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terça-feira, 10 de março de 2015

Após panelaço, Dilma diz que é preciso aceitar o jogo democrático

Aloizio Mercadante minimiza protestos que, segundo ele, coincidiram com o locais em que a presidenta sofreu derrota eleitoral. 

Para PT, manifestações tiveram viés golpista

O dia seguinte à batidas de panelas contra a presidenta Dilma Rousseff não passou em brancas nuvens no Planalto, como era de se esperar. Coube ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, minimizar as manifestações, logo na manhã desta segunda-feira, durante uma coletiva para tratar dos assuntos pertinentes ao ajuste fiscal. Segundo Mercadante, os protestos coincidiram com o locais em que a presidenta sofreu derrota eleitoral em outubro do ano passado. Horas mais tarde, Dilma também se pronunciou sobre o assunto e disse que os protestos são legítimos, mas que a defesa de um "terceiro turno" seria uma "ruptura da democracia".

"Eu acho que há que se caracterizar as razões para o impeachment e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente não aceitar as regras do jogo democrático", afirmou a presidenta após evento no Palácio do Planalto para sancionar a lei do feminicídio,que prevê penas mais duras para crimes de gênero contra as mulheres. "A eleição acabou, houve primeiro e houve segundo turno. Terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática", completou. [aceitar as regras do jogo democrático é dever dos brasileiros; o que é INACEITÁVEL é que em nome da aceitação do jogo democrático, tenhamos que aceitar um desgoverno Dilma/PT.
Um desgoverno como o atual torna legitima até mesmo a ruptura da democracia, já que se trata de, no mínimo, salvar o Brasil.]

Assim como o ministro, dirigentes do PT avaliaram o panelaço como um movimento que fracassou.  O secretário nacional de comunicação do partido, José Américo Dias, afirmou que a reação ao discurso foi uma "orquestração com viés golpista" restrito a setores da "burguesia e da classe média alta". “Tem circulado clipes eletrônicos sofisticados nas redes, o que indica a presença e o financiamento de partidos de oposição a essa mobilização”, afirmou José Américo. "Mas foi um movimento restrito que não se ampliou como queriam seus organizadores", completou.

Apesar do partido ter relativizado o panelaço, o movimento gerou preocupação no Governo. O Planalto tem monitorado o movimento nas redes, e principalmente as confirmações que têm sido feitas para os eventos anti-Dilma, marcados para o próximo dia 15. O número de pessoas que prometem engrossar os protestos neste domingo cresceu rapidamente nas últimas semanas, e com o panelaço deste domingo, ganham ainda mais audiência. Em meio ao temor que o ato contra a presidenta tome proporção maior que a esperada, Dilma vai se reunir com o ex-presidente Lula, nesta terça-feira, em São Paulo. 

Continuar lendo.............El País 

 

segunda-feira, 9 de março de 2015

Em lugar de tentar explicar sua ignorância e mentiras, Dilma deveria ter lido sua carta de renúncia e privilegiado os brasileiros com sua ausência definitiva



Grupos a favor do impeachment proliferam na internet
Após pronunciamento da presidente, o Senador Aécio Neves usou as redes sociais para dizer que Dilma deveria ter feito um 'pedido de desculpas'
Com sua fala de domingo a noite, a presidente Dilma fez convocação para os protestos do próximo domingo

As primeiras grandes manifestações de junho de 2013 foram convocadas pelo Movimento Passe Livre, um grupo formado majoritariamente por estudantes universitários de esquerda. Em pouco tempo, os protestos cresceram com adesões espontâneas oriundas de uma corrente de insatisfação generalizada pelas redes sociais. Com bandeiras difusas e vagas - e sem orientação ideológica -, milhares de pessoas foram às ruas em todo o País e derrubaram os índices de popularidade da classe política.

A onda que parecia grande quebrou antes das eleições, mas começou a se formar novamente no 2º turno da sucessão presidencial de 2014. Desta vez, porém, o "contra tudo que está aí" foi substituído pelo antipetismo. E pela primeira vez em sua história o PSDB colocou milhares de pessoas nas ruas em defesa da candidatura de Aécio Neves (PSDB).

Foi logo depois do 2º turno, com a vitória da presidente Dilma Rousseff sobre Aécio numa eleição apertada, que as primeiras organizações virtuais antipetistas começaram a ganhar status. Nas duas manifestações do ano passado depois do 2º turno, eram apenas três os grupos que comandavam os atos com carros de som: Vem pra Rua, Brasil Livre e Revoltados On Line; um quarto grupo defendia a intervenção militar.

Agora, já são pelo menos 20 grupos diferentes, entre eles um chamado "Onda Azul", que é diretamente ligado ao PSDB. Entre outros estão Acorda Brasil, Brasil Melhor e Quero me Defender. O foco atual desses grupos é realizar um grande ato de rua para o dia 15 de março.

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na IstoÉ


"Tudo bloqueado"



Um amigo no exterior me perguntou se no Brasil estava tudo dominado. Referia-se ao habeas corpus dado por Teori Zavascki a Renato Duque, indicado do PT na Petrobras. Dominado não sei, respondi. Mas, naquele momento, estava tudo bloqueado: as estradas, pelos caminhoneiros, as contas bancárias, pela Justiça. 

Tantos bloqueios que a conta do ex-governador petista de Brasília, Agnelo Queiroz, foram bloqueadas duas vezes na mesma semana. [será que alguém consegue ser tão ingênuo para acreditar que bloquear as contas bancárias do Agnelo no Brasil, vai permitir a recuperação de alguma coisa do muito que ele roubou ou trazer algum problema financeiro para o ex-governador petista? NÃO. Bloquear as contas do Agnelo no Brasil não significa nada. O que tem lá é ninharia. O muito que ele roubou já está fora do Brasil.

Agnelo Queiroz é macaco velho. Ter suas contas bancárias bloqueadas para ele não é novidade. Desde os tempos do Ministério do Esporte e da ANVISA que o ex-governador petista – que acabou com as finanças do DF – tem problemas com a Justiça.]  Há bloqueio na relação Dilma- Congresso, e bloquearam o juiz que bloqueou os bens de Eike Batista.

O bloqueio se estendeu às cabeças: Washington Quaquá, um dirigente do PT fluminense, afirmou que daria porradas nos burgueses. Lula disse que chamaria o exército dos sem-terra para as ruas.  Às vezes temo que minha visão também fique bloqueada. Mas encaro esse movimento como a busca do golpe perfeito. O governo do PT arruinou a Petrobras, quer que os empreiteiros fiquem presos e que os sem-terra levem e deem porrada para defendê-lo. Em ruas indignadas com a corrupção, será difícil evitar os conflitos.

Bloqueados os caminhos para entender o assalto à casa do procurador Janot nas vésperas de apresentar a denúncia. Ele se limitou a dizer que os assaltantes estiveram por oito minutos em sua casa. Nada levaram de valor, apenas o controle remoto do portão. Se um grupo entra na casa de um procurador e não rouba nada, está apenas querendo dizer que entra quando quiser. E se leva o controle remoto do portão é apenas para mostrar como é inútil, pois conseguiram entrar sem ele. Ou será que seriam tolos o suficiente para acreditar que o controle remoto continuaria a abrir o portão depois do assalto?

O bloqueio mental se estende a Dilma. Ela despachou o embaixador da Indonésia pela porta lateral, como se fosse o entregador de pizza. O homem estava vestido com roupas típicas de seu país e compareceu na data marcada para apresentar credenciais.  Ninguém do Itamaraty percebeu essa grosseria. Ninguém no Congresso foi à embaixada da Indonésia pedir desculpas. Apagão diplomático. A política foi conduzida, nesse caso, por reflexos de uma dona de casa estressada. E ainda temos um brasileiro no pelotão da morte na Indonésia, compras de avião da Embraer que podem ser suspensas.

O bloqueio maior é na convivência política. A filósofa Marilena Chaui disse uma vez que odiava a classe média. Quaquá vai dar porrada em burgueses. Onde vai encontrá-los? Nos restaurantes de luxo nas ilhas do litoral de Angra? Quem é classe média? Vão atacar as lojas de conveniência nas noites de sábado, as academias de pilates?   Tudo muito confuso. CGU e TCU, provavelmente mais alguma coisa terminada em u, preparam um acordo de leniência. Os empreiteiros pagam multa e voltam a realizar obras públicas. 

Enquanto isso, o BNDES estuda um empréstimo de R$ 31 bilhões para as empreiteiras. Com essa grana, pagam a multa e ainda podem mandar um pouco para os partidos do governo. E essa grana vai para os marqueteiros, que inventarão outros heróis do povo brasileiro, corações valentes e outras babaquices eleitorais. É assim que a banda vai tocar? Desta vez não só há um grande volume de informações como também a reação externa. Romper com a opinião pública interna e com financiadores internacionais não é uma boa tática. Sobretudo no momento em que vivemos uma crise em que a falência do modelo aparece a cada novo indicador econômico.

 Avançamos, desde o fim da ditadura. Houve confrontos, como o dos petistas com Mário Covas, operações extremas, como a dos aloprados em 2006. Em vez de se abrir para reparar os graves erros na economia e na política, Lula convoca um exército, como se acabassem os argumentos e o confronto fosse a única saída para o impasse que o próprio PT criou.

Transformar adversários políticos em inimigos significa uma regressão. Nosso processo democrático já havia superado esse estágio. O insulto a pessoas em busca de ajuda médica, como foi o caso da mulher de Mantega, é injustificável. Mas partiu de pessoas sem responsabilidades com o processo político. Assumir um tom de guerra à frente de um partido, como fizeram Lula e Quaquá, parece-me um ato de desespero. É uma ilusão intimidar para se defender.

Domingo que vem é 15 de março. Manifestações de protesto estão marcadas. O PT marcou a sua para defender o governo e a Petrobras que ele mesmo arruinou. Mas vai fazê-lo dois dias antes. Melhor assim. Vamos deixar que tudo aconteça, sem ameaças, sem porradas. Que o país se expresse em paz e que seja honrado o legado coletivo desses anos de democratização. Falaram tanto na campanha eleitoral: filmes, lendas, imagens de um Brasil paradisíaco que fabricaram. Agora é hora de ouvir um pouco o que pensam as pessoas. Guardem exército e porradas para o videogame. Desbloqueiem o caminho do país real.

Por: Fernando Gabeira – Site: A Verdade Sufocada

segunda-feira, 2 de março de 2015

MOVIMENTO CÍVICO DE 15 DE MARÇO DE 2015



General de Brigada Paulo Chagas - Presidente do TERNUMA 

A opinião pública está para os políticos como a água está para os peixes e precisamos torná-la insalubre para os que, com má fé e incompetência, estão destruindo o Brasil.  É com muita satisfação que constato que a mobilização, prevista para o dia 15 DE MARÇO, promovida por grupos organizados nas redes sociais, já está tirando a tranquilidade do governo e dos seus mais truculentos agitadores.  Já está sendo até tratada como guerra pelo apavorado sr Lula da Silva!  Como disse o jornalista Reinaldo Azevedo: “não concordo com as idéias nem com os métodos deles”!  Esta deve ser a diferença da nossa manifestação!  

Precisamos preservar a democracia e recuperar a liberdade que, nos dias de hoje, só serve aos fora da lei e ao enriquecimento ilícito de corruptos e corruptores.
Precisamos dizer ao mundo que não são os valores éticos e morais do povo brasileiro que estão destruindo fisica e moralmente o nosso país.

Precisamos deixar bem claro a todos que fomos vítimas de uma armadilha e de um estelionato eleitoral arquitetados por uma quadrilha homiziada dentro e fora do Brasil.

Precisamos deixar claro ao Congresso Nacional e à Suprema Corte de Justiça que o povo brasileiro não é conivente com a desonestidade e que acaba de se dar conta de que tem errado em suas escolhas e que quer mudá-las pelas vias que lhe confere a Constituição Federal.

É preciso que fique claro a quem de direito que o tempo do desmando, da corrupção, do patrimonialismo, da impunidade, do populismo e do paternalismo irresponsáveis está esgotado.  Chegou o fim desse tempo!  queremos, precisamos e merecemos mudanças, e vamos exigi-las do nosso modo, não do modo deles apoiado no desmando, na desordem, na irresponsabilidade, no desrespeito, na ilegalidade...

Precisamos passar todas estas mensagens do nosso modo!  Não somos vândalos, respeitamos o patrimônio público e a propriedade privada!  Nós não somos fascistas, comunistas ou bolivarianistas!  Somos brasileiros, democratas, amantes da paz, do direito, da liberdade e do respeito à lei e à ordem!   Portanto, que o movimento cívico de 15 de março de 2015 reflita em nossas atitudes todas as correções que queremos ver implementadas na vida nacional.

Que a serenidade, a ordem, a responsabilidade e o respeito dos manifestantes reflita a nossa determinação para dar um basta a tudo que nos tem envergonhado, diminuído e empobrecido como povo e como nação.  

Desejo aos homens e às mulheres de bem, que, por convicção democrática, participarão do movimento de 15 de março, plena realização em seus propósitos e que dele saiam vitoriosos a democracia, a honestidade, a liberdade e o mérito!

Porque nós somos melhores do que aqueles que queremos denunciar e ver fora da vida pública e demonstraremos isto, com veemência, em 15 de março, lembrando-os que nenhuma ditadura serve para o Brasil.

Boa marcha a todos!

Governo vai perder de goleada - basta o brasileiro ter vergonha na cara

Protestos: 13 X 15 de março. E agora?

O brasileiro tem que protestar contra o governo por muitas razões.

Sobram motivos para o comparecimento maciço do povo brasileiro ao ato de 15 de março.

Eis algumas: 
- estelionato eleitoral da Dilma que na campanha se comprometeu a não adotar determinadas medidas - especialmente extinguindo ou dificultando beneficios trabalhistas e sociais - e logo após encerrada a apuração adotou tais medidas;
- volta da inflação;
- recessão;
- retorno do desemprego; 
- corte de verbas da educação e dezenas de outras razões - elencamos apenas as principais, a que vai destruir a ilusão do brasileiro, especialmente o estúpido que votou na Dilma - de que melhorou de vida. 
  
Sobram razões para que os brasileiros não compareçam ao ato de 13 de março. 
Além de todas as práticas criminosas e incompetentes do atual governo, que está ferrando o Brasil e os brasileiros, o motivo do protesto é mentiroso: defender a Petrobras - o governo que está convocando os brasileiros para defender a Petrobras é o mesmo governo que consentiu,  apoiou e facilitou, a roubalheira do PETROLÃO - PT que destruiu a Petrobras.
O 'assassino' convocando protesto para defender o assassinado??? 
 

Leia matéria Blog do Jordão:
 
"Movimentos sociais pró-governo convocam para o dia 13 de março (sexta-feira) uma manifestação nacional para “defender a Petrobras”, enquanto nas redes sociais se divulga o 15 de março (domingo) como protesto a favor do impeachment de Dilma. Mais do que uma divisão da sociedade, acho que essas duas datas expressam a atual fragmentação brasileira. Fragmentação que vai além do gostar ou não de Dilma. É a catalisação nas ruas de múltiplas insatisfações (das quais o governo poderá se safar ou não, a ver).

O Brasil fragmentado se expressa desde já com caminhoneiros pedindo a redução do preço do diesel e professores no Paraná exigindo seus salários. Em Brasília, com a Câmara, às vésperas de votar medidas de ajuste fiscal, olhando para o próprio umbigo e decidindo reajustar verbas para o exercício do mandato dos deputados. Um custo adicional de R$ 112 milhões, que pesa sobretudo pelo simbolismo do momento, quando se discute restrições do acesso a direitos trabalhistas. País em transe, onde os partidos políticos inflam-se em número de legendas – são 28 no Congresso – enquanto a maioria da população (75%) os rejeita. 


A fragmentação se reflete também na raiva de setores e grupos que perdem ou perderam poder aquisitivo. Da nova classe média, ou classe C, cuja ascensão social se mantém em bases precárias e pode estar ameaçada. Não é somente a inflação, mas o acesso a bens de consumo, como celular e TV a cabo, que geraram novos custos para os quais não há renda familiar (até aqui, tivemos um quadro de pleno emprego, mas os trabalhos são precários). Na política, parte da oposição vai para o enfrentamento, embora o governo tenha adotado as medidas econômicas que ela, oposição, defendia em campanha. ..."

Leia mais no Blog do Rogério Jordão 


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Todos nas ruas no 15 de março contra Dilma e a corrupção - Vamos lembrar os dias que anteceram a renúncia do Collor

Planalto dá como certo que protesto do dia 15 de março será gigante; por enquanto, a ordem dada ao PT é evitar o confronto com manifestantes. 

Um pouco de juízo não faz mal a ninguém!

O petismo acompanha com lupa a convocação nas redes sociais para os protestos em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, marcados para o dia 15 de março em várias cidades do país. O Planalto já dá como certo que haverá, sim, grandes manifestações, especialmente em São Paulo e Rio. Os mais pessimistas preveem que os atos possam levar até um milhão de pessoas às ruas Brasil afora. Dilma está perplexa, mas ainda não perdeu de todo o juízo, apesar da entrevista concedida na sexta-feira. Em princípio, o governo dirá que a democracia comporta manifestações de descontentamento e coisa e tal.

Caberá ao PT acusar de “golpistas” os promotores do evento. Intramuros, os petistas admitem que estão perdendo a guerra nas redes sociais e constatam que seus tradicionais propagandistas na subimprensa, reunidos sob a alcunha de “blogs sujos” — todos financiados, direta ou indiretamente, por dinheiro público —, perderam influência. Algumas páginas são hoje bastante comentadas, sim, mas porque viraram motivo de chacota. São tomadas por aquilo que são: uma caricatura de jornalismo.

Na raiz de tudo, está, é evidente, a corrupção da Petrobras. Eis um caso que pegou. E que continuará na lista de insultos ao povo brasileiro até que os responsáveis sejam punidos. O que preocupa os magos do governo é que a fase do desgaste propriamente político ainda vai começar. Mesmo que surjam nomes da oposição no rolo, como adiantou a um advogado de empreiteira o ministro José Eduardo Cardozo, o PT e o governo continuarão a ocupar o centro do palco.

O partido chegou a pensar, sim, em fazer a contramanifestação, no melhor estilo das milícias chavistas, tentando disputar espaço com os que vão às ruas cobrar o impeachment de Dilma, mas desistiu. Prevaleceu, o que não costuma ser regra por lá, o bom senso: o comando do partido percebeu que poucos estariam dispostos a fazer uma marcha que poderia se confundir com a apologia da impunidade e do crime.

Gente do próprio entorno de Dilma desestimulou a contramarcha. Alertou-se para o risco de confronto, o que, fatalmente, elevaria a temperatura da crise, que, até agora ao menos, não chegou às ruas de forma mais evidente. O partido não descarta manifestações de apoio à governanta, mas não no mesmo dia em que milhares podem ir à praça expressar seu descontentamento com o partido.

E por que os planaltinos fazem uma previsão tão pessimista para o governo? Uma fonte do Palácio diz que eles aprenderam algumas lições com as manifestações de 2013. Embora o motivo original fosse a precariedade do transporte público, outras demandas se juntaram, outros descontentamentos foram se somando. E, convenham, a realidade, então, era bem outra, bem mais favorável a Dilma.

O país crescia mais, a inflação era menor, não se conheciam os descalabros da Petrobras, e, atenção!, 84% (segundo o Datafolha) diziam que a gestão Dilma era ótima ou boa. Hoje, depois de tudo, apenas 23% afirmam a mesma coisa espantosos 61 pontos a menos. O país começa a viver, provavelmente, o seu segundo ano de recessão, a inflação estourou o teto da meta, a tarifa de energia elétrica teve um reajuste brutal, os brasileiros não aguentam mais ouvir falar em escândalos, e é evidente que Dilma deu um beiço nos brasileiros na disputa do ano passado. Prometeu alhos e vai entregar bugalhos.

O que deixa os politicólogos de Dilma aflitos é não enxergar o fio da meada. A presidente deve voltar a viajar, tentando cair no colo das massas — de massas devidamente selecionadas e controladas, claro!, especialmente no Nordeste. Sairá por aí distribuindo algumas casinhas do “Minha Casa Minha Vida”, tentando retomar a agenda positiva. Mas, admite-se por lá, a coisa está difícil.

Resume um interlocutor: “Em 2012, a ideia da faxina foi positiva para o governo; a própria Dilma a explorou. A coisa era diferente. As denúncias vinham sobretudo da imprensa e, na maioria das vezes, não havia muito mais do que se denunciava, e a presidente podia fazer intervenções pontuais e sair ganhando politicamente. Agora, não. Esse negócio da Petrobras virou um saco sem fundo… A única coisa que a gente sabe é que hoje é pior do que ontem e melhor do que amanhã”. E ele admite: “A gente não consegue respirar”.

Bem, convém que não falte ao menos juízo onde faltam talento e competência. Tenham as pessoas a opinião que for sobre o impeachment — já que, suspeito, não ocorre a ninguém contestar o direito à livre manifestação, desde que dentro da lei e da ordem —, a tarefa número um de governantes é atuar para amenizar riscos, não para extremá-los. E, havendo alguém interessado em, digamos, desmobilizar os espíritos, é prudente que aconselhe a presidente a não conceder novas entrevistas como a de sexta-feira. Afinal, não fica bem a própria Dilma ser a principal incitadora de uma manifestação que pede o seu impeachment.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo