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Sexta-Feira Santa da Paixão do Senhor
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Sexta-feira, dia 30 de março de 2018
Sexta-feira da Paixão do Senhor
Festa da Igreja : Sexta-feira santa
Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo,
que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas
tenha a vida eterna. (Jo 3, 16)
Festa da Igreja : Sexta-feira santa
Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo,
que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas
tenha a vida eterna. (Jo 3, 16)
Comentário do dia: São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 38; PL 57, 341s; CCL 23, 149s
O sinal da salvação
Na sua Paixão, o Senhor assumiu todos os males do género humano a fim de
que, a partir de então, nada mais fizesse mal ao homem. A cruz é, pois, um
grande mistério e, se tentarmos compreendê-lo, por via deste sinal o mundo será
salvo. Com efeito, quando se fazem ao mar, os marinheiros começam por erguer a
árvore do mastro, esticando a vela para que as águas se lhes abram; desse modo,
formam a cruz do Senhor e, seguros por este sinal, chegam ao porto da salvação
e escapam aos perigos da morte. Com efeito, a vela suspensa do mastro é a
imagem deste sinal divino, da mesma maneira que Cristo foi elevado na cruz. Eis
por que razão, devido à confiança que nasce deste mistério, estes homens não se
assustam com as borrascas do vento, chegando ao porto desejado. Pois tal como a
Igreja não pode permanecer de pé sem a cruz, também um navio enfraquece sem o
mastro. O diabo atormenta-o e o vento atinge o navio mas, quando se ergue o
sinal da cruz, é afastada a injustiça do diabo, e a borrasca termina
imediatamente. […]
O agricultor também não empreende o seu trabalho sem o sinal da cruz: ao reunir
os elementos da charrua, imita a imagem de uma cruz. […] Também o céu está
disposto como uma imagem deste sinal, com as suas quatro direções, o Oriente, o
Ocidente, o Meio-dia e o Norte. A forma do próprio homem, quando eleva as mãos,
representa uma cruz; sobretudo quando rezamos de mãos erguidas, proclamamos a
Paixão do Senhor através do nosso corpo. […] Moisés, o Santo, não saiu vencedor
da guerra contra os amalecitas por via das armas, mas das mãos erguidas para
Deus (Ex 17,11). […]
Assim, por este sinal do Senhor, abre-se o mar, cultiva-se a terra, é governado
o céu e os homens são salvos. É também, afirmo eu, por este sinal do Senhor que
se abrem as profundezas onde habitam os mortos. Porque o homem Jesus, o Senhor,
que transportou a verdadeira cruz, foi sepultado na terra, e a terra que Ele
tinha trabalhado em profundidade, que tinha, por assim dizer, destruído em
todos os pontos, fez germinar todos os mortos que retinha em si.
O agricultor também não empreende o seu trabalho sem o sinal da cruz: ao reunir os elementos da charrua, imita a imagem de uma cruz. […] Também o céu está disposto como uma imagem deste sinal, com as suas quatro direções, o Oriente, o Ocidente, o Meio-dia e o Norte. A forma do próprio homem, quando eleva as mãos, representa uma cruz; sobretudo quando rezamos de mãos erguidas, proclamamos a Paixão do Senhor através do nosso corpo. […] Moisés, o Santo, não saiu vencedor da guerra contra os amalecitas por via das armas, mas das mãos erguidas para Deus (Ex 17,11). […]
Assim, por este sinal do Senhor, abre-se o mar, cultiva-se a terra, é governado o céu e os homens são salvos. É também, afirmo eu, por este sinal do Senhor que se abrem as profundezas onde habitam os mortos. Porque o homem Jesus, o Senhor, que transportou a verdadeira cruz, foi sepultado na terra, e a terra que Ele tinha trabalhado em profundidade, que tinha, por assim dizer, destruído em todos os pontos, fez germinar todos os mortos que retinha em si.
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