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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Uma polícia abalada – a desvalorização do policial, a sempre presente defesa dos bandidos pela turma dos direitos humanos, reduz a eficiência da polícia



A violência interfere no equilíbrio emocional dos policiais e compromete o desempenho da tropa que deveria garantir a segurança
Cenas de descontrole policial seguidas de extrema violência são praticamente diárias no noticiário nacional. Mas esse desequilíbrio não é uma exceção nos quadros da lei. Novas pesquisas feitas por várias instituições do País mostram uma realidade cada vez mais concreta: os homens e mulheres que deveriam resolver conflitos nas perigosas ruas brasileiras, e que possuem armamentos para fazê-lo, são mais mentalmente instáveis do que o restante da população

O convívio diário com o risco de morrer e com o que há de pior na sociedade moldam soldados psicologicamente abalados, cuja saúde mental está em frangalhos e que possuem até sete vezes mais chances de se suicidar do que as demais pessoas. Nas áreas mais afetadas pela criminalidade do Rio de Janeiro, por exemplo, o índice dos policiais sofrendo alguma forma de perturbação psíquica alcança 70%. E esse índice pode ser transportado para as outras metrópoles brasileiras, afirmam peritos em segurança.

  ANGÚSTIA
PMs têm dificuldade em admitir problemas e procurar ajuda

De acordo com especialistas ouvidos por ISTOÉ, agentes das forças de segurança que padecem de problemas psicológicos são um risco para si mesmos e para a população que deveriam proteger, pois quanto mais abalados psiquicamente, mais violentos ficam. Vide o mais recente relatório da Anistia Internacional, que classifica o Brasil como um dos países onde a polícia mais mata no mundo. “Qualquer pessoa que não esteja bem emocionalmente pode ter desvio de conduta por conta disso”, diz a pesquisadora do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Patricia Constantino. “Eles querem superar o medo demonstrando mais força”, afirma o chefe do Estado-Maior da PM fluminense, coronel Róbson Rodrigues.
  ADRENALINA
Os policiais que mais apresentam distúrbio são aqueles que
exercem a profissão há pelo menos dez anos
Em pesquisa que será lançada no mês de setembro, o Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) mostra a sombria consequência da instabilidade mental nos quartéis. No estudo, realizado com 224 militares de 18 batalhões fluminenses, incluindo forças de elite como o Bope, 10% já haviam tentado se matar e outros 22% tinham considerado a possibilidade. Ou seja, 1 em cada 3 policiais participantes flertou com o suicídio. Esses homens costumam ser das patentes mais baixas, relatam insatisfação no serviço e apresentam dificuldades sono. A maioria fez a tentativa à bala. “O policial em situação de vulnerabilidade não deveria poder portar arma, porque ele mata mais e atenta contra si mesmo”, diz Dayse Miranda, que coordenou o levantamento. 

Boa parte não planeja o ato e age por impulso, com o revólver à mão. Em 2009, PMs tiraram a própria vida sete vezes mais do que a média da população do estado.  Dayse Miranda prepara para o segundo semestre um estudo feito em parceria com o Ministério da Justiça abrangendo as 27 unidades federativas. Os dados ainda não estão prontos, mas os números de suicídios policiais devem ser elevados. “No Brasil, você vê um padrão que se repete. Seja nas patentes, no tempo de serviço, na valorização. A insatisfação está altamente associada ao comportamento suicida”, diz. Em comparação com outros países, estamos atrás. Em dez anos de pesquisas feitas com cinco vezes mais pessoas do que as entrevistadas pela equipe da Uerj, Austin (Texas), nos EUA, contou apenas dois suicídios.

Em outro trabalho, feito pela Fiocruz com mais de dois mil agentes, foi revelado que 36% dos policiais militares e 25% dos civis do Rio apresentam sofrimento psíquico. Eles relataram ansiedade, nervosismo, depressão e pensamentos suicidas, entre outros sintomas. “Esses números estão acima dos das outras profissões”, afirma Patrícia, uma das autoras da pesquisa. De acordo com ela, os casos são mais comuns entre aqueles com mais de 10 anos de carreira, que estão cansados, estressados e já vivenciaram as péssimas condições de serviço.

A própria Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro possui uma análise indicando que membros das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas mais violentas dentre as que possuem essas bases – Nova Brasília, Parque Proletário e Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão – têm mais distúrbios. Dentre os homens e mulheres da lei que colocam a vida em risco diariamente em zonas conflagradas, cerca de 3 em cada 4 são acometidos por sofrimento psicológico. “Estamos falando de uma área com indicadores parecidos com os da África subsaariana, há muitos riscos que podem gerar um transtorno emocional”, diz o coronel Rodrigues.

No fim de julho, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou estatísticas que podem ajudar a mapear os motivos. De acordo com a entidade, 76% dos policiais já sofreram ameaças e 70% possuem colegas que foram assassinados. A preocupação vai além da própria vida, com 76% acreditando que suas famílias podem ser alvos. Para se proteger, boa parte evita transporte público e esconde o distintivo. A maioria sente falta de equipamentos de proteção e não se vê apoiado pelo comando e pela sociedade. “O policial se sente sozinho e desamparado, e esse estado de alerta constante é altamente prejudicial”, diz coronel Rodrigues.

Não se pode mudar de imediato as condições nas quais esses agentes trabalham, mas é necessário criar mecanismos para atender aqueles que relatarem problemas, afirmam os especialistas. Algumas polícias, como as de São Paulo e do Rio, possuem programas de assistência psicológica em execução ou implantação. O assunto ainda é tabu entre as forças de segurança. O número dos que admitem seus distúrbios é baixo. “É necessário criar uma rede em que os próprios colegas aprendam a reconhecer um sinal transtorno e encaminhem aqueles que precisam de ajuda para tratamento”, afirma Dayse Miranda.

Fotos: MÁRCIO RIBEIRO/BRAZIL PHOTO PRESS; Alex Almeida/Folha Imagem 
Fonte: Revista Isto É – On Line


CUT quer pegar em armas



Reunião de ontem no Planalto pareceu coisa de Venezuela
Incoerência do governo com uma pauta que os movimentos sociais chamam de “neoliberal” e o apoio que eles precisam dar à governabilidade já criou problema para o PT, que se recusou a assinar um documento dos movimentos sociais com críticas ao governo. Mas essa incoerência a gente vai enfrentar daqui pra frente, por que o governo precisa fazer o ajuste fiscal, e precisa do apoio dos movimentos sociais.  

A reunião de ontem da presidente com sindicalistas e movimentos sociais foi assustadora, foi a coisa mais próxima da Venezuela. No Palácio do Planalto, na frente da presidente, alguém falar que vai pegar em armas, sem que ela tivesse dito uma palavra contra aquilo. Menos mal que voltaram atrás depois no twitter.

Por: Merval Pereira – O Globo

O desrespeito ao Brasil



Dona Dilma não precisa nem falar, basta olhar seu semblante e as olheiras dignas de um filhote de panda, para concluirmos que anda insone com a perspectiva de um impeachment.  Que está pouco visível no horizonte, mas que ela sabe que pode estar ali numa curva do Destino.

A presidente, além de se gabar de sua coragem e força para aguentar venha o tranco que vier, agora deu para frisar o que nós sabemos muito bem: ela está instalada no Planalto graças aos votos que recebeu e a vitória pelo voto não se discute, cumpre-se. Curioso que quem mais fala em golpe é o Governo. Lembra aquela mulher que de tanto azucrinar o marido com seus ciúmes acabou despertando nele a certeza de que trair seria uma barbada. E foi!

Apavorada com a perspectiva de um impeachment, frase sim, frase não, ela repete que o voto tem que ser respeitado. E que não vai tolerar nem a mais remota tentativa de golpe!  Sugiro que pare de falar em golpe antes que algum aventureiro lance mão da coroa. Lembre-se, dona Dilma, o Brasil não tem um Plano B...

Creio que também seria de bom alvitre parar de falar no respeito ao voto. Não é por aí. A senhora foi eleita por uma apertadíssima margem de votos. Afinal, o que é o voto, objeto desse sacrossanto respeito? É a vontade do eleitor. É essa a vontade que tem que ser respeitada. Mas respeitada por quem recebeu o voto ou exigida por quem o depositou na urna?

Aí é que está o busílis, dona Dilma. Um voto obtido de forma enganosa não merece respeito e os votos que a senhora recebeu, todos eles, vieram em resposta àquela campanha que mostrava um Brasil paradisíaco, fato que a senhora conhece muito bem.  Mal as urnas foram fechadas, a campanha se esvaiu em fumaça, não é mesmo? E a senhora ainda pede respeito ao voto recebido? Pois eu lhe peço respeito ao eleitor que acreditou nas suas palavras e foi votar. É esse o voto que merece respeito e que não vem sendo respeitado desde janeiro de 2015.

Esse desrespeito agora começa a ser cobrado. Aqui e ali, ouve-se um “Fora Dilma!”. Isso não é pregação de golpe, mas revolta pela vida difícil do povo diante da vida luxuosa na Capital Federal.  Será que alguém sabe com exatidão quanto custa a máquina que move os Três Poderes?  Ou, por exemplo, quanto custa o encontro dos Movimentos Sociais como os realizados na capital nos últimos dias?

O mais chamativo foi o das Margaridas gritando ‘Não vai ter golpe’, "No meu país, eu boto fé, porque ele é governado por mulher", ‘Fora já. Fora daqui, o Eduardo Cunha junto com Levy". Além de uma faixa gigantesca onde se via o rosto da presidente com a frase ‘Fica Dilma’.

O mais desrespeitoso foi sob a bandeira Diálogos, num salão no Palácio do Planalto. Diante de uma parede onde se lia Brasil – Pátria Educadora, o presidente da CUT bradou: “Vamos para as ruas entrincheirados com arma na mão se tentarem derrubar a presidente Dilma Rousseff. A qualquer tentativa de golpe, nós teremos o exército que enfrentará a burguesia nas ruas”.

Mas de que tentativa de golpe fala esse senhor? De onde ele tirou essa ameaça?  Isso é mais do que desrespeitar o voto, isso é um acinte, uma violência contra o Brasil. Dentro da sede do Governo Federal, na presença da presidente da República que acabara de dizer “Temos que zelar pelo respeito que as pessoas que pensam diferente da gente têm que receber de nós”, vem um sindicalista desvairado e ameaça com armas aquelas pessoas que pensam diferente dele?

Dona Dilma, respeitar o voto é respeitar o Brasil, sim. Mas mais do que isso, respeitar o Brasil como o país merece teria sido a senhora chamar à ordem esse senhor e lhe fazer ver onde ele estava. Respeito é muito bom e o Brasil merece todo o nosso respeito.  Ameaçar sair com armas na mão diante de diferenças de opinião é o que? Além de uma tremenda falta de amor ao Brasil?

Por: Maria Helena Rubinato Rodrigues – Blog do Noblat

Faça Parte da Mudança! - 16 de Agosto



Somos movidos pelos nossos ideais. Nesse ano, participamos das duas maiores manifestações da História do nosso país. Agora, estamos prestes a finalmente vencer essa batalha: a queda de Dilma se tornou inevitável. Temos a vontade, a determinação e convicção de mudar o nosso país. 16 de Agosto é o dia da mudança. E nós queremos que você faça parte dela.

VÍDEO: Faça Parte da Mudança! - 16 de Agosto

Governo se vinga dos aposentados e adia adiantamento do 13º a aposentados – a meta é sufocar os que trabalharam a vida inteira, contribuíram para o INSS e agora teimam em não morrer

Governo se vinga dos aposentados e adia adiantamento do 13º a aposentados – a meta é sufocar  os que trabalharam a vida inteira, contribuíram para o INSS e agora teimam em não morrer


Governo deve adiar adiantamento de 13º a aposentados — previsto para agosto
Fazenda busca solução para o problema até o fim do mês, mas ainda não há previsão de nova data para o pagamento

A dois dias das manifestações programadas para todo o país, o governo decidiu que não vai pagar em agosto o adiantamento do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS. Fonte do Ministério da Fazenda confirmou que a decisão foi tomada. [a verdade: vingança covarde do governo diante da aprovação pelo Senado do reajuste igual ao do mínimo para todos os aposentados.]  O pagamento no mês de agosto de 50% do abono aos beneficiários da Previdência Social não é obrigatório, mas o governo vinha adotando essa prática de fazer o adiantamento desde 2006.
 
No ano passado, um decreto assinado pela presidente Dilma permitiu que os repasses fossem feitos entre 25 de agosto e 5 de setembro. O valor foi creditado junto com o pagamento do benefício mensal.  De acordo com um auxiliar do ministro Joaquim Levy, a pasta tenta encontrar uma solução para o problema até o fim do mês, mas ainda não há previsão de nova data para o pagamento. O Ministério da Previdência Social não confirma a informação e ressalta que o assunto está sendo tratado pelo Ministério da Fazenda. Oficialmente, a Fazenda ainda não anunciou a decisão.

Fonte: Veja On Line