Oposição avisa que vai barrar nova CPMF e petistas criticam cortes
Anúncio do governo desagrada tanto parlamentares oposicionistas como os da base aliada da presidente
O anúncio do pacote medidas complementares do ajuste fiscal teve
um impacto tanto entre governistas quanto entre oposicionistas no
Congresso. Enquanto petistas já se mobilizam para impedir o corte de
investimentos em saúde e congelamento de salários no funcionalismo, a
oposição avisa que vai barrar a nova CPMF. O senador Lindbergh Faria
(PT-RJ) diz que o pacote é “uma declaração de guerra a todos os
servidores” e que haverá uma reação dez vezes maior do que a reação ao
primeiro ajuste por parte dos movimentos sociais, da CUT e do PT. A
oposição vai criar uma frente contra a recriação da CPMF e reclama que
Dilma resiste em cortar os “apadrinhados”. — É claro que vai ter reação! Passamos oito anos criticando Fernando
Henrique Cardoso por causa do congelamento do salário dos servidores e
agora copiam a receita de FHC? — protestou Lindbergh.
Ele não diz que o pacote pode custar o mandato da presidente Dilma
Rousseff, mas acha que o impacto pode ser grande, que as universidades
federais já estão em greve e “todo mundo sabe o que vai acontecer” com
as novas medidas . —
A reação do PT , da CUT e dos movimentos sociais vai ser 10 vezes maior
do que o primeiro ajuste. Vai criar um problema na nossa base social
que está indo para as ruas defender o mandato da presidente Dilma —
disse o petista.
Para Lindbergh, ao invés de atacar o funcionalismo e cortar investimentos de forma criminosa, o governo deveria ter optado por tributar mais o “andar de cima” com a tributação de lucros e dividendos, o que renderia uma receita de cerca de R$50 bilhões.
LÍDERES DA OPOSIÇÃO CRITICAM MEDIDAS
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que a oposição pretende lançar uma frente para barrar a recriação da CPMF. Para Caiado, a sociedade não aceita pagar mais impostos. — É a pá de cal no governo do PT essa tentativa de recriar a CPMF e aumentar impostos. O governo não precisa recriar a CPMF para falar em cortes de gastos, mas prefere centrar no aumento da carga tributária em vez de cortar em sua estrutura. É brincar com a inteligência do brasileiro — disse Caiado.
Para Lindbergh, ao invés de atacar o funcionalismo e cortar investimentos de forma criminosa, o governo deveria ter optado por tributar mais o “andar de cima” com a tributação de lucros e dividendos, o que renderia uma receita de cerca de R$50 bilhões.
LÍDERES DA OPOSIÇÃO CRITICAM MEDIDAS
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que a oposição pretende lançar uma frente para barrar a recriação da CPMF. Para Caiado, a sociedade não aceita pagar mais impostos. — É a pá de cal no governo do PT essa tentativa de recriar a CPMF e aumentar impostos. O governo não precisa recriar a CPMF para falar em cortes de gastos, mas prefere centrar no aumento da carga tributária em vez de cortar em sua estrutura. É brincar com a inteligência do brasileiro — disse Caiado.
Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse nesta
segunda-feira que é “inaceitável” a volta da CPMF e criticou o fato de o
governo ter optado pelo aumento da carga tributária como caminho para
tentar aumentar a arrecadação. Em nota, Aécio disse que o governo de
Dilma quer um “cheque em branco”. “Não é aceitável o aumento do imposto de renda sobre ganho de
capital, não para melhorar o sistema tributário, mas apenas para crescer
a receita, e a volta da CPMF, o famoso imposto sobre transações
financeiras que a sociedade já tinha se mostrado contra na sua última
tentativa de renovação, em 2007. O governo do PT quer da sociedade um
cheque em branco. Pede um voto de confiança quando continuamente não
cumpre o que promete”, afirmou o tucano em nota que critica, também, o
aumento de impostos em cenário de recessão: “Há medidas de redução de
custeio, mas, infelizmente, como já era esperado, o maior “esforço
fiscal” vem do aumento de impostos em plena recessão. É preciso que
fique claro que os cortes anunciados pelo governo federal — e que
atingem inclusive programas sociais — são consequência da
irresponsabilidade com que esse mesmo governo agiu nos últimos anos”.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foi direto. — A volta da CPMF é um delírio puro. A simples menção desse item entre as medidas do ajuste destrói a credibilidade de tudo o mais — disse Aloysio.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), também disse que a sociedade não "aguenta mais aumento de impostos", mas acrescentou que cabe à oposição analisar as propostas.
— Mas o Brasil tem uma situação tão difícil que não nos permite simplesmente fincar o pé e dizer que somos de pronto contra, porque fazemos oposição ao governo federal e não ao país. Então, o conjunto de medidas será analisado para que nós possamos estar conhecendo em detalhes cada uma delas — disse Cunha Lima.O líder do PR, Blairo Maggi (MT), disse que é preciso analisar as propostas.
— Se o governo se comprometeu com algumas coisas, dá para avaliar medidas (como a volta da CPMF). Mas é preciso avaliar essas medidas — disse Blairo Maggi.
O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse
que o partido não apoiará a recriação da CPMF. Agripino disse que o
governo não cortou na carne, com redução de ministérios e de cargos de
confiança. — Não contem conosco para recriar a CPMF. Onde estão os cortes na
carne do petismo, nos vícios de 12 anos do petismo? A conta está caindo
nas costas do funcionalismo, nos investidores e no aumento da carga
tributária da população — disse Agripino.
Já o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), avisou que os tucanos cobrarão da presidente Dilma Rousseff a redução de ministérios e cargos comissionados, como forma de reduzir a máquina administrativa. Para Sampaio, a proposta anunciada pela equipe econômica do governo são insuficientes e pecam por propor novamente que a sociedade arque com a "parte mais pesada" do ajuste, com o aumento de impostes, cortes em benefícios. em programas sociais e em investimentos. — O governo quer empurrar os custos para os brasileiros, já fortemente penalizados com a perda de renda, de empregos e de perspectivas. São vítimas de um governo incompetente, irresponsável e inoperante, que levou o país ao fundo do poço. Em se tratando de um governo que se reelegeu mentindo aos brasileiros, não duvido nada que os cortes em ministérios e cargos de confiança não saiam do papel. Mais uma vez o governo quer empurrar a conta goela abaixo do contribuinte. O que a presidente Dilma pretende é fazer com que os brasileiros sejam os fiadores do déficit pelo qual ela é a principal responsável, mas não quer pagar a conta, cortando na própria carne — criticou Sampaio.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE) também critica a falta de cortes de ministérios e cargos comissionados e a decisão de propor aumento de impostos. Para ele, foi um anúncio "pífio" diante do tamanho do rombo nas contas públicas. Para Mendonça Filho, o governo anunciou um rombo de R$ 30 milhões, mas em 2016 este rombo deverá ficar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. O DEM lançará amanhã a campanha "Basta de Impostos" e o líder do partido diz que o Congresso não aprovará a recriação da CPMF. — O que o governo Dilma demonstra é a reiteração da mediocridade. Quando não lidera uma ação verdadeiramente ousada, para o tamanho da crise, não sensibiliza a sociedade e o próprio o Parlamento. Isso teria que vir com um corte radical de número de ministérios, fusão de empresas e privatização de outras, redução drástica nos cargos de confiança que aparelhamento o estado. O PT tem que aprender a fazer ajuste pela conta da despesa supérflua e não de receitas — criticou Mendonça Filho, acrescentando: — O anúncio foi pífio, até porque o buraco que anunciam como R$ 30 bilhões será, na verdade é de R$ 80 a R$ 100 bilhões. As contas do governo não levam em conta que, em 2016, o PIB terá crescimento negativo. O Orçamento considera receitas tributárias que dependem de aprovação do Congresso, de novos impostos, que não serão aprovados.
LÍDER DO GOVERNO ESPERA APOIO DA OPOSIÇÃO
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse contar com o apoio da oposição para aprovar a recriação da CPMF, uma das principais medidas anunciadas hoje para cobrir o rombo no Orçamento. O petista afirmou esperar que as propostas que dependem de aprovação do Congresso sejam concluídas até o final deste ano. – Espero contar com o apoio daqueles que criaram a CPMF no passado com 0,38%. Eles podem nos ajudar, porque estamos reduzindo pela metade – afirmou.
O petista, porém, lançou uma provocação aos parlamentares oposicionistas – A oposição, se é que tem compromisso com o país, nós queremos também dialogar com ela.[o único compromisso da Oposição é a destruição do governo Dilma, do PT e de toda a corja esquerdista. Destruir a qualquer custo.]
O deputado não descartou alterações na alíquota de 0,2% para negociar com estados e municípios a aprovação do imposto. Mas, segundo o líder do governo, o piso para a União não pode ser inferior a o percentual anunciado. – Os governadores querem discutir? Sentem para discutir. Estamos abertos. O que o governo não pode é tirar desse patamar. O remédio para isso é dialogando. Quantas vezes vocês disseram que as medidas do ajuste não passavam e nós aprovamos todas as medidas do ajuste? – disse.
Guimarães afirmou que a discussão sobre a recriação do imposto deve ser estendida aos governadores e prefeitos e que aqueles que forem contrários devem propor alternativas. – O país todo vai ter que discutir tudo isso, não pode ficar só na nossa mão aqui. Temos que discutir com prefeitos, governadores. E se tem alguém que discorda, diga por que discorda e o que propõe no lugar. Só negar não é bom começo para quem tem compromisso.
A presidente Dilma Rousseff marcou para as 09h a manhã desta terça-feira reunião com os líderes da base no Congresso para discutir a tramitação das medidas.
O líder do governo defendeu as medidas anunciadas e disse que o governo decidiu “cortar na própria carne”, mas preservando os programas sociais.
– As medidas reequilibram sem tirar nenhum direito e apontam para a retomada da credibilidade do governo perante o país e os investidores internacionais. O governo cortou na sua própria carne ao reduzir despesas discricionárias. Não são medidas amargas, são razoáveis e consistentes – defendeu.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foi direto. — A volta da CPMF é um delírio puro. A simples menção desse item entre as medidas do ajuste destrói a credibilidade de tudo o mais — disse Aloysio.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), também disse que a sociedade não "aguenta mais aumento de impostos", mas acrescentou que cabe à oposição analisar as propostas.
— Mas o Brasil tem uma situação tão difícil que não nos permite simplesmente fincar o pé e dizer que somos de pronto contra, porque fazemos oposição ao governo federal e não ao país. Então, o conjunto de medidas será analisado para que nós possamos estar conhecendo em detalhes cada uma delas — disse Cunha Lima.O líder do PR, Blairo Maggi (MT), disse que é preciso analisar as propostas.
— Se o governo se comprometeu com algumas coisas, dá para avaliar medidas (como a volta da CPMF). Mas é preciso avaliar essas medidas — disse Blairo Maggi.
Já o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), avisou que os tucanos cobrarão da presidente Dilma Rousseff a redução de ministérios e cargos comissionados, como forma de reduzir a máquina administrativa. Para Sampaio, a proposta anunciada pela equipe econômica do governo são insuficientes e pecam por propor novamente que a sociedade arque com a "parte mais pesada" do ajuste, com o aumento de impostes, cortes em benefícios. em programas sociais e em investimentos. — O governo quer empurrar os custos para os brasileiros, já fortemente penalizados com a perda de renda, de empregos e de perspectivas. São vítimas de um governo incompetente, irresponsável e inoperante, que levou o país ao fundo do poço. Em se tratando de um governo que se reelegeu mentindo aos brasileiros, não duvido nada que os cortes em ministérios e cargos de confiança não saiam do papel. Mais uma vez o governo quer empurrar a conta goela abaixo do contribuinte. O que a presidente Dilma pretende é fazer com que os brasileiros sejam os fiadores do déficit pelo qual ela é a principal responsável, mas não quer pagar a conta, cortando na própria carne — criticou Sampaio.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE) também critica a falta de cortes de ministérios e cargos comissionados e a decisão de propor aumento de impostos. Para ele, foi um anúncio "pífio" diante do tamanho do rombo nas contas públicas. Para Mendonça Filho, o governo anunciou um rombo de R$ 30 milhões, mas em 2016 este rombo deverá ficar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. O DEM lançará amanhã a campanha "Basta de Impostos" e o líder do partido diz que o Congresso não aprovará a recriação da CPMF. — O que o governo Dilma demonstra é a reiteração da mediocridade. Quando não lidera uma ação verdadeiramente ousada, para o tamanho da crise, não sensibiliza a sociedade e o próprio o Parlamento. Isso teria que vir com um corte radical de número de ministérios, fusão de empresas e privatização de outras, redução drástica nos cargos de confiança que aparelhamento o estado. O PT tem que aprender a fazer ajuste pela conta da despesa supérflua e não de receitas — criticou Mendonça Filho, acrescentando: — O anúncio foi pífio, até porque o buraco que anunciam como R$ 30 bilhões será, na verdade é de R$ 80 a R$ 100 bilhões. As contas do governo não levam em conta que, em 2016, o PIB terá crescimento negativo. O Orçamento considera receitas tributárias que dependem de aprovação do Congresso, de novos impostos, que não serão aprovados.
LÍDER DO GOVERNO ESPERA APOIO DA OPOSIÇÃO
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse contar com o apoio da oposição para aprovar a recriação da CPMF, uma das principais medidas anunciadas hoje para cobrir o rombo no Orçamento. O petista afirmou esperar que as propostas que dependem de aprovação do Congresso sejam concluídas até o final deste ano. – Espero contar com o apoio daqueles que criaram a CPMF no passado com 0,38%. Eles podem nos ajudar, porque estamos reduzindo pela metade – afirmou.
O petista, porém, lançou uma provocação aos parlamentares oposicionistas – A oposição, se é que tem compromisso com o país, nós queremos também dialogar com ela.[o único compromisso da Oposição é a destruição do governo Dilma, do PT e de toda a corja esquerdista. Destruir a qualquer custo.]
O deputado não descartou alterações na alíquota de 0,2% para negociar com estados e municípios a aprovação do imposto. Mas, segundo o líder do governo, o piso para a União não pode ser inferior a o percentual anunciado. – Os governadores querem discutir? Sentem para discutir. Estamos abertos. O que o governo não pode é tirar desse patamar. O remédio para isso é dialogando. Quantas vezes vocês disseram que as medidas do ajuste não passavam e nós aprovamos todas as medidas do ajuste? – disse.
Guimarães afirmou que a discussão sobre a recriação do imposto deve ser estendida aos governadores e prefeitos e que aqueles que forem contrários devem propor alternativas. – O país todo vai ter que discutir tudo isso, não pode ficar só na nossa mão aqui. Temos que discutir com prefeitos, governadores. E se tem alguém que discorda, diga por que discorda e o que propõe no lugar. Só negar não é bom começo para quem tem compromisso.
A presidente Dilma Rousseff marcou para as 09h a manhã desta terça-feira reunião com os líderes da base no Congresso para discutir a tramitação das medidas.
O líder do governo defendeu as medidas anunciadas e disse que o governo decidiu “cortar na própria carne”, mas preservando os programas sociais.
– As medidas reequilibram sem tirar nenhum direito e apontam para a retomada da credibilidade do governo perante o país e os investidores internacionais. O governo cortou na sua própria carne ao reduzir despesas discricionárias. Não são medidas amargas, são razoáveis e consistentes – defendeu.
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