O risco que ele corre
Quando presidente, acuado por denúncias de corrupção, Fernando Collor
convocou seus apoiadores para ocuparem as ruas com camisas verde
amarelas no dia 7 de setembro de 1992, dois anos e meio depois de ter
sido empossado. Poucos o fizeram, talvez por vergonha ou talvez porque tivessem algo
melhor a fazer durante o feriado. Em compensação, multidões foram às
ruas naquele mesmo dia vestidas com camisetas pretas. Ali, Collor
começou a cair. Cairia três meses depois.
[a diferença fundamental entre Collor e Bolsonaro era que contra o primeira havia além do fato de pretender governar deixando a 'velha política' de lado, ele era acusado de corrupção.
Já contra Bolsonaro não existe nenhuma acusação de corrupção, existe o esforço - infrutífero - de tentar vincular o presidente do Brasil a atos pouco republicanos de alguns amigos de familiares do ex-presidente.
Só que até agora não conseguiram sequer emplacar acusações sólidas contra familiares e amigos de destes.
O que mais pesado existe contra Bolsonaro é a comunicação falha - na maior parte das vezes por empolgação do presidente - e alguns atos que são passíveis de críticas, especialmente por aqueles que estão sempre atentos a qualquer oportunidade para atacar o capitão.
O que tem feito prosperar uma certa animosidade contra Bolsonaro é ele permitir que indivíduos alheios ao governo, inclusive um autoproclamando filósofo, e seus filhos falem quando, onde e o que não devem, nem podem. Sanado essa aspecto o governo do capitão pega ritmo.]
Neste momento, a situação do presidente Jair Bolsonaro ainda está longe
de poder ser comparada com a de Collor. Por ora, é Flávio, o filho dele,
o investigado por ter comprado imóveis no Rio a preços subavaliados
para revendê-los a preços superavaliados. Mas nem isso impediu Bolsonaro de estimular seus devotos a convocarem
manifestações a seu favor para o próximo domingo dia 26. Se quisesse,
poderia tê-los impedido. Bastaria um post seu no Twitter em sentido
contrário para deter o movimento.
E se as manifestações não reunirem tanta gente? E se elas forem menores
do que as que aconteceram na semana passada contra o corte de verbas
para a Educação? Essas atraíram mais de dois milhões de pessoas em cerca
de 220 cidades grandes e pequenas. [até as pedras sabem que não houve cortes na Educação. O que ocorreu foi o contingenciamento de algumas despesas não obrigatórias - que sempre ocorre em qualquer governo.
Sabem que a USP, paga a
dois mil servidores mais que o teto estadual, R$ 23 mil.
Lá tem um professor
recordista que ganha R$ 60 mil mensais.
Sabem que teve universidade que efetuou o desperdício de promover seminário com
dinheiro público sobre filosofia do sexo anal. Quem não acreditar no Blog Prontidão Total, clique aqui, confira e acesse outros sites que comprovam o afirmado.]
E se multidões forem às ruas na mesma data vestidas com camisas pretas?
Novas manifestação de opositores do governo estão agendadas para o
próximo dia 30. Por que o governo deveria a essa altura submeter-se ao
teste das ruas? As pesquisas desaconselham. Se o teste lhe desfavorecer, não diga Bolsonaro mais tarde que nada teve a ver com isso. Ou que não foi avisado. [pergunta boba: qual o valor do teste das ruas? que vai mudar se for 10.000.000 para as ruas a favor de Bolsonaro e 10.000 contra - a maldita esquerda, a turma do Lula livre e do 'quanto pior, melhor, é tudo a mesma m ..., vai continuar malhando Bolsonaro.
E, se os números forem invertidos Bolsonaro continuará governando o Brasil até 31 dez 2022 - só Deus muda isto.
Com um detalhe: no momento, em que Bolsonaro consertar esses desajustes, seu governo começar a mudar o Brasil para melhor, economia começar a aquecer, desemprego cair, todos vão querer que permaneça.
Parece dificil de acreditar, mas, é só Bolsonaro decidir exercer o mandato presidencial, para o qual foi eleito com quase 60.000.000 de votos, e toda essa galinhagem se acaba.]
(...)
A aliança de Moro com os generais
Perfilados
Depois de derrotas em série no Congresso, o ministro da Justiça,
Sérgio Moro, busca novas alianças para sobreviver no poder. Foi um
gesto importante nesse sentido a presença do ex-comandante do Exército, o
general Eduardo Villas-Bôas, dias atrás, na Comissão de Segurança da
Câmara para prestigiar uma audiência com Moro.
Moro e os generais estão juntos quando o Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (COAF) volta ao centro das discussões com pedidos
de quebra de sigilo de 95 pessoas autorizados pela Justiça, entre eles o
do senador Flavio Bolsonaro, filho do presidente da República e
ex-chefe do motorista Fabrício Queiroz. O Congresso ameaça tirar o COAF do ministério de Moro para devolvê-lo ao
Ministério da Educação. Moro não quer perdê-lo. Os militares lhe dão
razão. Para o presidente Bolsonaro, tanto faz onde o COAF fique. Essas
informações estão no relatório da TAG REPORT, das jornalistas Helena
Chagas e Lydia Medeiros.
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