Falhou a tentativa do
PT de impedir que a PF e o Ministério Público investiguem as contas de campanha
de 2014 de Dilma Rousseff. A ministra do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) Maria Thereza de Assis Moura
negou
nesta terça-feira um recurso do PT que pedia que o tribunal anulasse
uma decisão do ministro Gilmar Mendes, que determinou a investigação.
Esse é aquele caso,
lembram-se?, em que Rodrigo Janot, tomando-se por juiz
e professor de direito, afirmou
que não cabia investigação, adicionando que a Justiça Eleitoral não deveria se
comportar como protagonista na eleição. Em vez de simplesmente dar a sua
opinião, atuou como se estivesse
redigindo uma sentença. Ele não entendeu que
Mendes não estava pedindo nada, mas ordenando, conforme a
prerrogativa que o cargo lhe confere.
Assim, ora vejam… Quando a Justiça acha que é preciso investigar, e o
Ministério Público faz beicinho, é claro que há algo de errado. Só pra constar: Maria Thereza é uma ministra considerada, vamos dizer, simpática ao PT. Chegou o tribunal
pelas mãos de Márcio Thomaz Bastos. Ela foi a relatora da ação movida pelo
PSDB que acusa Dilma, na campanha de 2014, de abuso de poder político e
econômico e de uso de dinheiro da corrupção na Petrobras. Como relatora, ela
votou contra a abertura do processo, mas foi derrotada. Já há quatro votos favoráveis. O julgamento está parado porque Luciana Lóssio, ministra e ex-advogada de
Dilma, pediu vista. Na última sessão, quando o
julgamento seria retomado, Luciana faltou. Nem
ligou nem mandou flores.
A decisão de Maria
Thereza é um revés para o PT e
para, quem diria???, Rodrigo Janot. Só pra constar: a ação das oposições no
TSE é uma coisa; a determinação de
Gilmar Mendes, que o PT e Janot
tentaram impedir, outra.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
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