Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Ala do STF quer o fim do ‘inquérito fake’ de Toffoli



A revogação da censura à notícia que encostou o delator Marcelo Odebrecht em Dias Toffoli não encerrou o pesadelo que atormenta o Supremo Tribunal Federal. Cresce entre os ministros da Corte a onda de críticas ao inquérito sigiloso que Toffoli abriu no mês passado, invocando seus poderes de presidente. Uma ala do tribunal deseja o fim do processo. Avalia-se que o próprio Toffoli deveria articular a providência, sob pena de sofrer um revés no plenário.

Em conversa com o blog, na noite desta quinta-feira (18), um dos ministros que criticam a iniciativa de Toffoli referiu-se à investigação sobre ataques à Suprema Corte nas redes sociais e ameaças virtuais aos seus membros com uma expressão ácida: "inquérito fake". Ecoou em reservadamente críticas que o colega Marco Aurélio Mello trombeteia em público O inquérito não deveria ter sido aberto de ofício, à revelia do Ministério Público Federal, declarou. Alexandre de Moraes, o relator escolhido por Toffoli sem sorteio, não deveria ter ignorado a porta do arquivamento, aberta por uma petição da procuradora-geral da República Raquel Dodge.

Mesmo ministros que nutriam simpatia pela ousadia de Toffoli admitem que o inquérito inaugurado por ele revelou-se um tiro contra o próprio pé. Em vez de inibir as críticas ao Supremo e aos seus ministros, a iniciativa multiplicou os ataques, magnificando a agressividade. A ala que foge do contágio imagina que o melhor remédio é um pronunciamento do plenário do Supremo. Caberá ao ministro Edson Fachin, relator dos recursos protocolados no Supremo contra o "inquérito fake", submeter a encrenca ao julgamento do plenário. Se quisesse, Fachin poderia abreviar o drama suspendendo o inquérito por meio de uma decisão liminar (provisória). [ficaria a impressão de conivência, por omissão, com uma decisão inconstitucional do ministro presidente do Supremo.]  Entretanto, considerando-se o tamanho da polêmica Fachin talvez prefira dividir a decisão com os colegas, mesmo antevendo a exposição de fraturas internas diante das lentes da TV Justiça.

Fachin aguarda as informações que requisitou ao relator Alexandre de Moraes para anunciar sua decisão. Se optar pelo julgamento em plenário, terá de requisitar a Tofolli a inclusão do tema na pauta. Uma alternativa menos custosa seria o próprio Toffoli se entender com Moraes para construir uma saída honrosa —ou menos desonrosa. Por exemplo: Moraes daria por encerrado o inquérito no âmbito do Supremo. Como não há investigados com foro privilegiado, o relator transferiria os indícios colecionados até aqui para a primeira instância. E a Suprema Corte mudaria de assunto. O problema é que, tomado por suas declarações mais recentes, Toffoli não parece disposto a dar o braço a torcer. [simples: Toffoli enfrenta o julgamento e um placar 9 a 2, 8 a 3, contra ele, tornará seu braço mais flexível.]





 

Nenhum comentário: