros ainda não acabou [líder dos caminhoneiros denuncia infiltração partidária.]



Motoristas pedem diesel a R$ 2,50 e criticam Temer 

[Líder dos caminhoneiros denuncia em entrevista coletiva que existe infiltrados no movimento dos caminhoneiros e atribui tal infiltração a partidos políticos.

A presença dos infiltrados = agitadores - busca a derrubada do governo.
Mais que óbvio que parte do movimento saiu do controle das lideranças dos caminhoneiros e dos patrões (seus cúmplices no locaute e certamente os infiltrados são membros da corja lulopetista que busca estabelecer o CAOS no Brasil.

Não conseguirão.]

Apesar das propostas anunciadas na noite de domingo pelo governo federal, caminhoneiros continuam parados em algumas rodovias do país. O GLOBO conversou com motoristas que não desistiram da mobilização para tentar explicar por que eles não aceitam as três medidas sugeridas pelo governo de Michel Temer: 
- redução do preço do litro do diesel em R$ 0,46;
- garantia de que o desconto chegará às bombas de combustível; 
- suspensão da cobrança do pedágio do eixo suspenso.

Na rodovia Regis Bittencourt, em Embu das Artes, principal ponto de mobilização da Grande São Paulo, os caminhoneiros dizem que a proposta feita domingo não é suficiente. Eles afirmam que não seguem nenhuma confederação ou sindicato. A cada hora, propõem novas demandas, [a apresentação de sucessivas exigências, buscando sempre uma razão para permanecer no movimento paredista é prova indiscutível da ação de agitadores = corja lulopetista, esquerdistas e comunistas, que buscam estabelecer o caso e tentar derrubar o governo.] que vão de mais desconto no preço do diesel e mais tempo de previsibilidade para o valor à renúncia de Temer, passando por intervenção militar. Apesar disso, não há nenhuma cobrança concreta ao governo.


Muitos motoristas admitem que não deixam a estrada também porque seus patrões não mandam e que se as empresas ameaçassem cortar salário, por exemplo, largariam o protesto.  Parte dos motoristas é influenciada por informações que recebem pelo whatsapp, que dizem, entre outras coisas, "se ficarmos na estrada até meia-noite, o Temer cai" ou "pode haver um referendo para revogar o mandato".

Apesar de trocar tantas mensagens, a falta de informação é o que caracteriza os integrantes do movimento: não há um direcionamento claro sobre os próximos passos do movimento e nem sobre sua estrutura. Um dos caminhoneiros ouvidos pelo GLOBO disse que só deixaria o local quando as medidas de Temer fossem publicadas no Diário Oficial, o que já ocorreu. Informado da publicação dos decretos, disse que esperaria um papel com a confirmação. O motorista, de Chapecó (SC), disse depender do direcionamento de sua empresa.  — Quando eu receber a mensagem do dono da empresa lá de Brasília, eu saio — disse.

DIESEL A R$ 2,50
Outra parte do grupo se mostra particularmente insatisfeito com a proposta sobre a redução no preço do diesel:  — A redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel já tinha sido considerada e não atende às nossas expectativas. Queremos que o diesel baixe a R$ 2,50 na bomba, além de isenção total do PIS/Cofins — diz Rodrigo Teixeira, um dos porta-vozes escolhidos pelo grupo num dos bloqueios da rodovia.

Os manifestantes se reúnem várias vezes ao dia em frente a um posto de gasolina na estrada. As determinações que saem dessas reuniões são então repassadas por grupos de Whatsapp a outros pontos de paralisação.  — Quando começou a greve, não achávamos que ia tomar essa dimensão. Eu mesmo não acreditava. Mas agora que chegamos aqui, temos que continuar — disse um caminhoneiro parado há dias na Regis Bittencourt.
Informalmente, alguns motoristas defendem que o governo Temer garanta concessões mais amplas à categoria pelo menos até dezembro. — Se eu fosse o Temer, faria isso. Aí depois os caminhoneiros discutem com o próximo governo. Se ele não estiver do nosso lado, em janeiro paramos de novo —, diz outro motorista.


BOATOS ALIMENTAM PROTESTOS
O principal boato que convence os manifestantes é o de que, caso o protesto vá até meia-noite, o Exército daria um golpe. A proposta de intervenção militar é a mais repetida entre os integrantes do movimento. Caminhoneiro há quatro anos, Edson, que não quis dar seu sobrenome, afirmou que não gostaria que as Forças Armadas tomassem o poder mas que não vê outra saída.  — O Brasil virou um país sem lei. Onde estão a CUT, a UGT (centrais sindicais) por aqui? Eles não representam a gente, por isso que esse movimento está durando tanto, porque todo mundo concordou — disse.

O Globo



Em entrevista, líder dos caminhneiros denuncia infiltração de não caminhoneiros no movimento

Pedir intervenção militar desmoraliza o bom caminhoneiro, diz líder

José da Fonseca Lopes, presidente da Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros), é favorável ao fim das paralisações, já que Temer cedeu às demandas da categoria na noite deste domingo. 

A julgar pelo balanço de 557 pontos de bloqueio nas estradas, divulgado pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) na tarde desta segunda-feira (28), muitos caminhoneiros discordam.  “Não é mais o movimento dos caminhoneiros, são grupos que pedem intervenção militar, querem derrubar o governo. Sendo que quem está negociando conosco é o presidente da República”, diz Fonseca, em entrevista à Folha.

Ele está pedindo para líderes regionais cessarem o movimento e afirma ser contrário aos pedidos de intervenção militar, que têm aparecido em alguns dos protestos.  “Gostar do Temer, não gosto, mas não vamos trabalhar nessa linha [militarista].”  

(…)


Na Folha.

Blog do Reinaldo Azevedo

[Líder dos caminhoneiros denuncia infiltração de esquerdistas na greve dos motoristas de caminhões e dos patrões - era algo para se desconfiar: a corja petista, desesperada, tenta a todo custo estabelecer o CAOS no Brasil na esperança de que consigam voltar ao poder.

Estão enganados não vão conseguir nada e será uma oportunidade para essa corja ser definitivamente neutralizada.

Cabe ao governo Temer cuidar para que tais elementos sejam identificados;

ocorrendo esta identificação serão linchados pelos próprios caminhoneiros.]

LEIA TAMBÉM: Agronegócio reage a preço mínimo de frete e diz que não vai pagar conta da greve


domingo, 27 de maio de 2018

Escolhendo o inimigo

[pergunta boba: quantas ações as associações, sindicatos, bandos, que representam as empresas transportadoras moveram na Justiça solicitando que a 'greve dos caminhoneiros' fosse declarada ilegal?

o usual seria todas ingressarem na Justiça - nenhuma ingressou. qual o motivo???]

Governo e PT poupam caminhoneiros e partem para cima de transportadoras

Quase ninguém percebeu, mas o governo Temer e o PT assumiram um discurso parecido diante do caos que a paralisação dos caminhoneiros gerou no País inteiro. Para os dois ex-parceiros de poder, agora inimigos ruidosos, o protesto dos caminhoneiros é “justo” e os verdadeiros culpados são os donos das transportadoras. A uns, solidariedade; aos outros, a lei. [ o nenhuma que responde a pergunta apresentada justifica a convergência de posições entre o governo e o partido 'perda total' - convivência que fique registrado é extremamente desagradável - 'perda total' cheira mal, está apodrecendo.]

Em nota, o partido de Lula condenou as empresas de transporte, “que se aproveitaram do movimento para realizar um locaute”. Em entrevista no Planalto, ministros destacaram que greve de trabalhador é legal, mas locaute de patrão é crime. [afirmação que tem fundamento no artigo 17 da Lei de Greve em plena vigência.] Raul Jungmann, da Segurança, enumerou imputações e penas: incitação à violência, tantos anos, ameaça à segurança dos trabalhadores, mais tantos…  O presidente Michel Temer abriu a sexta-feira anunciando o uso de “forças federais” e atacou a “minoria radical” que ignorou o acordo com o governo e manteve a paralisação. Seus ministros, porém, deixaram os radicais para lá e, cuidadosos com os caminheiros que impõem ao País falta de comida, remédios, água e combustíveis, anunciaram medidas duras contra seus patrões.

Carlos Marun, da Articulação Política, disse que o governo optou pela negociação “por entender justas as reivindicações”. Eliseu Padilha, da Casa Civil, até elogiou: “O movimento foi plenamente exitoso”. Enquanto isso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga as empresas de transportes e a Polícia Federal convoca vinte empresários do setor para depor. E por que os adversários PT e governo assumiram esse mesmo discurso? Primeiro, porque a população, já exausta de corrupção e abusos, e também atingida diretamente pelos aumentos de combustíveis, identifica-se com os caminhoneiros, trabalhadores e vítimas como ela própria.

Mas a coisa muda de figura quando a população percebe, ou é devidamente informada, que são patrões oportunistas e aproveitadores que estão criando o caos, impondo as filas em postos de combustíveis, cancelando ônibus e voos e ameaçando hospitais, o fornecimento de comida e água. Até por isso, uma palavra mágica no Planalto foi “desabastecimento”. Quem fica feliz e aplaude a falta de tudo? Nesse espírito, e bem treinado antes, o primeiro militar a assumir a Defesa, general Silva Luna, justificou assim o uso das Forças Armadas em todo o território nacional: “Para garantir o abastecimento”.  As reações do governo e do PT têm um alvo poderoso: a opinião pública. Mas o governo esconde, e o PT assumiu explicitamente, um temor de “aventuras autoritárias”. E, evidentemente, o efeito nas eleições de outubro. Como o movimento remexeu o mau humor nacional, e a esquerda e as bandeiras vermelhas de PT, CUT, MST… estão ausentes nos caminhões parados de Norte a Sul, é razoável supor que tudo isso possa favorecer Jair Bolsonaro. Aí, bate o pânico.

Nesse inferno, o governo ficou entre a cruz e a espada também ao negociar suspensão e “previsibilidade” de reajustes, mas sem piorar as perdas da Petrobrás, de muitos bilhões na Bolsa e também de credibilidade: voltou a ingerência populista na política de preços da companhia, que, em horas, deixou novamente de ser a número 1? Assim, o governo interfere nos reajustes, viu, caminhoneiro, viu, sociedade? Mas arcando com o grosso do prejuízo, viu, investidor, viu, acionista ? [... viu, contribuinte?]  Há, porém, um problema aí: essa engenhosa negociação é para o diesel. E a gasolina, que bate direto no bolso do cidadão e da cidadã? A resposta do governo é que não é por causa da gasolina, e sim do diesel, que sobem os preços da carne, dos ovos, de toda a cadeia produtiva. Ok. Agora, vai lá combinar com os russos. Ou explicar o litro a R$ 5 para quem tem pouca opção e precisa encher o tanque para tocar a vida. [baixinho, para que ninguém escute: nada impede que o governo decida somar o valor que deixa de arrecadar com a extinção do Pis/Cofins sobre o óleo diesel ao custo da gasolina e com isto elevando o preço na bomba.]

Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo