Peemedebista prometia decisão sobre processo contra petista para novembro, mas mudou postura após perder apoio do PSDB
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, afirmou a deputados do PMDB que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff perdeu força e ficou para 2016. O peemedebista disse isso a colegas de partido em jantar em sua casa na quarta-feira passada (11), segundo a Folha de S. Paulo, mesmo dia em que o PSDB formalizou o rompimento com ele. "Ele disse ter a impressão de que a possibilidade de impeachment perdeu força, que não há nesse momento apoiamento popular, embora o ocorrido nas contas da Dilma [a rejeição do Tribunal de Contas da União às contas de 2014] sejam fato para levar o impeachment adiante", disse Hildo Rocha (PMDB-MA) ao jornal.A postura de Cunha é diferente da que adotava, de que tomaria decisão sobre o andamento do processo de impeachment em novembro. Agora o presidente diz que o afastamento de Dilma só voltará à pauta se o Congresso ratificar a rejeição das contas de 2014 da presidente. "Se isso acontecer, ele disse que a deflagração do impeachment volta à tona com toda a força, mas que neste ano não há a menor possibilidade de isso acontecer", disse Rocha.
"Para mim, ele não pensa mais nisso de forma alguma. [Ele] se decepcionou com o PSDB, que não sabe de que lado fica", afirmou o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). [ o PSDB, especialmente o mais ligado ao Aécio Neves, sabe sim de que lado fica: sempre ao lado do governo.
O que atrapalha os planos da tucanada, Aécio à frente, é que o PMDB não quer entregar a rapadura.]
Há, na Câmara, dez pedidos de impeachment de Dilma Rousseff. O principal vem dos advogados Hélio Bicudo, fundador do PT, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, chancelado pela oposição e por movimentos populares contra a petista.
Fonte: Revista Época
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