Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador papelão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador papelão. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Brasil pouco ganhou com a participação de Lula no G7 [só perdeu - Zelenski gozou a cara do presidente petista.]

Sem sentido: Lula vai ao Japão defender Argentina e fugir de Zelensky

Uma política externa que acumula erros amadores e desnecessários, mesmo considerando-se que o Brasil tem que se equilibrar na questão da guerra

O que o Brasil ganhou com a participação do presidente Lula da Silva como um dos convidados da cúpula do G7

É triste ter que responder que absolutamente nada. Ou talvez uma comprovação, a nível mundial, de que está tudo errado. Até o New York Times, tão pró-Lula que publicou um editorial dizendo que o “futuro do mundo” dependia da eleição presidencial brasileira do ano passado, teve um ataque de sinceridade e o chamou de “aliado próximo” da Rússia.

Mesmo pelos padrões de comprometimento moral e político criados pelo apoio implícito da política externa brasileira à Rússia — revelado, mais uma vez, nas críticas plantadas na imprensa à “narrativa ucraniana”, como se invasão e atrocidades múltiplas fossem fruto de imaginação —, foi um fiasco.

Tentar culpar Volodymyr Zelensky pela reunião que não houve, acusá-lo de fazer “uma proposta de rendição” da Rússia — imaginem um sindicalista que não sabe que quaisquer discussões começam com exigências lá em cima — e dizer que ficou “chateado foram atitudes infantis que não esconderam o verdadeiro ânimo do presidente e da diplomacia brasileira no momento.

E como entender a campanha intensiva que ele tem feito em favor, não da Argentina, mas de seu amigo Alberto Fernández?

A gratidão de Lula ao presidente argentino, que o visitou na época da prisão, é um sentimento compreensível, mas não justifica a falta de noção de usar o palanque global para defender a seguinte posição: “O endividamento externo de muitos países, que vitimou o Brasil no passado e hoje assola a Argentina, é causa de desigualdade gritante e crescente, e requer do Fundo Monetário Internacional um tratamento que considere as consequências sociais das políticas de ajuste”.

Tradução: a Argentina não tem culpa nenhuma pelas alucinadas políticas baseadas nas bondades no Estado indutor, defendido pelo presidente no mesmo discurso, e na multiplicação dos benefícios criados pela escola de expectativas irracionais
A dívida  descontrolada, acompanhada pelo trágico empobrecimento da população, foi culpa do malvado FMI. Os sucessivos governos argentinos, coitadinhos, não têm nada a ver com isso.

É necessário reconhecer que o Brasil, sob qualquer governo, tem uma posição obrigatoriamente complexa em relação à guerra da Ucrânia. O imperativo moral é claro, mas os interesses pragmáticos, incluindo a dependência dos fertilizantes russos, não podem ser desprezados.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, está numa situação mais dependente ainda: o petróleo russo, mais barato por causa do boicote europeu, é um dos combustíveis, literalmente, do crescimento acelerado da economia que ele promove.

O que fez Modi? Primeiro, não fugiu da raia. Aceitou a proposta de um encontro bilateral com Zelensky — mesmo com o ucraniano fazendo cara de tempo fechado. E abriu o encontro com um discurso  eloquente, lembrando como os estudantes indianos que fugiram da Ucrânia no início da guerra descreveram a dor e o sofrimento do país invadido. Individualizou a questão, mostrou compaixão e não reclamou da pressão “descabida” por um encontro — o ridículo adjetivo inventado pelo Itamaraty para justificar por que Lula amarelou.  
Modi mudou de posição? Não. Fez papelão? Não.

Diplomatas e assessores do presidente, aparentemente embriagados pelo slogan autoelogioso “o Brasil voltou”, não perceberam que os Estados Unidos e aliados, ao convidarem países como o Brasil e a Índia, queriam criar um ambiente propício a posições mais sensíveis sobre a Ucrânia. Não era preciso necessariamente dar uma grande guinada, apenas aqueles gestos que fazem parte do balé da diplomacia.

Lula estava mais preocupado com a Argentina, a ponto de “achar” espaço na agenda para interceder, de novo, em favor do vizinho num encontro com a diretora do FMI, Kristalina Georgieva. Diante do desastre de imagem que foi a rejeição a Zelensky, o entorno saiu plantando que Lula havia colocado horários disponíveis para “receber” o presidente ucraniano e não foi correspondido. Alguém acreditou? 

Mestre do jogo de cintura e da política de contato físico, Lula muito provavelmente se sairia bem e tomaria a iniciativa de partir para o abraço — a técnica de inteligência emocional que Zelensky usa com governantes de quem se sente mais próximo, como o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, um substituto sem graça de Boris Johnson, com quem o ucraniano tinha uma intimidade de contar piadas de caserna.

Lula foi mal orientado ou tomou a iniciativa de vetar o encontro bilateral? Em qualquer hipótese, saiu perdendo.

As atenções mundiais se focam onde quer que Zelensky esteja, mas no Japão os holofotes foram maiores por causa dos dramáticos acontecimentos dos últimos dias. Primeiro, os Estados Unidos liberaram aliados europeus para ceder caças F16 à Ucrânia, o objetivo de todos os esforços diplomáticos de Zelensky nos últimos meses. Holanda e Dinamarca já prometeram 45 aviões.

Logo em seguida, e provavelmente para disputar o foco com o ucraniano no Japão, o chefe mercenário russo Ievgueni Prigozhin anunciou a tomada definitiva de Bakhmut. Ainda há focos de resistência, mas a sorte parece selada. Pelo menos Vladimir Putin acredita nisso: elogiou o Grupo Wagner pela conquista, “com apoio da artilharia e da aviação da frente sul” — um acréscimo necessário, considerando-se como Prigozhin tem sapateado na cabeça dos comandantes convencionais.

Militarmente, a queda da cidade quase 100% destruída não tem relevância vital. Sua importância é mais simbólica. Por que tantas vidas ucranianas foram sacrificadas para defender um lugar que não muda o rumo da guerra, contrariando os conselhos dos Estados Unidos?

Essa foi uma posição unânime dos comandantes militares — são eles que decidem questões assim, deixando a Zelensky o papel de trabalhar diplomaticamente pela propagação da causa ucraniana e pelo fornecimento de armamentos — um papel que cumpre muito bem, tendo voltado de Hiroshima coberto de promessas de apoio inquebrantável e mais dinheiro para a defesa do país.

Aviso a quem já se meteu até a colocar a Crimeia num acordo de “paz”: o povo está do lado da resistência — 85% dos ucranianos são contra concessões territoriais “mesmo que por causa disso a guerra dure mais”.

A rejeição inclui 89% da população que fala ucraniano e 76% dos que falam russo (como Zelensky: o presidente precisou aprimorar o ucraniano, que só falava fluentemente, antes da guerra, quando não estava sob tensão, segundo contou sua mulher). Até os “russos” ficam contra a Rússia quando veem o que ela faz.

“Não tem mais um único soldado ucraniano em Bakhmut, pois paramos de fazer prisioneiros”, jactou-se Prigozhin. “O que tem é um grande número de corpos de ucranianos”.

Assumir publicamente crimes de guerra teria sido uma adesão à “narrativa ucraniana”?

Vilma Gryzinski, colunista - Mundialista - VEJA

 


 


sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

A revelação do eucalipto - Revista Oeste

Evaristo de Miranda

Poucos consumidores sabem da presença de celulose de eucalipto em sorvetes, biscoitos, hambúrgueres, queijos, ketchup e sopas

Vista aérea de uma floresta de eucalipto no Brasil -  Foto: Paulo Vilela/Shutterstock 

Todo dia comemos e consumimos eucalipto. E ninguém se dá conta. O eucalipto reina entre as árvores cultivadas no Brasil. São mais de 5,5 milhões de hectares de eucalipto, de um total de cerca de 9 milhões de hectares de florestas plantadas, segundo a Indústria Brasileira de Árvores. A produtividade média de 39 metros cúbicos por hectare por ano (m³/ha/ano) do eucalipto brasileiro é cerca de duas vezes superior à das florestas do Chile e da África do Sul. Ela supera em três vezes a de Portugal e Espanha e em quase dez vezes a produtividade de Suécia e Finlândia.  
As florestas de eucalipto atendem à demanda por lenha, carvão, madeira e, sobretudo, celulose. 
Entre as aplicações da celulose, a produção de papel e papelão são as maiores e mais conhecidas. Não é só. As florestas de eucalipto participam da alimentação, do vestuário, do conforto do lar e até dos cuidados de saúde de todos os brasileiros.

A palavra eucalipto foi criada por um botânico francês, Charles Louis L’Héritier de Brutelle, em 1788. Ela se compõe do prefixo grego eu (bem, bom, agradável, verdadeiro) e de κάλυπτο, kályptos (coberto). Esse gênero botânico foi denominado assim pela característica de sua inflorescência. Nela, o limbo do cálice se mantém fechado, até depois da floração. Vale relacionar o significado de eucalipto (eu kaliptos) com apocalipse (apo kalipse), apo significando ação contrária ao coberto e, portanto, revelação.

O prefixo eu prolifera entre plantas e humanos, em palavras como Eugenia (bem gerada, nascida), Eunice (boa vitória), Eustáquio (boa espiga, bom fruto), Eulália (boa fala), Eusébio (bem venera — Deus), Euterpe (boa alegria, doçura), eufórbia (bom alimento), euforia (bem suportar), eutanásia (boa morte) e eutrofia (bom crescimento, até demais). E transforma-se em ev, em evangelho (bom anúncio, boa-nova) ou Evaristo (bom grado, muito amado).

Os eucaliptos são originários da Austrália e pertencem à generosa família das mirtáceas, com cerca de 3.000 espécies, dentre as quais: goiaba, araçá, cravo-da-índia, jaboticaba, jambo, pitanga, murta, uvaia, grumixama, guabiroba, camu-camu, cambuci, cambuí, cambucá e muitas outras.

Além da madeira, da lenha e do carvão, um produto excepcional extraído do eucalipto é a chamada polpa de celulose solúvel (dissolving pulp). Trata-se de um material com alto teor de celulose (> 92%-97%) quando comparado ao teor encontrado nas polpas kraft convencionais (85%-90%), destinadas à produção de papel e papelão. A polpa de celulose solúvel tem alta pureza e baixo nível de contaminantes inorgânicos. Dada sua alvura e viscosidade, ela pode ser aplicada nos mais diversos produtos, sobretudo em alimentação, saúde e cosmética.

Ela entra na produção de tripa de celulose para confecção de embutidos (salsichas, linguiças, mortadelas etc.). A celulose solúvel é um excelente estabilizante, emulsificante e espessante, capaz de integrar grande número de alimentos industrializados e processados, como sorvetes, iogurtes, biscoitos, doces, hambúrgueres, queijos, molhos, ketchup e sopas. Poucos consumidores sabem da presença celulose de eucalipto nesses produtos.

Além dos alimentos, a celulose solúvel entra na composição do revestimento de comprimidos e cápsulas de medicamentos, das pastas de dente e em formulações odontológicas (gel dental e soluções orais). Na indústria de cosméticos, há derivados da celulose utilizados para a confecção de gel, um veículo excelente para diversos princípios ativos dermatológicos e terapêuticos, e em diversos produtos de higiene pessoal, maquiagem, cremes cosméticos, fraldas e até em preservativos.

A celulose participa também na composição dos filtros de cigarros, nas lentes de contato, máscaras e tecidos cirúrgicos e até em telas de LCD. Em tudo isso há eucalipto. O processamento dos eucaliptos permite a produção de outros insumos para fabricar vernizes, esmaltes, tintas, óleos essenciais, celofane, filamentos para pneus, filmes fotográficos etc. Na construção civil, a celulose é utilizada na confecção de painéis e divisórias de ambiente (dry wall). No setor energético e petroquímico, a celulose é usada na produção de bioprodutos e biocombustíveis, inclusive o etanol celulósico.

A introdução do eucalipto no Brasil e seu plantio em escala comercial se devem ao agrônomo paulista Edmundo Navarro de Andrade (1881-1941), um plantador de florestas. Ele estudou na Escola Nacional de Agricultura, em Portugal. Ao retornar ao Brasil, em 1904, foi contratado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Sua missão era encontrar a melhor espécie florestal para reflorestar áreas desmatadas na construção das ferrovias, para fornecer madeira para dormentes e carvão às locomotivas.

Em 1914, Edmundo Navarro buscou na Austrália 144 espécies de eucalipto e testou sua aclimatação. Das espécies trazidas, 64 se adaptaram muito bem ao clima do país. Navarro criou 18 hortos florestais ao longo das ferrovias. Neles, estudou 95 espécies florestais, até confirmar sua escolha pelo eucalipto.

Navarro instalou a sede do Serviço Florestal em Rio Claro. Publicou mais de dez obras sobre suas viagens e o eucalipto, incluindo o livro Cultura do Eucalipto. Ele também foi pioneiro na utilização do eucalipto para produção de papel e papelão. Em 1925, viajou aos Estados Unidos para conhecer a fabricação de papel a partir da madeira. E levou para serem testadas algumas toras de eucalipto. Os testes foram satisfatórios, e o eucalipto serviu à produção de quatro tipos de papel.

A produção florestal total do Brasil aproxima-se de 200 milhões de m³/ano, uma liderança mundial

Navarro foi secretário da Agricultura do Estado de São Paulo de 1930 a 1931. Criou o Museu do Eucalipto, o único do gênero no mundo. O Horto Florestal de Rio Claro, onde fica o museu, leva o nome do pesquisador. São 2.230 hectares abertos à visitação, com acesso às trilhas e ao Solar Navarro de Andrade, residência do pesquisador, tombada pelo patrimônio histórico.

Vista da entrada do Museu do Eucalipto | Foto: Divulgação

Vista da entrada do Museu do Eucalipto | Foto: Divulgação

Em 1941, ano da morte de Navarro, quase 100 milhões de eucaliptos, de espécies diferentes, cresciam nos hortos florestais ao longo das ferrovias. A sorte estava lançada. As décadas de 1960 e 1970 foram marcadas pelo crescimento da produção de celulose no mercado brasileiro graças à incorporação constante de inovações tecnológicas na produção florestal e nos processos industriais. Nas décadas de 1980 e 1990, houve grande expansão das áreas cultivadas com eucaliptos.

A produção florestal total do Brasil aproxima-se de 200 milhões de m³/ano, uma liderança mundial. Desse total, cerca de 70 milhões de m³/ano são de florestas energéticas: 53 milhões de m³/ano em lenha industrial (presentes também em padarias e pizzarias, para a glória da gastronomia) e cerca de 17 milhões de m³/ano em carvão. A produção de carvão vegetal de eucalipto posiciona o Brasil como principal produtor no mundo (12%). Ele substitui insumos de origem fóssil (carvão mineral) e diminui a emissão de gases de efeito estufa na siderurgia. A maioria das 180 unidades de ferro-gusa, ferro liga e aço no Brasil utiliza carvão vegetal no processo de produção.

Em 2020, a indústria florestal produziu 10 milhões de metros cúbicos de madeira serrada. O crescimento da produção de celulose é constante. Em 2020, o Brasil produziu cerca de 21 milhões de toneladas de celulose, alta de 6,4% em relação a 2019. No último trimestre de 2021, foram 4 milhões de toneladas exportadas, avanço de 12,7% no comparativo anual. As exportações em 2020 totalizaram 15,6 milhões de toneladas, alta de 6,1% em relação a 2019.

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores, mais de 75% das exportações do Brasil vão para dez principais destinos. A China está no topo, com 48,1% do total (US$ 2,9 bilhões), seguida por União Europeia (12,6%), Estados Unidos (5%), Turquia (2%), Tailândia (1,9%), Coreia do Sul (1,7%), Irã (1,7%), México (1,7%), Vietnã (1,6%) e Bangladesh (1,5%). Além dos US$ 6 bilhões alcançados em exportações de celulose, os produtos da indústria de base florestal embarcaram US$ 1,7 bilhão em papéis e US$ 276 milhões em painéis de madeira no ano de 2020.

[a leitura da presente matéria mostra a importância do agronegócio para o Brasil e da dependência do mundo aos produtos brasileiros, especialmente da agricultura e pecuária.
Os interesses estrangeiros em atrapalhar o crescimento do Brasil e do agronegócio é de tal ordem que muitas ONGs alienígenas, sebosas, movidas por interesses escusos,  compram maus brasileiros, que se dizem especialistas ambientais - ou como tal são apresentados - quando não passam de especialistas de m... ,  (há raras exceções)... ,  para criticarem o fantástico desenvolvimento do Brasil em tão importante campo.] 

São mais de mil municípios na área da indústria florestal. A receita bruta total do setor foi de R$ 97,4 bilhões em 2019 e representa 1,2% do PIB brasileiro. Graças ao eucalipto, a celulose é, de longe, a fibra vegetal mais produzida e consumida no país. Desde os tempos de Navarro, os críticos do eucalipto, em geral, não têm ideia da sua real dimensão na economia e na vida dos brasileiros. Bom apetite!

Leia também “A fibra da agricultura”

Evaristo de Miranda, colunista - Revista Oeste


domingo, 19 de março de 2017

Churrasco no Brasil em tempos da maldita herança do PT

Olha o povo no grupo...

" Sobre o escândalo dá carne só me resta um pedido: Que Deus ilumine o dono dá AmBev para que ele seja uma pessoa honesta, senão lascou..."

Churrasco receita maldita herança PT:

Final de semana chegou, vamos fazer churrasco de papelão: 


" Venho aqui a público,  pedir desculpas à Schin, Itaipava, Kaiser, etc. por todas as vezes que as culpei de ter passado mal após os churrascos. A culpa sempre foi da carne."