Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador carne. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador carne. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Ricardo Lewandowski deveria ficar a quilômetros de qualquer cargo público - J. R. Guzzo

 Gazeta do Povo - VOZES

Se o governo Lula tivesse alguma preocupação, por menor que fosse, em manter as aparências em matéria de decoro, integridade e respeito à população em geral, o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski teria de ser mantido em quarentena perpétua diante de qualquer cargo da administração pública. 
Mas o governo Lula não tem a mais remota preocupação com nenhuma dessas coisas; nunca teve, e não dá sinais de que venha a ter um dia.

Whatsapp: entre no grupo e receba as colunas de J.R.Guzzo

O resultado é que Lewandowski, em vez de ser proibido de chegar a menos de 1.000 quilômetros de Brasília, por exigências mínimas do manual de decência, foi nomeado ministro da Justiça pelo presidente Lula. Seria o chamado “fundo do poço” se houvesse algum fundo no poço deste governo.

Se o governo Lula tivesse alguma preocupação em manter as aparências em matéria de decoro, o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski teria de ser mantido em quarentena perpétua.

Lewandowski, acredite quem quiser, é advogado da J&F – a empresa que controla a JBS dos irmãos Batista. A JBS é a maior produtora de carne do mundo. 
Os irmãos Batista são veteranos frequentadores da justiça penal brasileira. Como é possível que um cidadão que até outro dia estava no Supremo Tribunal Federal possa se tornar, imediatamente depois de se aposentar do seu cargo, advogado de um cliente como a J&F?
 
A empresa dos irmãos Batista tem uma causa de 15 bilhões de reais na Justiça; só os honorários dos advogados da parte vendedora estão fixados em 600 milhões de reais. 
Em 2017, apertada pela obrigação de pagar 11 bilhões de reais ao Tesouro Nacional para se livrar de processos criminais por corrupção ativa, a J&F foi obrigada a vender propriedades. 
Uma delas foi a indústria de celulose Eldorado, no Mato Grosso do Sul – vendida pelos irmãos Batista à empresa indonésia Paper Excellence
O problema é que eles venderam, mas não entregaram.
A J&F, tempos depois de fechar o negócio, viu a sua situação penal e econômica melhorar. (Hoje, inclusive, estão no céu: o ministro Antonio Toffoli, outro dia, simplesmente anulou a sua obrigação de pagar a multa que devia pela leniência recebida nos processos de corrupção. Deu, para justificar sua decisão, uma das razões mais assombrosas da história judicial do Brasil: a J&F, segundo Toffoli, “não tinha certeza” de que realmente queria assinar o acordo que assinou com o MP.) 
Houve, também, um aumento nos preços internacionais da celulose. Somadas umas coisas às outras, os irmãos desmancharam a venda, convencidos de que com os advogados, os juízes e os políticos certos, iriam deitar e rolar na justiça contra um adversário estrangeiro.
 
É onde estamos: sete anos depois de vendida, a Eldorado não foi entregue. A situação do comprador, hoje, está mais difícil do que nunca. Qual a imparcialidade que se pode esperar do STF num caso desses? 
O advogado dos irmãos Batista circula ali dentro como em sua casa, depois de 17 anos no cargo de ministro e ligação próxima com os colegas que estão lá hoje. 
Melhor ainda que advogado, ele é hoje o novo ministro da Justiça – e íntimo do presidente as República, sem o qual nunca teria sido nada na vida. 
Soma-se o ministro Toffoli a isso tudo, e a coisa fica fechada pelos sete lados. 
É essa a democracia brasileira que o STF e Lula salvam todos os dias.
 
 
Conteúdo editado por:Jocelaine Santos

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES



quinta-feira, 29 de junho de 2023

A cesta (nada) básica do MST - Artur Piva

Revista Oeste

Com produtos que vão de uma cachaça estampada com o rosto de Lula a um açúcar mais caro que picanha, os sem-terra querem alimentar o Brasil

Alguns produtos vendidos pelo MST | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
 
Num bairro central da cidade de São Paulo existe uma loja da marca Armazém do Campo.  
A proposta da rede é vender a produção dos assentados do MST.  
Na teoria, as prateleiras deveriam ser forradas por alimentos plantados pelas mãos dos militantes do grupo. Na prática, os assentamentos não conseguem produzir sequer todos os produtos oferecidos na cesta básica.
 
O público e os preços se assemelham aos de um empório chique da capital paulista.  
Na semana passada, o açúcar da reforma agrária à venda no Armazém do Campo vinha do coco. “Supersaudável e gostoso”, garantiu uma consumidora vestida com uma camiseta estampada com a imagem de Lula, boné de Che Guevara na cabeça e uma bolsa a tiracolo com a frase “o amor venceu”. O preço: R$ 31,98 por 250 gramas. Ou seja: quase R$ 130 o quilo — nem a picanha seria tão cara.
Açúcar de coco à venda na loja do MST, Armazém do Campo, por R$ 31,98 o pacote de 250 gramas | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
 
Do que tem, falta tudo
 A cesta com os alimentos fundamentais para o consumo das famílias é formada por pão francês, carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, café em pó, banana, banha ou óleo, açúcar e manteiga
No empório do MST não há pão. Assim como não existe metade dos produtos dessa lista. A outra metade é vendida por mais do dobro do preço médio.
“A produção de carne ainda é muito pequena e distante”, disse um rapaz de Santa Catarina ao tentar justificar a ausência da proteína. 
Filho de assentados em seu Estado de origem, ele comentou estar na loja cumprindo uma missão dada pelo MST. “Funciona assim: eles pedem para migrarmos conforme precisam de gente nos lugares”, disse. “Daí, vim para cá.”
 
Ele reconheceu que nem tudo à venda vinha dos assentamentos. “A gente procura alguns parceiros para suprir as faltas”, disse. 
Ele garantiu, porém, que a escolha acontecia somente entre os fornecedores alinhados com os valores dos sem-terra.
 
Armazém do Campo, loja do MST | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
 
Bibelôs da revolução
Três prateleiras à frente, azeites importados da Espanha e da Itália (cerca de R$ 50 por um vidro com meio litro) dividiam o espaço com o café da reforma agrária: R$ 49,98 por um pacote de 500 gramas da marca Guaií Sustentável
A poucos metros dali, numa grande rede de supermercados, o café do agronegócio era vendido na mesma quantidade por R$ 17.
 
 Azeites importados à venda na loja do MST | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
 No armazém do MST, o café Guaií (500 gramas) custa R$ 46,98 | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
 
Ao lado, um freezer da Heineken com as latas de cerveja estampadas com fotos de Fidel Castro, Olga Benário e Antonio Gramsci. 
Quem quisesse uma bebida mais forte — e mais cara — podia comprar uma garrafa de meio litro da cachaça Vidas Secas, com o rótulo homenageando Lula.
O MST se apresenta como o maior produtor de arroz orgânico do Brasil. 
A venda de acessórios é um dos negócios em destaque. 
Logo na entrada do armazém, começa uma área para vendas de souvenir. Ela é forrada com camisetas com a cara do Lula, canecas e garrafas com o emblema do PT, além de guardanapos e bonés do MST. 
 
O arroz e o feijão, dois itens imprescindíveis na mesa das famílias brasileiras, ficam quase escondidos no fundo da loja.
Um pacote com 1 quilo de feijão carioca dos assentamentos custa quase R$ 15.  
No supermercado, o mesmo alimento sai por menos de R$ 10
No pé de uma prateleira esquecida, um saco de arroz orgânico de 5 quilos estava à venda por pouco menos de R$ 38. No mercado, a mesma quantidade do produto sai por R$ 25.
 
Verdade opressora?
A safra dos assentados, contudo, que em 2022 fechou em 15,5 mil toneladas, não conseguiria alimentar o Brasil nem por um único dia
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), hoje aparelhada por companheiros do MST, os brasileiros consomem cerca de 13,5 milhões de toneladas em um ano. Ou seja: 18,5 mil toneladas a cada 12 horas.
 
Além disso, foram necessárias quase 300 famílias sem-terra, todas localizadas no Rio Grande do Sul, para conseguir as 15,5 mil toneladas. Fazendo uma regra de três, seriam necessárias quase 150 mil famílias para igualar a produção.
Para ter uma base, toda a agropecuária gaúcha emprega por volta de 100 mil trabalhadores com carteira assinada para produzir um leque extenso de alimentos.  
A começar por 7,6 milhões de toneladas de arroz — 500 vezes mais que o MST.Cachaça com o rosto de Lula estampado no rótulo, à venda no armazém do MST | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
 
No mundo real
Em 2022, o agronegócio gaúcho, longe das terras invadidas, gerou 25 milhões de toneladas de grãos.  
Além do oceano de arroz, volumes gigantescos como 3 milhões de toneladas de milho, 5,7 milhões de toneladas de trigo e 9 milhões de toneladas de soja — carro-chefe da agricultura nacional.
Aparentemente, para os sem-terra, a soja também é o carro-chefe. Somando todas as terras sob o comando dos assentados, a colheita desse grão é estimada em 2,4 milhões de toneladas. Isso é 60 vezes menos que a safra do grão gerado nas lavouras do agronegócio brasileiro.Arroz orgânico do MST (5 quilos), vendido a R$ 37,49 | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
 
Pobres e ricos precisam comer
A safra de soja colhida no país é a maior do mundo. Haveria um desastre em escala global caso o Brasil dependesse da produção do MST para o plantio da cultura.
O grão é um dos mais utilizados no planeta. Vai soja até em pneu de carro, pasta de dente e chocolate, além de diversos outros itens e da dependência da indústria de proteína animal. 
A redução da produção brasileira geraria uma devastação em cadeia e um verdadeiro apagão alimentar.
Um dos grandes motivos dos chineses serem os maiores importadores da soja brasileira é manter o maior rebanho de porcos do mundo.  
Não bastasse isso, a disponibilidade dessa leguminosa no mercado interno faz do Brasil o maior exportador de carne de frango do planeta.
Colocando as ideologias de lado, a população mundial precisa comer. 
O MST pode até ter uma butique gourmet, mas é o agronegócio que alimenta a humanidade. Fachada do Armazém do Campo | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
 
 
 
Artur Piva, colunista - Revista Oeste
 
 

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Candente depoimento de um cidadão cubano - Miguelito Martinez Palma

Nota do editor o site: Essas imagens eu as busquei, agora, no Google, onde existem em abundância. Mostram trechos de uma área muito maior, centro histórico de Havana, antiga Pérola do Caribe. Eu conheço bem a região e estive em três ocasiões e anos distintos. O que elas mostram fica a poucos metros da porção central, restaurada com recursos da Unesco. 

       Rostos, expressão de misérias!

Os rostos de fome e tédio percorrem as ruas de Havana, expressões de cansaço e desespero se acumulam de fila em fila. Estamos ficando feios, o calor cada vez mais intenso, a angústia por coisas necessárias, a ausência de sonhos e a falta de esperança estão deixando sulcos em nossos rostos.

Estamos vivendo uma história onde um simples pão é um problema, nossas mentes estão regredindo e pensamentos primitivos tomam o lugar de nossa inteligência, o simples, o essencial é a maior motivação de qualquer cubano e nossos rostos, nossos rostos são o espelho disso tão insignificante em que nos estamos transformando.

Ficaram no álbum de família as fotos antigas de gente bem arrumada, de gente pobre mas bem vestida, o jeito de falar e de gesticular, o respeito e a decência.

Hoje com a alma corroída e sem valores, cheios de necessidades e conformados com a imundície, a nossa imagem é outra, tem sido um processo lento e gradual que sem perceber nos levou a tornar-nos vulgares e indecentes, a nossa alma cheia de palavrões e frases obscenas se tornaram a rotina que nos degrada a simples gentalha.

A sobrevivência nos leva a fazer o que é errado e a necessidade se torna aliada dos malandros e abusadores que sem escrúpulos colocam um alto preço em nossas vidas, somos uma matilha de cães covardes que se mordem para saciar sua fome e descarregar sua frustração.

Estamos ficando feios como nossa cidade, nossos rostos e suas ruas quebradas e fachadas sujas e sem pintura se misturam, revelando a decadência em que estamos mais do que envolvidos, .... Havana e você, cada dia mais feio!

A gente se acostumou com a merda! E ver o que está sujo, ver o que está feio, ver o que está estragado, ver o quão mal feita é hoje qualquer coisa cotidiana, tão cotidiana que faz parte do nosso dia a dia, e até o cheiro imundo de um buraco convive normalmente com muitos de nós.

Falamos do pobre e da pobreza, como algo muito distante da nossa existência e não percebemos que hoje somos os mais pobres desse mundo, porque no mundo tem muita gente humilde sem má preparação, mas aqui, aqui meus amigos, nós somos 
Todos são pobres, como o que limpa a rua ou o médico que opera corações, todos nós, independentemente do nível que tenhamos, somos pobres, porque não tendo nada além de pão imundo para dar aos nossos filhos, vendo leite e ovos como iguarias e esquecendo o sabor da carne por tanto tempo sem prová-la
Meus amigos, isso é pobreza, é pobreza do tipo ruim, do tipo que destrói ilusões, do tipo que mata sonhos e esperança, é a pobreza que penetra na mente e na alma tornando-se pobres e ignorantes, é aquela pobreza desprovida de valores, mas cheia de mentiras e maldades, que está mudando nossa face.

Olhe, observe, ouça e depois pense e verá no que os cubanos nos tornamos inadvertidamente. O problema é que na busca constante de satisfazer nossas necessidades simples, olhamos apenas nessa direção, tornando-nos escravos de nossos estômagos.

Estamos ficando velhos e feios, não tenham dúvidas! Os jovens estão ausentes da nossa realidade e só pensam em fugir deste inferno e nós que aqui ficamos, cada dia temos a alma mais pobre, mais enrugada e lembrem-se meus amigos que o rosto é o espelho da alma!

Site Percival Puggina - *Em 09 de junho de 2023, Dr. Miguelito Martinez Palma

 

 

domingo, 11 de junho de 2023

O desastre vem mais devagar - J. R. Guzzo

Revista Oeste

Pense em alguma coisa ruim para o brasileiro comum — o governo Lula quer fazer, está tentando fazer ou promete fazer. Pense em alguma coisa boa: não apareceu nenhuma até agora

Lula | Foto: Shutterstock

A única coisa positiva que se pode falar sobre o governo Lula é que ele parece estar tendo, pelo menos até agora, mais dificuldades do que se previa em seu plano geral para a destruição do Brasil. 
O plano, no papel e na discurseira do presidente, é impecável. 
Não existe praticamente nenhuma medida proposta, falada ou sugerida pelo governo que não torne tudo pior do que está — ou que tenha um mínimo de cabimento para um país que precisa, com urgência máxima, fazer com que sua economia cresça de verdade. 
Também não existe nada, em nenhuma ação do poder público, que torne a sociedade mais equilibrada ou crie mais oportunidades para as pessoas melhorarem de vida
Pense em alguma coisa ruim para o brasileiro comum — o governo Lula quer fazer, está tentando fazer ou promete fazer. Pense em alguma coisa boa: não apareceu nenhuma até agora. 
O Brasil, em vista disso, deveria estar dando a esta altura mais sinais de ruína do que se pode perceber mas não está. Ao que parece, demolir um país deste tamanho não é tão fácil assim. 
Talvez leve mais tempo do que se pensa. Talvez o que o governo pensa não seja aquilo que pode. Talvez aquilo que pode não seja aquilo que quer.
 
Esta é, em todo caso, a única esperança à vista que as ideias de destruição acabem sendo maiores do que a capacidade real de destruir. 
O crescimento da economia no primeiro trimestre de 2023 é uma excelente demonstração disso. O PIB brasileiro cresceu 1,9%, um índice muito bom para estes tempos de paradeira global — foi, na verdade, um dos maiores do mundo
Só que o crescimento aconteceu contra a vontade do governo Lula: foi atingido unicamente pelo vigoroso avanço do agronegócio nesse período, e se dependesse da ação oficial o agro brasileiro teria ido para trás. 
Desde o primeiro dia, o governo declarou o produtor agropecuário como seu grande inimigo e de lá para cá vem sabotando sua atividade em tudo o que pode. 
Mas aí é que está: nada do que fez até agora foi suficiente para diminuir a produção rural ou a procura internacional pela soja, pelo milho ou pela carne do Brasil. 
A última agressão é um conjunto de ideias que a ministra do Meio Ambiente anunciou para “combater a destruição das florestas”, como diz sua propaganda. Sob o disfarce da virtude ecológica, o plano do MMA e das ONGs brasileiras e estrangeiras que vivem ao seu redor deixa claro, mais uma vez, a obsessão em tratar a agropecuária nacional, em princípio, como atividade criminosa. 
É o retrato perfeito do Sistema Lula: enquanto o agronegócio salva a economia brasileira, seu governo vem com ideias não de incentivo ao campo, mas de hostilidade. 
 

 
Plantação de soja em Mato Grosso do Sul | Foto: Shutterstock 

Coisas desse tipo não foram capazes de diminuir nem a área plantada, nem a safra, nem as exportações, nem o valor em dólar da produção rural; fazem barulho na mídia, mas não mudam a realidade no campo. 
]Vai continuar assim? A resposta a isso vai estar nos fatos do dia a dia; aguardemos, agora, os números do segundo trimestre. O certo é que o governo não conseguiu até agora desfazer a principal força da economia brasileira de hojeage para isso, mas não está conseguindo. 
É importante que esteja assim, porque em todo o resto a sua ação é uma calamidade. 
O que dizer, por exemplo, da treva que Lula está criando nas relações do Brasil com a Europa?  
Sua última manifestação a respeito é puro atraso de vida. 
Diz que não vai assinar os projetados acordos comerciais entre a União Europeia e o Mercosul — e, pior ainda, orgulha-se desse gesto que considera heroico. É algo realmente extraordinário: Lula acha que a população brasileira fica mais rica, ou melhor de vida, se o Brasil se afastar da Europa, em vez de se aproximar. 
Os acordos, como se sabe, aumentam a abertura dos mercados europeus para os produtos brasileiros e estabelecem, em troca, uma maior abertura do mercado brasileiro para os produtos europeus. É o que se chama de livre comércio — e, naturalmente, abre oportunidades maiores nos mercados mais ricos, que têm mais consumidores e onde há mais capacidade de comprar, como é o caso dos países da Europa. Lula acha o contrário. Para ele, a possibilidade de vender mais para os países da União Europeia é um mau negócio.
 
 O presidente entregou-se, depois que assumiu o cargo, à fantasia de que pode se tornar um “líder mundial” — incapaz de resolver qualquer dos problemas reais do Brasil, imagina que sua vocação seja resolver os problemas do mundo.


Sua motivação, no caso, é a pior possível — é o protecionismo na sua forma mais primitiva, esse mesmo que há décadas impede o Brasil de crescer e de criar riqueza, para beneficiar uma elite inepta, ignorante, incapaz de competir e dependente do Erário

A União Europeia, com muita lógica, espera que as empresas europeias possam vender seus produtos para o governo brasileiro — assim como as empresas brasileiras estariam livres para vender seus produtos aos governos europeus. É livre comércio ou não é? Lula não quer
Diz que as compras públicas devem ficar fora do acordo — e que o governo do Brasil vai continuar comprando só de empresas brasileiras. 
Por quê? Porque a indústria brasileira faz produtos ruins e caros, que o mercado externo não quer comprar; mas o governo do Brasil compra, com dinheiro público, e aí ficam todos muito contentes, industriais e governantes
Quem paga a conta, no final, é você. Nada deixa tão clara a mentalidade econômica medieval de Lula do que a justificativa central que ele dá para a sua postura protecionista: segundo ele, as compras feitas pelo governo são “a única” maneira de fazer com que a indústria brasileira sobreviva. Não é a competência. Não é a qualidade dos produtos. Não é o trabalho, nem a pesquisa, nem a tecnologia, nem o investimento. Não é a capacidade de superar os concorrentes. É o dinheiro do pagador de impostos brasileiro. Sem isso, diz Lula, não há indústria nacional.

É um bom sinal; quanto mais tempo fica longe daqui, mais se enterra como presidente e mais deixa que se compliquem as suas estratégias de acabar com o país. Tem conseguido, até o momento, ser apenas ridículo. Em cinco meses no governo, já fez viagens a dez países diferentes; torra dinheiro público de um país pobre hospedando-se em hotéis de quase 40.000 reais a diária e queimando combustível de avião a jato. 
Não poderia, com esses espasmos de brega descontrolado, provocar mais desprezo entre os grandes que supõe impressionar. 
Como não tem ideia do que está fazendo, produz o mais agressivo conjunto de declarações cretinas que qualquer presidente brasileiro já produziu em suas falas públicas, aqui ou no exterior. 
Sua campeã, até agora, é a afirmação de que a invasão da Ucrânia pela Rússia é responsabilidade “dos dois países” — um primeiro caso, em toda a história universal, em que uma nação é responsável pela invasão militar do seu próprio território. 
 
Torna-se a cada dia um estorvo para os Estados Unidos e a Europa, que até outro dia o consideravam um salvador da democracia no Brasil e no Terceiro Mundo; está virando um chato para os que realmente resolvem as coisas. Sua tentativa de socorrer a Argentina com dinheiro do Banco do Brics, só porque arrumou ali um emprego para Dilma Rousseff, foi tratada com risadas; chinês empresta dinheiro para receber de volta, não para dar fôlego a regimes falidos. 
Deu para falar em “governança mundial”, e acha que oferecendo a Amazônia para a “internacionalização” vai se transformar num novo Nelson Mandela para europeus com carência ecológica e a menina Greta. 
 
Tenta transformar o ditador Nicolás Maduro em vítima de uma “narrativa”. Ele seria um pobre democrata, perseguido pela má imagem que os seus inimigos criaram — e quem destruiu a Venezuela não foi a sua ditadura, foi o “embargo” econômico norte-americano
Prega o fim do dólar como moeda internacional de troca. 
Sua última realização é indispor-se com a Europa, a quem já tinha acusado de colaborar com a guerra na Ucrânia, por causa dos acordos comerciais com o Mercosul. Não se vê, em suma, como, quem e o que ele vai liderar na sua posição de figura mundial meia dúzia de ditadorezinhos latino-americanos?

Enquanto estiver fazendo papel de palhaço terceiro-mundista pelo mundo fora, e tentando entrar de penetra na sala dos grandes, Lula fica mais afastado do Brasil.  
E, se continuar assim, as dificuldades que está tendo para conduzir a nação ao colapso tendem a ficar maiores do que têm sido.  
Nos dias de hoje, é a boa notícia possível.
 
 
 
 J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste
 
 
 
 


sábado, 29 de abril de 2023

Brasa perfeita - Do carvão à brasa: aprenda 4 técnicas infalíveis para acender o fogo do seu churrasco

Bom Churrasco [UTILIDADE PÚBLICA - afinal a picanha em pó, criação do petista mentiroso, está chegando.]

Vem comigo que te ensino os segredos da gastronomia na brasa.

Alê Mocellim

Acender o carvão pelo menos uma meia hora antes de iniciar o churrasco, garante que o carvão queime e vire brasa.| Foto: Bigstock

Nesta matéria irei explicar algumas formas de acendimento do fogo na hora daquele belo churrasco. Para seu churrasco ser perfeito, seu fogo tem que estar perfeito, portanto um bom churrasco se inicia por uma bela brasa. Todos sabemos que o churrasco deve ser feito na brasa, e não nas labaredas. Por isso, aconselha-se acender a churrasqueira ao menos 30 minutos antes de colocar a carne na brasa.

O fogo é uma reação química exotérmica que ocorre quando há uma combinação de calor, oxigênio e um material combustível. É uma forma de transformação da energia química em energia térmica e luminosa, e pode ter diversas utilidades, como cozinhar e assar alimentos, produzir calor em ambientes frios e iluminar ambientes escuros. Um elemento que foi primordial para nossa sobrevivência e que, nos dias de hoje, é essencial para nosso saudoso churrasco.

Confira 4 formas ou técnicas de como acender o fogo do seu churrasco:
1. Álcool
Pode-se utilizar o álcool em gel ou líquido, deixando penetrar no carvão por mais ou menos 2 minutos. Em seguida, acender um fósforo ou papel e jogar no carvão. Nessa técnica, deve-se ter extremo cuidado, pois se a concentração do álcool for grande e o ambiente for fechado, como nas churrasqueiras tradicionais, deixar o álcool por muito tempo cria um gás que, quando em contato com o fogo no ato do acendimento causa uma explosão, podendo até levar a lesões sérias.

2.  Papel Higiênico
Abra um espaço no carvão, coloque vários papéis em formato de cone nesse espaço. Despeje um pouco de óleo entre os papéis, ateie fogo e, em seguida, coloque pedaços de carvão no fogo em formato de pirâmide. O intuito é fazer com que vire uma espécie de tocha, fazendo com que a chama fique viva por maior tempo e o suficiente para que o carvão acenda.

 3. Sistema Vulcão
Técnica bastante usada,
você precisará de uma garrafa de vidro e um jornal velho. Enrole as folhas de jornal fazendo tiras. Depois, enrole essas tiras em uma garrafa, mas sem tampar a parte fina e o fundo dela. Coloque a garrafa de pé na churrasqueira e a envolva com carvão. Tire a garrafa de um modo que o jornal fique com o formato dela. Ateie fogo no molde de papel.

Importante
: o espaço deixado pela garrafa é primordial para que o oxigênio circule entre ele e as tiras, contribuindo para que a chama pegue mais rápido.

 4. Técnica do Pão
Método bem
curioso (mas muito utilizado) que funciona assim:
Pegue metade de um pão francês velho e o encharque com álcool. Coloque o pão no fundo e no meio da churrasqueira. Envolva o pão com pedaços grandes de carvão (fazendo uma espécie de pirâmide) e coloque um pouco mais de álcool sobre esse monte de carvão. Com cuidado, ateie fogo.

Percebeu que todas as técnicas, fora a mudança dos elementos são muito parecidas?  
O que é importante entendermos é que para se ter um fogo bom e de rápido acendimento é necessário a combinação de 3 elementos base que são: calor, oxigênio e um material de combustão duradouro ou resistente.
 
 Seu braseiro no ponto certo!
Não é recomendado fazer churrasco diretamente nas labaredas, pois isso pode levar a queima excessiva ou até mesmo carbonização da carne. Quando a carne é exposta diretamente às labaredas, ela pode ficar queimada por fora e crua por dentro, além de aumentar a exposição aos gases tóxicos liberados pela queima incompleta da madeira ou carvão e vir a dar um gosto ruim na sua carne.

A forma correta de se assar ou grelhar uma carne é quando seu carvão já virou brasa. Aqui, o correto é acender o fogo do seu churrasco pelo menos uma meia hora antes de iniciar seu churrasco, pois é o tempo suficiente para o carvão queimar e virar brasa.

Veja Também:

    Paixão nacional, o churrasco tem data comemorativa no Brasil

    Dicas para fazer uma Costela Fogo de Chão de respeito  

 

Alê Mocellim - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 12 de abril de 2023

Mulher !!! a carne baixou, mas, nossa grana só é suficiente para comprar arroz e feijão

Ontem, um especialista da antiga TV Funerária, atualmente TV Lula, tentando explicar o 'efeito difusão' - nome que eles estão dando a redução do aumento de  preços em alguns itens que possuem pouca influência junto ao consumidor mais pobre, por serem pouco consumidos.
 
Alegam, tais 'especialistas' alegam que tal efeito reduz o percentual de itens   que sofrem aumentos e com isso tentam passar a narrativa de que a inflação está em queda.  
Importante: a inflação pode ser 0,5%, digamos, em nada beneficia os menos abastados, se o reajuste de preços nos itens de maior consumo - tais  como arroz, feijão, mistura, etc., continua sendo superior a  2 % = o filé mignon, a picanha, podem até baixar mais, mas  o acém, o osso, continuam com o preço elevado.
 
CAI A INFLAÇÃO DOS RICOS E SOBE A DOS POBRES = PT governando.
 
Blog Prontidão Total

quarta-feira, 22 de março de 2023

A picanha não veio; como fica agora a grande ideia estratégica de Lula para governar o Brasil?

J. R Guzzo

Presidente, naturalmente, não disse uma sílaba sobre o dinheiro que o cidadão precisa para comprar carne ou qualquer outra coisa

O presidente Lula voltou a falar da picanha, sua grande ideia estratégica para governar o Brasil – mas agora, ao contrário das promessas vazias que fez quando pedia votos na campanha eleitoral, foi para tentar explicar por que a picanha não veio. 
Não veio porque não poderia mesmo ter vindo, pois se trata de uma óbvia questão de produção e de renda, e não de um desejo.
Mas Lula, como de costume, continua a mentir sobre este e quaisquer outros assuntos. Segundo ele, a picanha virá logo mais; esperem só um pouquinho, e ela estará aí. “O preço vai cair”, anunciou o presidente. “Tem de cair”. É mesmo? “Tem de cair”? 
E o que o seu governo está fazendo para que o preço caia? Nada.  
Na verdade, está fazendo exatamente o contrário, com a guerra ao produtor rural, a obsessão de “ajudar os pobres” através do aumento da inflação (segundo Lula e os economistas de esquerda, inflação é coisa muito boa para o pobre) e a inépcia cada vez mais agressiva do seu governo.

Lula, naturalmente, não disse uma sílaba sobre o dinheiro que o cidadão precisa para comprar carne ou qualquer outra coisa; não tem nenhuma preocupação com isso, dentro do seu projeto permanente de governar o país através de discursos que não guardam, nunca, o menor ponto de contato com a realidade. O preço atual da picanha no açougue, que “tem de cair”, está hoje por volta de R$ 70 o quilo; é metade, simplesmente, do que custa nos Estados Unidos, e menos ainda na Europa.  

Não é o preço que está alto. É que o consumo de carne depende de quanto as pessoas têm no bolso; no Brasil a maioria tem pouco, e por isso consome pouco. 
O presidente continua se exibindo como o campeão mundial da “picanha para o povo”, mas, na prática, as coisas correm na direção inversa – pois, entre outras coisas, a renda corre na direção inversa. 
O aumento do salário mínimo que ele assinou há pouco (e que nos discursos da campanha iria ser o maior da “história desse país” etc. etc. etc.) foi de R$ 18 por mês
Com a picanha a R$ 70 o quilo, dá para comprar 250 gramas a mais por mês, ou menos de 10 gramas por dia. Isso mesmo: 10 gramas. 
É um deboche. É, também, a quantas anda na vida real a grande promessa – segundo o próprio Lula, um golpe genial de esperteza política – que ele fez durante a campanha. [outra em que o Lula atrapalha a vida do pobre:  tem um aposentado que quando soube que Lula havia 'determinado' que os juros baixassem para aquela categoria, animou-se e declarou que iria pagar a última prestação do empréstimo no banco e contrataria outro para garantir a picanha do churrasco do final de semana; pegou dinheiro emprestado com um 'amigo', um agiota para pagar que faltava do empréstimo. 
Procurou o gerente e quando lhe foi apresentada a tabela de juros - sem o desconto prometido pelo mentiroso do Planalto - foi informado "que com os juros do Lula os empréstimos estavam cancelados para todos os aposentados"; correu na CEF, estava no BB e a mesma informação - ambos bancos do governo.
MORAL DA HISTÓRIA: ficou sem o churrasco apicanhado e correndo o risco de ser 'comido' pelo agiota.]

Em menos de 90 dias o governo Lula está oferecendo à população uma sequência de desastres que chega a ser incompreensível – como é possível alguém fazer um governo tão ruim, e em tão pouco tempo?  
O desemprego já voltou a subir, depois de cair durante quase um ano inteiro. O crescimento econômico, segundo as organizações internacionais, vai ser menor em 2023. 
Como, segundo Lula, o Brasil não “cresceu nada” em 2022, onde vamos estar no fim deste ano? 
 As montadoras voltam a dar férias coletivas, como fizeram no tempo da covid; tiveram, em fevereiro, o pior mês dos últimos 17 anos.  
O preço dos combustíveis subiu – o que, segundo o governo, é bom para “o meio ambiente” ou outro disparate do mesmo tipo. O imenso projeto de “âncora fiscal” do ministro da Economia não é nada; querem, exclusivamente, achar um jeito de gastar mais – esta sim, a única ideia econômica de Lula e do seu governo. 
 
O culpado de tudo o que está acontecendo de ruim, porém, não é ele. É o presidente do Banco Central, a única alta autoridade que Lula não nomeou, porque a lei não permite, e a única que entende alguma coisa de economia no governo.  
O PT está em campanha aberta para que ele tenha de deixar o cargo; é a sua explicação, no momento, para a calamidade que o governo contratou. O problema, é óbvio, só iria ficar dez vezes maior se ele saísse. Mas é o que interessa no momento para Lula: acusar alguém, pouco importando se a acusação faz qualquer sentido. E o futuro? Tanto se lhe dá, o futuro. Tem certeza de que não vai sofrer as consequências de nada do que está fazendo.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo