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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Antes de tudo proteger o policial, para que ele possa proteger as PESSOAS DE BEM e ser respeitado pelos bandidos

Blindagem no Alemão sufoca polícia de proximidade

É importante proteger a integridade física dos PMs, mas estruturas blindadas jogam por terra princípios que nortearam as UPPs


A Polícia Militar planeja instalar 26 bases blindadas, entre torres e cabines, nas UPPs do Complexo do Alemão, considerado o maior território do crime organizado no Rio. A ideia é ampliar a experiência que vem sendo testada desde o dia 25 de abril, quando foi implantada a primeira delas na Favela Nova Brasília. Segundo o comandante da UPP local, major Leonardo Zuma, cessaram os tiroteios no Largo do Samba, onde fica a estrutura de seis metros de altura, capaz de resistir a tiros de fuzil e explosões de granada.

 “Haverá um cinturão de segurança para impedir o vaivém de criminosos armados que, nos últimos anos, voltaram a assustar os moradores”, disse ele em entrevista ao GLOBO.
O Alemão sempre foi um desafio para a segurança pública. Por isso, a ocupação do conjunto de favelas pelas Forças Armadas e polícias, em 25 de novembro de 2010 — etapa fundamental para instalação das UPPs —, transformou-se num marco do combate ao tráfico. Ainda estão vivas na memória dos cariocas as cenas de traficantes fugindo pelas matas da região enquanto blindados da Marinha avançavam pelas estreitas ruas da comunidade. Imagens da retomada do território pelo Estado foram transmitidas ao vivo pelas TVs e replicadas mundo afora. Mas elas ficaram só na memória. Embora as primeiras UPPs tenham chegado ao local em 2012, a verdade é que a paz nunca se estabeleceu de fato no Alemão.

À medida que o projeto das UPPs se fragilizava, ressurgiam os confrontos entre traficantes e entre estes e a polícia. E, em consequência, tiroteios, balas perdidas, mortes de civis, escolas fechadas e medo generalizado.


São muitos os motivos que levaram ao desmantelamento das UPPs. A grave crise financeira, que impôs cortes em setores essenciais como a segurança; a tibieza do estado, que, após a bem-sucedida retomada de territórios controlados pelo tráfico, não cumpriu a promessa de ampliar a ocupação social dessas áreas; o uso político do programa, que levou à decisão equivocada de uma expansão demasiada; e a falta de uma política nacional, de ações integradas com o estado, de modo a impedir que carregamentos de drogas e armas cheguem às favelas.

Nesse contexto, é importante, claro, preservar a integridade física dos policiais, principalmente se considerarmos que as bases de UPPs e não só no Alemão, mas em qualquer outra comunidade — têm sido alvos de ataques de criminosos.  Mas, por outro lado, a decisão de isolar PMs em estruturas blindadas dentro das comunidades sinaliza que qualquer resquício de polícia de pacificação e proximidade — princípio que norteou a implantação das UPPs — está sendo soterrado. E que, consequentemente, voltaremos à rotina de guerra, em que moradores costumam ser as maiores vítimas. Se a proteção dos policiais é importante, preservar princípios que consagraram as UPPs também deveria ser. [não existe,  nem existiu principio consagrando as UPPS; o Beltrame colocou como pronto principal das UPPs - quando criadas eram para ser Unidade de Polícia Pacificadora e se transformaram em Unidade de Perigo ao Policial -  a FARSA de que os bandidos estavam indo embora e a Polícia ocupando a área.

Nada disto. Dias antes da instalação de uma nova UPP, o local de instalação, dia e horário eram amplamente divulgados e um acordo informal entre as autoridades de segurança e os bandidos fazia com que os traficantes saíssem da favela (fingindo uma fuga) o 'cabralzinho' e Beltrame faziam a festa e dias depois os bandidos voltavam sorrateiramente e tudo fica como antes no quartel de Abrantes.

A FARSA funcionou até que os bandidos resolveram jogar duro e reassumir o controle total o que transformou as UPP em UNIDADES DE PERIGO AO POLICIAL.
A solução agora é blindar de verdade os PMs com torres e tudo o mais, tem que ficar definido: Policia de um lado e bandido do outro.
Não funcionou a intenção (dizem que o inferno está cheio de boas intenções) dos moradores das favelas ficarem amigos dos policiais - ao contrário, sempre que os traficantes acham conveniente os moradores fazem manifestações acusando os policiais de alguma coisa e o pior é que as autoridades de segurança sempre consideram o policial CULPADO, até que prove o contrário.]

Fonte: O Globo

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