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Na CPMI do 8 de Janeiro, o senador Sergio Moro está insistindo, com mais um requerimento, na convocação do general Gonçalves Dias, que era o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Lula.
Como se sabe, ele foi visto circulando no Planalto, enquanto Lula
estava em Araraquara e enquanto o ministro da Justiça estava olhando
tudo pela janela do seu gabinete no ministério. Moro quer
esclarecimentos com base em um documento que o Exército
enviou no último dia 30 à CPMI, a pedido da comissão.
Ali se explicava
que a tropa estava em prontidão do Comando Militar do Planalto – há
referência a duas unidades; devem ser o Batalhão da Guarda Presidencial e
o Regimento de Cavalaria de Guardas, que são as guardas do Palácio do Planalto,
cerimonial e de segurança, embora não sejam a segurança mais próxima
pessoal do presidente Lula [essa última condição em nada influi no valor,conceito, das duas unidades - a vantagem, caso fossem da guarda pessoal do petista, seria mais facilidade para prendê-lo, caso recebessem ordens para tanto.]
E que o CMP só foi avisado por telefone,
verbalmente, às 11h54, quase ao meio-dia do dia 8 de janeiro.
Moro
lembra que o próprio general G. Dias, no depoimento à CPI do
Legislativo de Brasília, admitiu ter cancelado avisos da Abin enviados
nos dias 6 e 7.
O general disse também que não podia falar de nenhuma
responsabilidade de Anderson Torres, que está em prisão domiciliar, de férias
["crime": estava no exterior, em gozo de férias, tendo deixado o exercício de suas atribuições, funções, por conta do seu substituto legal.]assim como o comandante de Operações da PM, o coronel Jorge Naime, que
está preso sem motivo nenhum que não seja uma declaração da ex-mulher
dele, que disse que ele pretendia fugir, não sei o quê. E ele está aí.
Ele estava de folga no dia 8 de janeiro, se apresentou, vestiu a farda e
agiu, inclusive foi ferido inclusive.
O exército ainda esclareceu que
chegou um pelotão do BGP e depois, às 12h30, vieram mais 182 soldados.
Às 14h50, o pessoal começou a entrar no Palácio do Planalto, pela rampa e
pelo térreo.
Depois chegaram mais tropas, que fizeram prisões e
evacuação do prédio. É isso que G. Dias está sendo chamado para
explicar.
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Agora, entre nós aqui, a grande explicação que nos devem é: por que os
governistas, ou seja, a liderança do governo, comandaram essa votação e, por 22
votos, negaram o requerimento de convocação do general G. Dias?
Deve ser pelo
mesmo motivo pelo qual o governo não queria mostrar as imagens, nem queria CPI.
Ficamos nos perguntando, será que ninguém avisou o presidente?
Ele saiu de
Brasília naquele dia; deveria ter ficado no Alvorada para comandar a proteção
do palácio, mas foi para Araraquara.
Tudo isso intriga muito o pessoal da CPMI
e, de um modo geral, os eleitores, os cidadãos brasileiros.
Foram 22 votos
impedindo a convocação de G. Dias, e agora se insiste para ele vir. A CPI
aceitou, mas ele está protelando a data e ficamos nos perguntando por quê.
Bolsonaro entra com recurso, mas sua situação parece irreversível
Jair Bolsonaro entrou com recurso na Justiça Eleitoral contra sua condenação.
O recurso vai ser examinado pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Ainda pode ter embargo, pode ter agravo, mas, quando a pessoa entra com recurso, não há embargo nem agravo.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come: é mais ou menos essa a situação de Bolsonaro, e tudo indica que ela é irreversível.
Bem diferente da Dilma, que, ao ser condenada, não ficou inelegível por oito anos, como manda a Constituição expressamente, claramente, com todas as linhas da língua portuguesa, que o artigo 13 da Carta Magna diz ser a língua oficial do Brasil.
Até hoje, temos de lembrar dessa sessão presidida pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, com o Senado presidido por Renan Calheiros, em que a maioria dos senadores optou por rasgar a Constituição.[Resta agora ao ex-presidente JAIR BOLSONARO, se valer de que continua em pleno gozo dos seus direitos políticos, não pode ser votado mas pode apoiar e votar - ainda que a turma do 'establishment' não goste, é fato que as pessoas apoiadas por BOLSONARO COSTUMAM GANHAR; por oportuno, lembramos que temos o atual governador paulista e outros nomes que não serão vencidos.]
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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