Nos últimos dias foi pauta no noticiário gaúcho e, inclusive, nacional, discussão acerca da votação do projeto da PEC 295/2023 na Assembleia Legislativa Gaúcha, a qual versa sobre a possibilidade de alteração ou não do Hino Gaúcho e dos demais símbolos do Estado.
A polêmica começou há anos, na tomada de posse da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, quando determinado grupo (desnecessário nominá-lo) negou-se a levantar e cantar o hino, fato com direito a reprise na posse da Assembleia Legislativa, dois anos após, sob a desculpa de a letra do hino conter verso com cunho racista. À época, um Deputado dizia que entraria com Projeto de Lei para alterar o verso e tal possibilidade, nunca concretizada, levou outros Deputados a apresentarem a PEC em discussão.
“A REFORMA DA LETRA DO HINO – PURO MÉTODO"
‘Daqui a pouco, a nossa história não terá datas nem nomes, nem batalhas, nem episódios. Só terá ideologia – a rígida ideologia totalitária que os comunistas querem impor à juventude’. Sandra Cavalcanti.
“Causou grande celeuma o episódio da posse da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, quando alguns edis, que assumiam, negaram-se a cantar o hino riograndense, pois seria racista por conter o verso “povo que não tem virtude acaba por ser escravo” e, poucos dias depois, segundo notícias, um Deputado – do PT é lógico, alguém surpreso? - entrou com projeto de lei para alterar a letra do hino.
“Confesso que pensei, inicialmente, em nosso patrono da educação, cujo sistema para alfabetizar não passava de “suposto método milagroso de alfabetização cantado em prosa e verso para justificar a utilização de processos revolucionários e subversivos junto aos adultos analfabetos” e que, sabidamente, embora aprendam a ler, não conseguem interpretar corretamente os textos, fato já constatado quando foi exportado e aplicado em alguns países da África: “dentre os 26.000 alunos envolvidos no processo de alfabetização, não se podia contar com nenhum a ser considerado como ‘funcionalmente alfabetizado”, pois quando eram “questionados sobre o que eles estavam lendo e escrevendo, a compreensão era nula: eles não podiam entender nada (aqui, págs. 207/209)”.
“O próprio exemplo do Rio Grande do Sul – que desenhou nossas fronteiras com Uruguai e Argentina a pata de cavalo e ponta de lança e, depois, quando tentaram escravizar não física, mas materialmente, pois o Governo Central nada concedia e, em contrapartida, aumentava cada vez mais os impostos, reagiu e sustentou um confronto de 10 anos contra o império - demonstra o conceito do hino.
“Não percebem, pois usam antolhos, que a remoção ou mudança de significado de palavras não resolve o problema, passar a chamar a pessoas negras de ‘afrodescendentes’ não apaga o fato de que existiu escravidão e a existência, ainda hoje, de racismo, com maior ou menor intensidade, em vários lugares do mundo... O fato de destruírem estátuas de descobridores - colonialistas – não apaga o fato de que a América foi descoberta por Cristovão Colombo e o Brasil por Pedro Alvares Cabral, ou seja, só demonstra o desprezo que possui quem assim age por nossa história, nossa cultura, nosso passado, bem retratada na frase que usei como epígrafe da crônica...
“Pior, não percebem que precisamos estudar o passado, para bem aferir os erros e acertos e forjar um presente descartando àqueles e privilegiando estes, pois só assim será possível planejar um futuro melhor. Os acontecimentos do passado devem “correr como águas caudalosas do tempo, modelando a paisagem do presente. Se não pudermos compreendê-los, teremos falhado com as futuras gerações” (aqui, nota de orelha).
“Dentro desse contexto é que, na Alemanha, foi construído o Museu (memorial) do Holocausto. Alguém há de perguntar o porquê de se construir algo que lembre o maior crime, as maiores atrocidades já presenciadas pelo Ser Humano. Exatamente para que jamais esqueçamos o terrível exemplo e, não o olvidando, nunca mais o homem deixe que se repita. Quando esquecemos os exemplos do passado é muito provável que ocorram de novo, exatamente por não guardarmos seus horrores em nossas memórias. Apagar a história, seja qual forem as razões, é um equívoco incomensurável!..
“Por isso peço aos Deputados Gaúchos: digam não à tentativa espúria de mudar nosso Hino, pois é só a aplicação do método utilizado pela esquerda, na guerra cultural marxista, que está em plena vigência no Brasil, hodiernamente. Não deixem isso acontecer!... e cantemos a plenos pulmões, pois nosso hino está correto: povo que não tem virtude, acaba por ser escravo!...
“’É impossível falar ao coração, à consciência profunda dos indivíduos que trocaram sua personalidade genuína por um esteriótipo grupal ou ideológico. Diga você o que disser, mostre-lhes mesmo as realidades mais óbvias e gritantes, nada os toca. Só enxergam o que querem’. Olavo de Carvalho (aqui, págs. 96/97).”
Que Deus tenha piedade de nós!..
Site Percival Puggina - Silvio Munhoz
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