Em vigor há pouco mais de um mês, a intervenção federal na
segurança do Rio, cujo objetivo oficial é reverter “o comprometimento da
ordem pública no Estado”, não mudou o sentimento de insegurança na
população. A rotina de tiroteios e mortes se manteve em algumas regiões
cariocas, principalmente nas zonas norte e oeste. Isso é o que mostra levantamento feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo pelo aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT). O Instituto de Segurança Pública do Rio, órgão oficial, ainda não divulgou dados.
[enquanto a intervenção concentrar suas ações em bloqueios na rodovias federais e não invadir favelas - em operações que se iniciam com cerco, asfixia (ninguém entra, ninguém sai sem minuciosa revista e, se necessário, detenção para averiguação) e varredura, barraco a barraco, mediante redução do perímetro cercado - não vai funcionar nem sequer arranhar a criminalidade.
As FF AA tem grande efetivo o que torna perfeitamente viável, e mesmo fácil, cercar de uma só vez uns três complexos (tipo Alemão, Maré, Cidade de Deus) e manter a contenção por vários meses.
Efetivos de infantaria com cobertura de blindados é suficiente para sufocar qualquer tentativa de reação.
Ao tempo que inviabilizam qualquer ação criminosa nas favelas sob cerco, unidades militares patrulharão as ruas - usar no cerco e asfixia efetivos da Forças Singulares, liberando a PM para que esta com apoio das tropas federais patrulhe as ruas reduzindo a livre circulação de criminosos e eventuais ações de retaliação.
Os bandidos precisam ser convencidos que a coisa é para valer e que só existe três alternativas para a bandidagem:
- fugir, havendo o risco de captura; e,
- enfrentar as forças de intervenção e serem presos ou abatidos.
Sabemos que nossos oficiais estão em dia com os treinamentos e táticas modernas, mas vale a pena assistir " A Batalha de Argel' do cineasta Gillo Pontecorvo - não resolve tudo mas é um bom subsidio.]
Na zona oeste, entre as favelas com mais
tiroteios nos 27 primeiros dias da intervenção, estão Cidade de Deus
(20) e Vila Kennedy (19), considerada pelos militares um “laboratório”
para ações futuras. Na zona norte, um exemplo é o Complexo do Alemão
(10), onde morreu há dez dias o bebê Benjamin por bala perdida. No mesmo
dia, mais dois moradores também. A criança, de um ano e sete meses, foi
atingida na cabeça enquanto a mãe comprava algodão-doce. “A intervenção
não está funcionando. Essa estratégia precisa ser revista”, reclama o
pai, Fábio Antônio da Silva, de 38 anos. “Não adianta a polícia entrar
na favela e trocar tiros com os vagabundos. Quem paga é o inocente. É
preciso ter uma outra forma que não deixe a população no meio dos
tiros.” [cercar, asfixiar e invadir.]
O caso de mais repercussão foi o assassinato
da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. A
violência ainda voltou a locais que tiveram dias mais calmos, como a
Rocinha, zona sul. Na quarta-feira, morreram um PM e um morador, durante
troca de tiros. Anteontem, operação policial na favela
acabou com oito mortos. Em Maricá, Grande Rio, cinco jovens foram
assassinados nesse fim de semana. Segundo o aplicativo mais usado, o OTT, nos primeiros 27
dias da ação federal, foram registrados 354 tiroteios. Nos 27 dias
anteriores, foram 404 ocorrências (redução de 12,4%). Já outro app, o Fogo Cruzado registrou 672
disparos nos 27 dias depois da intervenção, ante 620 no período anterior
(alta de 8,3%). Na mesma comparação pelo app, o total de mortos foi de
114 para 149 (30,7% mais). O Gabinete da Intervenção diz que muitas ações estão sendo
postas em prática e que os primeiros resultados devem ser sentidos nos
próximos meses.
Críticas
Para especialistas ouvidos pela reportagem,
frequentes mudanças de rota da ação federal indicam falta de
planejamento. Foi cogitado, por exemplo, o uso de mandados coletivos em
favelas e fichamento de moradores – abandonado após críticas. Na última
semana, foi iniciada nova fase da intervenção, com ações em rodovias
federais e em Angra dos Reis. [enquanto as forças de intervenção forem pautadas por críticas de ONGs pró bandidos, pelo MP e Defensoria, a coisa não funciona.
Tem que mostrar para esse pessoal que ou faz para valer ou deixa tudo como está.] Já a Vila Kennedy será desocupada pelas
tropas em até três semanas.
“É atropelo em cima de atropelo”, critica o
antropólogo e coronel da reserva da PM Robson Rodrigues, ex-coordenador
geral das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). “E o R$ 1 bilhão
(prometido pelo governo federal), sem estratégia, não adianta nada.”
Outras operações com militares, segundo ele, não tiveram efeito
significativo. [esse coronel da reserva tudo indica, pelo seu histórico de ex-coordenador geral das UPPs, ser favorável a conversar com a bandidagem para viajar por alguns dias, a polícia ocupa, depois eles voltam e os policiais militares se ferram - típico das UPP do Cabral x Beltrame.]
Silvia Ramos, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania,
da Universidade Candido Mendes, crê que ainda haverá uma sensação de
“alívio” momentâneo. “Existia um problema de vácuo de comando. Isso pode
melhorar, mas mesmo uma pequena melhora não é sustentável. Estamos
dando um passo para o abismo.”(Colaborou Roberta Jansen)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
segunda-feira, 26 de março de 2018
Intervenção não muda clima de insegurança [intervenção só vai mostrar resultados quando começar a surgir cadáveres de bandidos mortos e cerco, com busca coletiva em barracos]
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