Bandidagem parece tirar militares para dançar
Em reunião com um grupo de nove governadores, Michel Temer Temer oscilou entre o realismo e o otimismo ao comentar, nesta quarta-feira (18), o papel dos militares na crise das prisões. Soou realista ao admitir que as inspeções das Forças Armadas, sozinhas, não resolverão a encrenca. Soou otimista ao dizer que os militares ateariam medo nas facções criminosas. “É fator de atemorização para aqueles que estão nos presídios. E fora também.”
Horas depois, o Sindicato do Crime, facção majoritária no Rio Grande do Norte, promoveu nova rebelião dentro de um presídio (assista vídeo), dessa vez na cidade de Caicó. E ordenou às suas falanges que tocassem o terror do lado de fora das penitenciárias —em Caicó e também na capital, Natal. Tudo isso no dia em que o governador Robinson Faria requisitou formalmente a Temer as inspeções fardadas nas prisões.
Foi como se a bandidagem potiguar, numa coreografia ilógica, que desafia até a estabilidade dos negócios da facção, tirasse o Exército, a Marinha e a Aeronáutica para dançar. Foi como se o Sindicato do Crime, aliado local do Comando Vermelho carioca e inimigo de uma franquia nordestina do PCC paulista, estivesse encantado com as aparições na Globo, no noticiário vizinho da novela.
Produziu-se pelo menos mais uma morte dentro da cadeia. Incendiou-se a cozinha da prisão de Caicó. Queimaram-se carros do governo e ônibus em Caicó e na capital. Depois de molhar a camisa o dia inteiro, a população trabalhadora de Natal ficou sem transporte público à noite. As empresas recolheram os veículos. Em Brasília, no encontro com os governadores, Temer dissera que é preciso liquidar o quanto antes com “esse drama infernal” que produz massacres em série nas prisões. Referindo-se ao extermínio de pelo menos 138 presos, muitos deles decapitados e amputados, Temer comentou: “Quando as imagens chegam à TV e, mais drasticamente, por WhatsApp e internet, são cenas pavorosas, muitas vezes inimagináveis, muitas vezes difíceis de olhar. Recebi muitos depoimentos dessa natureza. Precisamos minimizar, acabar com isso, liquidar com esse assunto.” Hã, hã…
Construída com método durante décadas de descaso, a tragédia dos presídios não será resolvida do dia para a noite. Se o Estado começasse a fazer tudo certo hoje, talvez começasse a enxergar algum resultado em 30 anos. Por ora, Temer precisa rezar para que as inspeções dos militares não descambem para o fiasco. Ou para a tragédia. [a segunda opção atropela a primeira pelo simples motivo que nossas Forças Armadas não recuarão; BRASIL Acima de tudo! DEUS Acima de todos!]
Depois dessa aposta, só mesmo chamando o Batman. Ou o Super-Homem. [sem sombra de dúvidas entre as inspeções descambarem para o fiasco ou tragédia, a Sociedade sairá ganhando com a segunda opção - o confronto Forças Armadas x bandidos, eliminará de vez c BRASIL Acima de tudo! DEUS Acima de todos! om a superlotação dos presídios e não será por fuga dos bandidos.
Mantemos nosso entendimento de que Temer na presidência da República - apesar de suas falhas, indecisões, recuos (agora mesmo pensa em cancelar a liberação das contas inativas do FGTS, justamente as com saldo mais alto) - é bem melhor para o Brasil que a escarrada ex-presidente.
O que estraga o governo Temer é suas indecisões, suas atitudes que demonstram que ele se preocupam mais com o que vão pensar do que com os resultados - Itamar era vacilante, mas, em várias decisões de importância teve a firmeza necessária e terminou seu Governo com o Brasil no lucro.
O lamentável é ter um Temer para resolver os problemas das penitenciárias quando o ideal seria um presidente com a fibra de um Ernesto Geisel, Emilio Médici, Costa e Silva ou Castello Branco.]
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