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sábado, 16 de abril de 2016

O fracasso de Lula informa que a pose de supercraque mascarava o Pelé de picadeiro

No dia 16 de março, caprichando na pose de Pelé do PT, Lula enfim se ergueu do banco onde esperava a hora certa para entrar em campo e virar o jogo do impeachment: o supercraque estava pronto para salvar o time ameaçado pela derrota seguida de expulsão. Com o uniforme de chefe da Casa Civil, seria simultaneamente o técnico, o capitão, o cacique da zaga, o regente do meio de campo e o artilheiro incomparável. 

“Lula, o ministro da Esperança!, exultou Rui Falcão no Twitter. O deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara, [irmão do bandido Zé Genoino e mais conhecido no mundo do crime pelo vulgo 'capitão cueca'.] homenageou o companheiro que fora rebaixado, sem chiar, a chefe de um Gabinete Pessoal da Presidência criado às pressas. O ministro Jaques Wagner, no dia do seu aniversário, mostra grandeza e desprendimento ao deixar a Casa Civil! Lula novo ministro da pasta!”

Passado um mês, Wagner se foi, Lula não chegou, a sala segue deserta. E a fantasia do estrategista genial está em frangalhos. Proibido pelo Supremo Tribunal Federal de acampar no gabinete localizado no 4° andar do Planalto, Lula cansou-se de aguardar a autorização para a posse: transformou uma suíte de hotel no balcão de compra de votos parlamentares e nomeou-se ministro do Comércio de Congressistas.

Nestes 30 dias, o gênio de araque errou todas as jogadas e não fez um único gol. Graças ao bisonho desempenho do Pelé de picadeiro, a tripulação do Titanic dos cafajestes é cada vez menor. O grande articulador garantiu no começo da semana que a maioria do PMDB e quase todo o PP permaneceriam a bordo.

Era mentira,  comprovou horas depois a declaração de apoio ao impeachment divulgada por ambas as siglas. A performance de Lula facilitou a goleada. Neste domingo, o Brasil decente vai aposentar com um retumbante 7 a 1 o grotão assolado pela corrupção, pela inépcia e pela canalhice.

Lula não entendeu que a Lava Jato mudou o país. Os parlamentares que tentou adquirir se tornaram mais cautelosos — e muito mais atentos aos humores da nação. Num ano eleitoral, deputados e senadores tiveram de escolher entre o suicídio e a sobrevivência, entre as vontades do reizinho nu e a vontade popular.

As ruas venceram.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes 


terça-feira, 15 de março de 2016

Líder do PT, deputado Zé Guimarães, vulgo 'capitão cueca', irmão do Zé Genoíno, não tem medo de ser ridículo

Sem medo de ser ridículo: em Fortaleza, o irmão de Genoino que financiou a cueca-cofre promete juntar no dia 18 duas vezes mais gente do que se viu neste domingo

Protesto Fortaleza - 13 de março 

José Guimarães - manifestação 13 de março- Confiram o surto do líder do PT

 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Senador Delcídio! O senhor precisa ler mais, se informar melhor. Quem não aceita divergência é o PT – qualquer divergência é considerada golpe



Para líder do governo, ambiente de votações no Senado lembra 'Alemanha nazista'

Delcídio Amaral (PT) se refere às propostas votadas 'sob pressão' no Congresso e faz alusão a Hitler ao dizer que, quem diverge, é constrangido
O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou que o ambiente de votações na Casa - após sucessivas derrotas do governo Dilma Rousseff em votações de grande impacto para as contas públicas - lembra a "Alemanha nazista". [senador o seu comportamento é nada democrático, pois pretende, na prática, fechar o Senado.
Sua intenção de adiar todas as votações que Dilma possa perder, se seguida,  significará na prática, fechar aquela Casa, pois nada será votado no Senado da República.
Deveria conversar com o Zé Guimarães, que é apresentado como líder do governo na Câmara, e convencer o ilustre ‘capitão cueca’ a desistir da liderança.
Nem ele nem o Senhor lideram nada – quem perde uma votação por 62 a 0 pode dizer que lidera alguma coisa?]

Delcídio já havia feito um desabafo em plenário na quarta-feira (8), logo após o governo perder na votação da Medida Provisória que indexa a política de salário mínimo à Previdência Social. O líder governista comparou as votações do Senado nas últimas semanas feitas sob pressão a um "corredor polonês" e alertou os colegas para as decisões "altamente temerárias" que estão sendo tomadas.

Agora o petista foi além: "É um corredor polonês e digo ainda mais. O ambiente aqui no Senado me lembra a Alemanha nazista de 1933, quando Hitler botava os 'bate-paus' para constranger todo mundo. Os caras que divergiam dele, tinha que constranger. É o que estava acontecendo aqui. Isso aqui virou um mercado persa. Isso é uma vergonha
".  [quem tenta constranger qualquer voz divergente é o PT. A petralhada é tão pretensiosa, tão sem noção, que pretende impedir o trabalho da Polícia Federal.]

Delcídio disse que o embate político está num limite tal que, se as partes não chegarem a um entendimento, a postura vai prejudicar o Brasil. "Nós não podemos, em função de embates políticos, colocar as disputas na frente daquilo que é importante para o País", avaliou.
[o que realmente importa para o Brasil no presente momento é que a Dilma saia da cadeira presidencial: por renúncia, por impeachment, por doença, por morte. O importante é que saia.]

O líder do governo afirmou que há um "jogo muito forte para a torcida" tanto da base quanto da oposição. "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço", afirmou. 

Fonte: AE

domingo, 1 de março de 2015

'Time reserva' do PT entra em campo no Congresso

A falta de renovação e as sucessivas baixas por escândalos obrigaram o PT a indicar para postos-chave figuras que sempre estiveram em segundo plano

Está na VEJA

O Partido dos Trabalhadores é o mais importante do Brasil: comanda a Presidência da República há 12 anos, elegeu a bancada mais numerosa da Câmara dos Deputados e possui o maior número de filiados. Ainda assim, dentre os muitos sinais da decadência recente da sigla estão a falta de renovação de líderes. A cúpula petista na Câmara é o melhor exemplo disso. 

Hoje, os três homens mais influentes do Partido dos Trabalhadores na Casa não são figuras respeitadas por sua experiência nem jovens lideranças em ascensão. A elite do PT é composta por nomes oriundos do banco de reservas. O trio é formado por Sibá Machado (AC), o líder do PT, José Guimarães (CE), líder do governo, e Luiz Sérgio (RJ), o relator da CPI da Petrobras. [José Guimarães é irmão do condenado Zé Genoíno e é mais conhecido como 'capitão cueca', já que um dos seus assessores foi flagrado transportando dólares e reais - propina destinada ao Zé Guimarães - na cueca; Sibá Machado venceu apenas duas eleições e Luiz Sérgio em 16 anos de mandato NUNCA conseguiu aprovar um projeto.] 
 
Sibá chegou à liderança do PT depois de vencer apenas duas eleições na vida. A primeira foi em 2010, também para a Câmara. Até então, ele havia feito carreira em cargos de confiança do partido em seu Estado. Passou uma temporada no Senado durante o governo Lula porque era suplente de Marina Silva, escolhida como ministra do Meio Ambiente. Dentre seus momentos mais marcantes, está sua renúncia à presidência do Conselho de Ética exatamente quando o colegiado se preparava para julgar o pedido de cassação contra Renan Calheiros (PMDB-AL).

Quem passou o bastão para Sibá foi outro nome que, até pouco tempo atrás, fazia parte do segundo time da bancada: Vicentinho (SP). Embora tenha uma carreira mais longa do que dos três acima, o deputado nunca foi um líder entre seus pares. Seu histórico diz tudo. No auge da crise do mensalão, por exemplo, Vicentinho subiu à tribuna para acusar o colega Pauderney Avelino (DEM-AM) de racismo. O deputado amazonense havia usado as expressões "noite negra" e "denegrir". "Não podemos permitir que determinadas palavras desqualifiquem uma raça", argumentou o petista.

Há dez anos, José Guimarães era um deputado estadual quando seu principal assessor foi preso em um aeroporto com dinheiro na cueca. O líder petista tem outra peculiaridade: é irmão de José Genoino, um dos nomes fortes do PT no Congresso que acabou alijado do poder após o mensalão.

Já o fluminense Luiz Sérgio chegou à Câmara há 16 anos, mas ainda não conseguiu ver um de seus projetos aprovado. Uma das poucas virtudes políticas do ex-carregador de malas do mensaleiro José Dirceu é a capacidade de cumprir ordens sem se queixar – é apelidado de "garçom", aquele que só anota pedidos –, o que explica sua passagem malsucedida pela Secretaria de Relações Institucionais, seu rebaixamento para o Ministério da Pesca e, agora, a escolha de seu nome para comandar as investigações na CPI mais temida pelo governo.

A falta de renovação e a ausência de peso político na linha de frente do PT na Câmara tem mais de uma explicação.O natural e constante processo de substituição de lideranças foi prejudicado por casos de corrupção que derrubaram figuras como Antonio Palocci, José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha. Dois nomes que emergiram no período pós-mensalão também caíram em desgraça: Cândido Vacarezza, que foi líder do governo na Câmara, e André Vargas, que chegou a ser vice-presidente da Casa, foram varridos por causa de seu envolvimento com personagens do petrolão.

Dos seis líderes mais importantes da Câmara, Sibá é o mais velho. Guimarães é o segundo. O deputado acreano tem 57 anos; o colega cearense, 56. A oposição, por exemplo, tem como líder o jovem Bruno Araújo, de 43 anos. No PMDB, o escolhido foi Jorge Picciani, de apenas 34 anos. O do DEM é Mendonça Filho, com 48. O do PSD, Rogério Rosso, com 46. O do PSB, Fernando Coelho Filho, 31. O do PP, Eduardo da Fonte, 43. O líder do PSDB, Carlos Sampaio, é o mais experiente: tem 52 anos.

Os três deputados do PT que se destacam pela experiência e desfrutam de algum respeito entre os colegas foram parar em segundo plano. Arlindo Chinaglia (SP) perdeu a disputa pela Presidência da Câmara depois de uma articulação atrapalhada do governo. Henrique Fontana (RS) deixou a liderança do governo porque o novo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), se recusava a negociar com ele. Marco Maia (RS) recusou a relatoria da CPI da Petrobras por falta de disposição para exercer uma função tão desgastante. 

A falta de figuras de destaque parece atingir também a cúpula do governo. Os três ministros mais importantes do entorno da presidente Dilma acumularam derrotas nos dois primeiros meses do segundo mandato. Aloizio Mercadante, da Casa Civil, Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral, e Pepe Vargas, de Relações Institucionais, estão entre as poucas pessoas com acesso direto à chefe do Executivo. Caberia a eles tocar o dia a dia do governo, especialmente o relacionamento com o Congresso e a sociedade. O que se viu até agora, entretanto, foi uma articulação política débil, que conseguiu não só perder a eleição para a Presidência da Câmara ainda no primeiro turno como irritar o presidente eleito, Eduardo Cunha, e desmoralizar um dos poucos quadros graduados do PT na Casa, Arlindo Chinaglia.

Até mesmo os caminhoneiros conseguiram deixar o governo na berlinda nesta semana, depois que o Executivo fechou um acordo fictício com entidades que não representavam o movimento grevista. E não há muitos sinais de que a sorte do PT e do governo será muito diferente nos próximos meses.

Fonte: Revista VEJA

 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Relator da CPI da Petrobras recebeu dinheiro de empreiteiras

Relator da CPI da Petrobras recebeu quase R$ 1 milhão de empresas investigadas na Lava-Jato

Luiz Sérgio, do PT, teve 40% de sua campanha bancada por empreiteiras

Escolhido para ser o relator da CPI da Petrobras, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) teve 40% das despesas de sua campanha do ano passado bancada com recursos de quatro construtoras envolvidas no escândalo de corrupção investigado na Operação Lava-Jato. Ele recebeu R$ 962,5 mil das construtoras Queiroz Galvão, OAS, Toyo Setal e UTC. Em depoimento de delação premiada, o executivo Augusto Mendonça Neto, da Toyo Setal, disse que parte da propina do esquema era depositado na conta do PT, como doação legal.

A escolha de Luiz Sérgio para a relatoria da CPI e a anunciada opção por Hugo Motta (PMDB-PB), de 25 anos e em seu segundo mandato, para presidi-la consolidaram o controle do governo sobre as investigações. Repetiu-se a fórmula das outras duas CPIs instaladas em 2014 para apurar irregularidades na petroleira. Na que tramitou no Senado, o presidente foi Vital do Rêgo (PMDB-PB), e o relator, José Pimentel (PT-CE). Na CPI mista, Vital também presidiu, e o deputado Marco Maia (PT-RS) relatou. Nos dois casos, o resultado foi alvo de críticas.

A escolha do nome de Luiz Sérgio foi negociada com o PMDB porque cabe ao presidente da CPI indicar o relator. Durante almoço do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), com os líderes do PT, Sibá Machado (AC), e do governo, José Guimarães (PT-CE), [Zé Guimarães, mais conhecido como 'capitão cueca'] o peemedebista disse que não haveria resistência a Luiz Sérgio. Antes, o PT cogitou indicar Vicente Cândido (SP). Porém, ele é visto por peemedebistas e deputados de outros partidos como pouco afeito ao diálogo.

Nesta segunda-feira, Luiz Sérgio disse que não aceitaria a função. Mudou de ideia e passou a encarar o fato como uma missão partidária. Antes da indicação de Luiz Sérgio, parte do PMDB e outros partidos do bloco eram contra a cessão da relatoria a um petista. Argumentavam que seria um sinal para a sociedade de que tudo acabará em pizza, como as outras CPIs. Luiz Sérgio é militante histórico do PT. Foi, por breve período, ministro da Secretaria de Relações Institucionais, no início do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. É ligado à corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que perdeu espaço na reforma ministerial feita por Dilma neste segundo mandato. Também foi relator da CPI dos Cartões Corporativos e apresentou um relatório brando, sem pedir indiciamento de ninguém. — Luiz Sérgio tem grande experiência, cabeça fria. Precisa ter cautela para evitar polêmicas. É bom que o relator seja sossegado. (...) O importante é que a CPI não contamine as votações no plenário. E que não a transformem em palco da disputa política — disse Sibá, que recolheu assinaturas para ampliar o objeto de investigação e incluir o governo Fernando Henrique (PSDB).

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), classificou Luiz Sérgio como “uma pessoa de bom trato”, mas disse que é preciso saber se ele terá autonomia para agir com independência:   — Tem que saber qual a disposição dele: se vai seguir a vontade do partido de estabelecer mais a luta política ou investigar de fato.

Já Picciani afirmou que a maioria da bancada concorda em ceder a relatoria da CPI ao PT, que “capitania um bloco de mais de 160 deputados”. O presidente da CPI é do grupo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).  — Foi uma construção conjunta da Casa. Consultei os deputados e a maioria da minha bancada aceita. As divergências são minoritárias — disse Picciani.


Fonte: O Globo

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Tropa de choque contra o contribuinte - Governo quer manter o veto ao reajuste da Tabela do Imposto de Renda - mais chumbo contra o contribuinte

Governo faz esforço concentrado para manter veto ao reajuste da tabela do IR

Preocupado com o impacto nas contas públicas que o índice vai acarretar em um ano de ajuste fiscal, o Palácio do Planalto trabalha para evitar a anulação do veto em troca de uma correção menor, de 4,5%

Com a popularidade em baixa e diante da conflagração de sua base de sustentação no Legislativo, a presidente Dilma Rousseff retorna nesta quarta-feira, 18, da Base Naval de Aratu, na Bahia - onde passou o feriado de carnaval -, em busca de uma estratégia para tentar reverter a agenda negativa que ameaça ser agravada com novas derrotas políticas nos próximos dias.

O primeiro embate do Palácio do Planalto deve ocorrer na próxima terça-feira, 24, quando deputados e senadores se reúnem em sessão do Congresso. Na pauta, está prevista a análise de vetos presidenciais e a votação do Orçamento de 2015. Dos vetos, o que de fato acende o alerta no governo é o que reajusta em 6,5% a tabela do Imposto de Renda para a pessoa física. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou na semana passada, após reunião com sindicalistas, que esse veto seria apreciado nessa sessão.
 
O índice foi aprovado por deputados e referendado por senadores em dezembro, menos de dois meses após Dilma conquistar a reeleição, derrotando o candidato do PSDB, Aécio Neves, no 2 º turno da eleição presidencial. A aprovação do reajuste da tabela do imposto foi um sinal de descontentamento da base aliada com os rumos que a montagem da equipe do segundo mandato tomava.
 
Preocupado com o impacto nas contas públicas que o índice vai acarretar em um ano de ajuste fiscal, o Palácio do Planalto trabalha para evitar a anulação do veto em troca de uma correção menor, de 4,5%. Até lá, há duas estratégias em curso. A primeira é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre de fato em campo em Brasília para liderar a rearticulação da base aliada. Na agenda, encontros com integrantes do PT e do PMDB. Sua ida a Brasília estava prevista para a quinta-feira, 19, mas ainda não estava confirmada.
 
Uma segunda estratégia é apostar no adiamento da sessão, contando, para tanto, com o apoio da própria base. Isso porque o relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), deu prazo até segunda-feira, 23, para que novos parlamentares apresentassem suas emendas individuais. O prazo pode inviabilizar no dia seguinte a votação da lei orçamentária, o que demandaria o adiamento da sessão.
 
Em outra frente, a presidente precisa acelerar as negociações com o Congresso para evitar o "afrouxamento" do pacote da equipe econômica que endureceu o acesso a benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego e o abono salarial. Aliados, inclusive do PT, apresentaram centenas de emendas às duas medidas provisórias que tratam do tema propondo alterações menos duras.
 
Também na terça, os líderes da base na Câmara se reúnem em almoço com os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Manoel Dias (Trabalho) e Carlos Gabas (Previdência). No encontro, eles argumentarão que a essência do pacote é corrigir distorções e preservar benefícios sociais, mas internamente o governo já admite ceder em alguns pontos, como o tempo de carência exigido para o pagamento do seguro-desemprego.
 
Diálogo
Diante da crise política que se instalou em Brasília, com a base "rachada" e o PT isolado de postos estratégicos na Câmara, Dilma quer sinalizar mais uma vez que está disposta ao diálogo. O líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), procurou as lideranças partidárias nos últimos dias para comunicar que a presidente pretende realizar encontros mensais com eles. [deputado José Guimarães, irmão do condenado Zé Genoíno, mais conhecido como 'capitão cueca' - um assessor dele foi flagrado transportando na cueca  dólares de propriedade do parlamentar e frutos de uma propina destinado ao deputado petista.]
 
O aceno, no entanto, é visto com ressalvas no Congresso, já que a petista prometeu estabelecer um calendário regular de encontros com os parlamentares em ocasiões anteriores, mas abandonou a ideia.  
 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 
 
 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Eduardo Cunha desfere mais uma estocada em Dilma e planeja convidar os 39 ministros para dar explicações à Câmara

Presidente da Casa diz que eles serão convidados, mas não descarta convocação, se necessário

[quando estourou mensalão - PT, a Oposição ouviu FHC e decidiu deixar Lula sangrar lentamente, morrendo aos poucos. Só que Lula sendo uma serpente conseguiu sobreviver.
Com Cunha é diferente, deixa Dilma sangrar lentamente mas cuida para que a cada dia ela tenha mais uma ferida a sangrar. 
O cerco do 'impeachment' se fecha sobre a presidente de forma inflexível.]
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou nesta terça-feira, aos líderes partidários, a disposição de convidar os 39 ministros do governo Dilma Rousseff para comparecerem e falarem de assuntos de suas pastas no plenário da Casa. 


A ideia, explicou o presidente, é aprovar um convite geral de todos os ministros e cada um vir em uma semana, para dar explicações e debater com os deputados sobre suas pastas, em comissões gerais. Cunha, no entanto, não descartou a possibilidade de convocar os ministros, se necessário.  Vamos estabelecer uma rotina: convidar ministros de estado, às quintas-feiras,durante o ano inteiro. A presença de pelo menos um ministro por semana em comissão geral para falar sobre suas pastas. Para começar a partir de março. Vamos aprovar um convite global, fazer um calendário para o ano inteiro, acertar os convites — disse Cunha, acrescentando em seguida:  — Se eventualmente alguém que foi convidado, sem uma motivação de força maior, se recusar a comparecer, pode ser que o plenário entenda em fazer a convocação. Mas o objetivo é o debate.

Comissões gerais são realizadas no plenário da Câmara para debates de temas específicos. Os convidados fazem uma exposição e os deputados também têm direito a se posicionar. Quando a comissão geral está em andamento, as demais comissões e também as votações são interrompidas. Quando se trata de um convite, o ministro não precisa necessariamente estar presente. Se for uma convocação, o ministro é obrigado a comparecer.

Cunha anunciou a nova rotina durante reunião de líderes partidários nesta terça-feira. Desde que ganhou a eleição para a presidência da Casa, derrotando o petista Arlindo Chinaglia (SP), Cunha vem tentando estabelecer um ritmo próprio na presidência, para demonstrar que está agindo com independência em relação ao Executivo, uma das principais bandeiras de campanha. Na primeira semana, colocou em votação a admissibilidade da PEC da reforma política criticada pelo PT, aprovando a criação da comissão especial; viabilizou a criação da CPI da Petrobras na Casa e anunciou a finalização da votação da PEC do Orçamento Impositivo.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) [Zé Guimarães, irmão do condenado Zé Genoíno, e que se tornou conhecido por mandar um assessor carregar o dinheiro da propina na cueca e por isso passou a ser chamado de 'capitão cueca'.] minimizou a decisão de trazer os ministros para debates em comissões gerais e afirmou que o governo já adota o orçamento impositivo das emendas parlamentares prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Para o líder do governo, o momento é de recompor a base e não interpretar tudo como uma afronta. — Acertamos que as solenidades de comissão geral serão segundas ou quintas. Terças e quartas é votação. Sempre o debate servirá de base para as articulações, vamos trazer ministros para debater os temas relevantes. Essa questão do impositivo foi acordada lá atrás, já está na LDO. Afronta? Menos, não vamos exagerar. A pauta está leve, os entendimentos estão se processando. Minha função é recompor a base — disse Guimarães.

Segundo Guimarães, dentro da política de reaproximação do governo com sua base aliada, o ministro da Educação, Cid Gomes, estará amanhã na liderança do governo. O líder disse que os deputados pedem para falar com os ministros sobre temas de seus interesses. Nos dias 23 ou 24 de fevereiro, disse Guimarães, os ministros virão à Casa para discutir o pacote de medidas do ajuste fiscal que reduziu direitos trabalhistas.

Na semana passada, Eduardo Cunha tinha anunciado a disposição de fazer sessões de votação terças, quartas e quintas-feiras à tarde. Para garantir a presença dos deputados nas sessões, avisou que não aceitaria abonar as faltas com justificativas de líderes. Nesta terça-feira ele negou que a decisão de chamar os ministros para falarem às quintas-feiras seja uma forma de garantir presença neste dia e uma reação aos que reclamaram da medida nos bastidores. Não é reação não. O Parlamento tem que fazer o debate, que os ministros possam vir e debater os assuntos de suas pastas com o Parlamento. Houve um pedido ( de líderes) para que, em vez de quinta-feira, possamos fazer as sessões deliberativas segundas à noite. Ontem foi um sucesso, 430 deputados na semana antes do Carnaval — disse Cunha.

O presidente da Câmara afirmou que fará testes, depois do Carnaval, para saber o que será melhor: — De qualquer maneira a Casa vai deliberar três dias. Seja de segunda, terça, quarta, quinta de manhã ou terça quarta e quinta à tarde. Vai deliberar plenamente.