Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador nazista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador nazista. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

A caminho do brejo - Gilberto Simões Pires

TÁTICA UTILIZADA POR JOSEPH GOEBBELS

Por incrível que possa parecer, muita gente, com enorme prazer, segue devota da velha tática, largamente utilizada pelo ministro da PROPAGANDA NAZISTA, Joseph Goebbels, que dá conta de que a -REPETIÇÃO DE MENTIRAS AUMENTAVA AS CHANCES DE CLASSIFICÁ-LAS COMO VERDADEIRAS-. 

REPETIÇÃO DE VERDADES

Ora, se levarmos em boa conta que a REPETIÇÃO DE MENTIRAS produz o convencimento de que venham a ser reconhecidas como VERDADES, da mesma forma há que se admitir que a REPETIÇÃO DE VERDADES oferece chances idênticas de serem entendidas, e aceitas, como algo dotado de VERACIDADE. Mais ainda quando devidamente acompanhadas de provas sobre aquilo que é dito e repetido.  

OBVIEDADES SUPREMAS

Mesmo levando em boa conta que OBVIEDADES SUPREMAS dispensam REPETIÇÕES, ainda assim, partindo do princípio de que a maioria dos nossos meios de comunicação são fiéis seguidores de Joseph Goebbels, aí se impõe uma necessária REPETIÇÃO daquilo que escrevi ontem, quando apontei que o CAMINHO DA PROSPERIDADE, -ECONÔMICA E SOCIAL- passa:  
1- PELA REDUÇÃO DE IMPOSTOS; 
2- PELA LIBERDADE ECONÔMICA; e, 
3- PELO CONTROLE DO GASTO PÚBLICO, QUE POR SUA VEZ REFLETE EM JUROS MAIS BAIXOS. 

CAMINHO DO BREJO

 Pois, tão logo publiquei o editorial de ontem, Lula, como se tivesse tomado conhecimento do conteúdo achou por bem, com absoluta certeza e convicção, apontar que sob o comando petista-comunista no Brasil a ordem única é seguir o CAMINHO DO BREJO. 

LULA SÓ PENSA NAQUILO

 Além de confirmar que mandou às favas a ideia de DÉFICIT ZERO, Lula não escondeu que tem os OLHOS GORDOS voltados para as eleições municipais. Isto significa que não medirá esforços -FINANCEIROS- para eleger prefeitos e vereadores petistas. 
Para forrar o CAIXA, Lula SÓ PENSA NAQUILO, ou seja, na CRIAÇÃO DE NOVOS IMPOSTOS E/OU AUMENTO DE ALÍQUOTAS DOS JÁ EXISTENTES, visando O AUMENTO DE ARRECADAÇÃO. Tudo que define o real CAMINHO DO BREJO!
 
Gilberto Simões Pires  - Ponto Critico

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Hedionda revelação - Alex Pipkin, PhD


         Irrefutavelmente, não existe nada de bom em uma guerra, seja qual for.

No entanto, como judeu, não posso negar que o fato de as “máscaras estarem caindo”, traz-me certo lenitivo.

Mesmo em uma era da hiprocrisia, do cinismo, da horrorosa reprovação da virtude, do farsante grito de guerra dos direitos humanos, diria eu desumanos, e da intransigente, mas ideologizada  “defesa dos grupos minoritários” (sem dúvida alguma exceto dos judeus), o escancaramento do antissemitismo é avassalador e vergonhoso.

Nem mesmo durante o sanguinário período nazista, bebês, crianças e mulheres, foram assassinados de forma tão bestial.

Para o sadismo e o delírio de verdadeiros nazistas, de sectários ideológicos da esquerda da destruição e, claro, de uma gigantesca massa de antissemitas enrustidos, os requintes de barbárie e de selvageria dos terroristas do Hamas foram curtidos abissalmente. E com honras… Não importava se bebês estivessem sendo degolados, jovens que participavam de uma festa pela paz e o amor fossem fuzilados, e mulheres e idosas raptadas fossem estupradas e queimadas vivas.

Triste, porém eu faço uso daquela popular expressão: “Eu já sabia!”.

É nauseante ver e ouvir esses hipócritas e farsantes, apologistas dos direitos (des)humanos, arrotarem mentiras, proselitismos e sentimentalismos baratos.

Eu tenho nojo de “bondosos vermelhos” que afirmam não estarem contra os judeus, mas sim defendendo a causa palestina. 
Que causa é essa que mata bebês, crianças e mulheres, sanguinariamente?! 
Que demanda é essa?!

Eu tenho verdadeiro asco desses impostores, pregadores do “ódio do bem”, genuínos antissemitas, declarados e/ou enrustidos.

O que eu constato a olhos nus, num contexto de selvageria contra os judeus, é o aumento e/ou o acordar de um antissemitismo bárbaro, ao invés da total condenação do massacre desumano de judeus. 
Realmente tenho vivido momentos de angústia e perplexidade. 
Evidente que eu sei que há animais, em vez de seres humanos, porém, afloraram sentimentos e percepções escondidas em gente que, anteriormente, já tinha seu lugar no céu reservado. Isso é que é realmente um horror!

Ao invés de solidariedade ao massacre judeu, o que se tem, factualmente, é um grito antissemita cada vez mais estridente. Isso que estamos longe do Oriente Médio, embora o sectarismo religioso e ideológico, lógico, ocorre no mundo todo.

Estou em Cuba do Sul, e por aqui tenho que ouvir bastardos estúpidos afirmarem mentiras e asneiras do “wishful thinking” canhoto.

Claro que eu já sabia de que lado “esse presidente brasileiro” e a trupe petista e assemelhados, estariam posicionados: a favor do massacre de civis inocentes, afinal, são judeus. Enquanto isso, os israelenses fazem o impossível, em Gaza, para poupar vidas humanas de civis palestinos. Não há retórica, são os fatos.
Sinceramente, não me impressiona o aumento do antissemitismo. Na verdade, nem se trata de aumento, mas objetivamente, apenas de uma revelação.

Repito, eu já sabia dos ânimos nazistas de grande parte da turma esquerdista.

O que me causa asco, é o “silêncio dos inocentes”, verdadeiros antissemitas enrustidos, que salivam por entre os dentes caninos a cada causa de minorias identitárias e/ou dos direitos (des)humanos.

Evidente que os judeus estão fora “dessas”.

Nós, o povo judeu, sabemos que sentimentos e ações antissemitas sempre existiram, tentando nos destruir.

Contudo, quem resistirá somos nós, os judeus!

O POVO DE ISRAEL VIVE!

 Alex Pipkin, PhD


quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Se o problema é só a sanguinolência, que tal uma bomba nuclear? - Gazeta do Povo

Bruna Frascolla

 O cogumelo da Little Boy em Hiroxima, de urânio, e o Fat Man, em Nagasáqui, de plutônio.

O cogumelo da Little Boy em Hiroxima, de urânio, e o Fat Man, em Nagasáqui, de plutônio.| Foto: George Caron & Charles Levy/Domínio público
 
Estou preocupada com a prontidão da direita brasileira em aceitar um eventual genocídio em Gaza como uma resposta legítima de Israel aos covardes ataques do Hamas.  
Na caixa de comentários do meu último artigo, não faltaram leitores dispostos a interpretar um cerco a toda uma população como um ataque exclusivo ao Hamas
O ministro da defesa diz que vai deixar Gaza (inteira) sem água nem comida por se tratar de um combate a "animais humanos", mas o leitor quer porque quer entender que ele se referia unicamente ao Hamas.
 
O debate no Brasil anda tão mal que agora politizamos marca de chocolate ruim. Bis é de esquerda, Kit-Kat é de direita.  
LGBTs são de esquerda, religiosos são de direita. 
Barbárie contra civis israelenses é de esquerda, cerco criminoso contra palestinos é de direita. 
E no fim das contas, se você não correr para justificar morticínio algum, você é nazista. 
Não sei vocês, mas faz anos que estou cansada dessa competição para ver quem chama mais o outro de nazista. 
Esse ethos histérico da esquerda identitária foi replicado com tudo pela nova direita. Agora, se você come Bis, é de esquerda, portanto nazista.

A defesa do genocídio em Gaza se baseia, para a maioria dos brasileiros (e ocidentais), em duas coisas: na redução da linha temporal e na ênfase exclusiva sobre o barbarismo como Mal absoluto. Comecemos pela primeira.

No calor do momento, faz perfeito sentido o mundo se deter na abjeção do crime cometido pelo Hamas e na solidariedade aos judeus que perderam familiares e amigos (ou que têm familiares e amigos em Israel). Na medida em que se inicia uma guerra, porém, é obrigação de qualquer cidadão politicamente engajado tentar entender o que aconteceu. O inglês Carl Benjamin, youtuber e político defensor do Brexit, revelou notável poder de síntese na seguinte frase: "O apoio a Israel não é tão inequívoco [como pretendem as lideranças ocidentais] por causa do poder que ele exerce sobre a Palestina, e isso complica enormemente a equação moral."

Gaza tem uma pequena fronteira com o Egito; por isso seria natural que cultivasse proximidade política com ele. 
Outra localidade que lhe interessaria, e mais ainda, é o resto da Palestina, o território referido como "Banco Ocidental" e que faz fronteira com a Jordânia. 
Essa área é controlada pelo Fatah, o partido político do notório líder Yasser Arafat. 
Tudo muda quando o Hamas ganha uma eleição em Gaza em 2006 e nunca mais sai do poder. E mais: o Hamas é aliado da Irmandade Muçulmana, inimiga do Egito e da Arábia Saudita. 
Por isso a fronteira com o Egito foi fechada. Quanto ao Banco Ocidental, ele continua governado pelo Fatah. Resultado: Gaza fica isolada dos seus aliados árabes, inviabilizando a criação do Estado da Palestina e aumentando (em comparação ao Egito) a dependência de Israel, que concede vistos de trabalho e assim abastece o Hamas com dinheiro de trabalhadores
Quanto às relações do Hamas com a Arábia Saudita e o Egito (más), e com o Catar (boa), recomendo esta e esta coluna do colega Filipe Figueiredo.

Não sei vocês, mas faz anos que estou cansada dessa competição para ver quem chama mais o outro de nazista. Esse ethos histérico da esquerda identitária foi replicado com tudo pela nova direita

Em vez de fazer de conta que tudo começou neste mês, voltemos só quatro anos no tempo. Eis o título de uma matéria de 12 de março de 2019 do Jerusalem Post, tradicional jornal de língua inglesa cuja existência remonta aos tempos coloniais britânicos da Palestina: "Netanyahu: Dinheiro para o Hamas é parte da estratégia para manter os palestinos divididos".  
A matéria alude às notórias remessas do Catar para o Hamas, e gira em torno da permissão dada por Netanyahu para que tal dinheiro entrasse em Gaza. 
A questão é tão notória em Israel, que é objeto de discussão político-partidária. 
O Partido Azul e Branco tinha em seu programa "parar de permitir a transferência dos fundos para o Hamas, chamando-a de pagamentos por 'proteção' ao estilo mafioso";
-  já um político trabalhista não parecia crer que eles sequer tivessem tal proteção, pois acusava Netanyahu de não levar a sério os projéteis lançados de Gaza. "Nós, residentes da fronteira com Gaza, estamos pagando o preço pela falta de políticas e pela arrogância ao lidar com terror", disse.

A palavra é certeira: arrogância. Porque, como informava o jornal, Netanyahu, na reunião do seu partido (o Likud, ou Consolidação), defendia o financiamento do Hamas. Cito a matéria, que ouviu uma fonte interna: "o primeiro ministro também disse que 'quem quer seja contra um Estado palestino tem que ser a favor' de transferir os fundos para Gaza, porque estabelecer uma separação entre a Autoridade Palestina no Banco Ocidental e o Hamas em Gaza ajuda a impedir o estabelecimento de um Estado palestino."

No dia seguinte ao maior ataque do Hamas, o Times of Israel publicou o artigo de opinião de Tal Schneider intitulado "Por anos, Netanyahu apoiou o Hamas. Agora, explodiu na nossa cara". Nele lemos uma crítica à estratégia de Israel de considerar "a Autoridade Palesitna um ônus e o Hamas um bônus", além de negligenciar, cada vez mais, os ataques vindos de Gaza. 
Agora, uma pergunta para o leitor ingênuo: se a elite política de Israel não quer que exista um Estado palestino, o que será que ela quer fazer com as áreas ocupadas pelos palestinos?

Vejam bem, isso tudo é opinião publicada em Israel. Se for recuar mais no tempo e meter a mão em vespeiro, dá pra encontrarmos, no Wall Street Journal, agente aposentado de Israel botando a boca no trombone e dizendo que o Hamas é uma invenção de Israel, um erro do qual ele se arrepende. Quem voltou ao assunto recentemente foi o veículo do Green Greenwald, judeu étnico, nesta matéria.

Então ficamos assim: Israel, do alto de seu poderio econômico, militar e político, coloca a sabotagem do Estado palestino como uma prioridade superior à segurança dos seus próprios cidadãos (isso sem nem falarmos dos árabes, que também são gente), e depois, quando dá ruim, empurra ao público imagens sangrentas de bebês para exigir apoio incondicional para matar outros bebês que não serão fotografados. E quem achar ruim é nazista! Diz-se que os palestinos são vítimas do Hamas. 
Decerto os israelenses são vítimas de Israel também.

Agora vamos ao segundo ponto. Se assumirmos que mortes sanguinolentas são moralmente piores do que quaisquer outros tipos de mortes, caímos naquele velho conto, frustrado pelo século XX, de que o progresso técnico leva ao progresso moral. Ora, como se sabe, o século XX demoliu essa crença justo por ter mostrado como é possível um país muito avançado (tecnologicamente) usar a sua bela infraestrutura para criar assépticas fábricas de morte, que faziam suas vítimas saírem em pó pela chaminé. Se acreditarmos que bárbaros ensopados de sangue são a pior coisa do mundo, então os campos de Auschwitz ficam para trás.

Lembra-me a reflexão de Bernanos em A França contra os robôs durante a II Guerra: "O que me faz desesperar do futuro é justamente o fato de que o esquartejamento, o esfolamento, a dilaceração de milhares de inocentes seja uma tarefa que um gentleman possa levar a efeito sem sujar os punhos da camisa, e nem mesmo a imaginação. Se o companheiro de Pizarro estripasse uma única mulher grávida, mesmo sendo ela uma índia, é provável que ela viesse a reaparecer desagradavelmente em sonhos. Já o gentleman não viu nada, não ouviu nada, não tocou em nada — foi a máquina que fez tudo; a consciência do gentleman está em ordem, sua memória apenas se enriqueceu com algumas lembranças esportivas, com as quais ele deleitará, na hora de dormir, 'a mulher da sua vida', ou aquela com quem ele engana 'a mulher da sua vida'."

Se acreditarmos que bárbaros ensopados de sangue são a pior coisa do mundo, então os campos de Auschwitz ficam para trás

Durante a II Guerra, Bernanos não tinha como saber dos campos de extermínio nazistas; mas, pela sua experiência na I Guerra, já sabia de como era diferente matar a sangue frio e bombardear. Bombardeio mata muito mais; ainda assim, o burguês tão criticado em seus livros acha muito civilizado atirar bomba na cabeça dos outros, sem saber direito quem está matando.

E se o Holocausto foi o exemplo escolhido para marcar a catástrofe humanitária da II Guerra (sem dúvida muito mais traumático porque foi uma catástrofe europeia intestina), os acontecimentos do Japão não ficam atrás. No entanto, se a mera negação do Holocausto é crime em muitos países ocidentais, a justificação do bombardeio atômico de Hiroxima e Nagasáqui é encontradiça por todo o Ocidente.  

Vá lá que aceitássemos que o Japão Imperial não seria detido sem uma medida drástica e criminosa: o que explica uma segunda bomba? (Para não dizer que não encontrei nenhuma explicação para a segunda bomba, ouvi uma tão plausível quanto infame: experimento científico. As duas bombas eram de tecnologias diferentes.)

Não há imagens sangrentas; as fotos dos cogumelos atômicos não embrulham o estômago de ninguém e são exibidas por aí. 
Os gentlemen que soltaram Little Boy e Fat Man puderam voltar limpos para casa, cheios de histórias aeronáuticas para contar.

Volto a Bernanos: "admito que esse ditado: 'Existem coisas que não se fazem', embora aparentemente inspirado pela Moral, tenha um significado muito menos respeitável: este, por exemplo — 'Existem abominações que não me sinto capaz de fazer.' Mas não se apressem em tirar conclusões tranquilizadoras demais. Os bandos de soldados da Guerra dos Cem Anos ou, pior, os companheiros de Pizarro, eram seguramente bestas-feras. Para o soldado, a hora da pilhagem era, naqueles tempos, hora privilegiada em que 'todas as coisas são permitidas'. Quando todas as coisas são permitidas, não é necessariamente verdadeiro que elas sejam todas possíveis. Se vocês perguntassem a um companheiro de Pizarro, ou ao próprio Pizarro, se ele se sentia capaz de degolar dez criancinhas, ele talvez respondesse com uma afirmativa. Mas vinte? Cem? Na impossibilidade de enternecer o coração deles, essa carnificina lhes teria provavelmente revoltado o estômago; eles acabariam por vomitar em suas mãos vermelhas. Esse vômito mais ou menos tardio teria assinalado, para eles, o limite da crueldade que não se poderia ultrapassar, sob pena de vir a ser um monstro irresponsável, um louco. Qualquer um, atualmente, do alto dos ares, pode liquidar com o máximo conforto, em vinte minutos, milhares de criancinhas, e só sentirá náusea em caso de mau tempo e se por infelicidade for sujeito a enjoos em aviões..."

E vocês vão achar bonito, claro, porque não são nazistas. São civilizados que não apoiam a barbárie. Matar criança, pode; o que não pode é sujar as mãos.

Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima
 
 

Bruna Frascolla, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sábado, 5 de agosto de 2023

Moraes está destruindo Monark simplesmente por que quer e ninguém o impede - J. R. Guzzo

     Últimas

Assine

Vozes - Gazeta do Povo

“Brasil se acostumou com teatro macabro de superpoderes de Moraes”, diz Monark
Foto: Reprodução Monark Talks


O Brasil vive há quatro anos, desde que o STF deu a si próprio as funções de polícia política e passou a mandar no país como uma junta de governo de Terceiro Mundo, uma descida em câmera lenta para a supressão da democracia, das leis e dos direitos dos cidadãos. 
Há um imenso esforço dos políticos de “esquerda”, das elites intelectuais e da maioria da mídia em esconder isso. 
Dizem que a salvação do “Estado democrático de direito” exige medidas “firmes” de repressão contra a ameaça dos “golpistas”, do “bolsonarismo” e da “extrema direita”
Tais medidas não podem ser atrapalhadas pelas leis em vigor e pela Constituição Federal. Mais importante que elas é “defender a democracia” – e se para “defender a democraciafor preciso deixar o sistema legal em pedaços, paciência. 
É para o próprio bem do Brasil. O STF é que sabe essas coisas, e só ele tem o direito de decidir o que serve e o que não serve para os 220 milhões de habitantes. Essa história de respeitar a lei é conversa de bolsonarista, terrorista, fascista, nazista e terraplanista.

Vem sendo assim desde que o STF, sem a permissão de qualquer lei deste país, abriu o seu inquérito perpétuo contra “atos antidemocráticos”, ou “notícias falsas”, ou o que tem cara de “direita”, ou o que desagrada os ministros; dá tudo na mesma. 

Esse inquérito só existe porque a Polícia Federal passou a cumprir ordens ilegais do STF e colocou suas armas e agentes a serviço das medidas de repressão ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes no curso das investigações
O inquérito não segue nenhum processo legal; simplesmente faz o que o ministro manda fazer. 
As regras são escritas e reescritas no gabinete de Moraes. 
É como se as leis processais fossem sendo criadas ali, dia a dia: hoje são assim, amanhã são assado. Não há recurso possível contra nenhuma de suas decisões
Não há o pleno direito de defesa para os acusados. Não há prazos. 
Os indiciados não são ouvidos em interrogatório individual; apenas respondem a um questionário comum. São denunciados em lotes, como gado. Podem ficar na cadeia pelo tempo que o ministro Moraes quiser; ninguém, absolutamente ninguém, tem autoridade para mexer nisso.  
Os valores exorbitantes das multas não podem ser contestados, nem os bloqueios de contas bancárias, nem a proibição de que os atingidos recebam remuneração por seu trabalho nas plataformas de comunicação da internet.

    Essa história de respeitar a lei é conversa de bolsonarista, terrorista, fascista, nazista e terraplanista

A cada dia que passa, a câmera lenta vem se tornando menos lenta. A última demência, nesta degeneração progressiva da democracia brasileira, foi a retomada colérica da perseguição ao comunicador Bruno Aiub, conhecido nas redes sociais como Monark. É um escândalo serial. 
Sua vida está sendo destruída pelo ministro Moraes, pedaço por pedaço, há dois anos. 
Agora, num último surto, ele resolveu socar uma multa de 300.000 reais no comunicador, banir suas apresentações e bloquear o pagamento da sua atividade profissional. Chamou atenção, desta vez, o nível de delírio das punições; todo o inquérito é ilegal, mas parece estar havendo um esforço para tornar o ilegal mais ilegal ainda. 
Com a exceção da OAB, que apoia histericamente tudo o que sai do Supremo, juristas do Oiapoque ao Chuí se manifestaram chocados com as últimas punições a Monark.  
Entre outras alucinações, ele está sendo castigado por desobedecer ao próprio Moraes - continua fazendo “ataques” ao STF e divulgando “fake news” sobre a limpeza das eleições de 2022. São crimes que simplesmente não existem na lei brasileira.  
Como alguém pode ser castigado por um delito que foi criado pelo juiz?  No Brasil de hoje, isso é “defesa da democracia”.


Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


sábado, 5 de novembro de 2022

‘Condene os Alexandres de Moraes ao silêncio que eles querem impor’ - Apoiador do PT é nazista

Revista Oeste

O jornalista Fernão Lara Mesquita defende a aprovação de uma emenda constitucional limitando os poderes dos ministros do STF
 
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal | Foto: SCO/STF

Fernão Lara Mesquita, diretor do Grupo Estadão, defendeu limitar os poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um vídeo publicado no YouTube, o jornalista propõe a criação de uma Emenda Constitucional enquadrando os membros da Corte.

“Nada de golpe militar ou cassações de indivíduos”, disse. “Isso é tudo bobagem, passado. Tem um castigo que é muito pior para quem tem tão desenfreado amor por si mesmo quanto o Alexandre de Moraes, que é calar a boca dele. Impedi-lo de legislar. Condená-lo a se comportar não como juiz ou delegado de polícia, que ele não é, mas como um ministro de supremo tribunal”. [perguntinha boba, inocente: 'e se o STF declarar que a Proposta de Emenda Constitucional é inconstitucional - até o próprio ministro Majorares em decisão monocrática; a QUEM RECORRER?]
 
O jornalista defende a aprovação de uma emenda constitucional com quatro proibições aos ministros do STF: 
tornar ilegais as manifestações fora dos autos; 
- vetar as decisões monocráticas; 
- proibir a criação de qualquer “figura de lei nova que não conste da ordem aprovada pelo Congresso Nacional”;
-  impedir o julgamento de ações que não envolvam “a constitucionalidade das leis aprovadas nos legislativos, sendo obrigatória a demonstração do dispositivo constitucional violado”.

De acordo com Lara Mesquita, a ideia é condenaros ‘Alexandres de Moraes’ ao açoite eterno pela vaidade reprimida” e “ao silêncio que eles querem impor”. O jornalista sugere condenar também “os militantes infiltrados no STF para produzir o golpe bolivariano orquestrado pelo Foro de São Paulo ao comportamento discreto e estritamente a serviço da lei de um verdadeiro ministro de supremo tribunal pelo tempo que lhes restar de mandato e sem a possibilidade de redução da pena.”

 Redação Oeste

Aluno expulso da UFABC por usar casaco nazista é apoiador do PT

Em publicações no Facebook, Gabriel Barbosa Macedo defendeu a ex-presidente Dilma Rousseff 
 
Macedo estava usando um moletom preto com um símbolo nazista
Macedo estava usando um moletom preto com um símbolo nazista | Foto: Reprodução/Twitter

Gabriel Barbosa de Macedo, expulso de sala de aula na Universidade Federal do ABC (UFABC) por usar um casaco de moletom com um símbolo nazista, mostra-se em suas redes sociais como um apoiador declarado do Partido dos Trabalhadores (PT).

Em seu perfil oficial no Facebook, por exemplo, há publicações em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff. “Falar ‘Fora, Dilma’ é fácil”, diz Macedo, em texto divulgado em 2014. “Quero ver tu me contar em quem vai votar. Qual é o plano de governo de seu candidato? Que mudanças ele fará, se assumir o poder? Quais planos sociais ele vai manter ou abolir? Enfim, fale mais sobre quem você quer no lugar de Dilma e do PT.”

Alunos da UFABC notaram que Macedo estava vestindo o moletom nazista na quinta-feira 3, por volta das 10 horas. Naquele momento, o petista aguardava no corredor do campus a liberação de uma sala de aula. Um colega identificou o símbolo nazista em seu casaco, tirou uma fotografia e compartilhou em grupos de WhatsApp da universidade.

Quando estava sendo retirado de sala de aula, Macedo tentou se defender. “Não estou fazendo nenhuma apologia do nazismo”, afirmou. “Comprei essa roupa na Galeria do Rock. O vendedor me esclareceu que esse símbolo é utilizado pelos antigos vikings. Não sei dizer o que o sol negro representa para os vikings. Mas sei que os nazistas usaram esse símbolo como parte de um culto holístico.”

A UFABC organizará uma comissão para avaliar o comportamento de Macedo.

Revista Oeste


terça-feira, 4 de outubro de 2022

Contra tudo e todos do sistema, direita bolsonarista avança! - VOZES

Rodrigo Constantino - Gazeta do Povo

A conspiração falhou e vai ter segundo turno!
O PT já tinha contratado a festa da vitória, mas vai ter de enfrentar uma nova eleição, totalmente distinta. Agora é unir todo o Brasil decente contra o ladrão e seus comparsas!

Já podemos fazer um balanço mais acurado desse primeiro turno, marcado por suspeitas legítimas de fraude - não importa se Alexandre de Moraes queira tornar ilegal a simples desconfiança. Há resultados poucos coerentes, como em Minas Gerais, onde governador, senador e deputado são escolhidos aliados a Bolsonaro, mas o presidente mais votado é Lula.

Há notícias de hiperatividade cibernética no Brasil por sites especializados. Há relatos de limites iguais para votos em Bolsonaro em várias urnas. Há as pausas estranhas na contagem e as mudanças quase retilíneas dos percentuais, o que um algoritmo faria. Enfim, muitos brasileiros estão seguros de que houve sacanagem.

Mas vamos assumir, para efeito de análise, que os resultados são esses mesmos, até porque não há VAR possível aqui, não temos como fazer checagem. O que podemos extrair como lições importantes do pleito? Bolsonaro, apesar de toda a campanha contra do sistema, do massacre midiático, sai fortalecido, com um milhão de votos a mais do que no primeiro turno de 2018, e tendo feito uma bancada enorme para o PL e também apoiadores de outros partidos.

O presidente conquista a maior bancada para o PL e faz a maioria no Senado e na Câmara, além da ascensão nas assembleias estaduais. Tarcísio Freitas vai para o segundo turno com muita força e deverá prevalecer sem dificuldade em SP.

No Rio, a situação está resolvida, com Cláudio Castro, Romario e Pazuello eleitos, este último como o segundo deputado mais votado do estado.

Em Minas Gerais temos Romeu Zema reeleito derrotando o PT, Cleitinho eleito senador e Nikolas Ferreira o deputado federal mais votado da história no estado, com mais de 1,5 milhão de votos. O trio fará campanha por Bolsonaro no segundo turno.

No Rio Grande do Sul Onyx sai em primeiro com boas chances de vitória para o governo, e Mourão está eleito para o Senado.

Os "institutos" de pesquisa estão completamente desmoralizados, sem qualquer credibilidade. Todo o esforço do consórcio de imprensa, deturpando, distorcendo e manipulando a opinião pública contra Bolsonaro, não foi suficiente para resolver a parada para o PT, mesmo com a ajuda do ativismo bizarro do STF/TSE.

O PT viu ainda os ícones da Lava Jato serem reerguidos com força no Senado (Sérgio Moro) e na Câmara (Deltan), impedindo qualquer narrativa petista de que a mais importante operação de combate à corrupção foi derrotada nas urnas. O advogado petista (Arruda Botelho), por outro lado, não foi eleito.

Traidores do presidente tiveram um fim melancólico: os eleitores de Mandetta ficaram em casa e ele foi amassado por Tereza Cristina no Mato Grosso do Sul; Joice Hasselman, Alexandre Frota, Irmãos W, MBL, todos com resultados pífios e medíocres. Joice saiu de mais de um milhão de votos em 2018, bolsonarista, para patéticos 13 mil, número sugestivo para a agora tucana.

O PSDB, por falar nisso, praticamente acabou em São Paulo e no Brasil: José Serra não foi eleito, Aécio Neves quase não é eleito, Doria sai defenestrado, Alckmin é o vice do ladrão que quer voltar à cena do crime. O teatro das tesouras terminou. Alguém já sabe hora e local do enterro do PSDB?

Há, ainda, o choque de realidade entre narrativas e fatos. Ricardo Salles, por exemplo, teve o triplo de votos de Marina Silva em São Paulo, enquanto o delegado Saraiva, o marineiro que perseguiu o ex-ministro, não foi sequer eleito. O "Professor Papagaio", Marco Antonio Villa, que passou a campanha histérico xingando todo bolsonarista de nazista, não foi eleito.

Lição da noite: respeite o bolsonarismo. Você pode não gostar desses evangélicos caretas, desses ruralistas tacanhos. Mas hoje o principal muro de contenção da esquerda radical não é a centro-direita, ou a terceira via. É Bolsonaro, um líder extremamente popular. Respeite o bolsonarismo se você rejeita o lulopetismo!

Restam agora os desafios e as oportunidades para vencer no segundo turno:
Aliança com o União Brasil de ACM Neto na Bahia, que caiu na reta final e por pouco não fica de fora do segundo turno;
- Aliança com Zema em MG, que já deu sinais de que pretende apoiar Bolsonaro;
- NE: reduzir a enorme diferença de votos, comunicando melhor os feitos do governo (Auxílio Brasil, obras, resultados na economia);
- SP, RJ e RS ampliar a vantagem.

Vale lembrar do que está em jogo aqui, e também de que nosso adversário não costuma jogar dentro das quatro linhas. A filósofa petista chega a confessar:

Por fim, petistas como o imitador de focas depositaram no Nordeste a esperança de "salvar" o país. Eles basicamente admitem que o petismo explora a miséria tal como um parasita. Ou será que pensam que Ceará e Bahia são exemplos de qual Brasil queremos ter em vez de São Paulo e Paraná?

Por falar na Bahia, precisamos unir cientistas políticos, economistas, antropólogos e sociólogos, além de psiquiatras, claro, para explicar o estado que pariu nossa "máfia do dendê" na classe artística. Quase toda a diferença de votos no país vem dela…
O país está dividido. Está dividido moralmente, entre os que defendem o ladrão e os que defendem o combate à corrupção.  
Está dividido geograficamente, entre o sul que produz mais para o PIB e o nordeste que recebe mais transferências estatais
Está dividido politicamente, entre os que querem capitalismo liberal e os que miram nos exemplos da Argentina e da Venezuela.


Mas não é hora de esmorecer. Dá para virar esse jogo para presidente, mesmo desconfiando do processo eleitoral. Como já disse acima, agora é unir todo o Brasil decente contra o ladrão e seus comparsas!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo


domingo, 28 de agosto de 2022

STF deve desculpas por deportação de Olga Benário, diz Cármen Lúcia - O Globo

Militante comunista foi morta há 80 anos na câmara de gás; tribunal concordou que ela fosse entregue à Alemanha nazista pelo governo Vargas

[será que a douta magistrada leu o livro OLGA, Fernando Moraes, Círculo do Livro?  
Narra com riquezas de detalhes que a criminosa foi resgatada durante um dos seus julgamentos na Alemanha - Hitler ainda não havia assumido o poder;  seus muitos crimes daquela época juntados aos cometidos no Brasil,ao lado de Prestes, mostram que sua extradição foi justa.]

STF deve desculpas por deportação de Olga Benário, diz Cármen Lúcia

Ficha policial da militante comunista Olga Benário, expulsa do país em 1936 Reprodução

A ministra Cármen Lúcia propôs que o Supremo Tribunal Federal peça perdão pela deportação de Olga Benário. A militante comunista estava grávida quando o tribunal autorizou o governo de Getúlio Vargas a entregá-la à Alemanha nazista. Sua morte na câmara de gás completou 80 anos em abril.

O processo de Olga reúne algumas das páginas mais sombrias da história do Supremo. Em março de 1936, a revolucionária alemã foi presa no Rio com o marido, Luís Carlos Prestes.  
Os dois eram procurados desde o levante frustrado na Praia Vermelha, no ano anterior. Para atingir Prestes, o governo resolveu expulsar Olga. Nas palavras do então ministro da Justiça, Vicente Rao, ela seria “perigosa à ordem pública e nociva aos interesses do país”. 
 
Na tentativa de salvá-la da Gestapo, o advogado Heitor Lima apostou numa estratégia incomum. Em vez de alegar sua inocência, apenas reivindicou que ela continuasse presa no país. [prova incontestável de que Olga não seria jamais inocentada - no Brasil ou na Alemanha.
Aqui ela não seria executada e logo seria anistiada e voltaria a cometer novos crimes.] Argumentou que a alemã estava grávida de um brasileiro, e que o bebê também seria punido com a deportação. Ele ainda sustentou que a cliente teria desistido da revolução para se dedicar à maternidade. Assim, seria a única pessoa capaz de “regenerar” o lendário Cavaleiro da Esperança.

“Só uma mulher poderá operar esse milagre”, afirmou o advogado, em texto sintonizado com os costumes da época. A companheira de Prestes teria três tarefas: “curá-lo da psicose bolchevista”, “atraí-lo ao âmbito da família” e “estimulá-lo para o serviço da pátria”. O Supremo não se sensibilizou e entregou Olga aos carrascos. Ela estava grávida de sete meses quando foi embarcada no cargueiro para Hamburgo. [a criança apesar de filha de dois criminosos (Prestes também traidor da Pátria) nasceu saudável e sobreviveu.]

Os ministros sabiam que a expulsão da comunista de origem judaica equivaleria a uma sentença de morte. Mesmo assim, o relator do caso, Bento de Faria, limitou-se a anotar que o instituto do habeas corpus estava suspenso por decreto presidencial. Getúlio ainda não tinha dado o golpe do Estado Novo, mas já governava com poderes semiditatoriais. O Supremo poderia enfrentá-lo, mas escolheu lavar as mãos.

Sete ministros não conheceram o pedido de habeas corpus. Três o admitiram, mas negaram manter a ré no país. “É muito chocante para mim, como juíza, o fato de que a decisão foi dada em apenas três parágrafos, sem fundamentação. Não houve nenhum voto favorável à permanência de Olga, e assim ela foi expulsa do Brasil”, resumiu a desembargadora Simone Schreiber no último dia 19, no Centro Cultural da Justiça Federal.

O caso foi debatido no mesmo salão em que os ministros selaram o destino da alemã. “Olga não pôde nem assistir ao julgamento”, lamentou a historiadora Anita Leocádia Prestes, que fez a viagem de navio na barriga da mãe. 
Ela nasceu num campo de concentração e foi entregue à avó paterna com um ano e dois meses de idade. Sobre a deportação, a professora sentenciou: “O principal responsável foi Getúlio Vargas. O Supremo foi conivente”.

No CCJF, Cármen Lúcia definiu o processo como uma “página trágica” na história do tribunal. “Ainda que seja ineficaz do ponto de vista humano ou jurídico, o Supremo precisa pedir perdão”, afirmou. A ministra disse que ditaduras são “pródigas em promover desumanidades”. “É bom que se lembre sempre disso”, frisou.

A ideia do perdão a Olga poderia ser encampada pela ministra Rosa Weber, que assume a presidência da Corte em setembro. “O Supremo nunca fez um mea culpa sobre o caso. Isso seria muito interessante”, avalia o escritor Fernando Morais, biógrafo da militante assassinada em 1942.

Bernardo Mello Franco, colunista - O Globo


sábado, 13 de agosto de 2022

Decisão que vetou Bolsonaro genocida ‘atropelou’ integrantes do TSE - Malu Gaspar

O Globo

Com a decisão que mandou remover vídeos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama Jair Bolsonaro (PL) de “genocida”, o ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se antecipou a colegas que receberam ações semelhantes sobre o mesmo assunto e impôs o seu entendimento sobre um tema em que ministros pensam de forma contrária.

A decisão de Araújo foi duramente criticada por integrantes do TSE e por especialistas ouvidos pela equipe da coluna, que avaliam que ela ameaça a liberdade de expressão. [COMENTÁRIO:curioso que integrantes do TSE considerem ameaça a liberdade de expressão impedir que chamem o presidente da República de 'genocida' - acusação feita sem nenhuma prova - e o mesmo TSE proíbe chamar o 'descondenado' petista de ladrão - crime pelo qual foi condenado em três instâncias e e por nove magistrados. Em manobra jurídica o petista foi descondenado, porém, não foi inocentado. Contra Bolsonaro uma régua, contra  Lula outra.
Justiça exige imparcialidade, isenção. Justiça parcial e sem isenção,  não é Justiça.] 

Para eles, tanto vídeos em que Bolsonaro é atacado como peças em que sejam feitas críticas a Lula, devem ser analisadas com cuidado. A decisão de Araújo, portanto, abre um precedente perigoso, conforme informou O GLOBO.

A equipe da coluna apurou que, nos bastidores, integrantes do TSE estavam costurando um entendimento em sentido radicalmente contrário ao de Araújo na corte ou seja, para manter os vídeos no ar – e acabaram "atropelados" pela decisão. Isso aconteceu porque os pedidos da campanha do PL para que as falas de Lula contra Bolsonaro saíssem do ar não ficaram todos concentrados com Araújo. [Nos perdoem pela ignorância em não entender as razões que motivam que denúncias contra Bolsonaro vão em sua maioria para o ministro Moraes - dispensando o sorteio regimental -  e as contra seus adversários são distribuídas entre os ministros.] Foram distribuídos entre todos os três ministros que cuidam das questões de propaganda. “Nós estamos no período de pré-campanha e essas críticas fazem parte da democracia. Ainda que estivéssemos no período eleitoral, a propaganda negativa, em que são feitas críticas ao adversário, é lícita”, opina o advogado Renato Ribeiro de Almeida, membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).

“Não são apenas propostas que são permitidas, as críticas podem sim ser feitas aos opositores, a quem está exercendo o mandato, por mais ácidas que sejam. Isso não constitui, de forma alguma, qualquer ilícito eleitoral”, acrescenta.

Raul Araújo é ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nomeado na cota do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Foi indicado ao STJ em 2010 por Lula, mas é considerado um conservador bolsonarista por três ministros ouvidos pela equipe da coluna. A avaliação de uma ala do TSE é a de que a Corte deve ter uma atuação mais contida na campanha, não cabendo à Justiça Eleitoral funcionar como uma espécie de moderadora onipresente do debate político.

Araújo já havia contrariado os colegas em outra decisão polêmica,[qual seja: favorável ao presidente Bolsonaro.]  em março deste ano – quando proibiu manifestações políticas de artistas durante o festival Lollapalooza, o que funcionou na prática como uma censura aos músicos.

A canetada de Araújo também deixa outras questões em aberto: o que acontece agora com outros vídeos, de qualquer outro brasileiro, em que Bolsonaro é chamado de “genocida”? Também terão de sair do ar? E se opositores do Planalto fizerem, por exemplo, um tuitaço com o adjetivo indigesto, todas as postagens estão ameaçadas de censura?

Dentro da Corte, a decisão levou a uma discussão que tende a resultar no envio do assunto para o plenário, para que seja fixada uma tese consensual que nortearia a atuação de todos os ministros. Na prática, isso evitaria que os magistrados tomem decisões individuais diferentes em relação à mesma controvérsia.É possível detectar aparente ofensa à honra e à imagem de pré-candidato ao cargo de presidente da República, porquanto a conduta de imputar a determinado adversário político o atributo de genocida poderia, em tese, configurar crime de injúria ou difamação”, escreveu Araújo ao justificar a remoção dos vídeos.

Para Araújo, os participantes do processo eleitoral “devem orientar suas condutas de forma a evitar discursos de ódio e discriminatório, bem como a propagação de mensagens falsas ou que possam caracterizar calúnia, injúria ou difamação”.

A decisão sobre “Bolsonaro genocida” também trouxe à tona um controverso e recente julgamento do TSE, em que os limites da liberdade de expressão foram discutidos pelos ministros.

Em maio do ano passado, o TSE condenou um contador do Maranhão por divulgar no Instagram um vídeo repleto de críticas ao ex-governador Flávio Dino (PSB), chamado de ladrão e retratado como nazista. O placar foi apertadíssimo contra o contador 4 a 3 para condená-lo por propaganda eleitoral antecipada, de cunho negativo.

Um dos quatro votos para condenar o contador veio justamente de Alexandre de Moraes. Na época, o ministro alegou que “talvez as redes sociais tenham tornado tão banais essas ofensas e perseguições que há um momento em que há necessidade de se mostrar que as milícias digitais não atuam em terra de ninguém”. “Por mais trabalho que isso possa dar, há necessidade de demonstrar, desde já, que nas eleições do ano que vem (deste ano), a Justiça Eleitoral não vai permitir que haja uma terra de ninguém”, disse Moraes na ocasião.

O então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, considerou o vídeo apenas uma "manifestação de cidadão comum em rede social", se posicionando contra a punição do contador. Na época, o diretório maranhense do PC do B (ex-partido de Dino) acionou a Justiça sob a acusação de que Everildo utilizou o Instagram “com o intuito de denegrir (sic) e rebaixar a imagem política do governador”, argumento semelhante ao usado agora por Bolsonaro contra Lula.Para a campanha de Bolsonaro, a palavra “genocida” "não é um adjetivo qualquer, mas sim palavra de conteúdo pejorativo gravíssimo".

Rafael Moraes Moura - Malu Gaspar, coluna em O Globo

 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Emporcalharam a imagem do Brasil? - Alex Pipkin

Não, não se preocupem. O Brasil continua lindo…

A imensa maioria dos cidadãos estrangeiros que pensa no país, credita a imagem da nação verde-amarela, a marca-país, associada aos 5S.

Não se trata de uma ferramenta de gestão, mas ao glorioso Soccer, ao futebol, ao Samba, à Sand, areia das praias do Rio de Janeiro, do nordeste e de Santa Catarina, à Sensualidade da mulher brasileira e, de várias formas, entre essas algumas que gostaríamos de estar completamente desfocadas de nossa imagem, ao Sexo.

O país é lembrado e ovacionado pela “alegria de viver” dos brasileiros, ainda que esses enfrentem severas dificuldades econômicas e sociais.

Muitos desses forasteiros americanos e/ou europeus, ainda pensam que nossa capital é Buenos Aires, e no imaginário, o Brasil é o país tropical das belezas naturais e, com certeza, da miscigenação de raças que produziu a beleza feminina.

Para além dessa imagem estilizada, evidente que existe uma série de coisas boas e ruins que melhor nos definem.

Eu fico incrédulo quando assisto a um canal televisivo e/ou leio alguma matéria referente a imagem brasileira lá fora.

A “honesta e imparcial” grande mídia, aqui e seus associados no exterior, têm retratado o PR eleito democraticamente, como um autoritário, odeio o termo, mas vai lá, nazista, racista, homofóbico, misógino, exterminador, “militar” (risos), e um ser abjeto que não gosta de gente.

Já havia lido uma crítica a Bolsonaro no WSJ, e semana passada, li um artigo no The Economist, que o reportava como o Trump dos trópicos, dando a entender que o PR prepara um golpe caso não venha a vencer as próximas eleições. Claro que eu não me surpreendo. Desde o primeiro dia de seu governo ele vem sendo perseguido, em especial, pela esquerda abutre, que quer retornar a cena do crime, pela grande mídia que perdeu o controle da “verdade” de suas reais narrativas, e pelos ministros do “STF”, mergulhados em seus vergonhosos ativismos e em suas nefastas ações político-partidárias.

Trabalhei muito tempo com estrangeiros e ainda tenho contato com alguns.

Confesso que foi uma tarefa hercúlea tentar explicar como Lula da Silva, condenado em várias instâncias da justiça, e pelo próprio STF, teve seus julgamentos anulados pelo ministro Fachin, por meio de uma mera manobra e artifício processual, permitindo que o ex-presidiário se tornasse elegível e concorresse à presidência.

 Surreal!

Esse ministro é notoriamente um notório ativista de extrema-esquerda, juntamente com seus colegas Luís Roberto Barroso, o “iluminista”-ativista, Alexandre de Moraes, homem de confiança de Alckmim, vice de Lula, e o ex-advogado do PT, Dias Toffoli.

Esses ministros vêm abertamente criticando e atuando contra o presidente, no Tribunal e em eventos no exterior, na Inglaterra, nos Estados Unidos, em Portugal e mundo afora.

A pergunta que não quer calar é se é possível que esses ministros avaliem e julguem qualquer coisa com a devida imparcialidade? Você deve saber a resposta.

No que diz respeito à imagem do Brasil, parece que qualquer estrangeiro percebe o cheiro podre da “descondenação” de um criminoso para concorrer ao cargo máximo da nação.

O ministro Fachin já havia se reunido com embaixadores, a fim de afirmar a segurança e a lisura das urnas e da votação no Brasil. Indago se chamar embaixadores é uma prerrogativa do TSE.

Confesso que não gosto dessa ladainha sobre as urnas, já que o TSE poderia ter resolvido “tecnicamente” a questão, porém, dentro de um sistema democrático, qual é o abissal problema de se solicitar um aperfeiçoamento da segurança do sistema de votação?

Muitos indivíduos têm a mesma dúvida do PR, e se a Corte Superior e o TSE agem como os fatos demonstram, aparenta ser crível duvidar.

Ontem o PR se reuniu com embaixadores para expor sua visão, embasado em fatos e em dados relacionados à urna eletrônica e a atuação dos ministros.

Não, não seja suscetível a narrativa da “grande mídia”, dos semideuses rubros do STF e dos justiceiros sociais, de que o “grande homem mau” emporcalhou a imagem do país no exterior.

Num país em que Alexandre, O Grande, comanda a ditadura da toga, em que só tem liberdade de expressão e de opinião o lado alinhado as (más) ideias e visões do demiurgo de Garanhuns, é imperioso ouvir e refletir sobre aquilo que o “outro lado” pontua. 
Não esqueça que nesse mundo “moderno”, da pós-verdade, a verdade teve seu significado alterado, pois aqueles que falam a verdade sobre os mais variados temas têm sido acusados de espalhar discurso de ódio e desinformação.

Neste sentido, contra fatos não há argumentos, e é bom enfatizar que a economia brasileira vem performando acima das economias mundiais, em um contexto de pós-pandemia e de guerra.

Apesar da inflação alta, o país vem crescendo acima das previsões, fruto de reformas estruturais que precisam ser aprofundadas. As projeções internacionais são otimistas nesta direção.

A corja que emporcalhou a vida dos brasileiros, econômica, social e moralmente, e que respingou no mundo, manobra o sistema para que retornem a cena do crime aqueles que o roubaram.

Não se apoquente! Os gringos comem, escutam, leem e assistem também o lado oposto da narrativa armada, da “verdade contemporânea”. O Brasil continua lindo, e sem as emporcalhadas e sanguinárias foice e martelo, ficará ainda mais belo.

Alex Pipkin, PhD


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Juízes, verdades e democracia - Gazeta do Povo

Luís Ernesto Lacombe

Estaríamos certamente no caminho do desenvolvimento e do progresso, estaríamos certamente avançando, e não ensaiando passos para trás, se houvesse magia capaz de transformar hipocrisia em honestidade, mentira deslavada em verdade cristalina. 
No mundo real, esse de fingimentos e falta de vergonha na cara, infelizmente, ouve-se, como se suprema fosse, a voz dos que não têm razão. Não há leis, não há regras que os conduzam pelo caminho correto, único.  
Eles não querem saber de aprendizado, já sabem de tudo, tratam críticas legítimas como ataques, destratam, mas ai de quem lhes apontar o dedo.

“Nazista”, “genocida”, Bolsonaro é tudo isso, é responsável por um “desgoverno”. E é burro também. Luís Roberto Barroso disse que o presidente da República tem “limitações cognitivas e baixa civilidade...” Com base em quê? Em falas do tipo: “Estão esticando a corda”, “eu faço o que o povo quer”; “tá na hora de o Brasil dar um novo grito de independência”? São esses os atos antidemocráticos de Bolsonaro? Que inquérito abusivo ele abriu? Que veículos de comunicação censurou? Quem o presidente mandou prender? Barroso fala em tanques na Praça dos Três Poderes, numa “minguada” manifestação de 7 de setembro... Minguado parece ser o raciocínio do ministro. Cegueira e surdez seletivas. 

Foi Bolsonaro quem soltou corruptos, chefe de facção criminosa? 
É ele quem alimenta, todo dia, a terrível insegurança jurídica? Não! Isso é obra do STF, de Barroso e colegas seus.
Posso dizer que tem limitações cognitivas quem considera João de Deus um ser transcendental, e Cesare Battisti, terrorista condenado por quatro assassinatos na Itália, um santo? 
Posso dizer que tem dificuldades no processamento de informações, que tem problemas mentais como falta de atenção, raciocínio e memória, quem considera Lula um defensor da democracia e Dilma, vítima de um golpe?

Foram Barroso e colegas seus que interferiram no processo legislativo de avaliação de medidas que dariam mais segurança ao nosso sistema eleitoral, e jogando contra elas... 
Agora, o plano é banir do Brasil o Telegram, uma rede “sem leis”, ou seja, sem instrumentos de censura. Se o Telegram for mesmo banido, o Brasil se juntará a países que já tomaram essa atitude: China, Cuba, Irã... Não é exatamente o “clube da democracia”.

Veja Também:Sigiloso ou não sigiloso?

Leis e leões

Vírus do faz de conta

Barroso disse: “Na minha casa só entra quem eu quero!” Esqueceram de avisar ao hacker que passeou pelo sistema do TSE por sete meses em 2018...  
E a casa será em breve do ministro Edson Fachin, futuro presidente da Justiça Eleitoral, essa jabuticaba que nos leva R$ 10 bilhões por ano, quase R$ 28 milhões por dia, com ou sem eleições. 
Fachin nem estreou ainda e já disse que a corte terá pela frente “ameaças ruidosas do populismo autoritário”. 
E não estaríamos sujeitos a falas assim, se a verdade tivesse mais autoridade, se nossos ministros confirmassem a definição que Olavo de Carvalho dava para inteligência: a capacidade de perceber a verdade... De qualquer maneira, pergunto: de que adianta ter inteligência se ela é usada para o mal?
 
Luis Ernesto Lacombe, colunista - VOZES   - Gazeta do Povo

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

“Bolsonazismo” e a banalização do mal - Revista Oeste

Jornalista Ruy Castro | Foto: Montagem Revista Oeste/Agência Estado
Jornalista Ruy Castro | Foto: Montagem Revista Oeste/Agência Estado 
 
No laboratório da tragédia humana que foi o século 20, o nazismo garantiu para si o protagonismo como a mais abjeta ideologia da história, aglutinando elementos fascistas e racistas que mergulharam o mundo em guerra e genocídio. Em 1962, a filósofa alemã de ascendência judaica Hannah Arendt foi designada pela revista The New Yorker para acompanhar o julgamento de Adolf Eichmann, nazista de alto escalão capturado pela Inteligência israelense na América do Sul. Acusado de crimes contra a humanidade por seu papel no Holocausto, Eichmann foi condenado por todas as acusações e enforcado.

As observações de Arendt sobre esse julgamento constam da obra Eichmann em Jerusalém, cujo subtítulo é “Um relato sobre a banalidade do mal”. Contrariando expectativas, a filósofa descreve que o criminoso de guerra não se portava como um monstro, mas como um burocrata mediano, diligente em seguir ordens, avesso a juízos pessoais sobre a correção de suas ações e alheio às implicações éticas dos atos que executava um autômato moral resignado à mediocridade da não escolha, por vezes voluntária e por vezes compulsória. Era assim que, segundo Arendt, o mal se banalizava na sociedade: não pela maldade inerente às pessoas, mas a partir da ausência de reflexão do indivíduo ao imitar, reproduzir, ecoar ou não se opor a comportamentos nocivos.

Sem entrar no mérito das suas manifestações, há evidências abundantes de que nenhum deles defende ideias supremacistas

Saindo um pouco da filosofia e da sociologia, do ponto de vista semântico, banalizar o mal é torná-lo frequente, normalizá-lo, fazer da sua presença algo comum e trivial. Exemplos não faltam: diante da exposição constante à violência, a opinião pública já não se impressiona com cenas de crimes; o mesmo vale para a retórica hostil e a agressividade verbal, falada ou escrita, que pouco se destaca, tamanha a concorrência pelo mau gosto. É nesse contexto que o uso de nazista como ofensa pessoal se insere no debate público: uma expressão imprópria, que banaliza seu significado, ignora a história e desrespeita a memória de milhões. Salvo raríssimas exceções, chamar alguém de nazista é um insulto tanto ao ofendido quanto às vítimas da Segunda Grande Guerra e, principalmente, do Holocausto.

Recentemente, um podcaster, um parlamentar e um comentarista político se envolveram em polêmicas relacionadas ao nazismo. Sem entrar no mérito das suas manifestações (absurdas, infelizes, ingênuas…), há evidências abundantes de que nenhum deles defende ideias supremacistas. Ainda assim, foram chamados de nazistas por muitos — e tratados de acordo, como se de fato pregassem, em plena democracia liberal, a doutrina totalitária diretamente responsável por dezenas de milhões de mortes. Não são nazistas, assim como não é nazista o presidente da República, alvo preferencial desse tipo de campanha de difamação. Seguem alguns exemplos, literalmente, ilustrativos:

Tuíte de Ricardo Noblat, ex-Globo, ex-Veja e ex-jornalista, reproduzindo uma suástica com a legenda “Crime continuado”, em 14 de junho de 2020:

Capa da revista IstoÉ (15 de outubro de 2021) que chamou Bolsonaro de “mercador da morte” e “genocida”, manipulando sua imagem à semelhança de Adolf Hitler. A publicação alegou que “Bolsonaro patrocinou experiências desumanas inspiradas no horror nazista durante a pandemia” e “reproduziu na medicina métodos comparáveis aos do Terceiro Reich, que levaram a milhares de mortes por meio de ações cruéis”.

Exemplos de analogias com o nazismo e ofensas ao presidente da República não faltam, incluindo artigos de colunistas da comunidade judaica, como Ricardo Kertzman (Ao equiparar Bolsonaro a Hitler, revista chama as coisas pelo nome que têm) e Hélio Schwartsman (Bolsonaro e os judeus). Espanta que o engajamento político desses articulistas prevaleça sobre sua ética profissional e sua responsabilidade moral de não permitir que o Holocausto seja relativizado por comparações absolutamente infundadas.

A essa banalização do nazismo no debate público estabelecida por falsas equivalências repetidas à exaustão pela imprensa militante —, soma-se outra falácia: o reductio ad hitlerum, a desqualificação do adversário pela simples comparação com Hitler e os nazistas, algo que causa repulsa imediata no público e desvia o foco da discussão. Esse tipo de expediente foi levado ao estado da arte na recente generalização de Ruy Castro para a Folha de S.Paulo, que insulta não apenas o presidente da República, mas todos os seus eventuais milhões de eleitores: Como não há mais possibilidade de um apoiador de Bolsonaro ser um democrata, as eleições dirão exatamente quantos brasileiros ergueram o braço dentro da urna— uma  referência ao gesto nazista do Sieg Heil.

Realmente, vivemos tempos de banalização do mal; e também de banalização do mau… do mau jornalismo. 

Leia também “Ódio do bem: uma constatação póstuma”

Caio Coppolla é comentarista político e apresentador do Boletim Coppolla, na Jovem Pan