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terça-feira, 30 de abril de 2019

Se o agronegócio ceder a balas e motosserras dos Bolsonaros, vai se dar mal



O agronegócio brasileiro está brincando com o perigo ao dar seu apoio incondicional, cego, a Jair Bolsonaro em vez de lhe impor limites. E o faz, por incrível que pareça, por puro, como diria o presidente, "viés ideológico" — ou, se quiserem, "cegueira ideológica". O setor no Brasil está entre os mais competitivos do mundo. Em algumas áreas, é O MAIS! Não alcançou essa posição brincando de faroeste, mas investindo em tecnologia; não chegou a tal lugar demonizando o meio ambiente, mas reconhecendo que esse é hoje um ativo importante. Não logrou tanto sucesso porque olhou apenas para o próprio umbigo. Não! internacionalizou-se.
Estudou os mercados mundiais, procurou baratear custos, investiu em pesquisas. 

[clicando aqui, você tem acesso a dados sérios,  que mostram que morrem mais pessoas no Brasil - onde a posse de armas é dificuldade e o porte praticamente proibido - do que nos Estados Unidos.]



Sim, existe o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), de que sempre fui crítico. Mas será que ele é hoje um entrave à produção a ponto de se propor uma legislação que pode encharcar de sangue o solo brasileiro, comprometendo uma reputação construída ao longo de muitos anos? Por que isso tudo? Em visita à Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), que foi aberta nesta segunda-feira (29) em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), o presidente brasileiro afirmou o seguinte:

"Vai dar o que falar, mas uma maneira que nós temos de ajudar a combater a violência no campo é fazer com que, ao defender a sua propriedade privada ou a sua vida, o cidadão de bem entre no excludente de ilicitude. Ou seja, ele responde, mas não tem punição. É a forma que nós temos que proceder. Para que o outro lado, que desrespeita a lei, tema vocês, tema o cidadão de bem, e não o contrário".



É só o apelo em favor da barbárie, nada mais. E demonstra a obsessão por armar o país. Essa, aliás, é a ladainha na extrema-direita populista no mundo inteiro. Bolsonaro, como sabemos, quer liberar e generalizar o porte de armas no Brasil. Em 2016, segundo o Atlas da Violência, o país chegou à taxa escandalosa de 30 homicídios por 100 mil habitantes. Os defensores do armamento, diante de tais números, pregam o porte de armas como instrumento de autodefesa. Bem, trata-se de uma mentira técnica porque todas as evidências apontam para o contrário: mais armas circulando, mais episódios com armas. Como se vê. E ponto. Ocorre que isso nada tem a ver com autodefesa. Trata-se de puro viés ideológico mesmo, para usar a expressão a gosto do dito "Mito" — quando não é coisa pior e se está apenas diante de um lobista do setor. Querem ver?



[não podemos deixar de registrar o nosso protesto contra o que podemos chamar de tendencia excessiva de vitimização dos invasores de terra que venham a ser abatidos pelos proprietários das terras objeto da ação invasora.

Vitimização é quando o trabalhador sai para o trabalho de madrugada, ou retorna quase meia noite, para a periferia das periferias, e é morto por assaltantes por causa de R$10, ou até mesmo por não ter nada para passar para os bandidos.  Aí temos vítimas de uma ação covarde, criminosa, ilegal.

Mas, no caso dos invasores é simples: se um ou vários bandidos forem assaltar um carro forte e haja reação e os bandidos sejam mortos, todos acham normal e muitos vão até aplaudir - exceto a sempre presente turma dos DIREITOS DOS MANOS que vai alegar força excessiva por parte dos vigilantes, etc.

O mesmo raciocínio vale para os invasores de terra. Se um ou vários elementos, se agrupam formando um bando, uma quadrilha, para invadir a propriedade um cidadão este tem todo o direito de usar a força necessária, disponível, para impedir que os criminosos tenham êxito.   Ao planejar despenalizar o cidadão que no legítimo exercício do direito de defender sua propriedade abate invasores Bolsonaro age corretamente.

Afinal, a propriedade está quieta no local - fazenda, sítio, não andam, não se movem  - os invasores é que se agruparam para se apropriar ilegalmente de propriedade alheia, houve a justa, oportuna e felizmente exitosa reação e os ladrões, bandidos foram mortos.   Jogo jogado - não tivessem tentando invadir terra de terceiros, se apropriar do que não lhes pertence, não teriam morrido.

A regra é simples: NÃO TENTE INVADIR = CONTINUE VIVO;

TENTE INVADIR = SERÁ ABATIDO.

O DEVER do Governo é prover a segurança necessária para em ação ostensiva e preventiva, impedir tentativas de invasão; 
infelizmente, não consegue cumprir este DEVER, então com o apoio do Congresso Nacional reforça as condições que permitam ao proprietária, por seus próprios meios, promover a reação.

NÃO HÁ O QUE CRITICAR - só serão abatidos INVASORES.

PARABÉNS ao nosso presidente Jair Bolsonaro, por mais um passo rumo ao cumprimento de mais uma promessa de campanha - outras serão cumpridas.

Outra coisa: poucos bandidos serão mortos, devido a que ocorrerão poucas invasões. Essa turma do frouxo do Stédile, do covarde Boulos e coisas do tipo, são covardes, uns frouxos, uns cagões, e só tem coragem de atacar quando são muitos e as vítimas além de poucas estão desarmadas.

Cadê o ABRIL VERMELHO deste ano?  
O Boulos reduziu o ritmo de invasões e ao que consta está aumentando o aluguel das propriedades que manda invadir e que cobra dos próprios invasores.

O efeito Bolsonaro reduziu toda a ação do MST este ano a invasão de uma fazenda, a não realização do abril vermelho e deixou o Boulos pensando em como invadir sem correr risco.]


O CASO DA ESPANHA

Santiago Abascal, líder do neofascista Vox, na Espanha, fez da defesa da mudança da lei de armas no país um dos pilares de sua campanha. E olhem que ele não se atreve a falar em porte, não! Naquele país, mesmo a posse de armas é extremamente restrita. A pessoa precisa provar a necessidade da dita-cuja para defesa pessoal ou caça. E passa por rigoroso teste psicológico. Em qualquer caso, é necessário demonstrar que tem um lugar seguro para guardá-la. A Espanha tem uma das mais baixas taxas de homicídios do mundo: 0,7 por 100 mil habitantes. Segundo os números de 2016, a do Brasil já é 41,8 vezes maior sem a liberação do porte. [o cômico é o quanto os espanhóis são sem noção; elegeram entre os esquerdistas - agora minoria, visto que também na Espanha a direita está crescendo - uma brasileira;
uma mulher, uma sergipana tão sem noção que é eleita pelos espanhóis, para exercer um mandato no Parlamento da Espanha e já está declarando que vai trabalhar para denunciar Bolsonaro.
A tal mulher é desorientada, se foi eleita na Espanha, para cumprir um mandato lá, sua obrigação é defender os interesses dos seus eleitores = o povo espanhol.
Por aí, temos que nos alegrar, visto que mesmo o governo Bolsonaro ainda estando um pouco travado, os adversários são totalmente desorientados.]


Vejam que coisa! A Espanha tem um IDH altíssimo: 0,891. Mas o dos EUA é maior: 0,924. Neste país, em que as pessoas se armam sem restrições, mata-se seis vezes mais do que naquele. [e no Brasil, onde existe sérias restrições à livre posse de armas e barreiras imensas ao porte se mata bem mais do que nos Estados Unidos.
Esse fato, estatística incontestável, constam até deste Blog do Reinaldo, prova que a posse/porte livre de armas não contribui para o aumento da criminalidade.]  Lembro o caso espanhol só para deixar claro que não é a ocorrência reiterada de casos de violência que justifica essa militância em favor das armas. Como a Espanha deixa claro, um país desarmado costuma apresentar baixas taxas de homicídio. "Mas e o Brasil?" Ora, o nosso país está armado até os dentes. Precisamos é de uma política de segurança pública que desarme os bandidos, não de outra que, sob o pretexto da autodefesa, instauraria um clima de faroeste.


Toquei nesse assunto para evidenciar que esse negócio de arma não depende da realidade concreta ou dos números. Trata-se de uma militância — que, no entanto, pode ser muito perigosa. BRINCANDO COM O PERIGO O agronegócio brasileiro está brincando com o perigo e está se deixando conduzir por radicalismo ideológico e pouco pragmatismo. As ações do ministro Ricardo Salles nos órgãos ligados ao meio ambiente seguem rigorosamente as instruções de Jair Bolsonaro. O ânimo é de confronto permanente e desmonte da estrutura de fiscalização. Se existem maus funcionários, que sejam substituídos. Se não podem ser demitidos, que sejam submetidos a procedimentos administrativos. Mas ninguém teve notícia, até agora, de restrições de natureza técnica. O que se constata é uma espécie de incursão punitiva na área para 
a) demonstrar quem manda;
b) evidenciar que são outras as prioridades. Mas quais? O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, apresentou em conjunto com o colega Marcio Bittar (MDB-AC) projeto de lei que retira do Código Florestal o capítulo que trata da reserva legal obrigatória em propriedades rurais. Se conseguisse lograr seu intento, seria um desastre para o agronegócio brasileiro porque isso implicaria avançar, efetivamente, em áreas hoje protegidas. Quem detém uma propriedade rural na Amazônia, por exemplo, sabe que tem de manter 80% da vegetação nativa, podendo explorar 20% da propriedade. Se o texto de Flávio fosse aprovado, a primeira consequência seria, por óbvio, o aumento do desmatamento — inclusive da universalmente conhecida Amazônia, o que contribuiria para jogar uma mácula em todas as commodities agropecuárias do Brasil. Aquilo que se construiu durante anos seria destruído por cegueira ideológica e por chicana antiambientalista.



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