Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador trem-bala. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador trem-bala. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

"Militares e militantes"



Forças Armadas são uma das instituições mais democráticas do país

Por todos os motivos, minha geração ficou traumatizada com militares e passou toda essa raiva, medo e antagonismo às gerações seguintes por associá-los à memória dolorosa da ditadura. Mas, com a democratização e sua correta atuação, as Forças Armadas ganharam prestígio e popularidade e hoje são a instituição em que a população mais confia. E os políticos, a menos confiável.
Elas são uma das instituições mais democráticas do país, na igualdade de oportunidades para brancos e pretos, pobres e ricos, homens e mulheres, crentes e ateus, com suas promoções, responsabilidades e salários baseados no mérito e em resultados. Garantem estudos de qualidade e cursos de especialização, formam bons profissionais no princípio da disciplina e da hierarquia, da ética e da disposição de servir ao país.  Depois de toda a desilusão com ministros políticos e os estragos que fizeram, por que não tentar militares com formação, especializações e experiências que os capacitem a ocupar uma pasta-chave como a Infraestrutura? Justamente onde abundam as ratazanas que se alimentam de obras públicas, propinas e concorrências fajutas, onde obras fantasmas, sem sair do papel, consomem milhões e enriquecem uns poucos, como o trem-bala de Dilma, como as milhares de obras paradas pelo país. O ideal é um general para comandar com mão de ferro essa missão contra a corrupção sistêmica e pela melhoria das obras públicas.

Para parlamentares chantagistas e empresários gulosos habituados a lidar com políticos habilidosos no caminho das verbas e dos contratos, negociar com um general durão na Secretaria de Governo vai ser osso. E certamente é muito mais raro flagrar um corrupto entre militares do que entre políticos e empresários, como temos visto.

Será que militares com boa formação não serão mais adequados e eficientes no governo do que sindicalistas ligados a partidos? Mas militares qualificados em cargos de comando do governo não significam nenhuma militarização do país, só o descrédito e a raiva do poder político civil.

 


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

“O ano que começa mais cedo”

Cinco notas de Carlos Brickmann

Depois do Carnaval? Não, 2016 é diferente. Começa amanhã, dia 7, com a volta do juiz Sérgio Moro ao trabalho, depois dos feriados de fim de ano. Começa com a Polícia Federal se sentindo mordida com o corte de verbas. Começa com o empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula, com livre acesso às dependências do Palácio, e Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado, presos e pressionados: ou fazem delação premiada ou estão sujeitos a longas penas. [pensam no Marcos Valério do MENSALÃO - PT; não fez acordo e se ferrou sozinho.
Delcidio está mais assustado, pois foi informado que nas cadeias presos coroas, cabelos brancos, boa aparência, são os preferidos para serem mocinhas.
O Bumlai é mais desajeitado mas terá sempre um preso para usá-lo]
 
Há mais. O grupo de trabalho do Ministério Público encarregado de investigar políticos recebeu reforço: cinco subprocuradores para atuar especificamente nos recursos dos envolvidos na Operação Lava Jato ao Superior Tribunal de Justiça; e outros quatro investigadores. Cada caso pode ter inúmeras ramificações. Nas palavras do ministro Teori Zavascki, “puxa-se uma pena e vem uma galinha”.

Fernando Henrique, entrevistado no Manhattan Connection de domingo, disse que um dos problemas para tentar resolver politicamente a crise é que nunca se sabe se, na hora da conversa, o interlocutor estará solto. Fernando Henrique vê a situação com clareza: enquanto o trabalho da Justiça se desenvolver, tudo fica parado. E o avanço das investigações é imprevisível: se Delcídio e Bumlai falam, é uma coisa; se silenciam, é outra. Quem diria, há não muito tempo, que o líder do governo no Senado seria preso? Quem diria que o maior empreiteiro do Brasil, Marcelo Odebrecht, passaria meses preso e não sairia nem no Natal?
STF e STJ soltarão muita gente. Mas quem ocupará seu lugar em Curitiba?

Ajuda à memória
Só para lembrar, há inquéritos no Superior Tribunal de Justiça sobre o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, do PMDB, e do Acre, Tião Viana, do PT. Outro envolve o ex-ministro (de Dilma) Mário Negromonte, do PP baiano. Os três fazem parte do grupo político que apoia a presidente.

Negromonte só não é ativo na luta contra o impeachment porque está hoje no Tribunal de Contas.

Movimento permanente
Os prazos em que ocorrerão os principais eventos judiciários dependem de uma série de fatores ─ inclusive feriados, dias de ponto facultativo, etc. Por exemplo, o ministro Teori Zavascki deu prazo de dez dias para que o deputado Eduardo Cunha se manifeste sobre o pedido do Ministério Público para afastá-lo da Presidência da Câmara. Dez dias não são dez dias: o prazo começa quando Cunha for notificado da decisão. Isso só pode ocorrer em fevereiro, quando o Supremo volta do recesso e manda notificá-lo. Se a notificação for entregue pelos oficiais de justiça na segunda, dia 1º, o pedido de afastamento pode começar a ser julgado na sessão de quarta, dia 17. Se a notificação não for logo entregue, talvez fique tudo para março.
São dez dias que podem valer por 50. Só que, enquanto não há decisão, a política fica fermentando e esquentando a crise.

Crise? Que crise? 
1 - Lembra daquelas terríveis cenas de pessoas barradas na porta de hospitais fluminenses por falta de vagas? Da moça que deu à luz na rua, porque nem no corredor do hospital quiseram aceitá-la? Das declarações do governador Pezão, de que o dinheiro tinha acabado, que os cofres estavam raspados, que não sobrava nem para a Saúde? Pois a situação deve ter melhorado muito: no dia 31, o governo do Rio determinou gastos de R$ 120 milhões com propaganda oficial em 2016 (a quantia pode chegar a R$ 150 milhões). É o mesmo que foi gasto no ano passado, sem um tostão sequer de economia. Pensando bem, é até pouco: para botar na cabeça da população que o governo é bom, que é que vão fazer?

2 - A Câmara dos Deputados gastou, em 2015, R$ 14 milhões com combustíveis e lubrificantes (o levantamento é da Operação Política Supervisionada, de Lúcio Batista). São cerca de 4 milhões de litros de gasolina que o caro leitor teve a honra de pagar para Suas Excelências, que o representam em Brasília.

3 - Lembre-se: há alguns anos, falou-se muito em trem-bala, e a presidente Dilma Rousseff criou uma estatal, a Empresa de Planejamento e Logística, exclusivamente para tomar conta do projeto. O trem-bala não saiu, não se fala mais no assunto, mas a EPL vai bem, obrigado. Tem 185 funcionários. E gastou R$ 46 milhões em 2015.

É a prova de que o trem-bala é um meio de transporte ultrarrápido: já passou, ninguém viu, e a gente continua a pagar por ele.

Mas houve economia
Nem só de gastança, entretanto, vive o governo. Há ocasiões em que, atento à crise, o Palácio do Planalto decide cortar despesas. Em 2015, por exemplo, o ano em que a presidente Dilma Rousseff declarou que o Brasil seria a Pátria Educadora, o Ministério da Educação teve corte de 10% do orçamento ─ aproximadamente R$ 10,5 bilhões de reais.
Dinheiro só para áreas prioritárias, como pagamento de diárias de hotéis cinco estrelas no exterior para delegações oficiais.

Ministros do Brasil
Todos os envolvidos desmentirão. Mas vários informantes confiáveis, em Brasília, garantiram que o ex-ministro Delfim Netto foi sondado por Dilma para a Fazenda. Desde o início dos governos petistas, Delfim esteve entre os conselheiros informais do presidente Lula.
Delfim recusou, Nelson Barbosa aceitou.

Fonte:  Coluna de Carlos Brickmann - http://www.brickmann.com.br/

 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

As estatais sob o jugo do PT

 A “defesa” das estatais sempre esteve no discurso petista. Era um ponto inegociável, isto é, sem qualquer possibilidade de diálogo. Basta recordar como o PT pôs sua tropa de choque na rua para tentar inviabilizar as privatizações do governo FHC. Felizmente, a intolerância petista não foi capaz de impedir as privatizações dos anos 90 e a população pôde ter acesso, por exemplo, a serviços de telecomunicações de melhor qualidade - ao menos, já não é preciso pagar ágio para ter uma linha telefônica.

Uma vez que, com as inegáveis melhorias nos serviços privatizados, já não cabia mais na agenda pública discutir a reestatização das empresas privatizadas, era de esperar que a bandeira petista a favor das estatais significasse ao menos algum avanço para as estatais remanescentes. No entanto, o que se vê depois de 13 anos do partido no governo federal é o avanço do retrocesso. E isso não ocorre apenas na Petrobrás, envolvida no maior escândalo de corrupção da história nacional, como consequência direta do aparelhamento promovido nos governos Lula e Dilma. Há uma generalizada deterioração das estatais. 

Reportagem do jornal O Globo a respeito das empresas estatais dependentes do Tesouro Nacional - são 18 nesse grupo - revela que elas estão mais inchadas e mais deficitárias. Ao analisar essas empresas ao longo dos anos do primeiro governo de Dilma, vê-se uma trajetória assaz preocupante. Em 2009, o resultado global dessas 18 empresas foi um prejuízo de R$ 179 milhões. Em 2013, o déficit foi simplesmente dez vezes maior, alcançando a cifra negativa de R$ 1,8 bilhão. Era a consequência imediata do fato de que, das 18 estatais dependentes do Tesouro Nacional, 12 haviam fechado o ano no vermelho. 

Um governo responsável utilizaria todos os meios para reverter essa situação. No entanto, os números da folha de pagamento mostram que o governo Dilma não foi apenas omisso em reverter o quadro, mas promoveu ativamente essa situação.   Em 2009, as 18 estatais tinham 36.488 funcionários. Em 2013, já eram 47.433 pessoas. Mas o descaso administrativo do governo Dilma fica ainda evidente quando se observa o crescimento da folha de pagamento - é que o número de funcionários cresceu 30%, mas a folha de pagamento cresceu 108%. Em 2009, foram gastos R$ 3,5 bilhões com os salários dos funcionários. Em 2014, foram R$ 7,3 bilhões. 

A situação de crescimento desenfreado da folha de pagamento não apenas afetou o resultado fiscal do governo, mas a qualidade do uso dos recursos do Tesouro Nacional. No ano de 2014, o contribuinte pôs R$ 15 bilhões nas 18 estatais, mas apenas 28% desse dinheiro foi destinado a investimentos. Gastou-se muito e gastou-se mal. 

Entre as estatais dependentes do Tesouro - estão na lista a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por exemplo -, um caso retrata bem a “eficiência” petista. Trata-se da Empresa de Planejamento Logístico, fundada em 2002 para planejar a construção do trem-bala, projeto que até hoje não saiu do papel e não se sabe se algum dia sairá. Na sua criação, tinha 65 funcionários. Hoje, conta com 161. E o atual número se deve ao período de vacas magras - antes do ajuste fiscal, a empresa chegou a ter 185 funcionários. 

Tal quadro desmerece a capacidade administrativa de qualquer governo, ainda mais de um governo cujo partido sempre afirmou estar a favor das estatais. Mostra como o discurso pode estar distante da realidade. E esse mal é contagioso. O órgão do Ministério do Planejamento que cuida das estatais - Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais - afirma que sua missão é “aperfeiçoar a atuação do Estado enquanto acionista das empresas estatais federais, com vistas a potencializar os investimentos da União em benefício da sociedade”. A sociedade está à espera desses benefícios.

Fonte: Editorial – O Estado de São Paulo

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ministro tenta insistir na falácia de que concessões petistas são diferentes de privatizações tucanas



Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, é um petista que não costuma dizer tolices. A minha recomendação é que não comece a fazê-lo agora. Por que renunciar ao caminho da boa distinção para cair na vala comum do proselitismo mixuruca? A que me refiro?

Concessão e privatização
O ministro participou de uma audiência no Senado e procurou endossar o discurso vigarista lamento, viu, Barbosa?de que as concessões que o PT faz são diferentes das privatizações tucanas. O doutor sabe que está enrolando o público. Se o governo quiser tomar a Embraer de volta, com efeito, ele não pode porque não se trata de uma área do estado, exercida sob concessão. O Brasil já chegou a ser dono até de hotel…

Quanto ao resto, pode, sim. Serviço de telefonia, mineração, ferrovia, rodovia… A iniciativa privada explora essas áreas sob CONCESSÃO, senhor Barbosa, que o PT sempre chamou PRIVATIZAÇÃO. Então ficamos assim: se era privatização antes, é agora; se é concessão agora, era concessão antes. Insistir na distinção afeta a sua seriedade.

Pouco dinheiro
Barbosa foi indagado sobre o peso que o pacote de concessões pode ter no PIB — e ele certamente respondeu pensando pelo topo, isto é, imaginando que tudo sairá conforme o que está no papel, o que não vai acontecer. Ele respondeu: 0,5 % ao ano. Claro que, para um país que vai encolher quase 2% neste 2015, é um ganho considerável — se acontecer. Mas o número dá conta de que o barulho da percussão é bem superior à qualidade da música.

BNDES
Barbosa afirmou que o BNDES continuará ativo no processo de privatização, mas agora buscando uma parceria mais efetiva com o financiamento privado: quanto mais a empresa conseguir se financiar no mercado, mais acesso terá ao juro subsidiado do banco público. Faz sentido. Na área de ferrovia, no entanto, o BNDES pode adotar um critério mais generoso.

Bioceânica
O ministro negou que a Ferrovia Bioceânica seja o trem-bala da hora,
o projeto aloprado da presidente Dilma, que consumiu muitos milhões na fase de estudos e não vai sair do papel. “Trem-bala só faz sentido se fizer todo traçado; a ferrovia Bioceânica pode ser feita em partes, começando pelas que são mais viáveis comercialmente.” Citou, por exemplo, os trechos de Sapezal (MT) a Porto Velho (RO) e de Água Boa (MT) até Campinorte (GO). Certo, como se nota, ele também achava a obsessão de Dilma uma bobagem. [para transportar o que? a comparação feita quanto aos custos do frete das regiões produtoras para o porto peruano e para Santos, prova que a opção Santos custa 2/3 da opção peruana.]

A ver. A coisa tem certo cheiro de megalomania, especialmente porque, hoje, amarrado ao Mercosul, tanto faz o Brasil ter acesso a um ou a dois oceanos. Ficará igualmente travado. Há um risco de que esse troço comece e vire aquele peso a ser levado por gerações. “Ah, Dilma nos abriu o caminho para o Pacífico.” Ao que perguntaria o poeta Ascenso Ferreira: “Pra quê?”. E a resposta seria: “Pra nada!”.

De resto, como a área de ferrovia é justamente aquela em que o BNDES vai entrar de modo mais generoso, a chance de o dinheiro ser jogado fora é grande.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo