Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Diagnóstico definitivo deve ser feito a partir de testes, iniciando pelo de Covid-19
Diante do comportamento que a Ômicron tem apresentado no mundo, com sintomas menos graves
e diferentes da variantes anteriores, é comum ficar em dúvida em
relação a sintomas como febre, dor de cabeça, mal estar e coriza. Isso
porque as doenças respiratórias, que também incluem resfriado e gripe,
costumam apresentar sinais bem parecidos, por afetarem as mesmas regiões
do corpo. A diferença é que alguns deles tendem a aparecer com mais
frequência ou ter maior intensidade, a depender da doença.
—
A Covid-19 e a gripe "derrubam". Já o resfriado só "atrapalha" a rotina
— afirma Salmo Raskin, médigo geneticista e diretor do Laboratório
Genetika, de Curitiba.
Sintomas da Covid-19 - Ômicron É e muito provavelmente a causa principal do aumento de infecções no mundo e no Brasil, associada ao relaxamento das medidas de distanciamento por conta das festas de fim de ano. A nova variante costuma provocar sintomas com menor intensidade em comparação com as demais cepas que já se espalharam até então.
O estudo ZOE COVID vem fazendo constantes levantamentos sobre
os sintomas que pacientes diagnosticados com a doença costumam relatar.
Coriza
Dor de cabeça
Cansaço
Espirros
Dor de garganta
Os sintomas costumam ser leves, já que estudos apontam que a
Ômicron se reproduz mais rápido nas vias aéreas e poupa o pulmão. Os
sintomas melhoram, em média, 5 dias após o início. A febre também pode
surgir, mas com menos frequência.
A
febre pode ser um sintoma diferencial entre a gripe, na qual ela é
comum. Diante de um quadro febril, é provável, portanto, que o paciente
esteja com gripe, desencadeada pelo vírus influenza. Mas a febre, por si
só, não garante o diagnóstico da doença.
De acordo com o Instituto Butantan — responsável por produzir
a vacina da gripe usada no Brasil —, os principais sintomas da gripe
são:
Febre súbita
Tosse (geralmente seca)
Dor de cabeça
Dores musculares e articulares
Mal-estar
Dor de garganta
Coriza
Os sinais da gripe costumam durar de cinco a sete dias, sendo que a tosse pode levar duas semanas ou mais para desaparecer.
Sintomas do resfriado Tem sintomas mais leves que a gripe, e se parece bem mais com os sinais dados pela Ômicron, por também afetar mais as vias aéreas superiores. Os principais sintomas do resfriado são:
Coriza (nariz escorrendo com secreção aquosa e transparente)
Nariz entupido
Espirros
Dor de garganta
Febre baixa (mais comum em crianças — adolescentes e adultos não costumam apresentar)
Os sinais costumam durar de três a quatro dias, mas podem se prolongar em fumantes, chegando a até 10 dias.
(...)
Há medidas que ajudam a prevenir as três doenças, como uso de
máscaras, higienização recorrente das mãos e distanciamento social. Com
os estudos apontando a maior transmissibilidade da Ômicron, especialistas recomendam o uso de máscaras mais filtrantes,
como a PFF2 ou N95. Caso não seja possível, a orientação é usar duas
máscaras: a cirúrgica por baixo e a de pano por cima, ou usar uma
máscara de pano com camada dupla.
Imunizante chinês está fora dos planos do Ministério da Saúde para o PNI
no próximo ano e, até meados de dezembro, não tinha novas remessas
produzidas no Brasil há cerca de dois meses
Primeira vacina contra a Covid-19
a chegar aos braços dos brasileiros, em janeiro, a CoronaVac tem futuro
incerto para 2022. Sem encomendas federais para 2022, o imunizante
desenvolvido na China pela farmacêutica Sinovac BionTech e
operacionalizado no Brasil pelo Instituto Butantan vive um limbo onde
antes havia grandes expectativas.
O
atual status da CoronaVac pouco lembra a onda de otimismo gerada pela
sua aplicação na enfermeira Monica Calazans, em 1 de janeiro, cena que
transformou o enredo do combate à pandemia no país. Quase um ano após
essa estreia, o imunizante está, por ora, fora dos planos do Ministério
da Saúde para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Há cerca de dois meses, quando afábrica do Instituto Butantanenvasou as mais recentes unidades, a vacina não tem novas remessas
produzidas no Brasil. Novas compras de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA),
da China, não estão encomendados nem têm previsão de chegar. Na última
sexta, o governo brasileiro anunciou que vai enviar 500 mil doses para o
Paraguai, em uma doação para o consórcio Covax Facility, liderado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
A
presença tímida da CoronaVac hoje destoa dos ambiciosos planos traçados
para o imunizante no início. Os projetos do Butantan, em consonância
com o governador de São Paulo, João Doria,envolviam a independência
total na produção do antígeno em solo paulistano. Para isso, o instituto
iniciou a instalação de uma fábrica de 11 mil metros quadrados em seu
pátio de produção, na Zona Oeste da capital paulista.
Atrasadas,
as obras devem se estender ao longo do ano que vem. O prazo anterior
para a entrega do prédio, divulgado pelo Butantan, era de setembro de
2021 —com as primeiras doses sendo totalmente produzidas no Brasil em
dezembro — o que, evidentemente, não ocorreu. Agora, a previsão para ter
a fábrica totalmente operacional é o segundo semestre de 2022, disse
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, ao GLOBO. — Estará apta a funcionar, mas qual vacina produzir é uma questão que neste momento não dá para responder —afirmou Covas.
Passada
essa fase, as primeiras vacinas só devem ser produzidas após trâmites
regulatórios. O custo para colocar a construção de pé é de cerca de R$
200 milhões, sem contar equipamentos.
Diversas vacinas Desde o princípio, o projeto foi desenhado para produzir diversos imunizantes, mas com dedicação especial à CoronaVac. A estimativa anunciada era de que a fábrica produzisse em torno de 100 milhões de doses anuais da vacina. — Essa fábrica em
construção é multipropósito. Entre as vacinas que pode produzir, está a
CoronaVac. Ela vem exatamente atender às demandas do Butantan para
vários imunizantes, como a vacina da raiva, da hepatite B, da dengue
—explica Covas.
Retomar o espaço que a CoronaVac teve no PNI nos
primeiros meses de 2020 figura como uma missão dificílima, diante do
amplo oferecimento de outros imunizantes contra a Covid no país. O
veto da Saúde para o ano que vem, como afirmou diversas vezes o
ministro Marcelo Queiroga, está relacionado ao fato de a CoronaVac só
ter autorização de uso emergencial e não o registro definitivo na
Anvisa.— O objetivo é oferecer vacinas para o mundo. Essa dependência que o
Butantan tem atualmente do Ministério da Saúde não é salutar. O Butantan
quer sua autossuficiência nessa área — afirma Dimas Covas. [esse cidadão, Dimas Covas, deve se considerar realizado se conseguir devolver ao Instituto Butantan, pelo menos parte do prestígio secular daquela instituição. Ao nosso entendimento, não adianta o 'joãozinho' e companhia tentarem responsabilizar o governo Bolsonaro - fizeram a escolha errada e agora arquem com as consequências. E jogar para as crianças o que não serve para os adultos é além de covardia uma esperteza criminosa.]
Nicho infantil Embora a ideia de transformar a CoronaVac em um imunizante de “nicho”, somente para crianças, não seja bem aceita pelo Butantan, especialistas em saúde acreditam que a vacina cairia bem especificamente para esse público, por conta de seu perfil de segurança, com poucos efeitos adversos.
Mas, para chegar ao braço da população de 3 a 17 anos, a vacina ainda precisa passar pelo crivo da Anvisa.O segundo pedido para essa liberação ocorreu no último dia 15 e tem prazo de até 30 dias. A agência alegou que faltaram documentos na requisição, o que o instituto nega. — A CoronaVac foi um prato de arroz e feijão para quem estava morrendo de fome, salvou muitas vidas. Mas hoje temos dados que não tínhamos. Sabemos, por exemplo, que ela tem resultado bom, mas inferior a outras quando se trata de pessoas acima de 60 anos.Antes não era correto ser sommelier de vacina, agora podemos, sim, escolher — diz o infectologista Alexandre Naime Barbosa, membro do Comitê de Monitoramento Extraordinário da Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB).Saúde - O Globo
Além de se manifestar contra a vacinação em geral, o presidente
afirmou três vezes, somente nesta semana, que a Coronavac não tem
eficácia científica comprovada. Por outro lado, o Ministério da Saúde
informou que já distribuiu mais de 101 milhão de doses da Coronavac. Vai daí que: ou o presidente mente descaradamente ao declarar
ineficaz uma vacina aprovada e distribuída por órgãos técnicos de seu
governo; ou o Ministério da Saúde engana descaradamente a população
brasileira ao oferecer um medicamento imprestável.
Ele costuma colocar a culpa nos outros,
mas não tem como dizer, por exemplo, que o Ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, é o único responsável pela aplicação da vacina do Instituto
Butantan. De todo modo, como a eficácia da Coronavac tem farta comprovação
científica, no Brasil e em outros países, como Chile, para não citar a
China, produtora original da vacina, a conclusão é inevitável: Bolsonaro
mente. Mas isso se estivéssemos tratando de uma pessoa normal. Mentiroso é
quem afirma algo sabendo tratar-se de mentira. Não é o caso. Pelo seu
comportamento nesta e em outras situações, Bolsonaro demonstra que não
acredita – isso mesmo, não acredita – nas informações científicas sobre a
Covid e muito menos sobre a eficácia da Coronavac. [nossa posição pró vacinas é pública e notória; mas certas coisas não podem ser ignoradas ou esquecidas e uma delas é que a Coronavac não está entre as que desfrutam de maior credibilidade.
Até o 'joãozinho', - que governa os paulistas pensando em ser escolhido candidato à Presidência em 2022 - que chegou a ser caixeiro viajante da Coronavac (se Bolsonaro defendesse qualquer vacina com o empenho que o tucano defendeu a chinesa, seria acusado de prevaricação; Doria defendeu o imunizante chinês até que sentiu que o barco chinês estava afundando e como todos os ... esqueceu a maravilha.
O próprio Instituto Butantan que no passado gozou de grande credibilidade, começa a se enrolar quando tenta defender a Coronavac. Agora mesmo, no episódio em que a Anvisa suspendeu parte do fármaco da Sinovac, o Butantan tentou avalizar a empresa que processo o envasamento do imunizante e seu opinião não foi considerada. A suspensão permanece.]
Diria, de novo, uma pessoa normal: ciência não é algo em que se
acredita ou não. Ciência é experimento, prova, demonstração, testes.
Diferente de senso comum praticado por pessoas ignorantes que se acham
portadores da verdade para tudo. Sabe aquele cara que diante de uma informação científica, olha para você com ar superior e diz: e você acredita nisso? Muita gente entende que há uma estratégia por trás desse
comportamento de Bolsonaro. Mas qual seria a estratégia de espalhar
mentiras e confundir a população, junto à qual, aliás, perde confiança
toda semana?
Não é estratégia. Na verdade, ao desclassificar a vacinação, a
Coronavac, os números sobre a pandemia(acha que o número de mortos é
bem menor do que o registrado pelo seu próprio governo) e a gravidade da
doença(acha que os mortos por Covid iam morrer em poucas semanas,
tendo o vírus apenas antecipado o desfecho fatal), Bolsonaro se comporta
como o sabichão de mesa de bar.
Nossas avós diziam: a ignorância é atrevida. Tinham razão. Repetiam
Sócrates, pelo avesso. Só sei que nada sei, dizia o verdadeiro sábio,
criador do pensamento ocidental. Só que o sabichão de mesa de bar é apenas isso. Ignorante inofensivo.
Sendo presidente, Bolsonaro causa enorme problema para o país e sua
população. O que nos salva, parcialmente, é que a população é mais
esperta que o presidente.
A maioria esmagadora dos brasileiros corre atrás da vacina, seja qual
for e onde esteja sendo aplicada. A adesão dos brasileiros à vacina
está bem acima da média mundial. Aqui não tem movimentos anti-vacina,
demonstração cabal de que a maioria não cai na conversa maluca do
presidente. Mas o estrago está feito. O negacionismo de Bolsonaro atrasou[por não ter comprado o que ainda não existia?] de fato
a chegada das vacinas ao Brasil e, pois, contribuiu para um número
maior de doentes e mortos.
O que evitou o pior – um país sem vacinas – foi a ação do Supremo
Tribunal Federal, que reconheceu o poder de governadores e prefeitos nos
programas de combate à pandemia. [os exemplos funestos dos efeitos dos superpoderes dados a governadores e prefeitos são tantos, que o próprio STF tem tentado impor um releitura do que decidiu em abril 2020.] E esses lutaram pelas vacinas, assim
como parte das lideranças políticas e civis, conseguindo forçar o
governo federal a adquiri-las. A mídia independente e séria teve papel
crucial ao mostrar os dados da ciência e os fatos observados.
Médicos e os profissionais da saúde pública e privada tiveram
comportamento exemplar, tirante aqueles, agora apanhados pela CPI, que
agiram contra a ciência que deveriam ter aprendido. Essa barreira continua de pé. Mas é preciso impedir que o presidente continue nessa cruzada do mal.
Os lotes interditados "não correspondem ao produto aprovado
pela Anvisa os termos da Autorização Temporária de Uso Emergencial (AUE) da vacina CoronaVac"
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de alguns lotes da vacina CoronaVac, contra a covid-19, que foram interditados após constatação de que "dados apresentados pelo laboratório não comprovam a realização do envase da vacina em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação".
A determinação foi anunciada hoje (22) por meio da Resolução (RE) 3.609, que determinou o recolhimento dos lotes da CoronaVac que já haviam sido interditados de forma cautelar pela Resolução (RE) 3.425, de 4 de setembro de 2021. No dia 3 de setembro, a agência foi comunicada pelo Instituto Butantan que o parceiro na fabricação vacina CoronaVac, o laboratório Sinovac, havia enviado para o Brasil 25 lotes na apresentação frasco-ampola (monodose e duas doses), totalizando 12.113.934 doses, que foram envasados em instalações não inspecionadas pela Anvisa.
Diante da situação, e "considerando as características do produto e a complexidade do processo fabril, já que vacinas são produtos estéreis (injetáveis) que devem ser fabricados em rigorosas condições assépticas", a Anvisa adotou medida cautelar com o objetivo de mitigar um potencial risco sanitário.
Em nota divulgada há pouco, a agência informa que, desde a interdição cautelar, avaliou todos os documentos encaminhados pelo Instituto Butantan, "dentre os quais os emitidos pela autoridade?sanitária chinesa". "Os documentos encaminhados consistiram em formulários de não conformidades que reforçaram as preocupações quanto às práticas assépticas e à rastreabilidade dos lotes", detalha a nota.
A Anvisa acrescenta que também fez a análise das documentações referentes à análise de risco e à inspeção remota realizadas pelo Instituto Butantan, "e concluiu que permaneciam as incertezas sobre o novo local de fabricação, diante das não conformidades apontadas". Os lotes interditados "não correspondem ao produto aprovado pela Anvisa nos termos da Autorização Temporária de Uso Emergencial (AUE) da vacina CoronaVac", uma vez que foram fabricados em local não aprovado pela agência e, conforme informado pelo próprio Instituto Butantan, "nunca inspecionado por autoridade com sistema regulatório equivalente ao da Anvisa". "Portanto, considerando que os dados apresentados sobre a planta da empresa? Sinovac localizada no número 41? Yong da Road, Pequim, não comprovam a realização do envase da vacina CoronaVac em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação, a Anvisa concluiu, com base no princípio da precaução, que não seria possível realizar a desinterdição dos lotes", completa a nota. A Anvisa concluiu também que a realização de inspeção presencial na Chinanão afastaria a motivação que levou à interdição cautelar dos lotes, por se tratar de produtos irregulares, uma vez que não correspondem ao produto aprovado pela Anvisa, por terem sido envasados em local não aprovado pela agência.
Diante a situação, ficará a cargo dos importadores adotar os procedimentos necessários para o recolhimento das vacinas restantes de todos os lotes que foram interditados.
A agência enfatiza que "a vacina CoronaVac permanece autorizada no país e possui relação benefício-risco favorável ao seu uso no país",desde que produzida nos termos aprovados pela autoridade sanitária.
Confira os lotes impactados Segundo a Anvisa, 12.113.934 doses de lotes cujo recolhimento foi determinado pela Anvisa já foram distribuídos. São eles: IB: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H e L202106038.
"A CPI da Pandemia abriu a caixa de pandora",diz Randolfe após vídeo de Pazuello
Como ministro, general se comprometeu a assinar contrato para a
compra de 30 milhões de doses da vacina, oferecidas por intermediadores
por quase o triplo do valor apresentado pelo Butantan. Militar diz que
refutou aquisição porque proposta era inidônea
[senador Rodrigues não fosse Vossa Excelência obcecado por arranjar encrencas a qualquer custo, pensaria um pouco e deduziria (o senhor quando pensa, se é que pensa, procura sempre deduzir contra seus inimigos, por mais absurda que seja a dedução.
O mais estúpido dos corruptos não seria idiota para aceitar corrupção logo na compra da vacina CoronaVac, que esteve sempre no foco dos desentendimentos entre o governador paulista e o presidente Bolsonaro.
Qualquer autoridade corrupta fugiria da oferta de comprar vacinas por um preço três vezes superior ao praticado em compras por outros governos. Imagine o estardalhaço que o Doria faria se descobrisse que o ministro da Saúde do presidente Bolsonaro, estava comprando doses da sua (dele, Doria) vacina - lembre-se que a CoronaVac foi por muito tempo conhecida por vacina do Doria- por um preço três vezes superior.
Senador sugerimos que e senhor e seus amigos que se consideram 'donos' da CPI Covidão, fiquem mais atentos e evitem supervalorizar certas 'caixas de pandora' que quando abertas nada provam. Veja o que o irmão do deputado Miranda aprontou quando foi depor na PF. Deu para trás, recuou, e disse que não gravou nada da conversa que teve com o presidente Bolsonaro. Deu ruim..,
O general Pazuello, ou qualquer outra autoridade, deduziriam - dedução correta, inteligente - que ao efetuar a compra no valor que o senhor deduziu, três vezes superior ao praticado, o autor da compra estava chamando atenção de todos para o negócio e se entregando por burrice.
Convenhamos que se a compra tivesse ocorrido, - senador Rodrigues, o senhor consegue perceber que todas as conclusões de 'sua' CPI, são sobre coisas que não ocorreram? - causaria estranheza ao governo brasileiro.]
A negociação de Pazuello com os intermediadores foi revelada pela Folha de S. Paulo,
que divulgou um vídeo da reunião, ocorrida em 11 de março. A comitiva,
liderada por um empresário apresentado como John, ofertava o imunizante a
US$ 28 por dose, quase três vezes o valor da CoronaVac do Butantan (US$
10). Segundo a publicação, o intermediador representaria uma empresa
chamada World Brands, de Santa Catarina.
“Estamos aqui reunidos no Ministério da Saúde recebendo
uma comitiva enviada pelo John. Uma comitiva que veio tratar da
possibilidade de nós comprarmos 30 milhões de doses, numa compra direta
com o governo chinês, e já abre também uma nova possibilidade de termos
mais doses”, diz Pazuello no vídeo.
“Já saímos daqui, hoje, com o memorando de entendimento assinado e com o
compromisso do ministério de celebrar, no mais curto prazo, um contrato
para podermos receber essas (sic) 30 milhões de doses no mais curto
prazo possível.”
A vacina recebida pela maioria dos brasileiros enfrenta um surto de perguntas sem resposta
O que esperar de uma cidade que já vacinou mais de 95% da população contra a covid-19? Comércio
e escolas abertos, bares e restaurantes funcionando normalmente, gente
praticando esportes e andando nas ruas sem máscara. Aquela vida normal
que tínhamos até sermos atingidos pela maior e mais devastadora pandemia
do século. Em boa parte dos Estados Unidos, Israel e nações do
continente europeu, esse é o cenário real desde que o ritmo da vacinação
acelerou-se. Mas a pacata Serrana, no interior paulista, mesmo depois de imunizar quase toda a população, continua na mesma. O município segue estritamente as regras do Plano São Paulo estabelecidas pelo governador João Doria (PSDB) e seu conselho de “especialistas em ciência” que formam o Centro de Contingência. Por lá, a vida permanece no “modo pandêmico”: comércio,
bares e restaurantes com horários restritos, controle de ocupação, uso
de máscara obrigatório até mesmo ao ar livre, nada de eventos, festas,
comemorações. A ordem é manter as orientações de quem ainda não recebeu nenhuma dose de vacina.
O estudo clínico, batizado de Projeto S pelo Instituto Butantan,
foi estruturado de maneira sigilosa ainda no ano passado e implementado
entre fevereiro e abril de 2021. Ao longo de oito semanas, pouco mais
de 27 mil moradores foram imunizados com a CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan —
o equivalente a 95% da população-alvo da pesquisa e aproximadamente 60%
da população total de Serrana, de quase 46 mil habitantes. Os
resultados do experimento foram divulgados numa coletiva de imprensa
mais de um mês depois do término da vacinação:as mortes por covid-19 caíram 95%, as internações recuaram 86% e os casos sintomáticos foram reduzidos em 80%.
Até agora, no entanto, o Butantan não apresentou os dados brutos da
pesquisa nem informações sobre faixa etária. A justificativa é que eles
serão publicados num artigo científico — futuramente. Segundo
especialistas, a prática de não divulgar os detalhes de um estudo científico numa coletiva de imprensa é comum, mas ajuda a engrossar o caldo de desconfiança que ronda a CoronaVac desde a sua origem.
Um festival de erros Primeiro,o relacionamento do governo paulista com o gigante farmacêutico chinês Sinovac continua um mistério. O contrato firmado envolve cláusulas sigilosas que não podem ser compartilhadas com a comunidade médica. Pela parceria, o governo do Estado diz que pagou R$ 85 milhões em junho do ano passado. Em setembro, foram US$ 90 milhões —
o governador João Doria não esclareceu se esse valor se soma ao que foi
pago anteriormente. No último dia 23, a presidente do Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo solicitou os termos da negociação entre o
Butantan e o fabricante. Em relatório elaborado pelo órgão de controle, o
instituto é criticado pela falta de transparência no fornecimento de
informações ao tribunal.
Depois, a divulgação de dados sobre a vacina foi um show de tropeços. Após três adiamentos, coletivas que forneciam números incompletos e cálculos questionáveis, a população brasileira ficou sabendo que a CoronaVac atingiu 50,38% de eficácia global,
no limite exigido para aprovação pela Organização Mundial da Saúde e
pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). A demora em divulgar o
estudo completo e a frustrante repercussão dos resultados deram a
impressão de que o governo do Estado já sabia da baixa eficácia da
vacina e represava informações, ou, pior, tentava omitir dados.
Para além de uma vacina que bateu na trave nos critérios da Anvisa,são poucos os países que fazem companhia ao Brasil na escolha da CoronaVac: além da China, Turquia, Indonésia, Chile e Uruguai apostaram no laboratório Sinovac. No mês passado, a
Costa Rica recusou a compra do imunizante chinês sob alegação de que o
produto não atingiu os 60% de eficácia mínima exigida pelo Ministério da
Saúde local. Por fim, ainda não há notícia de que alguma autoridade
científica da comunidade internacional tenha respaldado os estudos do
fabricante chinês.
Largada da vacinação no Brasil Com a autorização do uso emergencial de duas vacinas — a CoronaVac e o imunizante do laboratório anglo-sueco AstraZeneca,
em 17 de janeiro, foi dada a largada para a vacinação no país. Pouco
mais de cinco meses depois, já foram aplicados mais de 100 milhões de
doses de vacinas contra a covid-19. Dos 100 milhões de CoronaVac adquiridos pelo Ministério da Saúde (MS) ao custo unitário de R$ 58,20, 43 milhões já foram aplicados. Valor total da negociação: R$ 5,8 bilhões.
Por algumas semanas, a vacina chinesa foi a única opção dos
brasileiros, e boa parte dos grupos prioritários recebeu as duas doses
do imunizante. Agora, resta saber se quem já gastou sua vez na fila com o produto chinês está realmente imunizado. Como escreveu o jornalista Augusto Nunes, colunista de Oeste, num artigo recente,
“ninguém torce tanto pelo sucesso da CoronaVac quanto os que receberam
duas doses do maior trunfo eleitoral do governador João Doria.” Só que torcida, em ciência, não funciona. Os fatos são teimosos.
O estudo final sobre a CoronaVac, divulgado em abril deste ano, mostrou que a eficácia da vacina para casos sintomáticos de covid-19 atingiu 50,7%, ante os 50,38% divulgados anteriormente. Os resultados foram enviados à revista científica Lancet para
revisão por pares, mas ainda não foram publicados. Entretanto, outra
pesquisa realizada pela Vebra Covid-19 (sigla para Vaccine Effectiveness
in Brazil against covid-19), grupo que reúne pesquisadores brasileiros e
estrangeiros, avaliou o desempenho da vacina em pessoas de 70 anos ou
mais vacinadas no Estado de São Paulo. A média de efetividade foi de 42%
na totalidade do grupo e de apenas 28% nos idosos acima dos 80 anos. O
trabalho envolveu 15,9 mil voluntários e foi o maior já feito nessa
faixa etária. Questionado sobre a diferença nos resultados, o Instituto
Butantan respondeu a Oeste: “O estudo em questão não
fala em eficácia. Com dados secundários, ele mediu a positividade de
casos nessa população, sem, no entanto, esclarecer quantos dos
infectados evoluem para quadros graves ou óbitos, que é justamente o que
a vacina visa a prevenir.”
Independentemente de paixões
políticas, o resultado do estudo da Vebra contestado pelo Butantan
indica uma realidade que precisa ser encarada pelas autoridades de saúde
no país: a CoronaVac tem baixa eficácia e, ao que parece, não tem se mostrado capaz de frear a transmissão da doença.
A realidade em outros países O dilema de quem confiou em imunizantes chineses não é exclusividade do Brasil. Uma reportagem recente publicada pelo jornal The New York Times mostra que outros países que também compraram vacinas produzidas na China enfrentam novos surtos de contaminação. Na Mongólia, Bahrein, Chile e nas pequenas Ilhas Seychelles,entre 50% e cerca de 70% da população foi totalmente vacinada, ultrapassando inclusive os Estados Unidos, segundo o site Our World in Data. Entretanto, todos eles foram parar na lista dos dez países com os piores surtos de covid-19 registrados na terceira semana de junho, de acordo com levantamento de dados feito pelo jornal norte-americano. Mongólia, Bahrein e Seychelles escolheram majoritariamente a fabricante Sinopharm. Já o Chile aderiu à vacina do laboratório Sinovac Biotech, o mesmo que produz a CoronaVac envasada pelo Butantan.
O caso do país sul-americano é emblemático. Com 54% da população totalmente imunizada e 65% vacinada com a primeira dose (dados do Our World in Data), o Chile segue com medidas rígidas de isolamento. No mês passado, a capital Santiago e outros municípios entraram novamente em lockdown para conter o avanço da contaminação.
O confinamento restrito se estendeu até ontem, quinta-feira 1º de
julho, quando se iniciou um programa gradual de flexibilização. No Chile, a CoronaVac corresponde a 77% do total das doses aplicadas até agora. Em
fevereiro, quando o programa de vacinação começou, foram registrados
515 novos casos por 100 mil habitantes. Em junho, a taxa de novas
contaminações atingiu a marca de 922 por 100 mil. A ocupação de leitos
de UTI segue acima de 90% no país.
Pessoas ligavam para amigos e parentes para avisar: “É Pfizer, pode vir”
Em nota publicada no site da instituição em 18 de junho, o Butantan nega que o aumento de casos de covid-19 no Chile esteja relacionado à vacinação com a CoronaVac.
Segundo Dimas Covas, presidente do instituto, dois relatórios
divulgados pelo Ministério da Saúde chileno sobre o desempenho da vacina
mostraram alta eficiência. Covas também ressaltou que “os novos
casos que têm aparecido no Chile afetam majoritariamente as populações
que não receberam a vacina, principalmente os mais jovens”. A nota informa ainda que, apesar do alcance da cobertura vacinal com as duas doses de 50%, “é necessário ter ao menos uma parcela de 70% das pessoas imunizadas para que se tenha um efeito indireto da vacinação”.
No
começo, atribuiu-se a culpa ao relaxamento das medidas de proteção, à
chegada de novas variantes e ao início do outono. Mas o conjunto de
evidências só reforça o fato de que as vacinas chinesas, embora
apresentem eficácia na redução de internações e de mortes, não
conseguiram reduzir a transmissão do vírus.
A CoronaVac no Brasil Se
os gestores públicos não querem enfrentar o assunto, muitos brasileiros
já estão tomando providências por conta própria. Em visita a um posto
de saúde na Bela Vista, bairro no centro de São Paulo, no último dia 21
de junho, a reportagem de Oesteconversou com mais de 15 pessoas que aguardavam sua vez na fila para se vacinar com a Pfizer,
marca do imunizante oferecido naquele dia. Roberto Andrade,
administrador, 56 anos, disse ter ido a três postos de saúde perguntar
qual era a vacina disponível. Ao saber tratar-se da AstraZeneca, virou as costas e foi embora.“A CoronaVac também não quero tomar. A taxa de eficácia ficou abaixo das outras duas [Pfizer e AstraZeneca]”, afirmou. “Resolvi esperar para tomar a Pfizer, tenho mais confiança no laboratório.”
No fim da fila, por volta das 10h30, Cristian Vieira da Silva, 38,
desempregado, disse não se importar de esperar, já que a vacina era a da
Pfizer. “Já fui a cinco postos. Não tomo AstraZeneca. Tenho medo porque sou portador de comorbidade. E a CoronaVac é fraca.” Enfileiradas à espera de uma picada, pessoas ligavam para amigos e parentes para avisar: “É Pfizer, pode vir”.
Seis idosos vacinados com duas doses da CoronaVac morreram de covid-19 num asilo em Arapongas
Segundo
especialistas, as taxas de eficácia divulgadas pelas desenvolvedoras
das vacinas não podem ser comparadas diretamente porque cada estudo tem
sua metodologia própria e, principalmente, um período de desenvolvimento
do ensaio clínico distinto. Mesmo assim, quem manifesta preferência por
determinado imunizante já ganhou o apelido de “sommelier de vacinas” e, embora a prática seja criticada por atrasar o avanço da vacinação, é bastante comum em vários postos de saúde.
Outra
situação frequente nesta fase da pandemia é recorrer a exames
sorológicos para saber se o organismo desenvolveu anticorpos contra a
covid-19 após duas doses de vacina. “Não existe até agora uma validação de exame contra o Sars-Cov-2 sorológico que possa confirmar que uma pessoa está imunizada”, explica a médica infectologista Patrícia Rady Muller. Entretanto, seja por curiosidade ou recomendação médica, um dos testes mais recorrentes é o de anticorpos neutralizantes,
que avalia se houve produção de anticorpos contra a covid-19 no
organismo e mostra o porcentual deles com capacidade de neutralizar o
vírus. Oeste teve acesso ao exame de anticorpos
neutralizantes do oftalmologista Luiz Roberto Colombo Barboza, vacinado
com duas doses da CoronaVac. O resultado: reagente 21%. Entre várias observações constantes no laudo laboratorial, uma delas chama atenção: “resultados entre 20% e 30% de inibição são considerados reagentes fracos e devem ser interpretados com cautela”.
“Desde o início, era sabido que a CoronaVac era uma vacina que não tinha grande eficácia, principalmente em idosos”, diz o médico-cirurgião oncológico com pós-doutorado em epidemiologia estatística, Luiz Bevilacqua. “Só que era o que tinha no momento, a gente não pode se arrepender.”
Diante da realidade que se impõe, ele defende uma reavaliação no plano
de imunização para priorizar a proteção da população de risco com
vacinas mais eficazes. Outro fator importante, apontado pela médica
infectologista Patrícia Rady Muller, é que a taxa de eficácia de uma
vacina interfere em políticas públicas para definir a extensão da
cobertura vacinal. “Quanto menor a eficácia, mais pessoas precisamos vacinar para evitar transmissão de uma pessoa a outra.”
Em junho, seis idosos vacinados com duas doses da CoronaVac morreram de covid-19 num asilo em Arapongas, no Paraná, em meio a um surto que atingiu 32 dos 43 residentes do Lar São Vicente de Paulo. Além disso, oito
dos 16 funcionários que trabalham na instituição, todos com imunização
completa com a vacina chinesa, foram diagnosticados com a covid-19 no
mês passado — até o momento, nenhum deles desenvolveu quadro grave da doença. A Revista Oeste questionou o Instituto Butantan a respeito do caso, e obteve, por e-mail, a seguinte resposta: “É
prematura e temerária qualquer afirmação sobre hospitalizações ou óbito
pela covid-19 de pessoas vacinadas contra a doença, uma vez que cada
caso, individualmente, deve passar obrigatoriamente pelo processo de
investigação, que não considera apenas a imunização de forma isolada, e
sim o conjunto de aspectos clínicos, como comorbidades e outros fatores
não relacionados à vacinação”.
De volta ao caso de Serrana, a cidade paulista com 95% dos moradores vacinados com a CoronaVac, os números indicam que o vírus continua se espalhando. “Quem eu conheço, mesmo vacinado, ainda tem medo do vírus”, disse a comerciante Eliana Maria Máximo, dona de uma lanchonete no centro da cidade. A vacinação em massa terminou em 11 de abril.Em maio, registraram-se 333 casos, um aumento de cerca de 42% em relação ao mês anterior (235).Em junho foram 299 casos. O pico de mortes relacionadas à covid-19 ocorreu em março deste ano, quando se verificaram 18 óbitos. Em abril foram oito; em maio, sete; e em junho, seis.
Oeste também solicitou ao Ministério da Saúde
informações sobre o número de mortos em razão da covid-19 por faixa
etária para cruzar com os dados de pessoas imunizadas com duas doses de
vacinas. Em resposta, por e-mail, o MS informou “que ainda é precoce fazer esse tipo de análise e cruzamentos de dados". O pedido foi feito em 19 de abril.
Ao cenário de incertezas, soma-se o fato de que os imunizados com a CoronaVac continuam proibidos de entrar nos Estados Unidos ou cruzar as fronteiras dos principais países da Europa. Isso
porque algumas autoridades sanitárias ainda não chancelaram a
fabricante Sinovac. A situação não mudou com a inclusão do imunizante
chinês na lista dos liberados pela OMS para uso emergencial. Enquanto as principais agências regulatórias do mundo não aprovam o uso da CoronaVac, a vacina segue em aplicação no Brasil com autorização de uso emergencial pela Anvisa. Os imunizantes da AstraZeneca/Oxford e Pfizer já possuem o registro definitivo. O Butantan informou que “está encaminhando as informações ao órgão, dentro do processo de submissão contínua”, mas, segundo a Anvisa, o instituto ainda não fez o requerimento para registro do produto.
Outra questão que intriga é entender por que o Butantan resolveu apostar em outra vacina, a ButanVac, quando já envasa quase 1 milhão de doses da CoronaVac por dia e investiu em nova fábrica para produzir o IFA (insumo farmacêutico ativo) nacional. Por certo, a iniciativa de ter uma vacina desenvolvida no Brasil (sem depender de insumos importados) para
ampliar o cardápio vacinal aumenta a segurança. Mas é possível que a
pressa em produzir um imunizante em três meses, como prometido pelo
Butantan, seja justificada pela preocupação em ter na manga uma
alternativa caso a CoronaVac se mostre ineficaz.
A polêmica da terceira dose e a combinação de vacinas Há meses discute-se a necessidade de uma dose extra da CoronaVac para quem já tomou duas injeções. Alguns fabricantes, como a Pfizer, anunciaram a possibilidade de uma dose anual de reforço. Afinal, é bem provável que a imunização contra a covid-19 repita o esquema vacinal contra a gripe. O que incomoda é a falta de clareza e transparência no caso da CoronaVac. Ainda
em abril, o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan,
Ricardo Palacios, confirmou que havia estudos sobre uma eventual
terceira dose. “Existem grandes preocupações sobre como melhorar a
duração da resposta imune, e uma das alternativas que têm sido
consideradas é uma dose de reforço, seja com a própria CoronaVac, seja
com outros imunizantes." No mês passado, Dimas Covas disse, primeiro, que não havia motivo para preocupação.
“A vacina é eficiente e, neste momento, não existe necessidade de se
preocupar com uma terceira dose, como foi propalado recentemente.”No dia seguinte,
voltou atrás e admitiu que a entidade trabalha com a possibilidade de
um reforço vacinal para ser aplicado anualmente em todas as faixas
populacionais.
Em entrevista a Oeste no ano passado, quando as vacinas ainda eram uma promessa no meio científico, o médico pediatra e toxicologista Anthony Wong, falecido em janeiro de 2021,
explicou que a tecnologia do vírus inativo utilizada na produção da
vacina chinesa requer três ou até mesmo quatro doses para produzir
efeito. Segundo Wong, a oferta de apenas duas injeções teria relação
com o encurtamento das etapas de estudo da CoronaVac. “Eles não completaram a fase 2”, disse. “Então,
não sabem se será necessária ou não uma terceira dose. E garanto que
precisa. Não existe uma única vacina de vírus inativo que não exija três
doses. A única explicação para oferecer apenas duas doses é a pressa.” O diretor do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Gao Fu, chegou
a admitir que as vacinas chinesas contra a covid-19 têm baixa eficácia e
que o governo chinês estuda misturar diferentes vacinas de modo a
aumentar a proteção. Já o diretor do laboratório Sinovac, Ying Weidong, afirmou
que uma terceira dose da vacina depois de três ou seis meses poderia
multiplicar por dez a resposta de anticorpos em uma semana e por vinte
em 15 dias, mas os resultados ainda precisam de mais estudos.
Outros países estão alerta. O governo do Chile avalia a aplicação de uma terceira dose da CoronaVac. Bahrein e os Emirados Árabes Unidos já anunciaram que vão oferecer uma dose de reforço. Na Turquia,
a revacinação da população inicia-se em julho. No Brasil, o ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo federal ainda analisa a
necessidade de nova vacinação contra a covid-19 no ano que vem — ou se
bastará apenas uma dose de reforço para a população brasileira.
Mais uma possibilidade na mesa é a mistura de imunizantes. Nesta
semana, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a
oficialmente autorizar a combinação de vacinas para grávidas. Segundo a
prefeitura, gestantes e mulheres que acabaram de ter filhos e tomaram a
primeira dose da AstraZeneca estão autorizadas a receber a segunda
aplicação da Pfizer. Na Coreia do Sul, a decisão de adotar o “mix”
de vacinas deu-se em razão dos atrasos no envio das doses pelo
consórcio global Covax Facility. Medidas semelhantes já foram adotadas
por países como Dinamarca, Canadá, Finlândia, França, Alemanha, Noruega,
Espanha e Suécia.
A vacinação em massa tem se mostrado a melhor saída para emergir da pandemia.
Mas, se no início da campanha de imunização a melhor vacina era aquela
que chegava logo ao braço, agora os números mostram que a disparidade de
resultados em razão do uso de diferentes fórmulas no mundo tem
consequências. Enquanto alguns países já deram adeus às máscaras e estão livres de restrições, outras nações, com os mesmos índices de vacinação, amargam medidas de isolamento e enfrentam novos surtos de contaminação. O Brasil dispõe hoje de quatro vacinas em aplicação: AstraZeneca/Oxford, CoronaVac, Pfizer e Janssen — o que minimiza os riscos de depender de um único produto. Mesmo assim, cerca de 34% da população já vacinada recebeu a CoronaVac e quer respostas. Detalhe: esse
porcentual é formado em sua maioria por idosos, que têm mais risco de
desenvolver formas graves da doença, e por profissionais da saúde,
altamente expostos à carga viral.
Essa é mais uma discussão para a ciência.
“Na medicina, somos treinados. Se o tratamento B é melhor que o A,
tenho que oferecer o B, porque senão corro o risco de fazer um
tratamento inadequado”, afirma o médico Luiz Bevilacqua. “Antes não tinha vacina, agora tem. Por que insistir em algo menos eficaz?” Empurrar
o problema para a frente só vai arrastar ainda mais os efeitos da
pandemia, que já ceifou tantas vidas, sobrecarregou o sistema de saúde e
devastou a economia. Se perdermos a capacidade de questionar fatos sob
risco de ser tachados de partidários, negacionistas e antivacina, então
estaremos todos correndo risco. Não há vacina para a dúvida. Por isso, precisamos falar sobre a CoronaVac.
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 recebeu de
presente por estes dias um novo filão para explorar: a interrupção do
fornecimento, pela China, do insumo para a preparação da CoronaVac, do
Instituto Butantan. O instituto já repassou ao Ministério da Saúde cerca de
metade das 100 milhões de doses contratadas, mas agora cresce uma sombra a
respeito da outra metade.
[as dificuldades atribuídas a um hipotético boicote das autoridades chinesas ao Brasil no fornecimento do IFA, motivadas por comentários feitos pelo presidente Bolsonaro, não encontram apoio nas versões oficiais do Itamaraty e na conduta dos chineses = o pensamento, assim como o desejo, dos membros da CPI tem valor ZERO.
Quem deveria ir para o tronco, seja Bolsonarista ou do grupo inimigos do Brasil é quem comprou vacina de apenas dois fornecedores - Sinovac e Astra Zeneca - buscando depender apenas de um cesto de ovos, esqueceu =no mínimo, foi desidioso = de que os fornecedores são diferentes mas ambos fabricam o IFA em território chinês, e nossos amigos chineses são mestres na arte da burocracia. Ou seja, deixou o Brasil sujeito aos caprichos das autoridades da China.
Apenas um registro para esfriar a cabeça dos apressados na busca de culpados - informações de fácil comprovação: "Como era
absolutamente previsível, com cinco a seis bilhões de pessoas por
vacinar e com os cinco países dos grandes laboratórios consumindo mais
de 60% da produção em suas próprias populações, o imunizante é um bem
escasso, não disponibilizado em ritmo adequado. Ainda assim, o Brasil
consegue disputar o quarto lugar em número de doses adquiridas e
aplicadas. Não é apenas de postos de trabalho, bens de consumo e
matérias-primas que a pandemia gerou escassez.
Vacinas também entram
nesse cenário, mas o discernimento exigido para percebê-lo excede a
capacidade de muitos militantes nas atuais corregedorias da opinião
pública e entre os comissários da verdade."(Percival Puggina)
Há algum barulho sobre o dito tratamento precoce e
sobre a
cloroquina, mas é um terreno movediço para a oposição, visto haver
largos
segmentos da comunidade médica e importantes entidades profissionais que
adotam e
apoiam essa linha, ainda que sob a capa da autonomia do médico para
receitar. E a história da tentativa de alterar a bula da cloroquina pode
cair no vazio,
porque não chegou a se concretizar. [só os idiotas acreditam que tal alteração seria possível; até o 'drácula' , senador integrante da Covidão, sabe que alteração de bula só pela Anvisa, mediante solicitação do fabricante do fármaco.]
Já a vacina oferece um chão mais sólido a quem deseja
arrastar o governo para o relatório final da CPI. O depoimento do executivo da
Pfizer não deixou a administração bem, pois no mínimo ficou a impressão de ter faltado senso
de urgência, de prioridade, em toda a tramitação. E agora, se a interrupção do
fornecimento de insumo para a CoronaVac durar mais do que seria aceitável, abrir-se-á
uma nova frente.
E qualquer pesquisa, ou mesmo a simples observação e o
simples convívio com as pessoas, revela claramente a adesão popular e social às vacinas como meio de
não pegar a doença e esperança de a vida voltar ao normal. E há um fator negativo adicional. Em vários locais
Brasil afora as
autoridades acabaram aplicando como primeira dose um imunizante
reservado para a segunda. Por isso, pessoas que deveriam estar recebendo
a
segunda dose para completar o processo de vacinação ficarão a ver
navios. Quem
pagará o pato político? Em parte, as autoridades locais.[o povo pode até ter o dedo podre na hora de escolher deputados e senadores, mas é sábio o bastante para perceber saber que QUEM PRIORIZA a distribuição das vacinas, as prioridades, são as autoridades locais, suprema decisão assim impôs. E, será mais um problema para a Covidão = não pode apertar muito as 'autoridades locais', elas são fáceis de abrir o bico.] Mas uma parcela
da
conta certamente irá para o governo federal e sua política exterior.
As novas remessas que
chegaram possibilitam que o país vacine no ritmo considerado ideal pelos
pesquisadores: 1,5 milhão de doses por dia
O Brasil abre a semana com aproximadamente 11 milhões de novas vacinas contra o coronavírus à disposição. Cerca de 7 milhões chegaram ainda na sexta-feira, produzidas na Fiocruz e no Instituto Butantan. Outro lote, de 4 milhões, aterrissou no país no fim de semana, enviado pelo consórcio global Covax Falicity.
As novas remessas que chegaram possibilitam que o governo federal entre em um ritmo considerado ideal pelos pesquisadores — em seus cálculos, o país precisaria de 1,5 milhão de doses aplicadas por dia para concluir a proteção dos grupos prioritários, formado por 80,5 milhões pessoas, ainda neste semestre.
No entanto, a atual remessa dura apenas dez dias, e é preciso outras igualmente expressivas para que o país permaneça em um ritmo ideal para a campanha de imunização.
Cerca de 31 milhões de pessoas já receberam ao menos uma dose de imunizante contra a Covid-19, o equivalente a 15% da população. No mês de abril foram aplicadas, em média, 816 mil doses diárias. Até o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que, mantida essa marcha, a vacinação dos grupos prioritários seria concluída apenas em setembro. O atraso no cronograma foi atribuído a problemas nas remessas de insumos, que ainda não são fabricados no Brasil
Das vacinas integradas neste fim de semana ao sistema de saúde, 10,5 milhões são da AstraZeneca— 6,5 milhões foram produzidas na Fiocruz, parceira brasileira da farmacêutica, e 4 milhões são da Covax Facility. Outras 420 mil doses são da CoronaVac, fabricadas pelo Instituto Butantan.
Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, considera que remessas de doses semelhantes não erradicarão a pandemia, mas seriam suficientes para “sentir uma diferença” no serviço de saúde pública.
Foi a popularidade cair e o número de pessoas favoráveis à vacinação aumentar, que Bolsonaro mudou o discurso. Não era ele que não acreditava em pesquisa?
A sexta-feira, 26, começou com o governador João Doria ao vivo nas televisões e rádios anunciando a boa nova. O Instituto Butantan desenvolveu uma vacina totalmente nacional, a Butanvac, e avisou que entraria hoje mesmo com um pedido de autorização da Anvisa para os testes em humanos.
À tarde, o ministro da Ciência,Tecnologia, Inovações e Telecomunicações, Marcos Pontes, ladeado pelo da Saúde Marcelo Queiroga,anunciou que o Ministério entrou na quinta, 25, com um pedido na Anvisa para os testes clínicos de uma vacina que ele nem soube bem explicar o que era.
[o ilustre jornalista, está meio confuso. NÃO ESTÁ HAVENDO UMA GUERRA DAS VACINAS - pelo menos, no concernente às pessoas de BEM no exercício de cargos públicos, sob a liderança do presidente Bolsonaro = a maior autoridade da República Federativa do Brasil. O que existe é um esforço sobre-humano na busca por vacinas.
Esforço que não se limita ao Brasil - o sexto colocado entre os que mais vacinaram - se estendendo até à União Européia, que tem entre seus países que estão entre os mais ricos do mundo.
Existe um perdedor sim - sua excelência João Doria, governador paulista.
Infelizmente, o estado que governa lidera o número de contagiados, de mortos pela covid-19, - se retirar o estado do bolsodoria paulista do total de contagiados/mortos no Brasil, sofreria substancial redução. (confiram, não fornecemos os dados para que nossos dois leitores pesquisem e constatem a veracidade do que estamos informando).
Além da triste liderança de mortes e contagiados no estado que diz governar, o senhor Doria ganhou fama de boquirroto: no começo do processo de começar a vacinação - Doria, chegou a ser chamado de o governador da vacina contra a covid-19 - alardeou que os brasileiros que não conseguissem se vacinas em seus estados poderiam via para São Paulo e seriam vacinados.
Se a pretendida candidatura do paulista n´~ao for implodia por seu próprio partido, tais fatos virão a tona e na época das eleições.],
Ou seja, o presidente Jair Bolsonaro resolveu entrar de vez na narrativa da vacina. Como o país já está acostumado, ele demorou muitos meses para entender o óbvio: que a vacinação e a recuperação da economia andarão de mãos dadas nesta crise interminável. Na verdade, ainda há dúvidas se entendeu. Mas tenta correr atrás dos fatos. Bolsonaro manteve o ataque às medidas restritivas, sempre com o temor de que a economia retrocedesse muito e que o desemprego aumentasse. Isso é sempre fatal para um governo. Primeiro vem a crise econômica, depois agrava-se a política. Não tem muito tempo e vimos como acabou sendo fatal para o governo Dilma Rousseff. Não houve só uma questão ideológica envolvida, mas um cálculo eleitoral. A preocupação com a reeleição é a obsessão número 1 do presidente e de seus aliados mais próximos.
O presidente tem o direito de buscar fazer política. Mas sua aposta contra os adversários levou ao agravamento da tragédia sanitária com 300 mil mortos. Foi só a popularidade dele cair e o número de pessoas favoráveis à vacinação aumentar na pesquisa, que Bolsonaro mudou o discurso.Doria já venceu esta narrativa. O governador sempre bateu na tecla da vacinação e da ciência. E nesse momento, nove em cada dez pessoas vacinadas no Brasil receberam a Coronavac que foi atacada violentamente pelo presidente Bolsonaro. E mais: as famílias comemoram quando os seus mais velhos são vacinados. Muita gente na rede social agradece ao Butantan, à Ciência. A guinada no discurso do presidente – depois do jacaré e outras inacreditáveis asneiras, ele afirmou que 2021 seria o ano da vacinação no Brasil – veio somente, vejam vocês, após uma pesquisa de opinião. Mas não era o presidente que não acreditava nelas?
Diretor do Instituto Butantan fala sobre o futuro da imunização contra Covid-19 no país, da produção e dos efeitos da CoronaVac
Em entrevista a VEJA, diretor do Instituto
Butantan fala sobre o futuro da imunização no país, da produção e da
duração dos efeitos da CoronaVac, que, ao que tudo indica, são
inferiores a um ano
O esperado Programa Nacional de Imunização foi iniciado no dia 17 de janeiro de maneira tímida, contando apenas com doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Life Science em parceria com o Instituto Butantan, centro de referência brasileiro responsável pela implantação do antígeno no Brasil. Passado pouco mais do primeiro mês de imunização, mais de 80% dos imunizantes distribuídos por aqui também saíram dos portões do centro de referência paulista, fundamental para o combate do vírus a essa altura da pandemia.
Em entrevista a VEJA, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, fala sobre o andamento da vacinação no país, a possibilidade de atualização das vacinas num futuro próximo e como a instituição tem trabalhado para remediar a falta de imunizantes no Programa Nacional de Imunização. “Tudo indica que a duração da imunidade será inferior a um ano, e, portanto, a vacinação periódica será necessária”.
Como o Butantan tem se organizado para suprir a falta de vacinas no país? Estamos trabalhando no máximo da nossa capacidade de produção nesse momento e, inclusive, reprogramando a produção de outras vacinas para dar prioridade para a CoronaVac. Tudo isso para poder acelerar o quantitativo de doses. Já fizemos um primeiro esforço e, com isso, nos planejamos para entregar 22 milhões de doses no final de março, quando a previsão inicial era de pouco menos de 18 milhões. A previsão inicial de entrega foi feita dentro de um contexto que haveria outras vacinas dentro da programação do Ministério da Saúde, mas essa previsão não se confirmou. A nossa vacina é a única, atualmente, usada em grande volume no país. [IMPORTANTE:o intervalo entre a aplicação da primeira dose e aplicação da 2ª dose, no caso da CoronaVac, é no máximo de 28 dias, o que implica em para cada primeira dose aplicada, já reservar a segunda = efetivamente serão vacinadas com as duas doses necessárias, sempre metade do total de doses disponíveis. Assim,11.000.000 de vacinados para 22 milhões de doses previstas]
O Ministério da Saúde diz que em abril a quantidade de vacinas entregue mensalmente deve aumentar, o senhor acredita nessa projeção?
É o que nós esperamos, que essas previsões todas de abril sejam concretizadas. Há uma espera porque as doses não estão no Brasil, então estamos ainda trabalhando em cima da previsão. A essa altura, o Butantan terá entrado na segunda etapa de fornecimento, mas essa matéria-prima ainda não está aqui. Então, dependemos do fluxo desse material para que tudo corra dentro do previsto.
O senhor acredita que as atuais vacinas funcionarão contra variantes? O Brasil enfrenta uma segunda onda, explosiva, ainda maior que a primeira onda e mais grave por conta da presença de variantes. Ainda não há nenhum fato conclusivo dizendo que as vacinas não são eficazes, também não existe conclusão cientificamente relevante que aponte, com poder estatístico, que a ação da CoronaVac fica comprometida diante dessa variante P1, de Manaus. É preciso um número maior de vacinados para fazer esse tipo de análise.
Seria crível pensar em vacinações anuais para conter a Covid-19?
Esse é o cenário mais provável. Há um foco muito grande na questão do uso da vacina, mas pouco se fala do rumo da pandemia. Com o ritmo atual — em que a concentração de uso dos imunizantes está nos países ricos e as nações com renda média e pobres ainda não têm aplicação em massa —, é provável que teremos o vírus circulando pelo mundo ainda no ano que vem com intensidade. Observando essa evolução da pandemia já sabemos que aparecerão outras variantes e, na minha opinião, o vírus será endêmico. Com tudo isso em mente, nos resta saber qual o tempo de duração da imunização conferida pela vacina. Tudo indica que essa duração será reduzida, inferior a um ano, e, portanto, a vacinação periódica será necessária.
Estamos, então, perdendo uma janela de oportunidade para o uso das vacinas?
Essas vacinas de primeira geração são um combate inicial ao vírus. Mesmo porque a gente não conhece todas as variáveis envolvidas nesse processo. Vamos saber mais com o passar do tempo. Este será um ano de intensa luta contra o vírus, em que teremos obviamente elevado número de mortes e casos globalmente. Em grande parte do mundo, a pandemia está em franca ascensão.
Mas não adianta o Brasil se proteger sozinho? A vacinação trará conforto regional, mas como eu disse, não há vacina para todos no planeta. E não há vacinas ainda para crianças e adolescentes e outros públicos, precisamos de mais estudos. Porém, é importante lembrar, que as vacinas têm impacto no número de internações e mortes, que no fundo é o que realmente importa. Será parecido com o que acontece com a gripe, a vacina impedirá que a infecção seja grave e a mortalidade, mas a infecção seguirá existindo.
É provável que tenhamos uma CoronaVac atualizada? De acordo com o que temos visto nessa pandemia, vejo esse cenário acontecer, sim.
Ministério da Saúde afirma que teve reuniões com a empresa
desde agosto do ano passado, mas que representantes da instituição criam
barreiras para a compra de doses da vacina
O governo federal, em nota publicada pelo Ministério da Saúde, fez duras
críticas a Pfizer, empresa que desenvolveu e comercializa uma das
vacinas contra a covid-19, junto a BioNtech. De acordo com o comunicado,
a farmacêutica ofereceu uma quantidade inicial de doses consideradas
insuficientes para imunizar a população do Brasil, ao mesmo tempo em que
teria pedido que fosse isenta de eventuais atrasos na entrega.
De acordo com o Executivo, a empresa se comprometeu a
entregar dois milhões de doses da vacina no primeiro semestre. No
entanto, para firmar o contrato, teria exigido que "o Brasil renuncie à
soberania de seus ativos no exterior", além de que o país "constitua um
fundo garantidor com valores depositados em uma conta no exterior". No
texto, o governo federal confirma que realizou inúmeras reuniões com
representantes da Pfizer no Brasil desde agosto do ano passado.
No entanto, acusa os funcionários da empresa de criarem
barreiras para que o negócio seja fechado. "Os representantes da Pfizer
tentam desconstruir um trabalho de imunização que já está acontecendo
em todo o País. Criando situações constrangedoras para o Governo
Brasileiro, que não aceitarão imposições de mercado - o que também não
será aceito pelos brasileiros", destaca a nota.
Apesar dos embates, o Executivo afirma que mantém as
negociações com a Pfizer. Mas lembra quereservou uma cota de 46 milhões
de doses do Instituto Butantan e que a Fiocruz deve produzir 100
milhões de doses da vacina de Oxford no primeiro semestre e 110 milhões
no segundo. [considerando que duas doses da CoronaVac vacinam uma pessoa = 23 milhões de imunizados e uma dose da vacina de Oxford vacina uma pessoa = 100 milhões de imunizados, teremos só no primeiro semestre o mínimo de 123 milhões de imunizados = mais da metade da população do Brasil, sem a participação da Pfizer.]
Leia a íntegra da nota do Executivo:
O Governo Federal/Ministério da Saúde informa que
recebeu, sim, a carta do CEO da Pfizer, assim como reuniu-se várias
vezes com os seus representantes. Porém, apesar de todo o poder
midiático promovido pelo laboratório, as doses iniciais oferecidas ao
Brasil seriam mais uma conquista de marketing, branding e growth para a
produtora de vacina, como já vem acontecendo em outros países. Já para o
Brasil, causaria frustração em todos os brasileiros, pois teríamos, com
poucas doses, que escolher, num país continental com mais de 212
milhões de habitantes, quem seriam os eleitos a receberem a vacina.
Entretanto, não somente a frustração que a empresa
Pfizer causaria aos brasileiros, as cláusulas leoninas e abusivas que
foram estabelecidas pelo laboratório criam uma barreira de negociação e
compra. Como exemplo, citamos cinco trechos das cláusulas do
pré-contrato, que já foram amplamente divulgadas pela imprensa:
1) Que o Brasil renuncie à soberania de seus ativos
nos exterior em benefício da Pfizer como garantia de pagamento, bem
como constitua um fundo garantidor com valores depositados em uma conta
no exterior;
2) O afastamento da jurisdição e das leis
brasileiras com a instituição de convenção de arbitragem sob a égide das
leis de Nova York, nos Estados Unidos;
3) Que o primeiro e segundo lotes de vacinas seja
de 500 mil doses e o terceiro de um milhão, totalizando 2 milhões no
primeiro trimestre, com possibilidade de atraso na entrega (número
considerado insuficiente pelo Brasil);
4) que havendo atraso na entrega, não haja penalização; e
5) Que seja assinado um termo de responsabilidade
por eventuais efeitos colaterais da vacina, isentando a Pfizer de
qualquer responsabilidade civil por efeitos colaterais graves
decorrentes do uso da vacina, indefinidamente.
Após o Governo Federal ter adquirido toda a
produção inicial da vacina do Butantan (da Sinovac) - 46 milhões de
doses -, com opção de compra de mais 54 milhões, ter recebido da Índia 2
milhões de doses da Astrazeneca / Oxford, com opção de importação de
mais doses, além da produção dessa vacina pela Fiocruz de 100,4 milhões
de doses no primeiro semestre e mais 110 milhões de doses no segundo
semestre, considerando também a possibilidade de aquisição de 42,5
milhões de doses pelo mecanismo Covax Facility, representantes da Pfizer
tentam desconstruir um trabalho de imunização que já está acontecendo
em todo o País. Criando situações constrangedoras para o Governo
Brasileiro, que não aceitarão imposições de mercado - o que também não
será aceito pelos brasileiros.
Em nenhum momento, o Governo Federal, por meio do
Ministério da Saúde fechou as portas para a Pfizer. Em todas as
tratativas, aguardamos um posicionamento diferente do laboratório, que
contemple uma entrega viável e satisfatória, atendendo as estratégias do
Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, uma
ação de valores mercadológicos e aplicação jurídica justa que atenda
ambas as partes.
Além da Pfizer, com a qual o Governo Brasileiro
continua em negociação, outros laboratórios já estão em fase avançada de
negociações com o Brasil, dentro dos princípios e normas estabelecidas. Merece destaque o fato de que, além dos aspectos já
citados, é a única vacina que precisa ser armazenada e transportada
entre -70°C e -80°C, prevendo um intervalo de três semanas entre
primeira e segunda doses. Além disso, o laboratório não disponibiliza o diluente para cada dose - que ficaria a cargo do comprador.
Embora o laboratório tenha criado uma solução para a
conservação das doses durante o transporte (uma caixa de isopor
revestida por um papelão não impermeável, que nos foi apresentada ao
final de novembro, naquela oportunidade com a informação de conservação
por 15 dias) e tenha oferecido fazer a logística desde a chegada dos EUA
até o ponto designado pelo Ministério da Saúde, junto ao CONASS e
CONASEMS, a Pfizer não se responsabilizaria pela substituição do refil
de gelo seco - que deverá ser reposto a cada cinco dias (informaram que a
conservação seria de 30 dias no mês de dezembro). Nos contatos de
agosto, setembro e outubro, não havia ainda nos sido apresentada a
alternativa da caixa térmica.
Além disso, a Pfizer ainda não apresentou sequer a
minuta do seu contrato - conforme solicitado em oportunidades anteriores
e, em particular na reunião ocorrida na manhã de 19 de janeiro – e
tampouco tem uma data de previsão de protocolo da solicitação de
autorização para uso emergencial ou mesmo o registro junto à Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Parece que o governador João Doria fez muito barulho por nada, assim
como, a peça de Shakespeare.
Ele fez uma tremenda propaganda para ser o
pioneiro, o capitão da vacina.
Ele criou uma expectativa e não pode
cumprir.
Mas agora não tem insumos suficientes para vacinar a quantidade
estimada para a primeira fase. Doria afirmou que o governo federal
precisa comprar os insumos, mas a negociação de compra não envolveu a
União.
Bandeiras do Brasil e China: país asiático é principal parceiro comercial - Foto: Alan Santos/PR
O governador fez questão de negociar direito com a Sinovac. Ele e o diretor do Instituto Butantan estiveram em Wuhan em agosto de 2020 para negociar a aquisição dos imunizantes. Antes só estava nas mãos dele, agora ele quer jogar a responsabilidade para o governo federal.
A peça publicitária de São Paulo – que está muito boa – destaca “se a vacina é do Butantã, pode confiar. É de São Paulo. É do Brasil”. Em momento algum é citado que o imunizante foi feito em parceria com a Sinovac, nem cita a China. Será que o país asiático não ficou desgostoso com isso? Vai que o governo chinês pensou “se a vacina é de São Paulo e do Brasil, eles que esperem''.
As relações entre Brasil e China são excelentes Rodrigo Maia, um opositor do governo, conversou com a embaixada chinesa. Ele afirmou que o motivo não foi político e sim para tratar sobre a compra de insumos da vacina para o Brasil. As relações entre Brasil e China são excelentes. O país é o nosso principal parceiro comercial. Os industriais brasileiros até se queixam da quantidade de produtos manufaturados no país asiático, desde automóveis até quinquilharias. E a China é o nosso maior comprador de soja, carne, minério de ferro e matérias primas afins.
Ou seja, as relações entre os países não é a questão. Países europeus e a Índia também estão esperando a importação do insumo, que é o ativo da vacina. Para comparação, o insumo seria o xarope da Coca Cola. Todas as fábricas produzem o refrigerante, mas o xarope é produzido na matriz.
Como o contrato com a AstraZeneca não permite transferência de tecnologia, é preciso importar o produto – a farmacêutica tem fábrica na China. E todos estão esperando para comprar porque a demanda está alta. Só na Índia são cerca de 300 milhões de pessoas a serem vacinadas nesta primeira etapa. Sem contar o fato do país ter se comprometido a vender o imunizante prioritariamente para os países vizinhos, como, Butão, Nepal e Sri Lanka.
O lado bom da demora em vacinar a população é que temos tempo para observar os efeitos colaterais do medicamento.
Já há indícios de problema na Noruega decorrente dos efeitos colaterais do imunizante da Pfizer.
Esse tempo de observação permite que tomemos a decisão de tomar ou não a vacina.
Brasil e EUA têm aliança tradicional Jair Bolsonaro não foi a Washington para a posse de Joe Biden, em vez disso, o presidente foi ao evento de 80 anos da aeronáutica. [se tratando da posse de um presidente que ameaçou o Brasil, a carta foi até um exagero.] Mas, enviou uma carta ao nosso presidente estadunidense desejando que o tempo de governo seja bom.
Eu digo com experiência que as relações entre Brasil e EUA não vão mudar porque essa é uma aliança tradicional. Quando Biden falou sobre a Amazônia, foram ameaças de campanha. A amizade e proximidade de Trump e Bolsonaro não causou nenhuma diferença entre os países. Nós já tivemos situações piores. Na década de 1970, época em que Ernesto Geisel estava no poder, as relações foram rompidas depois de o governo dos Estados Unidos discordar de um acordo nuclear Brasil-Alemanha.
Mas depois tudo voltou ao normal. Há uma estabilidade na parceria com o Brasil porque, apesar da alternância de poder entre Republicanos e Democratas, os interesses dos EUA estão acima de partido. [posição que o Brasil deve adotar urgentemente = e o começo precisa ser pela dispensa sumária do Ernesto Araújo.]