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sexta-feira, 17 de março de 2023

O mais obsceno faroeste à brasileira - Revista Oeste

Augusto Nunes

Vilões se fantasiam de xerifes e tentam provar que os mocinhos é que são bandidos

 Ex-presos na Operação Lava Jato | Foto: Montagem Revista Oeste/Wikimedia Commons

Ex-presos na Operação Lava Jato -  Foto: Montagem Revista Oeste/Wikimedia Commons 

Na maior parte do filme, era dura a vida de herói do velho faroeste americano. Com uma estrela no peito, um coldre duplo abrigando armas de grosso calibre e um assistente bem menos destemido que o chefe, cabia ao xerife enfrentar o bando fora da lei que aterrorizava o lugarejo. Os moradores paralisados pelo medo permaneciam mudos até o desfecho da luta desigual. Em contrapartida, a molecada na plateia da matinê de domingo tomava partido aos berros já no primeiro tiroteio que ensanguentava a tela do Cine São Pedro. Sempre com o destemor confiante de quem sabia que, por mais desigual que fosse o combate, o Bem venceria o Mal. 

No fim do filme, o mocinho invariavelmente triunfava, e os vilões que conseguiam escapar da cova eram condenados a passar o resto da vida numa cela. Era até pouco para tantos e tão torpes pecados cometidos entre a apresentação do elenco e o the end em letras graúdas. A quadrilha tratara a socos, pontapés, facadas e tiros a Justiça, a ética, a moral e os bons costumes, fora o resto. Assaltos a bancos ou trens pagadores, trocas de chumbo no saloon, execuções brutais, assassinatos a sangue frio, emboscadas perversas — não havia limites para repertório criminoso. O consolo era a certeza do final feliz para os respeitadores da lei. E assim foi até o surgimento do faroeste à brasileira.  

No faroeste à brasileira os vilões começam perdendo a briga, recuperam-se na metade do duelo e vencem no final

Até agora, eram três as diferenças essenciais entre o modelo original e a deformação parida pela Era Lula. Primeira: no faroeste à brasileira, a trama não é fruto de ficção; as coisas acontecem no mundo real. Segunda: o elenco é formado não por atores profissionais, mas por gente que, sem nenhuma experiência cinematográfica, esbanja talento no papel de ladrão disfarçado de senador, empreiteiro podre de rico, dirigente de partido político, doleiro analfabeto, ministro poliglota, empresário grávido de gratidão pelos favores prestados por figurões dos Três Poderes, diretor de estatal, até mesmo presidente da República. Terceira: os vilões começam perdendo a briga, recuperam-se na metade do duelo e vencem no final.  

O maior e mais sórdido faroeste à brasileira, inspirado na saga da Operação Lava Jato, fez mais que respeitar exemplarmente esses três diferenciais. O final feliz parecia ter chegado com a libertação do chefe do bando, determinada pelos juízes da capital, e sua transferência da cadeia em Curitiba para o Palácio do Planalto.  
Mas os produtores da obra resolveram prolongá-la com outra bofetada no rosto do Brasil que pensa, debochar ao país que presta e obrigar a plateia a engolir o avesso dos fatos: os verdadeiros vilões são os que se fantasiaram de xerifeSergio Moro, por exemplo. Portanto, os mocinhos são os quadrilheiros injustiçados pela Lava Jato caso de Sérgio Cabral.  

Quem vê as coisas como as coisas são concorda com o parecer emitido pelo Gilmar Mendes modelo 2015. “A Lava Jato estragou tudo”, constatou o ministro do Supremo Tribunal Federal em setembro daquele ano, quando os homens da lei avançavam nas investigações do Petrolão, o maior esquema corrupto da história. “Evidente que a Lava Jato não estava nos planos do PT”, foi em frente. “O plano parecia perfeito, mas esqueceram de combinar com os russos.”  Como outros milhões de profissionais da esperança, também o ministro parecia acreditar que, finalmente, a lei passara a valer para todos, até para a bandidagem da classe executiva. Sem o aparecimento dos juízes e procuradores federais baseados em Curitiba (os “russos”), o PT poderia materializar o sonho da eternização no poder.  

Eduardo Fernando Appio, novo juiz federal da Lava Jato - 
 Foto: Divulgação JF-PR
De acordo com Gilmar, a mais efetiva operação anticorrupção desde a chegada das primeiras caravelas “provou que foi instalada no Brasil uma cleptocracia” (Estado governado por ladrões, avisa o dicionário). Com os bilhões desviados da Petrobras, calculou o ministro, “o PT tem dinheiro suficiente para disputar eleições até 2038”. 
Faltam 15 anos e quatro eleições presidenciais. Lula já confessou que está pronto para disputar a próxima. Se tiver sucesso, será o primeiro octogenário a chefiar o governo federal. Tal hipótese é improvável. Mas já não há “russos” no caminho. Nem ministros do STF capazes de ao menos admitir que a Lava Jato foi condenada à morte não por eventuais defeitos e erros, mas pelas virtudes. A troca de mensagens entre seus integrantes apenas comprovou que um grupo de profissionais do Judiciário e do Ministério Público vibrava com a iminente erradicação da espécie de brasileiro que se julga condenado à perpétua impunidade. 

Abatida por decisões sem pé nem cabeça do STF, que transformaram gatunos em perseguidos políticos e homens decentes em perseguidores cruéis, a operação que condenou dezenas de figurões sem ter castigado um único inocente respirava por instrumentos quando foi enterrada em cova rasa pela escolha do novo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba: Eduardo Fernando Appio, que durante a campanha eleitoral assinou documentos com o codinome “LUL22”, doou R$ 13 à campanha do ex-presidente e agora anda redigindo em juridiquês de napoleão de hospício decisões ditadas por uma cabeça em combustão. Uma delas homenageou Sérgio Cabral — o último preso da Lava Jato até ser dispensado pelo Supremo, em fevereiro, de cumprir a condenação a mais de 400 anos de cadeia. Appio autorizou o Marcola da ladroagem vip a passear pelo país por até oito dias. Sem tornozeleira.  
 
O ex-governador do Rio retribuiu a gentileza com duas longas entrevistas em que atribuiu seu calvário à imaginação da extrema direita, deu conselhos a Lula, jurou que a mão de Deus o livrou do vício de roubar e, na vã tentativa de chorar, acabou inventando o pranto convulsivo sem lágrimas. 
Appio animou-se com a ideia de instalar o senador Sergio Moro e o deputado federal Deltan Dallagnol na cela desocupada por Sérgio Cabral. Responsabilizou o ex-juiz da Lava Jato e o ex-chefe da força-tarefa de procuradores “pela tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro”. (Acossado por vírgulas bêbadas, pronomes sem rumo, colisões frontais entre sujeito e verbo, menções bajulatórias a Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, fora o resto, o palavrório que desembarcou na internet deveria ser distribuído entre os jovens que vão enfrentar a prova de Redação do Enem. Com uma advertência indispensável: é assim que não se deve escrever.)  

Acusado de “golpista” por um juiz devoto de Lula, Moro toparia com um pregador da mesma seita ao estrear na tribuna do Senado.  
O sergipano Rogério Carvalho interrompeu o discurso para debitar na conta do orador também a corrupção endêmica. Isso mesmo: um parlamentar a serviço da cleptocracia denunciada por Gilmar Mendes garante, sem ficar ruborizado, que a roubalheira do Petrolão foi coisa do juiz que engaiolou os larápios. 
O consórcio da imprensa tratou todos esses fatos como se não tivesse acontecido nada de mais. 
E manteve escondida no porão dos assuntos inconvenientes a multidão de inocentes que, por determinação de um único e escasso doutor, segue encarcerada em Brasília ou interditada por tornozeleiras eletrônicas
Não há limites para o cinismo no grande clube dos cafajestes cujo estandarte a brisa do Brasil beija e balança. 

Leia também “A alma penada apita na curva”  

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Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste


terça-feira, 3 de abril de 2018

STF redige epitáfio da Era ao decidir o caso Lula e pode abrir Caixa de Pandora das prisões



‘STF pode abrir a Caixa de Pandora das prisões’



Ailton Benedito de Souza, chefe da Procuradoria da República em Goiás, afirmou: “O Supremo Tribunal Federal abrirá a Caixa de Pandora das cadeias se revisar a jurisprudência que vigora desde 2016 sobre a prisão de condenados em segunda instância.” A revisão será esboçada se a Suprema Corte deferir, nesta quarta-feira, o pedido de Lula para não ser preso. Nessa hipótese, declarou o procurador, “a caixa será aberta sem que ninguém tenha prestado atenção sobre os males que estão lá dentro e sobre as consequências de uma liberação feita de afogadilho.”

Ailton de Souza disse quehá de tudo na Caixa de Pandora das prisões: corremos o risco de ter que soltar criminosos de alta periculosidade, envolvidos em corrupção, assassinato, roubo, latrocínio, estupro e toda sorte de crimes. É gente que cumpre pena depois de condenação na segunda instância e, por isonomia, pode ganhar a liberdade por conta de uma mudança de entendimento do Supremo.”

Ailton de Souza participou do grupo que coordenou a elaboração de manifesto em defesa da manutenção da regra sobre prisão. Concluído na quarta-feira da semana passada, o documento foi subscrito por mais de 5 mil procuradores, promotores e juízes de todo o país em cinco dias. O texto foi entregue na Suprema Corte nesta segunda-feira.


STF redige epitáfio da Era ao decidir o caso Lula



Quando a posteridade puder falar sobre esta semana com o distanciamento e a isenção que só o passar do tempo propicia, talvez chame o julgamento do Supremo sobre a prisão de Lula de “epitáfio de uma época”. 

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui


quarta-feira, 15 de junho de 2016

‘Quem vai pular no túmulo?’



Cunha conseguiu construir ampla bancada de deputados leais, mas até para quem lhe deve muito há limites

Em Brasília existe uma máxima sobre os limites da lealdade política que diz que os verdadeiros aliados acompanham o caixão até a cova, mas não pulam no túmulo. É exatamente esse o drama que Eduardo Cunha enfrentará a partir de agora. Por motivos diversos, o presidente afastado da Câmara conseguiu ao longo dos últimos anos construir uma ampla bancada com dezenas de deputados que lhe são leais. Mas até para quem lhe deve muito há limites.

A atitude de Wladimir Costa é a que melhor simboliza tal lógica. Poucos minutos antes do voto de Tia Eron, Costa se inscreveu para falar em defesa de Cunha e foi categórico: “Só queremos saber se ele mentiu, e as provas são cabais de que ele não mentiu”. Bastou Tia Eron tornar inevitável o prosseguimento do processo de cassação para Costa dizer que também defenderia a perda de mandato do peemedebista. Quando os processos de cassação ainda eram votados de forma secreta no plenário, a Câmara conseguiu absolver o deputado Natan Donadon, já preso na Papuda. Mas depois que a votação passou a ser aberta ninguém mais escapou da vontade popular.

Quando foi denunciado ao Conselho, Cunha falava a diversos interlocutores que protelaria seu caso indefinidamente e ninguém conseguiria cassá-lo. De fato fez seu processo bater recordes de postergação e deve continuar tentando fazê-lo nas próximas semanas na Comissão de Constituição e Justiça. Mas agora, diante do pedido de cassação aprovado, é difícil acreditar que muitos deputados continuem segurando a alça de seu caixão.

Fonte: Análise – Paulo Celso Pereira – O Globo


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Estado Islâmico obriga prisioneiro a cavar a própria cova antes de ser decapitado

Grupo divulgou vídeo com as imagens da execução na internet 

Prisioneiro é obrigado a cavar a própria cova antes de ser decapitado por um membro do EI Reprodução/dailymail.co.uk
 
Radicais do EI (Estado Islâmico) voltaram a chocar o mundo após divulgar imagens de um prisioneiro sendo obrigado a cavar a própria cova antes de ser decapitado. O homem havia sido acusado de ser um espião sírio, segundo informações divulgadas pelo jornal britânico Daily Mail nesta quinta-feira (28).

As imagens de um vídeo mostram o homem vestindo o tradicional uniforme laranja de prisioneiros do grupo. Ele foi obrigada a admitir em frente à câmera que era morador de uma cidade no centro da Síria e descrever seu trabalho como o de um espião.

Identificado como Ziad Abdel’al Abu Tarek, o prisioneiro diz que o EI o caçou porque ele teria matado um homem. No entanto, não fica clara qual a ligação deste homem com o grupo.
O vídeo continua com Tarek ajoelhado em frente à cova. As imagens são cortadas neste momento e, em seguida, o prisioneiro já aparece decapitado.

Não se sabe ao certo onde as imagens foram feitas, mas acredita-se que tenha sido em uma região desértica na Síria.

Fonte: R 7

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O PT esgotou-se de tanto mentir. Não tem mais condições para governar o país.

O caos político
Se as manifestações do domingo vindouro forem da envergadura com que estão previstas, Dilma Rousseff terá que sair do poder.
O dia de ontem mostrou o tamanho do desastre da desarticulação política da presidente Dilma Rousseff. Sua inabilidade e falta de realismo levou-a a um beco sem saída. Para piorar, está colhendo os frutos dos graves erros de decisão que tomou desde que a campanha eleitoral foi encerrada, refletidos nos índices de preços e da produção. A irritação dos brasileiros com seu governo está expressa nas elevadíssimas taxas de rejeição que ela sofre, as maiores desde que são medidas.

A coincidência da elevação dos índices de preços com a impopularidade não é ao acaso. Dilma Rousseff errou profundamente ao fazer realinhamento de preços do setor elétrico. Não é possível imaginar que houvesse um descompasso de 50% nos preços e a decisão ficou parecendo como a uma maneira de extorquir os contribuintes com mais impostos indiretos. Ocorre que a conta de luz é democrática e chega a cada um dos lares. Ninguém se esquecerá facilmente desse tarifaço. Parece óbvio que o mais sensato teria sido um reajuste paulatino, sem tentativa de arrecadar mais com os preços de monopólio.

Essa decisão, ao lado das eloquentes revelações dos processos do petrolão, é os dois ingredientes decisivos na derrocada da popularidade de Dilma Rousseff. Já a relação deteriorada com o Congresso Nacional se deve a um fator exógeno ao PT: a vitória parlamentar do PMDB nas últimas eleições, que foi feita às custas do PT. E também porque o Congresso se deu conta do regime semi parlamentarista em vigor, tendo passado a exercer seus plenos poderes constitucionais. O Executivo fragilizou-se imediatamente. Ainda ontem a presidente parece ter abdicado da palavra final das coisas do Governo ao conceder a Michel Temer que a Casa Civil não terá a palavra final sobre os acordos políticos. O ministro deveria se demitir depois dessa.

Há ainda um outro fator determinando a queda da popularidade: o preço dos combustíveis. Toda gente sabe que a cotação do petróleo no mercado internacional caiu à metade, enquanto que a Petrobras, surrupiada pelo PT, pratica os maiores preços do planeta, absorvendo margem desproporcional. O fato está refletido nos índices de preços e nas pesquisas de opinião. Podemos dizer: o povo não é bobo.

O governo de Dilma Rousseff, enquanto proposta articulada para o país, acabou ontem, com a abdicação de seu poder sobre as decisões políticas. Michel Temer virou uma espécie de regente, à espera do desenlace final de um eventual processo de impeachment. A história ensina que um governo não sobrevive sem o apoio de seu próprio povo. As manifestações do próximo dia 12 de abril deverão servir de marco no rumo de uma eventual transição de poder. 

O PT esgotou-se de tanto mentir. A propaganda eleitoral de Dilma Rousseff, dizendo que não haveria ajuste fiscal para, em seguida, fazê-lo corroeu as bases da legitimidade do poder. Foi uma traição direta aos seus eleitores. Um desastre de comunicação dessa envergadura só pode ocorrer se se achar que as pessoas não perceberiam o abismo entre a prática e o discurso de véspera. O povo não é bobo, não.

Agora é esperar os próximos passos. Se as manifestações do domingo vindouro forem da envergadura com que estão previstas, Dilma Rousseff terá que sair do poder, por bem ou por mal. Até porque as manifestações não serão esgotadas no domingo. Outras virão, agora provavelmente em meio dos sintomas mais tenebrosos da crise econômica, a começar pela elevação da inflação e do desemprego. O PT perdeu qualquer legitimidade com suas mentiras.

Quem viver verá.





                                      Vídeo: Impeachment ou caos
A sucessão de infortúnios políticos da presidente Dilma Rousseff e do PT, nesta semana, tem sido contundente. O PT é um náufrago em alto mar, que não tem onde se agarrar. Viu-se na recusa do Eliseu Padilha em assumir a coordenação política; viu-se na nomeação de Michel Temer como coordenador; viu-se ainda, na humilhante condição imposta pelo vice-presidente para aceitar o cargo: que a Casa Civil não terá a palavra final sobre os acordos feitos. O governo do PT acabou hoje. Agora é um cadáver insepulto à espera da cova.

Por: Nivaldo Cordeiro -   http://nivaldocordeiro.net/