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terça-feira, 21 de maio de 2019

E se fosse Lula a chamar o povo às ruas contra o Congresso e a Justiça?

Só um cego não vê o que se desenha

[o que pega na pergunta é que o Lula é um condenado, um presidiário, não tem direitos políticos, não pode chamar ninguém às ruas; achamos intempestiva a manifestação, mas mesmo intempestiva ela não pode ser convocada por sentenciados - devido a sentença impedir e ao fato de estarem na jaula.]

Imagine que o presidente da República fosse Lula. E que, sentindo-se fraco, ele admitisse participar de manifestações de ruas convocadas por seus devotos para apoiá-lo e protestar contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal que o estariam impedindo de governar. A essa altura, o que os adversários de Lula diriam? No mínimo, que ele quer emparedar os demais poderes da República jogando o povo contra eles. No extremo, que Lula trama um golpe para acabar com a democracia e governar sozinho.

E se os ministros que cercassem Lula em Brasília fossem generais da reserva? E se os comandantes militares calados estivessem e assim permanecessem? A propósito: ameaçada pelo impeachment, Dilma quis decretar o Estado de Emergência. Os militares disseram não. [é tradição que quando os militares entendem necessário uma manifestação mais presencial - sem o uso, para alerta, do Twitter - eles realizam atos mais efetivos.
Manifestação intempestiva, apenas para responder a uns imbecis que consideram CONTINGENCIAR e CORTAR sinônimos, é perder tempo, se desgastar a toa.]
 
No ano passado, ao sinal de que Lula poderia ser solto, Eduardo Villas-Bôas, comandante do Exército, postou uma mensagem no Twitter ameaçando o Supremo. Lula segue preso. Villas-Bôas despacha no Planalto. Sérgio Moro, no Ministério da Justiça.  Ou falta inteligência política ao presidente Jair Bolsonaro, ou ele é louco, ou, como disse o ex-presidente José Sarney em entrevista no último fim de semana ao jornal “Correio Braziliense”, Bolsonaro está “no olho de um furacão e joga todas as suas cartas no caos”.

De Sarney se poderá dizer tudo, menos que lhe falte experiência aos 89 anos de idade, 52 dos quais vividos como deputado e senador, fora os quatro anos como governador do Maranhão e os cinco como presidente da República. Já viu tudo que gostaria ou não de ter visto. O furacão ao qual Sarney se refere foi provocado por Bolsonaro que não governa, que só se aplica em desatar crises, quase uma por semana. A um presidente responsável e bem-intencionado caberia desinflar crises e debelar furacões criados à sua revelia.

Bolsonaro passou 28 longos anos na Câmara dos Deputados e está cabalmente demonstrado até aqui que nada aprendeu. Eleito presidente por “milagre” como ele mesmo reconhece, não se preparou para tal, e não parece interessado em preparar-se. Mas de golpe entende.  Defendeu o golpe de 64. Defendeu a ditadura militar que se arrastou por 21 tenebrosos anos. Defendeu a tortura de opositores do regime. Lamentou que a ditadura tenha matado menos gente do que mata o carnaval. [Bolsonaro defendeu práticas perfeitamente necessárias para o restabelecimento da ORDEM PÚBLICA  e a manutenção do BRASIL INDEPENDENTE e SOBERANO.] Jamais se penitenciou por ter dito todas essas infâmias.

Mesmo que acabe convencido por seus generais de pijama de que não deve comparecer às manifestações marcadas para o próximo domingo, só ter cogitado de ir é uma prova de sua insanidade ou de sua disposição por ora reprimida de forçar uma ruptura institucional.  De resto, terá estimulado seus seguidores a ocuparem as ruas em sua defesa e em ataque ao Congresso e à Justiça. Por sinal, foi o que fez ontem ao compartilhar no WhatsApp um texto favorável às manifestações e ao dizer que o problema do Brasil “é a classe política”.[na qual ele fez questão de se incluir, lembrando ainda ser daquela classe.]
Só não enxerga o que se desenha no horizonte quem é cego ou se recusa a ver.

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Nesta semana, a surpreendente história de Hamilton Mourão, o vice destoante da República.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

À espera do condutor

Cenário para reforma é favorável, mas não é possível errar

O mundo político tende a aguardar o restabelecimento pleno do presidente Jair Bolsonaro para dar início à batalha pela reforma da Previdência. Não há possibilidade de delegar responsabilidades neste momento dada a baixíssima tolerância ao erro que existe em relação a este tema no Congresso e no mercado.

Bolsonaro governa nas circunstâncias históricas mais propícias nos tempos recentes para realizar uma reforma da Previdência substantiva. É uma constatação mesmo de fontes que não têm motivos para apoiar o ajuste. A pista livre e seca, contudo, não impede que o condutor lance o carro no barranco. Ninguém pode arbitrar a negociação a não ser o presidente da República, que precisa curar-se de uma pneumonia antes de decidir sobre a idade mínima.

Um atraso de alguns dias na alta de Bolsonaro, por si só, não tem muito efeito na reforma. Como alerta o cientista político Cristiano Noronha, vice-presidente da consultoria Arko Advice, antes da instalação da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a emenda da Previdência não tem como tramitar. Ressalvada a possibilidade do quadro de saúde do presidente se deteriorar, o que parece causar algum ruído entretanto são possíveis erros de comunicação sobre a recuperação presidencial da cirurgia de reversão da colostomia. Quem já passou pelo procedimento considerou exageradamente otimista as previsões iniciais de que a cirurgia duraria apenas três horas, e de fato ela durou mais, bem como avaliou que a previsão inicial de alta em apenas uma semana pouco conservadora. Talvez fosse mais prudente não ter alimentado este tipo de expectativa. Mas quem defende uma reforma profunda tem motivos para estar razoavelmente otimista.

Bolsonaro retoma a meada que Temer interrompeu depois do vendaval da JBS, com a legitimidade do voto e o mérito de ter tratado do tema durante a campanha. Não prometeu manter direitos “nem que a vaca tussa” como a sua antecessora Dilma. O agravamento da crise fiscal empurra governadores e prefeitos para se envolverem na reforma da Previdência, de um modo que não se observou no governo de Lula. A mudança nas regras atuais conta com apoio quase consensual da mídia e o ministro da Economia, Paulo Guedes, conta com um grau de credibilidade que compensa fartamente a sua inexperiência na máquina pública.

Por último, Bolsonaro tem contra si uma oposição no meio sindical, enfraquecida, não apenas pela reforma trabalhista de 2016, mas também pela derrocada petista, o que não era o caso de Fernando Henrique Cardoso nos anos 90. “O governo tem todas as condições para aprovar a reforma”, resumiu o cientista político Antonio Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Está portanto nas mãos do presidente a aprovação da proposta.  Cabe a Bolsonaro não errar. Nada menos que 23 dos novos deputados atendem pela alcunha de capitão, sargento, major, cabo, delegado ou general. Destes, 14 são do PSL, ou quase um quarto da bancada da sigla. Os deputados com patente, um deles inclusive com o hábito de andar fardado pelo Congresso, representam pouco mais de um terço dos 61 integrantes da “bancada da bala”, segundo cálculo do Diap. Bolsonaro não conseguirá fazer uma reforma da Previdência ampla sem pactuar com cuidado a situação de policiais e militares.

Reduzida a 77 deputados, de acordo com o Diap, a bancada ruralista tende a pressionar por condições diferenciadas para o trabalhador rural. Esta também deve ser uma demanda da bancada nordestina, de forma um pouco generalizada. São representantes de Estados em que o eleitorado rural ainda representa um contingente importante. Por outro lado, a proposta de capitalização da previdência tende a mobilizar os deputados de alguma forma vinculados ao sistema financeiro.

Definidas as linhas gerais do texto e azeitada a articulação, Bolsonaro precisa calibrar o calendário. Uma reforma da Previdência ambiciosa, por meio de uma emenda constitucional nova, não se aprova em poucas semanas, como quer fazer crer o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Há que se pensar, com muito otimismo, em aprovação na Câmara em julho e no Senado entre setembro ou outubro, se tudo der certo, na avaliação de Queiroz. Ele lembra que a reforma mais rápida foi aprovada por Lula em 2003, e tramitou por nove meses no Congresso. Ainda assim, foi votada depois de um acordo para que o Senado sugerisse alterações em uma PEC paralela.

Reforma trabalhista
O fenômeno não é brasileiro, é global: a automação da indústria, que começa a se estender para o setor de serviços, destrói empregos e induz a um movimento de redução de custos do trabalho. A liberalização do comércio mundial, e, em alguns casos, da imigração reforçam a tendência de desvalorização da mão de obra local.
Se a realidade por si só é amarga, a mistificação não precisaria ser feita. Soa cínico o discurso oficial de que o trabalhador jovem poderá optar no futuro entre ter uma carteira de trabalho azul, a porta da esquerda, com todos os direitos e poucas ofertas, ou outra verde-amarela, porta da direita, produto da livre negociação entre empregado e empregador.

Jovem que entra no mercado de trabalho não tem outro ativo para oferecer a não ser a disposição para topar qualquer empreitada. Não está na posição de escolher coisa alguma. Está claro que quem terá a opção é o empregador, a quem caberá estabelecer todas as cláusulas contratuais. A relação é obviamente assimétrica.  Na construção do discurso antitrabalhista oficial ganha destaque a identificação da CLT com a Carta del Lavoro, de Mussolini. Confundem, deliberadamente, ideologia com história. É fato que Getúlio inspirou-se no ditador italiano, mas Mussolini não era um demiurgo. Os acontecimentos históricos nas primeiras décadas do século 20, em especial a Revolução Russa e a catástrofe de 1929, levaram ao poder governos que procuraram intervir nas relações sociais para mantê-las sob controle. Foram criadas válvulas de escape, na Itália fascista, nos Estados Unidos de Roosevelt, no Reino Unido durante os governos trabalhistas, na Argentina de Perón, no México de Cárdenas. É por um imperativo histórico, e não ideológico, que no mundo inteiro estes mecanismos de proteção estão sob ameaça ou sendo revertidos.


Valor Econômico

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

FUX E OS BOLSONAROS 3: Não há como ministro Marco Aurélio não cassar a liminar de Fux, tão exótica ela é; mas esse é o menor dos problemas

Bem, dizer o quê? Acho que Marco Aurélio vai lembrar o voto dado pelo Supremo e autorizar a retomada das investigações pelo Ministério Público Estadual do Rio.
[por enquanto, pelo menos até o fim das férias do Supremo (1º/fev), Marco Aurélio não vai e nem pode fazer absolutamente nada - dia 1º ele poderá adotar, ou tentar, continuar a operação 'ataca Bolsonaro'
poderá, visto que ele é  não é o dono do processo  e o pedido apresentado foi para o processo ir para o Supremo - não foi para Marco Aurélio, o relator, - assim, o destino do Supremo passa para as mãos de Toffoli que pode enviar para Marco Aurélio ou pautar para o Plenário.

O Reinaldo acerta quando diz que ou o MPF entra nesse caso ou começa a prevaricar - será que essa lentidão do MPF, não habitual, é consequência de que sabem que a acusação não vai prosperar.
mas, passa a deixar de acertar quando defende que Bolsonaro tem que ser ouvido, investigado - por enquanto nem o Fabricio está sendo acusado.

E o Parágrafo 4º do Artigo 86 da Constituição, que estabelece: 
“O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”.

Nos novos tempos o que está na Constituição tem mais valor do que a interpretação solitária de um 'supremo ministro' ou da chefe da PGR - se autoridades começaram a interpretar a CF de forma individual, em breve teremos onze interpretações constitucionais.

Não vejo alternativa. De toda sorte, volto aqui a uma questão de que já tratei: cadê o Ministério Público Federal nessa história? O próprio Flávio Bolsonaro, o não-investigado, está a dizer, também na esfera da investigação, que se trata de um caso… federal. E é. Até porque ao menos uma ex-funcionária sua que aparece repassando dinheiro para Queiroz foi transferida depois para o gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro… Refiro-me a Nathalia, filha de Queiroz. A propósito: enquanto ela estava lotada no gabinete do então deputado federal, em Brasília, era personal de famosos no Rio…

Continua aqui

 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Relatores da ONU cobram resposta ...[presidente Bolsonaro, essa é uma das cobranças que não merece resposta.]



Relatores da ONU cobram resposta de Bolsonaro sobre morte de Marielle

[razões da interferência indevida da ONU não merecer resposta:

- caráter parcial da cobrança: qual a razão da ONU priorizar a investigação de duas mortes em um país no qual ocorreram mais de 60.000 assassinatos em um ano? 
a maioria sem solução até o momento, incluindo a tentativa de assassinato do presidente da República, quando candidato - que pela natureza institucional do cargo, justifica priorizar as investigações, que estão a cargo da PF - até o momento não está completamente esclarecida;

- qual as razões que fazem a ONU deixar assuntos de âmbito mundial - guerra civil na Síria, milhares de imigrantes na Europa, civis palestinos assassinados na Faixa de Gaza, fome no Iêmen e muitos outros itens -  e priorizar dois assassinatos, que estão entre os assuntos policiais, internos, da competência exclusiva da polícia brasileira?

Uma instituição que deixa seus objetivos principais e faz perguntas sem razão, merece o silêncio como resposta.

pergunta oportuna: relatores do que?  devem ser de algum setor específico daquela organização - simplesmente, da ONU, faz lembrar aquele parecer dado por 'conselheiros' da ONU recomendando soltar o presidiário Lula e que foi ignorada, acertadamente, pelas autoridades brasileiras.]

Assassinato da vereadora e de seu motorista completa 300 dias sem que ninguém tenha sido detido; 
governo diz que está trabalhando em resposta aos relatores

 O governo de Jair Bolsonaro recebeu, em seu primeiro dia no cargo, uma carta enviada por relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) que cobraram dele respostas urgentes para esclarecer o assassinato de Marielle Franco (PSOL). O assassinato da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, completa 300 dias sem que ninguém tenha sido detido.  Mantida em total confidencialidade até março, a comunicação foi emitida no dia 31 de dezembro de 2018 em Genebra, e chegou ao gabinete do novo governo em seu primeiro dia de trabalho. 

Apesar do sigilo do material, o Estado apurou com três fontes diferentes que o texto da carta cobra do governo explicações sobre o andamento das investigações sobre a morte da vereadora do Rio de Janeiro e pergunta o motivo pelo silêncio até agora sobre os resultados do inquérito. O texto ainda faz um alerta ao governo: os relatores, apesar do sigilo, poderiam considerar fazer uma declaração pública à imprensa internacional para alertar sobre a queixa dirigida ao Brasil. [que alertem: assuntos internos do Brasil dizem respeito ao Brasil e as autoridades brasileiras.] 
 
O sigilo na carta será suspenso em março, quando a queixa e a eventual resposta do governo brasileiro serão publicadas nos sites da ONU. O Estado apurou que, por enquanto, nem o Palácio do Planalto e nem o Itamaraty deram uma resposta à cobrança feita pelos relatores. 
Mas o documento foi interpretado como um sinal por parte dos especialistas internacionais de que irão acompanhar de perto a aplicação da política de segurança e de direitos humanos por parte do novo governo. [que acompanhem; não vale é no afã de acompanhar as políticas brasileiras esqueçam que a ONU é antes de tudo formada por muitas nações e inúmeras delas merecem, e precisam, acompanhamento atento e constante.] 
 
Entre os relatores, os comentários de Bolsonaro sobre a forma de lidar com a violência no Brasil e seu questionamento sobre direitos humanos tem sido alvo de extrema preocupação. No final do ano passado, a viúva de Marielle, Mônica Benício, esteve na ONU para também pedir o apoio da entidade no que se refere à falta de esclarecimentos na morte da vereadora.  

Essa não é a primeira vez que os relatores da ONU questionam o Brasil no que se refere ao assassinato. Marielle foi morta no dia 14 de março de 2018.  No dia 22 daquele mês, dez relatores da ONU se uniram para emitir uma carta dura às autoridades brasileiras, pedindo que a intervenção federal no Rio de Janeiro fosse repensada e exigindo respostas diante do assassinato de Marielle Franco. Os peritos ainda enviaram uma carta ao governo brasileiro e deram 60 dias para que esclarecimentos sejam apresentados. Não se trata de uma obrigação legal. Mas, dentro da ONU, ignorar um pedido de um relator é interpretado como um gesto político de que um governo não dá a devida legitimidade a um sistema que ele mesmo criou.
“Uma preocupação muita grave é expressada na morte de Marielle Franco e seu motorista, que pode ser relacionada como o exercício legítimo de seu direito de liberdade de expressão, sua participação na vida política e pública”, declaram na carta os relatores em março de 2018. 

Ao solicitar investigações “independentes, imparciais, transparentes e efetivas”, os relatores apresentaram uma lista de cinco solicitações às autoridades brasileiras, entre elas a divulgação de detalhes das investigações sobre o assassinato. O grupo ainda pediu que fossem explicadas as medidas que existem no Brasil para “garantir que os defensores de direitos humanos possam realizar seu trabalho legítimo sem ameaças ou atos de intimidação”. Para completar, os relatores solicitaram que fossem fornecidas “informações detalhadas sobre as medidas tomadas por autoridades para proteger aqueles que participam da vida pública e política contra a violência”.  

Resposta

Ao Estado, o Itamaraty confirmou que está trabalhando em uma resposta aos relatores. “O governo brasileiro recebeu a comunicação conjunta do Escritório da Alta Comissária para os Direitos Humanos (EACDH) em 2 de janeiro e responderá à comunicação dos procedimentos especiais do Conselho de Direitos Humanos ao longo desta semana, tão logo esteja concluída a versão das informações a uma das línguas de trabalho das Nações Unidas”, indicou a chancelaria, por meio de uma nota.
“Na referida comunicação, os titulares dos procedimentos especiais fazem referência a informações já fornecidas pelo governo brasileiro em março e setembro passados, assim como solicitam esclarecimentos adicionais sobre o assassinato de Marielle Franco”, esclareceu.
“A comunicação informa, ainda, que seu teor e o de eventual resposta do governo brasileiro serão publicados, dentro de 60 dias, na página eletrônica do EACDH”, completou o Itamaraty.

O Estado de S. Paulo

 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Presidente da CUT pede arrego no 1º dia do novo governo

[Veja o vídeo de 15 de novembro e as imbecilidades nele veiculadas com a situação de agora.]

CUT não reconhece governo Bolsonaro!!! FALA de seu PRESIDENTE em 15 nov. de 2018 #InfoDigit-PC

 No entanto, com a CUT passando necessidades,  e Vagner Freitas - consciente de que seus latidos de 15 nov 2018, são idênticos aos que emitiu quando prometeu pegar em armas para manter a 'escarrada' Dilma Rousseff no Planalto, promessa não realizada. e outros cinco dirigentes sindicais enviaram ontem, dia 1º, uma carta ao presidente Bolsonaro,  pedindo diálogo.

Parece natural, que agora o presidente da República não reconheça o pelego da CUT como representante da classe trabalhadora.

Tem que jogar duro com essa turma. [ignorar e, se necessário, neutralizar.]

Cidade Online 

 

 

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Greve dos caminhoneiros: presidente do Senado cancela viagem e marca reunião de líderes para discutir crise e vice pede cabeça de Parente



Eunício Oliveira (MDB-CE) havia sido criticado por ir para seu estado natal

Em meio à crise por causa da greve dos caminhoneiros e às críticas por ter deixado Brasilía, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) decidir retornar de seu estado natal, o Ceará, e convocou, para às 19h desta quinta-feira, uma reunião extraordinária de líderes para debater a situação. Na sexta-feira, ele irá convocar uma sessão deliberativa extraordinária, ainda sem horário definido para tratar da crise. Os caminhoneiros afirmam que só irão suspender a greve após o Senado votar o projeto que zera as alíquotas das contribuições do PIS/Cofins sobre o diesel, aprovado na quarta-feira na Câmara dos Deputados. Eunício havia declarado que a matéria teria que passar por debate nas comissões da Casa antes de ir ao plenário.

O presidente do Senado alegou que medidas provisórias trancam a pauta e impediu que o líder do governo, Romero Jucá (MDB-RR), iniciasse ainda na quarta-feira a discussão. Ele é aliado do governador Camilo Santana (PT-CE), que, como outros governadores, são contra a redução do PIS/Cofins.  Mais cedo, Eunício havia dito que teria agenda no Ceará com o governador e com o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Entretanto, pelo Twitter, o senador comunicou que suspendeu o compromisso.  “Decidi voltar a Brasília, suspendendo agenda c/o governador, onde anunciaríamos investimentos p/ combater a seca no meu Ceará que já vive uma grave crise de falta d’água há 6 anos. Em Brasília, retomaremos as negociações em torno das saídas possíveis p/ a greve dos caminhoneiros”, disse Eunício.


O vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima, disse que está ligando pessoalmente para os líderes e para os senadores voltarem a Brasília.  Uma das alternativas poderia ser uma desoneração menor do PIS/Cofins, mas Cássio não sabe ainda qual a saída. — Vamos nos reunir para arredondar esse tijolo que veio da Câmara. Mas é o governo quem tem que negociar com os caminhoneiros para ver o que querem e o que pode ser feito para acabar essa greve — disse Cássio.

Sobre o obstáculo das medidas provisórias trancando a pauta de votações, ele disse que um acordo pode contornar essas dificuldades.  — O momento que vivemos não suporta preciosismos regimentais. O regimento já foi tantas vexes violado. Com acordo se encontra solução para tudo — disse Cássio.

O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), disse que nesse momento ninguém pode se omitir, e que já está a caminho de Brasília para a reunião hoje a noite. — Não podemos nos omitir nesse momento. Temos que votar os projetos que diminuam impostos dos combustíveis e ajudar a resolver a crise. Porque a incompetência desse governo virou ingovernabilidade — disse Caiado.


Antes do anúncio do cancelamento da viagem do presidente do Senado, o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, criticou a falta de preocupaçao do Congresso com a questão, ao ser questionado sobre a possibilidade de o Senado só aprovar na próxima semana o projeto de lei que, junto com a reoneração da folha de pagamento, prevê a redução do PIS/Cofins sobre combustíveis:

— Isso é uma demonstração da representação que nós temos no país do Parlamento e a preocupação que eles têm com o país.



Vice-presidente do Senado diz que presidente de Petrobras deve rever política de preços ou pedir demissão

Cássio Cunha Lima afirmou que governo está 'derretendo'



Em um discurso inflamado no plenário, o primeiro vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) fez pesadas críticas à condução do presidente Michel Temer da crise provocada pela greve dos caminhoneiros, em função da política de reajustes dos combustíveis da Petrobras. O tucano disse que o governo está "derretendo" e cobrou uma posição urgente de Temer para demitir o presidente da empresa, Pedro Parente, que resiste em alterar a política de preços dos combustíveis da companhia.


— O governo está acéfalo, derretendo, e vivemos uma crise sem precedentes que não pode entrar pelo final de semana a dentro. Ou o senhor Pedro Parente aceita rever a política de reajustes dos combustíveis, ou pede demissão ou é demitido. E isso tem que ser para ontem. A Petrobras não é maior que o Brasil — cobrou Cássio Cunha Lima.

Pedindo ainda uma reforma tributária  urgente, Cunha Lima disse ser insustentável a política de fazer reajustes diários. Ele reclamou que Temer e o ministro das Minas e Energia, Moreira Franco, não se dispuseram a dar um telefonema para os senadores para buscar uma saída para a crise.  — Não há como ter previsibilidade, sobretudo num país continental como o Brasil. E se o presidente da Petrobras insiste em manter essa politica, que o presidente da República exerça a sua autoridade, se é que ainda tem alguma autoridade, e demita o presidente da Petrobras — repetiu, protestando contra a “arrogância” com que o presidente da Petrobras trata o país não pode ser aceita.


Em reação a Cunha Lima, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) disse que a responsabilidade da crise é também do Congresso. O Congresso Nacional também falhou. Essa reforma tributária depende de nós — disse Ataídes.  A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman (PT-PR), discursou e disse que de novo o Congresso pode dar o remédio errado para solucionar a crise dos combustíveis, já que a retirada da Cide e ICMS pode impactar negativamente estados e municípios. A petista disse que Parente está "louco".  Dizer que a crise da Petrobras foi provocada pela corrupção? Tem que ser investigado sim, mas o impacto da corrupção é de R$6 bilhões e o faturamento anual da empresa é de R$500 bilhões. O problema é de gestão na política de paridade de preços. Estão cometendo crime de lesa pátria — discursou Gleisi, apelando que a reforma tributária não seja aprovada no calor da crise.

O senador Jorge Viana (PT-AC) apresentou requerimento para convocar Pedro Parente, o ministro Moreira Franco e representantes dos caminhoneiros para serem ouvidos em uma comissão do Senado. Em meio às críticas contra Parente, Moreira defendeu o presidente da Petrobras e disse que ele merece confiança:— Pedro Parente merece toda a confiança do governo — disse.


O Globo