O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou a
censura à revista eletrônica Crusoé e ao site O Antagonista após farejar um
vexame. A medida seria derrubada pelo plenário da Corte. Com isso, além do
desgaste já sofrido, Moraes empurraria para dentro de sua biografia um atestado
de censor expedido pelos colegas de tribunal. Conforme já havia sido noticiado
aqui, a censura cairia no plenário do Supremo por um placar de pelo menos 7 a
4. De repente, posições que eram sussurradas apenas nos bastidores começaram a
ser gritadas em público. Incomodados, os ministros sentiram a necessidade de
tomar distância do escudo que Toffoli construiu para si mesmo, com a ajuda de
Moraes.
Primeiro a criticar a censura, Marco Aurélio Mello reiterou sua posição
numa entrevista concedida nesta quinta-feira: "Mordaça, mordaça. Isso não
se coaduna com os ares democráticos da Constituição de 1988. Não temos saudade
do regime pretérito. E não me lembro nem no regime pretérito, que foi regime de
exceção, de medidas assim, tão virulentas como foi essa." Em nota oficial,
o decano Celso de Mello tachou a censura de "prática ilegítima e
intolerável". Abstendo-se de mencionar o caso específico, o ministro
acrescentou que, num Estado Democrático de Direito, "não há lugar possível
para o exercício do poder estatal de veto […] à transmissão de informações e ao
livre desempenho da atividade jornalística".
Numa entrevista ao Globo, a ministra Cármen Lúcia, antecessora de
Toffoli na presidência do Supremo, afirmou que "toda censura é
incompatível com a democracia", inclusive a que havia sido decretada pelo
colega Alexandre de Moraes. Com o recuo de Moraes, Dias Toffoli ficou falando
sozinho. Ninguém disse ainda, talvez por pena. Mas a dupla Toffoli-Moraes
protagonizou um vexame histórico. Resolvido o vexame da censura, resta
encontrar um epílogo para o inquérito secreto que Toffoli abriu por conta
própria a pretexto de investigar ataques à Suprema Corte e ameaças aos seus
membros e familiares. Avolumam-se no Supremo também as críticas a esse
inquérito. Avalia-se que, em vez de deter os ataques sofridos nas redes
sociais, o procedimento tornou-se uma usina fornecedora de matéria-prima tóxica
contra o Supremo.
O ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou a censura à revista
eletrônica Crusoé e ao site O Antagonista após farejar um vexame. A
medida seria derrubada pelo plenário da Corte. Com isso, além do
desgaste já sofrido, Moraes empurraria para dentro de sua biografia um
atestado de censor expedido pelos colegas de tribunal. Conforme já havia
sido noticiado aqui, a censura cairia no plenário do Supremo por um
placar de pelo menos 7 a 4. De repente, posições que eram sussurradas
apenas nos bastidores começaram a ser gritadas em público. Incomodados,
os ministros sentiram a necessidade de tomar distância do escudo que
Toffoli construiu para si mesmo, com a aju...... - Veja mais em
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