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sábado, 4 de abril de 2015

Quinto tanque de combustível é atingido. Incêndio em Santos já dura mais de 50 horas e não há previsão para terminar



Gasolina e etanol são consumidos pelas chamas e já atingiram área do estuário de Santos
Os tanques de gasolina e etanol incendiados, em Santos, continuam queimando e a previsão é que as chamas persistam indefinidamente. Na manhã desta sexta-feira, os bombeiros voltaram a tentar combater as chamas diretamente com espuma, mas não obtiveram sucesso porque as temperaturas altas, de quase 800º C, faziam com que o material evaporasse antes mesmo de chegar ao foco do incêndio.



Os brigadistas retomaram a estratégia de resfriar os cerca de 40 tanques que estão ao redor do fogo. O problema é que a tubulação entre eles têm menor capacidade de aguentar o calor e, ao se romper, espalha combustível pela área do terminal da empresa.

— Tememos que os tanques voltem a colapsar, como aconteceu ontem, o que espalharia mais combustível por uma área maior. Não sabemos quanto esses tanques aguentam. É um dragão contido em uma gaiola — informou o Capitão Wagner Bertolini, dos Bombeiros. Apesar do clima de tensão, há motivos para acreditar que o combate ao incêndio tem sido efetivo. Segundo os brigadistas, a cada hora as labaredas diminuem em média 30 centímetros. 

A Cetesb informou que o estuário do Porto Santos acabou atingindo pelo material inflamável, mas que o incidente ainda não provocou a mortalidade em massa dos peixes.
Nesta quinta, o incêndio atingiu quatro tanques de combustível na região do Porto de Saboó. Nesta sexta, um quinto tanque foi afetado. Segundo o Corpo de Bombeiros, a expectativa é de que o combate às chamas leve até quatro dias. 

Na quinta, após sete horas de incêndio, quando os bombeiros já o consideravam controlado, novas explosões ocorreram, e as chamas voltaram a se alastrar. Os tanques pertencem à empresa Ultracargo e continham entre 5 milhões e 10 milhões de litros de etanol, gasolina e diesel.

Ao perceber que, mesmo com o uso de um navio-tanque, a água evaporava antes de alcançar os tanques em chamas, os bombeiros passaram a concentrar os esforços em resfriar os recintos laterais para evitar que o fogo se espalhasse. Após as novas explosões, por volta de 18h, os policiais consideraram o fogo fora de controle, e a Defesa Civil determinou que jornalistas e pessoas que acompanhavam o movimento se afastassem do local. A temperatura chegou a 800ºC, e as chamas atingiram 50 metros de altura.

Ainda pela manhã, duas pessoas foram levadas ao hospital mais próximo, uma delas com intoxicação e outra em estado de choque. Um duto da Ultragás, vizinho ao local do acidente, chegou a ser inspecionado, mas ainda não se sabe se foi atingido. Um trecho da rodovia Anchieta, perto do local, foi interditado para evitar riscos. — O fogo não está controlado, mas a situação está— afirmou nesta quinta-feira à noite o capitão Marcos Palumbo, que comanda a operação.



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