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sexta-feira, 15 de maio de 2020

A calamidade da Covid-19 atinge o mundo todo. No Brasil, vem em duplicata - J.R. Guzzo

Gazeta do Povo

É uma desgraça, para o Brasil, que uma grande parte das autoridades públicas tenham decidido dobrar o custo que a pior epidemia da história recente está trazendo para as pessoas. Não basta a morte de 11.000 cidadãos em dois meses pela Covid-19, nem o sofrimento sem limites imposto às famílias que sofreram perdas de gente querida, nem as vidas arruinadas por este flagelo. Governadores, prefeitos e burocratas, cedendo ao pânico, à estupidez e ao interesse político mais grosseiro, estão castigando os cidadãos com atos de franca e aberta demência.

Sem qualquer restrição por parte da justiça, investem todo o seu tempo e energia na invenção de novas proibições, obrigações e castigos para atormentar cada vez mais os milhões de cidadãos que continuam vivos. A desculpa é que tudo o que estão fazendo é para o “próprio bem” da população. Mentira. É apenas o fruto da sua incapacidade para lidar com problemas graves e do seu oportunismo.

As demonstrações dessa corrida em busca da insensatez estão presentes no Brasil inteiro – da mesma maneira como ninguém está livre do vírus, ninguém está livre da presença de governos. Mas é provável que nenhum outro lugar do país esteja sofrendo tanto com essa infecção quanto São Paulo por ser a maior cidade do Brasil, é naturalmente a que paga mais caro por se ver entregue a políticos que não estão à altura dos seus cargos, suas responsabilidades e seus deveres. São os piores porque, na prática, são os que causam dano ao maior número de pessoas: doze milhões de habitantes na capital, cerca de vinte na área metropolitana.

Leia Também:     O Brasil quer inovar na política mundial com um golpe de estado sem militares 

O que dizer de um lugar em que o prefeito municipal foi capaz de vir a público para anunciar com orgulho, e como uma das maiores obras da sua gestão na presente crise, a compra de 15.000 sacos para cadáveres e 38.000 urnas funerárias sem contar a abertura de 13.000 covas para enterro e a contratação de 220 coveiros?

Não se discute, é obvio, a necessidade de enterrar os mortos; o prefeito e seus auxiliares não precisam explicar isso a ninguém. Trata-se, apenas, de notar a confusão mental de gente que tem a obrigação de administrar a principal cidade do Brasil. Não sabem o que fazer, mas querem fingir que sabem; o resultado são declarações deste tipo,

Um dos aspectos mais insanos deste passeio ao acaso são as exigências numéricas da prefeitura e do governo de São Paulo quanto ao nível de “isolamento social” que consideram o ideal para a cidade: querem “70%”, e como só estaria havendo “50%”, socam mais e mais proibições, penalidades e multas em cima de uma população que nada fez de errado além de estar viva e precisar viver.

Sua última novidade é um rodízio radical na circulação de veículos. [que reduz, muito pouco o trânsito nas ruas e 'entope' ônibus,  metrô e trens.] Porque 70%? Como se faz a conta do “isolamento” – ou seja, o que realmente significa esse número? Também não é compreensível que São Paulo esteja, no momento, com 50% do seu movimento normal nas ruas. A cidade, em novembro de 2019, tinha mais de 6.300.000 automóveis em circulação, além de cerca de 200.000 caminhões e ônibus e 1.200.000 outros veículos de quatro rodas. Segundo as contas das autoridades, uns 4 milhões desses veículos todos – metade da frota – estaria andando todos os dias na rua. Como assim? Onde estariam – espalhados na cidade inteira? 
A que horas do dia?
Porque ninguém consegue ver 4 milhões de veículos circulando por aí? A conta incluiria também as pessoas?

Para bater com os números do governo, teria de haver 6 milhões de paulistanos pela rua, à vista de todo mundo. Onde estão? E o comércio, restaurantes, bares, cinemas, teatros – por acaso 50% disso tudo está aberto? A radicalização do rodízio só obriga as pessoas a deixarem o isolamento dos seus carros, onde não podem contaminar ninguém, e virem se amontoar no transporte público. É o contrário do que o governo quer.

J.R. Guzzo, jornalista - Vozes Gazeta do Povo

A matéria acima, pode ser complementada lendo:

O que aconteceu com a meta de achatar a curva?
Rodrigo Constantino


O isolamento foi a receita pregada por muitos. Quarentena, lockdown, variantes do mesmo tom: temos de manter o distanciamento social para "achatar a curva" e, com isso, ganhar tempo para investir em novos leitos e comprar respiradores. Se todos tiverem contato com o vírus ao mesmo tempo, não há sistema de saúde que resista!

[de tudo se deduz: isolamento é para ganhar tempo para se construir mais leitos;
no Brasil, está sendo usado como remédio para a Covid-19, disfarçar a busca do  que criticam: a tal 'imunidade de rebanho'.]

Meses depois, como anda o discurso? Mudou completamente! O isolamento passou a ser um fim em si mesmo, visto como uma espécie de cura para a pandemia. É como se fosse possível ou desejável fugirmos do vírus para sempre, até uma milagrosa vacina. Alguém aí está disposto a defender paralisação do comércio por um ano inteiro?

(.....)
No começo, os isolacionistas alegavam que era insensibilidade rejeitar 15 dias de quarentena para depois avaliarmos os resultados. Quinze dias! Uns 60 dias depois, eles insistem na mesma tecla, só que agora contabilizam cada óbito como prova da necessidade de mais isolamento. Ora bolas! Qual a lógica disso, se até aqui não faltam leitos no país?
"Foi o alerta feito por Elon Musk, o bilionário dono da Tesla e da SpaceX, que desafia a decisão do governo californiano de manter fechada a economia, sob o risco de prisão, e ameaça levar suas fábricas para outro estado menos hostil aos negócios.não implodir o sistema de saúde. 
Esqueceram disso?
Pelo visto sim. Em parte por interesses políticos de quem enxerga na pandemia uma oportunidade de atacar Trump e Bolsonaro, em parte pelo pânico gerado numa era de hipersensibilidade. Theodore Dalrymple falou sobre isso num artigo publicado pela Gazeta do Povo. Eis um trecho:
"Foram feitos modelos matemáticos e previsões para todas essas doenças, prevendo a morte de milhões de pessoas. Nada disso aconteceu, exceto por uma epidemia de gripe que foi tão fatal quanto qualquer gripe normal."
(.....)

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