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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Norma legal deve sempre prevalecer sobre costumes ou ajustes informais

Deputados se retiram do plenário em protesto contra manobra de Cunha

Sessão será reaberta pelo Conselho de Ética

Após intenso bate-boca e dezenas de pedidos para reabertura da sessão do Conselho de Ética, que vai analisar parecer sobre cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diversos deputados se retiraram do plenário em protesto contra a manobra de Cunha junto com o segundo secretário da Mesa, Felipe Bornier (PSD-RJ), que declarou encerrada a sessão do Conselho de Ética, já que estava aberta a sessão do plenário para a ordem do dia. De acordo com o regimento da Câmara, a abertura da sessão do plenário suspende o trabalho nas comissões temáticas, o que inclui o conselho.
 [dois lembretes:
1º - consta do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, desde data anterior a que o Cunha assumiu a presidência,  que estando o Plenário em sessão TODAS as comissões que estejam em atividade no momento da abertura da sessão no Plenário tenham suas atividades suspensas.
Cunha tem o DEVER de havendo número suficiente para abertura de sessão no Plenário da Câmara, abrir.
Não cabe críticas a Cunha - nem o Janot pode denunciá-lo por cumprir o Regimento Interno da Casa;
2º - criticar o deputado Eduardo Cunha por estender as reuniões do Plenário é outra babaquice. Havendo matéria a ser deliberada e número suficiente de deputados a sessão pode se prolongar.
Convenhamos que o fato de Cunha ser por enquanto apenas acusado - nada foi investigado o suficiente para transformar as acusações em VERDADES - não o impede de presidir a Câmara dos Deputados e todos os seus atos praticados na condição de presidente daquela Casa Legislativa são válidos - exceto se em desacordo com o Regimente Interno e a Constituição Federal.
E, ao que consta estão dentro da legalidade.
Malhem o Cunha - seja por não gostar dele, ou por preferir que o PT roube, que a família do Lula enriqueça, que uma empresa de um filho do Lula, sem nenhum funcionário,  preste serviços para os quais não tem especialidade, ou mesmo por preferir que a esquerda seja quem ferre o Brasil - mas, não queiram obrigar o deputado Eduardo Cunha, atual presidente da Câmara dos Deputados, a praticar atos ilegais.]

Deputados deixaram o Plenário e, aos gritos de “Vergonha! Vergonha! Vergonha!” e “Fora Cunha”, eles caminharam em direção à galeria das comissões para a sala onde se reunia o Conselho de Ética.  Após o protesto, Cunha decidiu suspender a decisão de Bornier “para não contaminar a Casa com algo que diga respeito a ele”  A questão de ordem será acatada e respondida a posteriore pelo 1º vice, de forma a evitar qualquer tipo de decisão que possa afetar o Plenário — disse.

Ler na íntegra





O presidente afirmou que não tomou a decisão durante os protestos dos deputados para “não passar a impressão de que o grito vai prevalecer em Plenário”. 

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), reuniu então deputados e prometeu reabrir a sessão que vai analisar o parecer do relator Fausto Pinato (PRB-SP).
— Infelizmente, fomos protagonistas de um episódio que nada engrandece esta Casa. Fico triste, mas não podemos ficar sujeitos às intempéries da Mesa Diretora.

Em uma sessão conturbada no plenário da Câmara, a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) em pé na cadeira de rodas, posicionada de frente ao presidente da Câmara, fez um discurso emocionante que calou o plenário. Ela disse que embora goste de Cunha está muito decepcionada. — Eu gosto do senhor, mas o senhor não está dando exemplo. O senhor está com medo, senhor presidente? Revogue essa decisão e permita a decisão do Conselho de Ética. Eu me retiro do plenário. Levanta desta cadeira Eduardo Cunha — apelou a deputada, comandando a saída de parlamentares da oposição, de partidos independentes e até da base aliada, inclusive de petistas.


O clima foi de constrangimento. Outros deputados permaneceram em plenário. O apelo para rever a decisão de Felipe Bornier ( PSD-RJ), que cancelou a sessão do Conselho, foi feita por vários líderes. — Essa decisão (de cancelar a sessão do Conselho de Ética) deixa o plenário em má posição — disse o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).

No Conselho de Ética, a tropa de choque do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o apoio do PT, agiu de forma unida e conseguiu impor a primeira derrota aos que defendem a cassação do peemedebista. Os "cunhistas" utilizaram um arsenal de manobras e acabaram conseguindo o cancelamento da sessão que serviria para o deputado Fausto Pinato (PRB-SP) ler seu relatório sobre a admissibilidade ou não da denúncia contra Cunha.

A reportagem do GLOBO flagrou o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), na sala ao lado do plenário, em plena articulação para esvaziar a sessão. Ele tinha em uma das mãos a lista de integrantes do conselho e em outra o celular. [o 'lobby' é livre e qualquer parlamentar tem o direito de articular com seus pares para que aceitem determinada posição - desde que a mesma não seja crime.
O 'lobby' que é criminoso, ilegal e rende até cadeira é do tipo do MENSALÃO - PT, chefiado pelo Lula e demais cúpula petralha.
Este tem que ser punido com rigor. Mas, o deputado Manoel Júnior, estava realizando uma articulação lícita.]

A manobra para inviabilizar a sessão do Conselho de Ética começou na noite da quarta-feira. O presidente do órgão, José Carlos Araújo (PSD-BA) não conseguia um plenário para a realização da sessão. Ele chegou a procurar o deputado Paulinho da Força (SDD-SP) para reclamar. Na sala onde deveria ocorrer a reunião estava marcada uma sessão da CPI dos maus tratos a animais.

Paulinho, outro representante da tropa de choque de Cunha, disse que não cabia a eles, amigos do presidente da Câmara, arrumar local para a reunião, mas, sim, ao próprio Araújo. Pela manhã, embora a sessão estivesse agendada para as 9h30, não havia o quórum mínimo de 11 parlamentares. Somente às 10h22 é que o número foi atingido. Os três representantes do PT, por exemplo - Valmir Pracidelli (SP), Zé Geraldo (PA) e Leo de Brito (AC) -, não compareceram. Somente depois de atingido o número mínimo é que os dois primeiros registraram presença. Os suplentes petistas Assis Carvalho (PI) e Odorico Monteiro (CE), que poderiam substituir os titulares, também não estavam presentes.

André Moura (SE), líder do PSD, que não integra o conselho, pediu a suspensão da sessão porque, de acordo com o regimento, decorridos 30 minutos do horário marcado e, não atingindo o número mínimo para abertura dos trabalhos, qualquer deputado pode pedir o encerramento. Mas Araújo afirmou que, como a sala só lhe foi concedida momentos antes do horário marcado, ele teve dificuldades em avisar os membros do conselho e, por isso, o horário que deveria ser considerado era o das 10h, e não o das 9h30.

Quando a sessão foi finalmente aberta, Manoel Júnior (PMDB-PB) passou a uma série de questionamentos. Primeiro, pediu para ler a ata da reunião anterior - o que não é praxe. Ao ser informado que o documento não estava pronto, ele anunciou que a sessão deveria ser encerrada. Como Araújo se negou, Manoel adiantou que recorreria ao plenário. Depois, ele questionou a participação de Júlio Delgado (PSB-MG), que teria defendido a cassação de Cunha. Coube a Betinho Gomes (PSDB-PE) devolver o questionamento, argumentando que, se essa lógica valesse para Delgado, deveria ser aplicada também para Paulinho da Força, que já havia declarado várias vezes que votaria a favor do presidente da Câmara. [até reunião de condomínio a ata da sessão anterior é lida na abertura dos trabalhos da sessão seguinte.]

SESSÃO DO CONSELHO SUSPENSA
Pouco mais de 20 minutos do início dos trabalho no conselho, Araújo foi informado por Paulinho da Força que Cunha, mesmo sem ter o número mínimo, abrira a sessão da Câmara. Ele pediu, então, que Araújo encerrasse os trabalhos, o que não foi atendido. O presidente do conselho lembrou que os membros não iriam deliberar nada e que, portanto, não estariam descumprindo o regimento. — Assim que a ordem do dia começou eu não posso deliberar e não o farei. Sequer vou ler o relatório do deputado Pinato. Vou suspender a sessão e volto depois — anunciou Araújo.

O segundo secretário da Mesa Diretora, Felipe Bornier (PSD-RJ), que substituiu Cunha momentaneamente na presidência da Câmara, declarou que a sessão do conselho estava encerrada, o que gerou bate-boca em plenário. O PSDB pediu, então, o encerramento dos trabalhos e disse que partiria para a obstrução. O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), pediu que Cunha reconsiderasse a decisão de Bornier, mas o peemedebista não cedeu.
O regimento Interno prevê que 10% dos deputados (52) podem recorrer das decisões do plenário. Lideranças do PPS, PSDB, DEM e outros partidos subscreveram o pedido, mas Cunha desconsiderou.

Fonte: O Globo

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