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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dilma e Levy, os coveiros do PT


A  levar-se em conta o que o PT fala deles, jamais a presidente Dilma Rousseff e o ministro Joaquim Levy se pareceram tanto.
Dilma precisava de um ortodoxo para tocar a economia que ela conduzira tão mal no seu primeiro mandato.

Aconselhado por amigos banqueiros, Levy aceitou o convite de Dilma com a pretensão de salvar o Brasil e enriquecer seu currículo. Agora, o PT vê os dois como seus coveiros. O partido é mais impiedoso com Levy, um completo estranho no reino da estrela vermelha. 

Estaria à vontade em um governo emplumado do PSDB.  Dilma está longe de ser uma petista de raiz. Ajudou a fundar o PDT de Leonel Brizola. Ali ficou por 20 anos. Tem 14 anos de filiada ao PT.  Só trocou de partido quando Lula estava prestes a se eleger presidente da República em 2002. Na semana passada, e pela primeira vez de público, o PT deu sinais do forte incômodo que lhe causa a dobradinha Dilma-Levy.
Dois senadores do partido assinaram um manifesto contra o ajuste fiscal imaginado por Levy e patrocinado com reticências por Dilma. Um dos senadores, Lindberg Farias (RJ), pediu a cabeça de Levy. Ninguém com mandato tinha agido assim até então. Ninguém tinha gritado palavras de ordem contra o ministro em reuniões oficiais do PT. Pois na abertura da etapa paulista do V Congresso Nacional do partido a ser realizado em Salvador, em meados de junho próximo, militantes gritaram: - Ei, Levy, pede pra sair e leva com você o FMI (Fundo Monetário Internacional)".
Não foi o pior – afinal, ninguém controla militantes.
Manifesto da direção do PT paulista disse com toda a crueza: “Nossos sonhos não podem ser delimitados pelas estreitas margens que a equação financeira suporta, nem pelas contingências de governabilidade. (...) Nossa defesa do governo que elegemos não pode nos afastar das ruas e dos movimentos sociais. (...) A agenda do governo nos últimos meses se distancia do que o PT representa”.
Marco Aurélio TOP TOP Garcia, assessor especial de Dilma, bem que tentou acalmar a militância. Sugeriu: “Temos que propor que essas correções que estão sendo feitas do ponto de vista fiscal possam permitir que daqui uns poucos meses estejamos com este problema resolvido”.
Poucos meses? Ou Marco Aurélio não sabe o que diz ou preferiu esconder o que sabe. O PT beneficiou-se da política econômica irresponsável que ajudou Dilma a se reeleger. Que amargue o desgaste de se manter ao lado dela no momento em que Dilma flerta com um futuro menos atroz. Se tudo der certo, os poucos meses que nos separam da solução do problema fiscal se transformarão em anos. Resta ao PT torcer para que tudo se resolva antes da eleição presidencial de 2018.
Levy está pessimista – e com razão. Ele espera para este ano uma contração de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país. Será o pior resultado dos últimos 25 anos. A inflação deverá bater a casa de 8,26%, bem acima do centro da meta de 4,5%. E, no entanto... O tamanho do ajuste fiscal acabou ficando aquém do que ele considerava necessário.
Foi por isso que faltou ao anúncio do ajuste na sexta-feira. Quis marcar posição. Levy desconfia que está sendo fritado. Ninguém no governo o defende com convicção nem se associa de verdade ao que ele faz. O único consolo de Levy é o de poder ir embora se não der mais. Dilma, não pode. Levy não corre o risco do desemprego. O PT corre o risco de perder o poder.

Detalhe: a petralhada quer reduzir salários, jornada de trabalho e aumentar arrecadação



Redução de jornada e salário pode ser mais uma obra do petismo! Parabéns, companheiros!
O governo estuda, informam Natuza Nery e Cláudia Rolli, na Folha de hoje, propor a redução da jornada de trabalho em 30% e de salários em 15% como forma de conter o desemprego e não afetar a arrecadação. A alternativa conta com o apoio das maiores centrais sindicais do país.

A demissão, obviamente, leva à perda de arrecadação. O mesmo acontece quando as empresas recorrem ao “layoff”, que é a suspensão do contrato por cinco meses — nesse caso, os trabalhadores passam a receber o seguro-desemprego. O governo veria aí também uma saída para se reaproximar dos sindicatos. É… Dos sindicatos, até pode ser. Já dos trabalhadores…

A crise já está batendo forte no emprego, e se sabe que está só no começo. Há quem vislumbre uma taxa de desemprego perto de 12% no auge do aperto. O mercado de trabalho teve o pior abril em 23 anos. Um dos pilares do, vá lá, modelo petista era o consumo. Já ruiu. O outro era o emprego…

Vamos ver. Não basta só negociar com as centrais, não é? É preciso ver se as empresas aceitam. Em tese, a diferença entre redução da jornada (30%) e de salário (15%) seria compensada pela redução de outros custos… Mas só em tese. No período de vigência do acordo, as empresas certamente ficariam proibidas de demitir. É preciso ver se uma camisa de força como essa é compatível com um momento de crise. Não parece.

Mas digamos que se consiga um acordo em escala nacional. Talvez um terceiro pilar do sucesso do petismo tenha sido a frequência com que categorias profissionais negociaram reajustes acima da inflação. É possível que os trabalhadores tenham memória de tempos em que o salário crescia abaixo da taxa inflacionária, o que é perda real de ganho, claro! Mas certamente não se lembram de ver parte do seu salário nominal ser amputada, ainda que eles possam ficar em casa um ou dois dias de papo pro ar ou passem a trabalhar duas horas e meia a menos por dia.

Se isso acontecer, será, sem dúvida, mais uma experiência que o Partido dos Trabalhadores proporcionará aos… trabalhadores. É melhor do que o desemprego? Certamente! Mas é bom? Ah, não é mesmo. Sem contar que um corte de 15% no rendimento dos assalariados não é, assim, um estímulo bom para a economia, né? Colabora para a chamada espiral para baixo e acabará afetando diretamente os setores de comércio e serviços.

Que obra, hein, Dilma? Huuummm… Compatível com quem demonstrou alguma compreensão com os sacrifícios humanos nas civilizações pré-colombianas…

Por:  Reinaldo Azevedo


Veto de Dilma que nega transparência ao BNDES é inconstitucional!



A presidente Dilma Rousseff vetou o texto aprovado pelo Congresso que determinava o fim do sigilo nos empréstimos e financiamentos concedidos pelo banco federal de fomento, o BNDES.  Na justificativa para o veto, o Palácio do Planalto diz que “a divulgação ampla e irrestrita das demais informações das operações de apoio financeiro do BNDES feriria sigilos bancários e empresariais e prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras”.

A Presidência argumenta ainda, no “Diário Oficial” desta sexta-feira (22), que a quebra do sigilo é inconstitucional.  Lembramos que falamos de transparência, e que inconstitucional é a sua ausência como temos no BNDES. Fornecer as taxas de juros usadas nas operações não tem qualquer relação com quebras de sigilos, estas apenas quando autorizadas judicialmente.  Portanto, aos leigos, o veto presidencial é ato político e constitucional (constitucional à priori). Inconstitucional é o propósito do veto, sua "ratio essendi", que nega a publicidade dos atos de uma empresa que tem sua atividade quase que inteiramente exercida com dinheiro público. Se o fundamento do veto é inconstitucional,  consequente,  o veto presidencial do qual tratamos é inconstitucional. Não há discricionariedade administrativa da Presidente em dar ou não transparência ao BNDES, quando o dever de oferecer transparência vincula a Presidente nos lindes de nossa Constituição de 1988.

Juridicamente a fundamentação da preclara Presidente para o veto revela-se uma não fundamentação. Mas como justificativa política sim, há de se compreender, pois estamos referindo-nos ao maior escândalo que este país ainda não viu, o que decretará o fim da Era PT. Vale lembrar que este veto pode ser democraticamente derrubado pelo Senado Federal, que não tem data definida para apreciar a questão. 

Nesta semana ventilou-se da Fazenda Federal que há possibilidade do Fundo do FGTS, aquele cuja finalidade é o amparo ao trabalhador, socorrer o BNDES com aporte de nada menos que R$ 10 bilhões. O trabalhador que paga altos impostos, o mesmo que é obrigado a pagar saúde e educação duas vezes (já que os serviços públicos não funcionam), e que está pagando a conta do ajuste fiscal que se fundamenta a partir de uma gestão desviada da boa administração, vai dar “mais esta ajudinha camarada” ao Governo. 

Só para ilustrar, o BNDES já deve ao FI- FGTS R$ 4,7 bi (15% do patrimônio líquido do fundo). Assim, o BNDES precisa ser socorrido com dinheiro público, mas o Governo Federal nega à sociedade, de onde provêm o dinheiro público, o direito de fiscalizar sua administração? 

Desta forma temos que o veto presidencial está inelutavelmente acoimado pela pecha da inconstitucionalidade material quando prevarica com os princípios mais caros da Administração Pública que consubstanciam o art. 37 do Texto Constitucional.
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência” (...).

Reverbera-se um verdadeiro abuso de poder por parte do Governo Federal, que impede que CGU, TCU e MPF fiscalizem, uma prática que ignora os princípios Democrático e Republicano e tergiversa do oficial Estado Democrático de Direito para uma oficiosa autocracia política, indelevelmente em um modelo de gestão inconstitucional.  Esposamos artigo onde tratamos com um bom detalhamento (possível) da caixa de pandora” que representa o BNDES. Um banco gerido sob a batuta dos desvios que o afasta dos preceitos lhe são constitucionalmente dirigidos, impondo à sociedade um regime de exceção, impondo-nos a mais excludente ignorância, muito peculiar aos países que perpassam por ditaduras (de esquerda ou de direita).

Assim que, colacionamos nossos arrazoados para que restem apreciados pelos nobres leitores que nos honram, e que a partir passar-se a expor: Trabalharemos com fatos político-sociais e traremos questionamentos. Não infirmaremos a existência de crimes, mas interpretaremos a partir de fatos que demonstram a probabilidade de suas existências. Há diversos fatores que conjugados são capazes de demonstrar o quão democrático é um Estado. Sustentamos, porém, que um fator distintivo denota o que é real e o segrega do que é vendido pelo sistema. Esse fator é a transparência das instituições públicas do Estado ou das instituições que simplesmente recebem aporte de dinheiro público em suas contabilidades. Iniciemos o presente deste ponto.

Não é novidade para ninguém que o Brasil tem indeclinável problema grave de infraestrutura. Diante dessa questão, o que faz o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)? Financia portos, estradas e ferrovias – não exatamente no Brasil.  Desde que Guido Mantega deixou a presidência do BNDES, em 2006, e se tornou Ministro da Fazenda, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social tornou-se peça chave no modelo de desenvolvimento proposto pelo governo. Desde então, o total de empréstimos do Tesouro ao BNDES saltou de R$ 9,9 bilhões 0,4% do PIB para R$ 414 bilhões8,4% do PIB.

Alguns desses empréstimos, aqueles destinados a financiar atividades de empresas brasileiras no exterior, eram considerados secretos pelo banco. Só foram revelados (pequena parcela) porque o Ministério Público Federal pediu à justiça a liberação dessas informações. Em agosto (2014), o juiz Adverci Mendes de Abreu, da 20.ª Vara Federal de Brasília, considerou que a divulgação dos dados de operações com empresas privadas “não viola os princípios que garantem o sigilo fiscal e bancário” dos envolvidos. 

A partir dessa decisão, o BNDES está obrigado a fornecer dados solicitados pelo Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) solicitarem. Descobriu-se assim uma lista com mais de 3.000 empréstimos concedidos pelo banco para construção de usinas, portos, rodovias e aeroportos no exterior.

A seleção dos recebedores destes investimentos, porém, segue incerta: ninguém sabe quais critérios o BNDES usa para escolher os agraciados pelos empréstimos. Boa parte das obras financiadas ocorre em países pouco expressivos para o Brasil em termos de relações comerciais, o que nos leva a suspeita do caráter político-ideológico de suas escolhas. A ausência de transparência é uma das principais hipóteses de incidência dos desvios de finalidade, portanto é razoável até aos que carregam teoria garantista como verdadeiro preceito de fé advindo de uma ordem divina inafastável, sob pena de pecado.

Outra questão polêmica são os juros abaixo do mercado que o banco (BNDES) concede às empresas. Ao subsidiar os empréstimos, o BNDES funciona como uma Bolsa Família invertida, um motor de desigualdade: tira dos pobres para dar aos ricos. Explicando, capta dinheiro emitindo títulos públicos, com base na taxa Selic (11% ao ano), e empresta a 6%. Isso significa que ele arca com 5% de todo o dinheiro emprestado. Dos R$ 414 bilhões emprestados no ano de 2014, R$ 20,7 bilhões são pagos pelo banco. É um valor similar aos R$ 25 bilhões gastos pelo governo no programa Bolsa Família, que atinge 36 milhões de brasileiros.

Existem mais 3000 (três mil) empréstimos concedidos via BNDES apenas no período entre 2009 e 2014, porém nem o BNDES nem e o Governo Federal fornecem valores.  Importante refirmar que, o banco está sujeito à Lei de acesso a informações públicas e que os contratos da instituição não são protegidos por sigilo fiscal ou bancário porque envolvem recursos públicos. Isso precisa ser colocado, pois, o BNDES, como mencionamos, alegou a necessidade de “preservação da privacidade dos atos referentes à gestão bancária, argumento absolutamente risível e tosco e não amparado pelo ordenamento. Hoje, o BNDES só revela os beneficiários de 18% dos empréstimos. Aqui, além dos robustos indícios, teria cabida o uso do brocado de “onde há fumaça há fogo”?

O país hoje vive uma das maiores crises de sua história. Sem credibilidade alguma entre os investidores internacionais, desacreditado por sua forma nada transparente de fazer política e gestão, sempre apto a perpetrar desvios de finalidade e locupletamentos ilícitos aos participantes do sistema (fatos!). Um país sem infraestrutura alguma para crescer, sem dinheiro para investir no próprio país para além das inchadas remunerações dos agentes políticos do Estado, que onera a sociedade com uma carga tributária confiscatória crescente (fatos!) e procura educar nos passando que “roubar é normal” (roubar em seu sentido popular, juridicamente atécnico), faz parte...

Contratos superfaturados onde há consabido conluio entre os prestadores de serviços para o Estado, como são as empreiteiras, com bilhões do erário público sendo desviados para contas fantasmas no exterior em benefício de agentes políticos, intermediários e empreiteiras. Estas e outras práticas transformam o país, lamentavelmente, em uma das mais insinuantes latrinas do mundo, onde ficam os dejetos e saem às riquezas (fatos de cunho reflexivos). O Ministério Público Federal conhece grande parte dos autores, do modus operandi de conluios dos esquemas, enfim, da putrefação do sistema como um todo. Apesar de sua independência devidamente constitucionalizada recebe uma pressão política para manter-se inerte verdadeiramente inóspita. A PF, sem a independência do MP, controlada pelo Ministério da Justiça, leia-se, Governo Federal, pouco podem fazer além do que já fazem, lamentavelmente (fatos!).

Da forma que está o sistema, com o aparelhamento escrachado de Estado, aproximado aos vistos em ditaduras militares, com uma sociedade pouco esclarecida em sua maior porção, e contando que a exceção mais esclarecida não tem acesso às verdadeiras informações (ocultadas), preocupadas ainda na manutenção diária de suas dignidades familiares de subsistência, a política torna-se o paraíso para se perpetrar o inferno. Há sempre um cego incapacitado na cena do crime! (Fatos!).
Princípios constitucionais que nos termos do Diploma Constitucional formariam as vigas da Administração Pública, do Estado, restam achincalhados pelo sistema. Moralidade, eficiência, transparência/publicidade, legalidade e impessoalidade, princípios insculpidos no art. 37 da Carta que não apresentam efetividade mínima aferível. Como disse Ferdinand Lassale, quando podemos vestir a carapuça, uma constituição escrita só será boa quando corresponder a real, do contrário teremos apenas uma folha de papel.
Já para Hesse, a Constituição não é e não deve ser um subproduto mecanicamente derivado das relações de poder dominantes, ao contrário do que sustenta Lassale, ou seja, sua força normativa não deriva unicamente de uma adaptação à realidade, mas, antes, de uma vontade de constituição. É quando o “ser” se distancia do “dever ser”.
Hesse faz com que o leitor questione sobre o papel da Constituição, em seu sentido mais sublime, inclusive em momentos de sua maior prova: quando da necessidade e crise extrema. Ele o faz na medida em que abre um caminho conciliador entre as radicais posições, quais sejam: normativa de um lado, e de outro diametralmente oposto, espelho das relações entre os fatores reais de poder. Tal como afirmado por Hesse, a Constituição somente se converterá em força ativa quando se fizer presente, na consciência dos principais responsáveis pela ordem constitucional, não só a vontade de poder, mas também a vontade de constituição.
Lassale e Hesse nos são úteis para refletir.
Finalizamos o presente lembrando que o Art. 3º da Constituição da Republica Federativa do Brasil, em seu inciso II, normatiza ser um de seus objetivos fundamentais garantir o “desenvolvimento nacional”. Em momento algum menciona ser objetivo garantir o desenvolvimento de outros países de mesma ideologia partidária, deixemos assentado! O art. 4º parágrafo único anuncia que a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Em momento algum menciona garantir o desenvolvimento da comunidade latino-americana. Há neste particular inconstitucionalidade pelo desvio de finalidade dos investimentos realizados pelo Governo Federal, que deixa de priorizar o desenvolvimento nacional, o interesse público nacional, com seus parcos investimentos em infraestrutura que impede o país de crescer, para investir em países vizinhos. O art. 3º, II da Carta Republicana que mencionamos, nos impele por esta melhor hermenêutica constitucional (nossa interpretação).
O Governo Federal, na figura da Presidente Dilma Rousseff garantiu em encontro presidente Mujica do Uruguai, aos 45 minutos do 2º tempo, no ano passado (2014), que o BNDES financiará um porto em seu país orçado em 1 bilhão de dólares. Enquanto isso no Brasil... (Fatos!).  “Empréstimos” de dinheiro público para o exterior sem que se perpetre qualquer controle nem do Estado-Juiz, nem do Congresso Nacional. A teoria do check’s and balance, idealmente aplicável ao caso, não informa nossa realidade, que resta avessa a maiores controles.

Supersoldados da elite do Exército são feridos no Rio



Integrantes das Forças Especiais foram atingidos por traficantes no Complexo da Maré.
Militares das Forças Especiais são feridos no Rio
Unidade de elite foi atacada por traficantes no Complexo da Maré, que ainda feriram um terceiro soldado.
Criado em 1983, em Goiás, o 1º Batalhão de Forças Especiais é considerado a unidade de elite do Exército Brasileiro. O treinamento, um dos mais difíceis do país, capacita o soldado que se aventura a quase todo o tipo de missão, desde o planejamento e execução de ações de contraterrorismo, contraguerrilha, fuga e evasão, resistência física e psicológica.

Se o Brasil entrar em guerra com alguma outra nação do planeta, os FEs, como são conhecidos, serão os responsáveis pelos reconhecimentos estratégicos e os primeiros ataques ao inimigo. Esta apresentação dá uma dimensão do tamanho do problema em que a ocupação do Complexo da Maré se transformou, na porta de entrada do Rio de Janeiro. Na noite do último dia 17 de maio, dois desses "supersoldados" foram feridos em confrontos com traficantes que, após mais de um ano de ocupação, continuam a mandar no território.
Movimentação de policiais militares e de soldados do Exército em comunidades do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro(Gustavo Oliveira/Folhapress)
 
De acordo com a assessoria da Força de Pacificação, além dos dois sargentos FEs, um terceiro militar de outra unidade do Exército também ficou ferido. "Foram ferimentos leves e receberam atendimento médico imediato", informam, sem detalhes mais aprofundados de cada caso. O fato é que desde 5 de abril de 2014, quando mais de 3 000 homens das Forças Armadas ocuparam a Maré - atendendo a um pedido de socorro do então governador Sérgio Cabral -, pelo menos 23 militares foram baleados e um deles, o cabo da Brigada Paraquedista, Michel Mikami, de 21 anos, morreu.

A pouco mais de um mês do término da missão, prevista para 30 de junho, os militares, informalmente, admitem o temor de que outras baixas possam arranhar ainda mais a imagem do Exército: "Se até a nossa tropa de elite é atacada desse jeito, está claro que muita coisa deu errado", afirma um oficial do Comando Militar do Leste, que pede para não ser identificado.

Um novo vídeo postado nas redes sociais também mostra um pouco mais da ousadia dos criminosos. No dia 21 de janeiro deste ano, um comboio com cerca de 40 homens percorria as ruas da Favela Vila dos Pinheiros, quando foi atacado. Na ocasião, dois militares se feriram. As imagens mostram um confronto de mais de dois minutos ininterruptos. Depois de tantos tiros de fuzil, um militar grita: "Para de atirar!", no que é prontamente atendido.  Os bandidos, no entanto, continuam a atacar. E os militares voltam a responder os tiros. E um deles diz: "Não queria ação? Taí ação".  No mês passado VEJA mostrou as relações promíscuas de alguns militares com traficantes, chegando a avisar os bandidos de uma operação que seria realizada pela Polícia Civil em junho do ano passado. 

Com o vazamento, os bandidos do Morro do Timbau retiraram todo o arsenal que estava escondido ali e levaram para outra parte da Maré. Essa relação, no entanto, não foi a tônica da ocupação: "Muita gente passou a se omitir mesmo para não morrer. Essa guerra não é nossa", diz um cabo, que foi atacado várias vezes. Numa única semana durante a missão, a Força de Pacificação chegou a se envolver em 80 confrontos diferentes.

Fonte: Revista VEJA