Funai vai investigar abordagem a indígenas em fazenda no interior do MS
A Funai vai se reunir hoje com o Ministério Público Federal para apurar a operação ocorrida em fazenda no interior do Mato Grosso do Sul. Comunidade reclama que homens encapuzados abordaram duas moradoras de forma ostensiva. Há a suspeita de que tenha sido militares da FAB
O Ministério Público Federal (MPF) e a Fundação Nacional do Índio
(Funai) vão investigar o pouso de um helicóptero e uma abordagem a
indígenas em uma região de conflito por disputa de terra no Mato Grosso
do Sul. Integrantes da comunidade guarani-caiová acampada na fazenda
Brasília do Sul, em Juti, a 311km de Campo Grande, afirmam que homens
encapuzados desceram de uma das aeronaves e abordaram, de forma
agressiva, duas moradoras da comunidade. Segundo o Conselho Indigenista
Missionário (Cimi), informações iniciais dão conta de que seria uma
aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) em uma operação para o combate
ao tráfico de drogas na região.
Absurdo maior que este são os índios que dizem morar na região em que caiu um avião da GOL, com a morte de todos os ocupantes, mais de 150 pessoas, receberem uma indenização de mais de US$ 4.000.000,00 a pretexto de que a região virou cemitério e os índios não se sentem bem permanecendo lá.
Uma pergunta: será que os familiares dos mais de 150 mortos receberam alguma indenização que somada alcance metade dos que os índios vão receber?
O Brasil foi descoberto há mais de 500 anos e todos os índios já se adaptaram à civilização - só voltam ao estado 'nativo' quando é conveniente aos interesses deles.]
Integrante da comunidade, Theo Fernandes disse que a ação ocorreu por volta das 10h de sábado. “Cinco helicópteros estavam sobrevoando e um pousou num campo que fica ao lado da comunidade. Eles falam que eram da segurança, de Brasília, só que eles estavam de capuz. Haviam duas moças, feitas reféns. Eles não deixaram elas saírem com os filhos e ameaçaram atirar se elas correrem”, afirmou. Não houve, porém, disparo de tiros e ninguém ficou ferido. De acordo com o indígena, os homens estavam todos encapuzados e portavam armamento pesado. [o uso de toucas por militares é normal, legal e está sendo deturpado pelos espertos índios, que certamente vão querer uma indenização pela suposta coação que sofreram em uma terra que ocupam ilegalmente (a área ainda está em processo de reconhecimento como terra indígena.]
De acordo com o coordenador do Cimi no Mato Grosso do Sul, Flávio Vicente Machado, há informações de que eram aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Há relatos de que a aeronave teria pousado para fazer uma vistoria na pista de pouso da fazenda. “Pedimos ao MPF que pudesse apurar abusos e quais as forças participaram. Queremos saber se havia a presença de policiais do estado e os motivos pelas quais teriam aterrissado na comunidade”, disse. [terras indígenas são território brasileiro; é sabido que a ideia, que conta com o apoio de muitas lideranças indígenas, é transformar tais terras em bolsões a serem administrados por países estrangeiros que pagarem mais.]
Antonio Costa, por enquanto, não confirma nenhuma versão. Segundo ele, as informações estão confusas, então, ainda é preciso coletar mais dados. “Na segunda (hoje), eu terei uma posição concreta. Deverei sobrevoar a região e à tarde, tenho reunião com o MPF”, afirmou.
A Força Aérea Brasileira (FAB) não confirmou se o helicóptero que teria pousado no local pertence ao órgão, mas informou que há uma operação em curso na área. A Operação Ostium busca coibir os voos ligados ao narcotráfico na região de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. A ação policial inclui o deslocamento de aeronaves militares para Cascavel (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Dourados (MS).
Área de conflito
Segundo Theo, cerca de 500 indígenas fazem parte da comunidade em Brasília do Sul. A região é reivindicada pelos indígenas como terra tradicional e já foi palco de diversos conflitos. Além da morte do cacique Veron, os guarani-caoivás participaram em 2015 de ao menos dois conflitos armados com fazendeiros da região, o que resultou em mortes e feridos. O processo de regularização da terra está parado para análise do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2005.
A propriedade rural tem cerca de 9.700 hectares. Em 2010, o Ministério da Justiça publicou portaria reconhecendo a área como região indígena, depois de estudos que começaram em 1999. "Pedimos ao MPF que pudesse apurar abusos e quais as forças participaram. Queremos saber se havia a presença de policiais do estado e os motivos pelas quais teriam aterrissado na comunidade” [estando a regularização da área sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal o valor da portaria do Ministério da Justiça é NULO.]
Fonte: Correio Braziliense
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