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domingo, 14 de junho de 2020

Ibaneis manda fechar Esplanada para evitar aglomerações e atos antidemocráticos

O trânsito de veículos e pedestres ficará proibido entre a 0h e as 23h59 deste domingo. Decreto do governador foi publicado horas depois de acampamento de apoiadores de Bolsonaro ser retirado da Esplanada

O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) decretou o fechamento da Esplanada dos Ministérios neste domingo (13/6). A determinação leva em consideração as aglomerações que têm ocorrido durante as manifestações, inclusive atos antidemocráticos.
[governador do DF usa a pandemia como pretexto para impedir que apoiadores do presidente Bolsonaro se manifestem.
A pretexto de evitar aglomerações - uma das medidas do até agora inútil combate à pandemia (o número de infectados e de mortos aumenta diariamente)  - e atos antidemocráticos (como inimigos do presidente e do Brasil chamam o exercício pelos cidadãos dos direitos constitucionais de expressão e de manifestação) Ibaneis bloqueia Esplanada dos Ministérios, vedando assim o acesso ao Palácio do Planalto.
A continuar assim, logo o Palácio  Alvorada será isolado.] 

O trânsito de veículos e pedestres ficará proibido entre a 0h e as 23h59 deste domingo. O acesso aos prédios públicos federais será permitido apenas a autoridades devidamente identificadas e a servidores públicos federais que estejam em serviço.  As manifestações na Esplanada só poderão ocorrer se forem comunicadas com antecedência e autorizadas pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) e o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) farão a organização e fiscalização do trânsito, enquanto os órgãos da Segurança Pública ficarão responsáveis pela fiscalização do local.

Retirada de acampamento e ameaça ao governador 
Pela manhã, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tiveram que deixar o acampamento na Esplanada dos Ministérios. Uma operação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e o DF Legal desocupou a área pública em cumprimento a um conjunto de leis federais e locais, além do decreto do GDF que proíbe aglomeração por conta da pandemia mundial do coronavírus. Um dos acampamentos, ligado ao movimento que se intitula “300 do Brasil”, estava ao lado do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O outro, ao lado do Ministério da Agricultura. 

Após a ação, manifestantes chegaram a tentar invadir o Congresso Nacional e subiram a rampa do edifício-sede. Em vídeo publicado nas redes sociais, um deles ameaça o governador Ibaneis Rocha. Conforme noticiou com exclusividade o blog CB.PoderIbaneis disse que o autor das ameaças já está identificado e deverá ser preso. “Sempre respeitei todo tipo de manifestações no meu governo, mesmo quando houve algum tipo de irregularidade, como o desrespeito à determinação do uso de máscaras ou distanciamento social. Nunca reprimi. Mas não admito ameaças”, afirmou o chefe do Buriti ao Correio.

A desmobilização do acampamento é alvo de uma ação civil pública das 1ª e 2ª promotorias de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF) esclarece que houve diversas tentativas de negociação para a desocupação da área, mas, infelizmente, não houve acordo. Os acampamentos foram desmontados sem confronto.  

A militante Sara Winter usou as redes sociais para criticar a ação do governo e cobrou de Bolsonaro uma posição. “A @pmdfoficial  junto à Secretaria de Segurança desmantelou baixo gás de pimenta e agressões. Barracas, geradores, tendas, TUDO TOMADO à força!  A Militância bolsonarista foi destruída HOJE. PRESIDENTE, REAJA!!!”, escreveu.

Correio Braziliense


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