O Globo
Um efeito colateral do achatamento da curva de contágio da
Covid-19 tem sido o prolongar da paradeira social e portanto econômica. E a
ausência de uma vacina piora o quadro. Alguma hora as pessoas vão voltar a circular e interagir, e
tudo indica que isso vai acontecer no mundo todo bem antes de atingidos os tais
pelo menos 60% de pessoas imunizadas, índice mínimo para o vírus entrar na
descendente.
Precisará haver portanto, em cada país, uma estrutura bem
azeitada de testagem, comando e controle social para, detectado um caso novo,
tomar as medidas de isolamento e monitoramento indispensáveis. Será uma briga de gato e rato, e tão mais fácil
-para o
gato- quanto maior a capacidade efetiva de testagem e ação a partir
dela. Isso exigirá um Estado com capacidade, abrangência e autoridade.
Como o Brasil está se preparando para enfrentar o
desafio prolongado? A rigor, não está.
Seremos um dos países mais
vulneráveis a nova
ondas e repiques do vírus.
A alternativa seria o “fique em casa para
sempre”.
Claro que é inviável.
Situação complicada.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político - Análise Política
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