A estreia de Alcolumbre nas ruas
Presidente do Senado é chamado de canalha
O deputado Rodrigo
Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, já está acostumado a ser alvo de
cartazes e imprecações ofensivas nas manifestações de ruas promovidas
pelos seguidores de Jair Bolsonaro e do ex-juiz Sérgio Moro.
Mas David Alcolumbre
(DEM-AP), presidente do Senado, não. Jamais fora lembrado. Ontem, em
Brasília, finalmente foi, segundo registro do fotógrafo Orlando Brito.
Em um dos cartazes, ele apareceu como “canalha”, e Maia como “corrupto e
oportunista”. [Alcolumbre responde por crimes eleitorais - Inquérito 4353 - e Maia é acusado na Lava Jato pelo recebimento de propinas.]
[Maia é velho conhecido, filho do ex-prefeito do Rio, César Maia - precursor do uso das fake news, com o uso do factóide - está envolvido na Lava Jata, em 2014 foi eleito por pouco e em 2018 teve setenta e mil e poucos votos;
Alcolumbre começou a carreira como vereador do AP, três mandatos de deputado federal, senador e foi eleito presidente do Senado por diferença de um voto e em uma eleição com três desistências.
Tudo indica que é um seguidor de Maia - para onde, nem ele sabe.]
Numa faixa estendida na
Esplanada dos Ministérios, Alcolumbre teve a sorte de ser poupado, mas
Maia, não, acusado de “bandido”. Outra faixa, essa dirigida ao Congresso
e ao Supremo Tribunal Federal, ameaçava: “Ou intervenção ou vocês vão
morrer, covardes”. Maia e Alcolumbre atuam
em parceria. Não fossem eles, a reforma da Previdência não teria a
mínima chance de ser aprovada uma vez que o presidente Jair Bolsonaro
pouco liga para ela. Mas nem Maia nem Alcolumbre reagiram bem aos
ataques dos manifestantes. Por telefone, ontem à
noite, líderes de partidos combinaram se solidarizar com os dois esta
semana e defender com veemência o Congresso e a Justiça em discursos na
Câmara e no Senado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário