Carlos Alberto Filgueiras tem sociedade com BTG desde 2012
O empresário Carlos Alberto Ferreira Filgueiras, dono do avião que
carregava o ministro Teori Zavascki e também morto no acidente de
quinta-feira, era sócio do BTG Pactual na empresa Forte Mar
Empreendimentos e Participações, dona do prédio ocupado pelo Hotel
Emiliano na Praia de Copacabana, no Rio. Filgueiras tem 10% da empresa;
os 90% restantes pertencem ao Development Fund Warehouse, um fundo de
investimentos do BTG. O empresário, fundador do Grupo Emiliano, era
amigo do ministro.
Filgueiras era membro do Conselho de Administração da Forte Mar ao
lado de Carlos Daniel Rizzo da Fonseca, um dos sócios do BTG. A
assessoria do BTG confirmou a sociedade, mas disse que o banco não se
pronunciaria. Na condição de relator da Lava-Jato, Teori Zavascki tomou pelo menos
uma decisão envolvendo o BTG. Em 25 de novembro de 2015, um dos sócios
do BTG, o empresário André Esteves, foi preso pela Lava-Jato, acusado de
participar de uma negociação que envolvia pagamentos à família do
ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não assinasse acordo
de delação premiada. Na mesma operação policial o ex-senador Delcídio
do Amaral foi preso.
Em 17 de dezembro, Teori libertou o banqueiro e determinou prisão domiciliar, depois que a defesa argumentou que a prisão havia sido decretada com base apenas nas declarações de Delcídio, que havia falado sobre a participação de Esteves. Em abril de 2016, Teori revogou a prisão domiciliar e permitiu que ele voltasse a trabalhar.
DECISÃO SEM TEORI
Filgueiras era também autor de pedido de trancamento no STF de uma ação, movida pelo Ministério Público Federal (MPF), em que era acusado de desmatar Mata Atlântica e construir ilegalmente na Ilha das Almas, em Paraty. Na mesma ação, o empresário era acusado de criar praias artificiais. Nesse caso, o pedido foi distribuído para o ministro Edson Fachin, que negou o pleito.
Filgueiras e Teori viajavam juntos no avião do empresário, que caiu
na última quinta-feira a dois quilômetros da cabeceira da pista, em
Paraty. Cinco pessoas morreram. Além dos dois, o piloto Osmar Rodrigues,
a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, Maria Hilda Panas, morreram no
acidente. O ministro se hospedaria na casa do empresário, a mesma que foi alvo da ação no STF. Os dois eram amigos há cinco anos. Segundo pessoas próximas ao ministro, eles se conheceram em 2013,
durante período em que Teori se hospedou no Hotel Emiliano, em São
Paulo, para acompanhar o tratamento de câncer da esposa, no Hospital
Sírio Libanês. Ela faleceu naquele no mesmo ano.
Fonte: O Globo
Em 17 de dezembro, Teori libertou o banqueiro e determinou prisão domiciliar, depois que a defesa argumentou que a prisão havia sido decretada com base apenas nas declarações de Delcídio, que havia falado sobre a participação de Esteves. Em abril de 2016, Teori revogou a prisão domiciliar e permitiu que ele voltasse a trabalhar.
DECISÃO SEM TEORI
Filgueiras era também autor de pedido de trancamento no STF de uma ação, movida pelo Ministério Público Federal (MPF), em que era acusado de desmatar Mata Atlântica e construir ilegalmente na Ilha das Almas, em Paraty. Na mesma ação, o empresário era acusado de criar praias artificiais. Nesse caso, o pedido foi distribuído para o ministro Edson Fachin, que negou o pleito.
Fonte: O Globo
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