Integrantes do Banco Mundial articulam para barrar indicação de Weintraub
Apesar de ter anunciado, nessa quinta-feira (18/6), que estava deixando o Ministério da Educação para ir para Washington ser diretor executivo do Banco Mundial, o economista Abraham Weintraub pode ter sua indicação barrada dentro e fora da instituição. Integrantes do banco estão se
movimentando para impedir a posse de Weintraub como diretor executivo do
board de representantes de 189 países que possuem ações da instituição,
segundo fontes próximas ao órgão. No Brasil, uma nota enviada aos
acionistas feita por um grupo liderado pelo diplomata e ex-ministro da
Fazenda Rubens Ricupero faz um alerta aos acionistas sobre da indicação,
conforme informou o Blog do Sakamoto nesta sexta-feira (19/6).
[Não estamos entre os que foram, ou ainda são, apoiadores do Weintraub.
Mas, nos sentimos na obrigação de lembrar aos desavisados que Rubens Ricupero foi aquele senhor, ex-ministro da Fazenda, que enquanto se preparava para uma entrevista, sua conversa com o repórter, jornalista Carlos Monforte da Rede Globo, seu cunhado e que se preparava para entrevistá-lo.
O caso se tornou conhecido como ESCÂNDALO DA PARABÓLICA,
Simplesmente Ricupero admitiu ser praticante de esconder do povo as coisas que considerava ruim e divulgar as que julgava ótima.
Disse para todo o Brasil: Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura; o que é ruim, esconde"
Rubens Ricupero, então ministro da Fazenda, em 01/09/1994, em conversa nos bastidores da TV com o jornalista Carlos Monforte, captada por antenas parabólicas de telespectadores antes de entrar ao vivo no Jornal da Globo.
Não vemos no ex-ministro Ricupero condições morais de criticar o ex-ministro Weintraub, ou liderar qualquer movimento contra o mesmo.]
Procurado, Ricupero contou ao Blog que pediu para um amigo coletar assinaturas porque considera a indicação “um atentado
ao pouquíssimo que restava da credibilidade externa do Brasil”. Para
ele, o governo destroçou o patrimônio de soft power acumulado pelo país
em décadas de atuação proativa em meio ambiente, direitos humanos, povos
indígenas, reforma da ordem internacional, o que restava era ainda um
resquício de competência e seriedade técnicas dos representantes
brasileiros em órgãos financeiros mundiais como o Banco Mundial, o FMI
(Fundo Monetário Internacional) e o BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento).
Blog do Vicente - Economia - Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA
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