Fator pode ser decisivo na escolha de substituto para Teori Zavascki
Cogitado para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, o jurista Luís Felipe Salomão pode ter o nome rejeitado por causa do filho. Engenheiro naval com o mesmo nome do pai, ele trabalha na Odebrecht.
Salomão deixou, inclusive, de atuar num processo envolvendo a empreiteira e o grupo Gradin, em 2013. Na época, declarou-se impedido para participar do julgamento.
Atualização: o filho de Luís Felipe Salomão tem 26 anos e trabalha na ICN, empresa em que a Odebrecht tem participação acionária. Salomão já julgou diversos casos da Odebrecht em que não houve suspeição. Na situação mencionada, preferiu se abster porque o filho havia sido aprovado naquela semana em um concurso de trainees da empresa.
Abaixo um texto de Salomão explicando o impedimento:
“Meu impedimento para o caso da 4 Turma (dos Gradin) ocorreu apenas no momento em que ele estava sendo contratado, pois era estagiário na empresa.
Depois disso, julguei várias questões envolvendo diretamente a Odebrecht e nunca houve suspeição.
Não conheço, nunca falei nem nunca vi nenhum diretor da Odebrecht.
Com mais razão, na questão penal, não envolve a empresa, mas as pessoas dos diretores.
Inclusive, prossigo com a relatoria da LJ na Corte Especial do STJ, e nunca houve nenhum problema.
Portanto, seja do ponto de vista legal, moral ou ético, não há qualquer impedimento ou suspeição”.
[se o fato de um candidato a ministro do STF ter um filho funcionário da Autodeboche - a empresa-mãe do Petrolão - não gerar suspeição o que gera? talvez ser ministro do STF e advogado do Marcelo Odebrecht.Presidente Temer, lembre-se do Geddel.
Já o ministro Ives Gandra tem reputação ilibada e notório saber jurídico e não pesa sobre ele nenhuma suspeição.]
Fonte: Revista VEJA
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